“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano.” – Salmos 92:12
Chamou-me a atenção neste salmo o justo de Deus ser considerado como o cedro do Líbano. Pesquisando um pouco a respeito da árvore, descobri o seguinte:
Ela cresce devagar – nos primeiros 3 anos a raiz tem 1 metro e meio de profundidade enquanto a planta em si tem apenas 5 centímetros. Porém, a partir do 4º ano a árvore desenvolve de maneira impressionante podendo chegar até a altura de 40 metros.
O fator para o crescimento dessa árvore são suas raízes profundas, que buscam alimento, água e, quando encontram uma rocha no caminho, ao invés de encará-la como obstáculo, agarram-se a ela e desta forma a árvore fica ainda mais firme. Muitas árvores param de crescer quando atingem uma rocha, o cedro é o contrário, utiliza a rocha para nela agarrar-se e firmar-se.
Essa árvore ainda suporta calor e vento fortes, é bastante resistente a eles. Começam a produzir frutos a partir dos 20 anos, porém, sua longevidade é enorme, podendo viver durante séculos.
Que aplicação maravilhosa para o justo de Deus! No Velho Testamento, aquele que busca obedecer aos mandamentos do Senhor e no Novo Testamento, além da obediência, o justo de Deus é aquele que depende exclusivamente do Senhor para seu crescimento. Além disso, como uma árvore, o justo de Deus aprofunda-se em Jesus e na sua Palavra.
“Esse é semelhante a um homem que, ao construir uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha. Quando veio a enchente, as águas bateram contra aquela casa e não a puderam abalar, por ter sido bem-construída.” – Lucas 6:48
Tanto o alicerce da casal espiritual como as raízes do justo de Deus vão se aprofundando. No caso do salmo, a rocha pode representar os desafios. E, de fato, com Deus, os desafios são por Ele utilizados para o nosso bem, para nos ajudar a crescer ainda mais (Romanos 8:28).
No Novo Testamento a rocha é Jesus e, como o cedro, podemos aprofundar nossas raízes nela e enraizados em Jesus e na Sua Palavra, nada será capaz de nos derrubar, pois estamos firmes na rocha, Jesus Cristo.
Outro ponto importante é que, da mesma maneira que o cedro, o crescimento verdadeiro e que dura vem aos poucos, não é de uma hora para outra. Quando conhecemos a seguir Jesus, nossa fé ainda é fraca e vacilante. Esta é uma dica para que nós, que temos algumas décadas seguindo ao Senhor, sejamos pacientes e compassivos com os novos na fé, da mesma maneira como foram conosco quando ainda estávamos iniciando a caminhada com Jesus.
Sim, o crescimento verdadeiro, que perdurará, a boa obra que Jesus começou em nós (Filipenses 1:6) vai durar a vida inteira, até o Dia de Cristo Jesus, até o dia de nossa morte ou quando o nosso Senhor voltar. Tenhamos isso em mente para termos paciência com os outros e conosco mesmo.
Vamos crescendo, devagar, de força em força (Salmo 84:7), de glória em glória (2 Coríntios 3:18) até chegarmos a tudo o que Deus tem planejado para nós (1 Coríntios 2:9).
Da mesma maneira que o cedro atinge até 40 metros, tenhamos a certeza que, com Deus, cresceremos e faremos proezas (Salmo 108:13). E da mesma maneira que o cedro pode viver até séculos, nós, neste sentido, ultrapassaremos a ele, pois viveremos na eternidade com o Senhor pelos séculos dos séculos (Apocalipse 22:5).
Que a ilustração do salmista do cedro do Líbano possa nos motivar a jamais desistir, investirmos em nosso crescimento na Palavra de Deus e junto com Senhor. Que nesse crescimento, tenhamos paciência conosco mesmo e, em especial, com os irmãos ao nosso lado, que também estão buscando crescerem em Jesus.
E desta maneira, floresçamos como a palmeira e crescemos à maneira do cedro do Líbano, aos poucos, mas, sempre, sem parar, de glória em glória.
Até a volta gloriosa do nosso Mestre. Aleluia!