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REJEITANDO AS FÁBULAS DE VELHAS CADUCAS

Expondo estas coisas aos irmãos, você será um bom ministro de Cristo Jesus, alimentando com as palavras da fé e da boa doutrina que você tem seguido. Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas caducas. Exercita-se, pessoalmente, na piedade.  1 Timóteo 4:6-7

 

    Paulo insistiu para que Timóteo ficasse em Éfeso trabalhando como evangelista, em especial para que “admoestasse certas pessoas, a fim de que não ensinassem outra doutrina, nem se ocupassem com fábulas e genealogias sem fim” (1:3b-4a).

 

    Naquela época, quando a igreja se reunia em casas, a hospitalidade era muito incentivada. Porém, quando alguém se apresentava como discípulo de Jesus, logo lhe era concedida a palavra nas reuniões da igreja. O problema é que, ao permitir que alguém ensinasse, isso poderia expor os irmãos a ensinos contrários à doutrina de Cristo e por isso, no futuro, o apóstolo João diz que os falsos mestre não deveriam ser recebidos (2 João: 10).

 

   A palavra fábula tem origem no termo grego muthos (em português, mito), que deu origem à palavra mitologia, isto é, contos que parecem ser verdadeiros, mas são profanos, pois, apesar de bonitos e bem articulados, são ensinamentos contrários à verdade de Deus.

 

    Hoje em dia, grande parte do mundo religioso abriu mão do estudo sistemático da Palavra de Deus para colocar em seu lugar histórias mirabolantes. Infelizmente, até mesmo em nosso meio, notamos a substituição do ensino sadio da Palavra por histórias (ou seria estória, como aprendemos no primário?) que emocionam, que são até interessantes, mas desprovidas de verdades da Bíblia, tudo para entreter os ouvintes. Até mesmo a utilização de slides, sob o argumento de fixar melhor a lição, às vezes esconde a falta de conhecimento e estudo da Bíblia. Não estou dizendo que todos que usam slides fazem isso, mas vejo situações em que a figura no slide em si torna-se a lição, sem um aprofundamento no texto bíblico a que aquela figura se refere.

 

    Os cristãos judeus gastavam tempo com fábulas judaicas, muitas delas com origem nos livros apócrifos não aceitos no cânon judaico. Já os não judeus conheciam a mitologia greco-romana com seus heróis e às vezes se apossavam disso. Basta ver o catolicismo com seus inúmeros santos que nada mais são do que o apossamento dos deuses e semideuses que viviam no Monte Olimpo tendo Zeus como o deus supremo, mas cercado por divindades menores. Na Bíblia existe apenas um Deus, o Todo-Poderoso, e através de Jesus temos acesso direto a Ele, sem qualquer intermediário ou semideus (1 Timóteo  2:5).

 

    No texto em análise, o apóstolo Paulo orienta Timóteo, como evangelista, a não permitir que nas igrejas nos lares naquela época entrassem essas histórias desprovidas de verdades bíblicas. Somente devem ser convidados a ocupar os púlpitos pessoas que estudam a Palavra com seriedade e, em suas vidas, estão utilizando o poder do Espírito Santo para viver os ensinos de Deus. Hoje em dia, devemos evitar convidar para o ensino irmãos cuja exegese (estudo da Palavra) vem dos programas religiosos da TV, que trazem à igreja certas fábulas religiosas como alguns têm trazido. E causam pavor ao pregarem sobre a marca da besta existente em documentos oficiais, os iluminatis, que segundo eles vão dominar o mundo, falsos ensinos como a oração poderosa no monte, em detrimento do saudável contato com Deus no quarto fechado (Mateus 6:6).


Paulo até mesmo ironiza tais ensinos chamando-os de fábulas de velhas caducas, isto é, pessoas sem
 domínio completo de suas faculdades mentais.

 

No final, o apóstolo orienta o jovem evangelista a exercitar-se pessoalmente na piedade, isto é, ter uma vida na prática de exercícios espirituais, leitura e estudo da Palavra, junto com uma vida de oração.


Que todos nós, especialmente os pregadores da Palavra, assim vivamos.