fbpx

A OBEDIÊNCIA QUE NOS LEVA À HUMILDADE

ABERTURA

O artigo de hoje é um complemento ao da semana passada, cujo título foi “Quero viver em obediência a Deus”, baseado no Salmo 143.

Esta semana terminei minha aventura no livro de Salmos e iniciei o livro de Provérbios, mas quero, neste artigo, ainda extrair uma lição do Salmo 141.

“Põe guarda à minha boca, Senhor; vigia a porta dos meus lábios.

Não permitas que o meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de malfeitores; e que eu não coma das suas iguarias.

Fira-me o justo, e isso será um favor; repreenda-me, e será como óleo sobre a minha cabeça, a qual não há de rejeitá-lo. Continuarei a orar enquanto os perversos praticam maldade.” – Salmos 141:3-5

A ORAÇÃO DO JUSTO DE DEUS

Eis a oração de uma pessoa que deseja manter-se sempre fiel a Deus, que vai além da simples religiosidade externa.

Primeiro, a oração para que Deus guarde os seus lábios, vigie para que saiam somente palavras que farão bem às pessoas que a rodeiam. 

Essa é uma oração que constantemente faço, pois qual de nós, humanos imperfeitos, não falhamos vez ou outra através daquilo que falamos?

“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é um indivíduo perfeito, capaz de refrear também todo o corpo.” – Tiago 3:2

“Que a palavra dita por vocês seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibam como devem responder a cada um.” – Colossenses 4:6

Sim, devemos temperar nossas palavras como a comida é temperada com sal. Uma comida sem sal fica sem sabor, palavras vazias não transmitem nada, são vagas repetições às vezes. Porém, palavras carregadas de muita emoção também podem ser destrutivas. Por isso Paulo diz que a palavra seja agradável, temperada com sal.

Em seguida o salmista pede a Deus que não permita que seu coração o incline para o mal e que ele não pratique a perversidade na companhia dos malfeitores. Que belo pedido! 

Sim, somos seres influenciáveis e precisamos a todo o tempo estar vigiando nossos passos, nossas ações e nossas decisões diárias. 

Podemos, aos poucos, irmos imitando aquilo que os rebeldes contra Deus, que vivem como se se Deus não existisse, praticam. 

É mais um pedido sincero de uma pessoa que tem compromisso com Deus e Sua Palavra e todos os dias está em luta contra o pecado.

“Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o sangue.” – Hebreus 12:4

Finalmente, uma pessoa sincera em sua busca em viver obediente a vontade de Deus é humilde e aceita ser corrigida quando está tomando decisões erradas. 

Eu sei, não é fácil, o orgulho e o nosso ego reclamam, mas precisamos estar abertos à repreensão das pessoas que nos amam o suficiente para nos corrigir.  Até têm a coragem de arriscarem sua amizade conosco por nos amarem.

O salmista diz: “fira-me o justo, e isso será um favor”. Verdade.

É melhor a repreensão verdadeira, vai nos ajudar, do que a bajulação e o elogio insincero. 

Ele ainda diz: “repreenda-me, e será como óleo na minha cabeça”. Que atitude bela, de alguém verdadeiramente humilde e que deseja acertar, comprometido com a verdade e o que é correto. Não podemos ter nenhum compromisso com aquilo que a Palavra de Deus chama de pecado.

CONCLUSÃO

Assim, nesta semana, este salmo nos desafia a vigiar nossos lábios, nossas palavras, a não nos deixar sermos influenciados pelos que praticam o mal e a aceitarmos a repreensão daqueles que vivem procurando praticar a verdade de Deus. 

Que estas palavras nos motivem a viver mais um dia, em obediência a Deus e Sua Palavra.

“Dependência” – João 1.4,5

“A vida estava nele e a vida era a luz dos homens” – João 1:4

     Quando olhamos para a lua cheia, em um dia de verão, geralmente ela está brilhante, gigante, perfeita, mas, ao contrário do que se fala, a lua não brilha, ela apenas reflete o brilho do sol, sem o qual ela desaparece, é o que chamamos eclipse lunar.

     Desde que o homem comeu o fruto da árvore proibida do Jardim é como se tivéssemos travados em um loop¹ eterno, em que nos escondemos e não conseguimos encontrar Deus, como nos temos do gênese.

    A humanidade, desde Adão, tem dificuldades de entender a vontade de Deus, isso faz parte do que significavam as palavras “certamente morrereis”, em parte, naquele momento, Adão destravou o sistema de decomposição da carne, e com esta mesma atitude encerrou seu vínculo com Deus, morrendo espiritualmente, devido a sua incapacidade de viver plenamente, se tornou escravo dos próprios desejos, trabalhamos, estudamos e lutamos ao longo de quase 8 mil anos, para satisfazer prazeres tão efêmeros que no século XIV começou a circular o ditado:

“Carpe Diem”(~aproveite o dia),

Como podemos aproveitar a vida se não estivermos livres, vamos nos destruir em escravidão (Gn 3; Tg 1.13-15; 1Jo 2.15-17).

     Não, Deus não ficou parado, punitivamente estático no jardim do Éden; podemos inclusive acreditar que o pecado original foi a chave para a consciência, conscientes da própria existência os homens tomaram decisões, e aqui estamos (Rm 5; 1Co 15).

     João na introdução gloriosa e poética de seu relato sobre a vida de Jesus nazareno, descreve-O como o Cristo de Deus aos homens, poderoso para curar e cheio de compaixão pela humanidade, ao ponto de pagar o preço pela nossa liberdade, para vivermos, como originalmente, agindo pelos instintos da fé e não pelos instintos da carne (Rm 6.1-4, 17-23, 8.5, 15-17).

     Esse convite de João declara a vitória eterna de Deus sobre o mal, assim como demonstra o poder, disponibilidade e interesse de Deus em nos ter próximos a Ele, ao pagar do próprio bolso, com o próprio sangue, a alforria de nossa vida, Ele ainda nos dá um propósito e esperança, refletir a luz dEle, aqui na terra, a todos os homens, TODOS, sem acepção ou descriminação, enquanto aguardamos pelo último dia (Jo 3.16; Rm 1.16,17).

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”
Romanos 1:16

______________________________

  1. Loop é um termo utilizado em informática para um conjunto de instruções que um programa de computador percorre e repete um significativo número de vezes até que sejam alcançadas as condições desejadas.

“É Bastante” – 2 Co 12.9

Porque nos regozijamos quando nós estamos fracos e vós, fortes; e isto é o que pedimos: o vosso aperfeiçoamento.

2 Coríntios 12.9

 

          No deserto, após se verem livres dos algozes egípcios, o povo hebreu murmurou contra Deus, primeiro por água, então por pão e, em fim, por carne; após tantos sinais e maravilhas até aquele momento, o povo ainda tinha dificuldade de ver e reconhecer o Senhor em sua posição de direito, SENHOR (Sl 106). Será que na situação deles, não faríamos o mesmo? Nós, humanos, somos obstinados, gananciosos, insaciáveis, glutões, altamente destrutivos, é difícil para nós reconhecer a plenitude da existência divina. 

          Um argumento que se popularizou nós últimos tempos, coloca Deus como uma criação do imaginário do homem, um reflexo de sua repulsiva vontade de domínio, poder e glória; essa ideia no entanto não reflete o Deus da Bíblia, apenas concentra em um ser o que os egípcios, gregos e latinos, germanos e tupiniquins identificavam em várias divindades, o corpo de Sócrates deve se revirar no túmulo ao ouvir essa queixa “moderna”.

          Nesse debate, é preciso muita humildade, mas muita mesmo, para reconhecer que mesmo na pior das das hipóteses, não temos o poder para enfrentar Ele, por outro lado, na melhor das hipóteses, brotará em nossos corações uma gratidão aconchegante pela vida, pela comida e pela dormida (Ef 2; Cl 1)

          Particularmente, prefiro acreditar que sou falho, fraco e frágil, finito, e, com uma perspectiva de gratidão, viver, não pelas minhas próprias pernas ou braços, mas pela graça de Deus, que me viu preso pelo pecado da culpa e enviou seu filho para me dar um lar, um propósito, uma esperança, uma família; não deixo de ser humano, mas todo dia há de ter uma lição que tanto perturbe quanto console minha alma, pois nEle próprio habita a certeza de tudo o que desejo (Jo 3.16-19; Gl 2.20, 6.14-16).

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para  o mundo” – Gálatas 6:14

Essa certeza é compartilhada, e você também tem um convite especial, para compartilhar da alegria, satisfação e paz de ter Alguém que pode, quer e está cuidando do bem daqueles que confiarem nEle (Mt 11.28-30).

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei
– Mateus 11:28 –

 

Senhor, abre os nossos olhos e acalma o nosso coração, para que sejamos capazes de agradecer pelo teu cuidado, e pela oportunidade de testemunhar o teu amor.

Disputas

Uma disputa aconteceu entre os discípulos registrada em Lucas 9:46-48. Quem é o maior? Jesus enfim disse:

“aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é grande” (9:48c)

E também:

“o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado” (Mateus 23:11,12).

Infelizmente, as disputas entre aqueles que professam serem seguidores de Jesus acontecem. Será que estamos contribuindo para que isto aconteça? É óbvio que Deus não aprova tais atitudes conforme os versos acima. A humildade é uma das características mais importantes do servo do Senhor:

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:3)

Jesus nos fez um chamado: Ele quer que sirvamos uns aos outros (Marcos 10:43); que consideremos os outros superiores a nós mesmos (Filipenses 2:3); e que amemos uns aos outros (Marcos 12:31). É vão declararmos que somos cristãos se não queremos ouvir e cumprir os mandamentos do Senhor Jesus. Precisamos buscar conhecer verdadeiramente a vontade de Deus para as nossas vidas em sua Palavra, para assim seguir e praticar única e exclusivamente seus ensinamentos; o que Ele realmente quer e espera de cada um de nós.

O Senhor nos incentivou a disputar quem é o maior ou o melhor? Não! Ele nos instruiu a amar uns aos outros. O apóstolo Paulo inspirado pelo Espírito Santo, instruiu em 2 Coríntios 6:6 a não fingirmos que amamos uns aos outros. Mesma instrução foi dada por Pedro:

“tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pedro 1:22)

O amor cristão deve ser profundo; deve ser sincero; deve ser verdadeiro. Devemos ser gentis, hospitaleiros e amáveis para com todos independentemente de nacionalidade, grau de instrução ou posição social – estas coisas não existem no reino dos céus. O nosso amor não deve ser dado somente àqueles a quem “gostamos”, mas a todos quantos Deus espera que amemos, assim como Ele nos amou.

Questão para refletirmos: Que diferença há em amar a quem nos ama; não é assim que os incrédulos agem? Jesus disse: “Se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?” (Mateus 5:46). Que recompensa esperamos receber de Deus com tal atitude?

Na cruz, Jesus amou a todos e morreu por todos. Mas infelizmente, muitos não reconhecem seu ato de amor.

Como cristãos, devemos ser sinceros em toda e qualquer situação:

“a minha boca proclamará a verdade; e… os meus lábios abominam a impiedade” (Provérbios 8:7)

Se Jesus estivesse fisicamente andando ao nosso lado, como será que Ele analisaria o nosso desempenho como cristãos? Seríamos aprovados ou reprovados em nossas atitudes? Jesus andou no meio de pecadores para salvá-los. Jesus estava onde eles estavam. Temos ido aos locais onde eles se encontram para levar a esperança e o evangelho da salvação? (Mateus 25:34-46). Será que na correria do dia a dia, temos tempo pra praticar ensinamentos como este? É maravilhoso a comunhão entre os irmãos, as reuniões, os encontros, os grupos, os eventos e festas fraternais entre nós – há quem diga, que elas existem para recarregarmos as baterias para o árduo dia a dia, e são essenciais e necessárias – , mas e a obra redentora de Cristo, a evangelização, a visitação e o cuidado para com o fraco na fé, o aflito, o necessitado, e também, o perdido e pecador: Quem fará, quem irá, quem cumprirá, quem se disponibilizará?

Jesus foi chamado de “glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Mateus 11:19). Ele foi questionado porque comeu “com os publicanos e pecadores” (Mateus 9:11), e por ir a um banquete na casa de um cobrador de impostos desprezado pelos judeus, e estar comendo e bebendo “com os publicanos e pecadores” (Lucas 5:30). Murmuravam ao seu respeito porque ele “recebia pecadores e comia com eles” (Lucas 15:2), ao passo dele responder sabiamente que “os sãos não precisam de médico, e sim os doentes” (Lucas 5:31). Os doentes precisam de médico e Jesus é o Médico para estes doentes; e nós precisamos ser seus auxiliares (enfermeiros), cooperadores com Ele no resgate das almas para o SENHOR.

As imagens que fariseus, escribas e mestres da lei – os “justos” daquela época – faziam de Jesus eram: Glutão, bebedor de vinho e amigo de pecadores. E nós, queremos ser vistos com os “pecadores”; comer, receber e banquetear com eles, ou somos “justos” demais para isso? Queremos estar só com aqueles a quem “gostamos” ou temos afinidade?

“Se amais os que vos amam, qual é a vossa recompensa? Porque até os pecadores amam aos que os amam” (Lucas 6:32). “Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso” (Lucas 6:33). “E, se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para receberem outro tanto” (Lucas 6:34).

Que possamos refletir bastante sobre estas palavras de Jesus, pois elas demonstram que o cidadão do reino precisa ir muito além das atitudes daqueles que não conhecem a Deus. O discípulo faz o que seu mestre faz! Jesus disse:

“se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mateus 5:20)

O discípulo de Cristo age como seu Pai nos céus:

“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai” (Lucas 6:35,36).

Estas são as verdadeiras atitudes de um cidadão do reino, ou seja, atitudes de um filho de Deus.

Vamos despertar para realidade do chamado de Cristo:

“Não temas; doravante serás pescador de homens” (Lucas 5:10).

É para isso que o Senhor nos chamou. Para andar como Ele andou e amar como Ele amou, servindo-o como servos em obediência a sua vontade, levando a sua mensagem salvadora aos perdidos. Ele não nos chamou para disputarmos entre nós em quem é o maior, quem sabe mais, quem pode mais, ou pior, quem manda mais. Jesus é o Senhor e só Ele tem autoridade em todas as coisas. Vamos ouvir, guardar e praticar o que Ele realmente ensina e espera de seus seguidores.

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (João 13:34).

O Ponto de Equilíbrio é aos Pés de Jesus

Não é raro ouvir da boca das mulheres frases do tipo: “que cansaço”, “estou sobrecarregada”, “me sinto pressionada”, “queria férias”. Se acrescentarmos a lista do “eu tenho que…” teríamos infindáveis sentenças aqui. Pensando nessa demanda, preparamos no último dia 15 de junho, um momento especial só para as mulheres em Belém. Começamos pela manhã com louvor, oração, foi um dia bem dinâmico com pequenos grupos de trabalho, aprendendo com as Escrituras, palestra ministrada por mim, almoço e sorteio de brindes. Foi muito bom, tivemos muitas mulheres nos visitando neste momento e foi um pontapé inicial para muitos momentos que virão.

Com isso, quero compartilhar um texto nascido a partir da preparação para o momento:

A escritora Debi Stack, em seu livro Mulheres Perfeccionistas descreve três categorias de mulheres: Artista, Determinada, Despojada, que descreverei a seguir:

ARTISTA: faz ao mesmo tempo jarro, bolsa, pintura, curso de culinária, costura, prepara enfeite para a sala das crianças… e nunca termina nada! Geralmente age no impulso da criação: tempo de criar bolsa… jarro… biscuit… pintar pano de prato… sempre deixando projetos anteriores pra depois. Esta age no ritmo da criatividade. É difícil contar com ela com projetos a longo prazo e dificilmente faz uma coisa de cada vez. Quando se oferece pra fazer algo, você sempre tem que cobrá-la com respeito ao prazo.

DETERMINADA/FOCADA: já acorda no automático pra cumprir todas as atividades do dia no prazo determinado por ela mesma desde sempre. Ela é ao mesmo tempo sua patroa e sua escrava. Passa o dia focada no esmero e nos detalhes, perde tempo se especializando nas tarefas. Seu lema é: “cada vez mais bem feito”. O difícil com esta é convencê-la a sair do ritmo das coisas para entrar nas atividades com pessoas.

DESPOJADA: espécime mais rara (porque essa nunca assume que é). Sabe que tem mil coisas pra fazer mas não se organiza, não tem hora pra nada, é inimiga da rotina. Começa e para várias coisas ao mesmo tempo no dia… só faz na pressão do tempo. Diz que não se estressa com nada e passa o dia sendo levada pelo tempo, com a sensação de nunca fazer nada. Pode até levar jeito para as artes, mas adia sempre a hora de criar. Difícil trabalhar em equipe com esta mulher, pois dá a impressão de nunca estar tratando as coisas com seriedade ou compromisso.

Você, mulher, pode ser uma só (marcadamente) ou as três, em diferentes fases ou momentos da vida. A questão principal não é o QUANTO cada uma produz ou trabalha, mas o quanto os três tipos estão se ocupando com aquilo que é VOLÁTIL, passageiro. O que mais nos atrapalha não são as características pessoais, mas nas mentiras que passamos a acreditar, tomando-as como base para nossas escolhas.

Podemos elencar algumas Mentiras que nos norteiam e que passam desapercebidas por nós:

  • Com MAIS esforço, colocamos TUDO em nossa vida sob controle;
  • Se alcançarmos tudo aquilo que “devemos”, “temos que” e “precisamos”, nosso estresse e pressão cessarão;
  • Tudo é igualmente IMPORTANTE e URGENTE.

Essas mentiras acabam se transformando em Imperativos íntimos que repetimos para nós mesmas e nos cobramos com mão de ferro – somos ao mesmo tempo nosso senhorio e nossa escrava.
É importante enfatizar aqui as VERDADES que se contrapõem aos “ditos modernos” que citei antes:
VERDADES:

  • A PERFEIÇÃO é uma ilusão. Fomos chamadas por Deus para sermos aperfeiçoadas, não por forças próprias, mas pelo poder de Jesus habitando em nós.
  • O amor de Deus por nós se fundamenta no Caráter Perfeito e imutável dELE, não oscila de acordo com o desempenho humano.
  • Nossos dons e habilidades devem ser usados dentro de limites saudáveis, pois o Senhor nos deu espírito de poder, amor e equilíbrio.

Nas Escrituras encontramos passagens que repreendem, exortam, corrigem e alertam sobre os perigos das ansiedades e preocupações – as preocupações sufocam a Palavra, nos afastam da fé, impedem que estabeleçamos um relacionamento profundo com Jesus, aquele que supre todas as necessidades. Podemos ver em Mateus 13.18-22; Mateus 6.25-34; Filipenses 4.6-9, Salmos 127.1-2

Portanto, humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo devido. Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês. (1 Pedro 5:6-7 NVI)

Uma mulher que abre mão dos “afazeres urgentes” para aquietar a mente, assentando aos pés de Jesus é a mesma que constrói com Ele um relacionamento profundo, ao ponto de derramar aos pés dele algo tão valioso, o seu vaso de alabastro (João 12.1-8). Foi essa atitude tão virtuosa que a colocou como exemplo para nós até hoje (Marcos 14.9).

É fato que os afazeres domésticos sempre existirão, a nossa tendência em perceber essas coisas como mais urgentes é herança da natureza pecaminosa que nos fez míopes diante dos planos espirituais. Por isso, devemos nos fortalecer em Cristo, para que possamos cumprir, enquanto mulheres, nossa parte nos planos de Deus para a igreja sendo zelosas, dignas, reverentes e cuidadosas umas com as outras e, juntas, possamos criar uma comunidade terapêutica, aliviando com amor e paciência as cargas umas das outras e nos ajudando a exergarmos a verdadeira urgência, que nos dará o equilíbrio para vivermos em paz.

Assim, lembramos que o próprio Jesus, diante de uma mulher sentada aos seus pés, ansiando por aprender dEle, expressa (Lucas 10.42): “… Apenas uma [coisa] é necessária.”

Precisamos aprender a escolher a MELHOR parte, pois esta não nos será tirada.