fbpx

Corrigir e Ser Corrigido

Para Deus, não importa somente o que fazemos. As motivações dentro de nosso coração têm muita importância para o Senhor. Ele não está apenas interessado no que fazemos, mas na razão pela qual fazemos.

“…E ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, isso de nada me adiantará” – 1 Coríntios 13:3b

O assunto da edição deste mês do boletim informativo das Igrejas de Cristo em Guarulhos, “Amo Jesus – Porque Ele me amou Primeiro” foi “Corrigir e ser corrigido”. Caso você, querido leitor, tenha interesse em receber o arquivo em PDF, basta entrar em contato comigo.

De fato, todos nós, em determinados momentos, precisamos ser corrigidos. Em outros, o polo muda e precisamos corrigir.

Em minha opinião, não sei o que é mais difícil: corrigir ou ser corrigido. De um lado, como diz o autor de Hebreus (12:11), ninguém fica feliz quando corrigido. Eu mesmo, quando corrigido, mesmo que de maneira amorosa, fico um tempo sofrendo e pensando na correção. Ao mesmo tempo, é penoso corrigir uma pessoa sabendo que ali nossa amizade estará em xeque; uma de nossas necessidades é receber amor (eu sou um deles) e quando corrigimos podemos receber um “gelo” daquele a quem tentamos ajudar. Também porque sabemos que causaremos um sofrimento na pessoa a quem estamos corrigindo.

Porém, quando temos as motivações certas e fazemos da maneira autorizada por Deus, podemos ter certeza de que seremos instrumentos dEle na vida do outro.

Olhemos o que diz o apóstolo Pedro: “Acima de tudo, porém, tenham muito amor uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados”. (1 Pedro 4:8).

Sim, que ama se preocupa, quem ama vai atrás, quem ama arrisca até mesmo a amizade com aquela pessoa. Em minha opinião, a maior prova de falta de amor é a indiferença, o tanto faz ou “tô nem aí”. Tenhamos a certeza, meus irmãos, geralmente, as pessoas que mais “pegam no nosso pé” são aquelas que querem nosso bem, preocupam-se conosco, querem nos ver crescendo, bem-sucedidos e livres das amarras da vida.

Tiago nos diz: “Meus irmãos, se alguém entre vocês se desviar da verdade, e alguém o converter, saibam que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados”. (Tiago 5:19-20)

Sim, meus irmãos, quem ama vai atrás, quem ama gasta tempo, tem um ouvido atento, quem ama arrisca confrontar, pois sabe que é a eternidade daquela pessoa que está em jogo ou mesmo um sofrimento que quer que o outro evite.

Porém, como disse, a correção deve ser motivada pelo amor, não deve haver apenas a correção pela correção. E isto é demonstrado quando a pessoa que nos corrige diz a verdade, mas com amor (Efésios 4:15), com espírito de brandura, não se considerando superior a nós (Gálatas 6:1) e especialmente quando nos corrige de maneira discreta. Não publica e faz questão que o assunto fique entre quem corrige e quem é corrigido, não usa isso para se autopromover. Se há algo que dificulta a correção é quando ela é pública, pois exige do corrigido muita humildade para recebê-la. Eu já fui corrigido assim, não gostei, e por isso há anos evito corrigir alguém publicamente. A Bíblia fala da correção pública, quando a pessoa se recusa a ouvir a correção da igreja (1 Coríntios 5) ou aos presbíteros (líderes) que vivem pecando de forma deliberada (1 Timóteo 5:20).

Façamos, pois, como nosso Mestre Jesus nos ensina: “Se o seu irmão pecar contra você, vá e repreenda-o em particular. Se ele ouvir, você ganhou seu irmão” (Mateus 18:15). Em particular, sem ninguém saber, com cuidado, vamos corrigir. Ele aceitou? Morreu ali o assunto.

E se não aceitar? Continue a leitura a partir do versículo 16 em diante, assunto para outro momento nosso.

Amamos de verdade? Isso nos levará a corrigir a quem amamos. E, quando o polo se inverter e formos corrigimos, aceitaremos com humildade.

Nota: artigo publicado originalmente no boletim informativo das Igrejas de Cristo em Guarulhos, “Amo Jesus – Porque Ele me amou Primeiro”, setembro de 2019, página 03.