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Manual Bíblico Para Fazer Discípulos

Você está procurando um método bíblico para fazer discípulos? Eu também. Então, existe um método mais bíblico do que a Bíblia? Não existe! Por isso mesmo acredito que temos já um passo a passo em alguns exemplos que, se adaptarmos para as nossas vidas, a igreja vai crescer horizontalmente, como é a vontade de Deus. Veja este exemplo abaixo:

1º Passo – Vá

Eram outros tempos e eles ainda eram a igreja do primeiro século e o Novo Testamento ainda estava sendo escrito. Sendo assim, eles eram guiados por Deus como um pai pega seu filho pela mão. Deus usava anjos, sonhos e outros meios para falar com seus filhos. Hoje nós não somos mais a igreja do primeiro século e não devemos ser como eles, devemos ser a igreja como temos descrita no Novo Testamento. A igreja que lemos é a igreja que Deus quer que sejamos. O Novo Testamento é um mapa para saber como chegar à perfeição que Deus quer. Naquele tempo Deus disse o que Ele quer e já que temos registrado, serve de ensinamento. Deus quer que nós vamos ao encontro de pessoas que precisam de Jesus.

Filipe era um homem de compartilhar o evangelho. Deus usa quem já está com a mão no arado e não olha para trás. Filipe tinha acabado de pregar em Samaria e batizou muitos falando de Jesus. Ele já estava em ação, então aprendemos a não esperar a oportunidade, vamos! Deus usa quem está à Sua disposição e os capacita. Então, disponha-se, levante e vá!

“Um anjo do Senhor disse a Filipe: “Vá para o sul, para a estrada deserta que desce de Jerusalém a Gaza”. (At 8:26)

2º Passo – Atitude

Deus também quer que nós obedeçamos. Filipe se levantou e foi. Agora que já sabemos o que Ele quer, tá na hora de levantar e ir. Indo é que vamos encontrar quem precisa de Jesus. Como vamos reconhecer? A oportunidade vai ser clara. No caso de Filipe ele soube ao chegar lá. Eu sempre digo que sou ruim de endereço e acho que o GPS é uma bênção de Deus aos homens perdidos geograficamente. Uso isso como ilustração. Eu, se não tivesse GPS, iria até onde eu sei, chegando até onde eu sei, pergunto o que eu não sei. Foi levantando e indo que Filipe descobriu.

“Ele se levantou e partiu. No caminho encontrou um eunuco etíope, um oficial importante, encarregado de todos os tesouros de Candace, rainha dos etíopes. Esse homem viera a Jerusalém para adorar a Deus e, de volta para casa, sentado em sua carruagem, lia o livro do profeta Isaías.” (At 8:27-28)

3º Passo – Aproxime e Acompanhe

Como compartilhar o evangelho? Não se preocupe, o Espírito Santo vai ajudar. No caso de Filipe e para nosso ensinamento aprendemos duas atitudes ao descobrir um alvo para a cruz: aproximar e acompanhar. Foi o que o Espírito Santo disse a Filipe.

“E o Espírito disse a Filipe: “Aproxime-se dessa carruagem e acompanhe-a”.  (At 8:29)

4º Passo – Aproveite a Oportunidade

Foi quando Filipe se aproximou e começou a acompanhar que ele ouviu que o Eunuco estava lendo o livro do profeta Isaías. Se Filipe tivesse receio de se aproximar e acompanhar, ele nunca teria ouvido a oportunidade. A oportunidade era tão clara que ao ouvir a leitura e talvez ver a reação de dúvida do Eunuco, Filipe já sabia o que deveria fazer, ou perguntar.

“Então Filipe correu para a carruagem, ouviu o homem lendo o profeta Isaías e lhe perguntou: “O senhor entende o que está lendo?” Ele respondeu: “Como posso entender se alguém não me explicar?” Assim, convidou Filipe para subir e sentar-se ao seu lado.” (At 8:30-31)

5º Passo – Fale Sobre Jesus

O Eunuco estava lendo o profeta Isaías e a passagem estava falando do Cordeiro de Deus. Oportunidade mais clara do que essa só se a pessoa batesse à porta da igreja e pedisse para que alguém lhe dissesse sobre o que fazer para ser salvo. Não importa o que seja, o objetivo é falar de Jesus. Só Jesus cria fé (Rm 10:17). Só o nome de Jesus salva (At 4:12). Ele é o Autor e Consumador da existência de todas as coisas. Vamos falar de Cristo e nada mais. Jesus vai ensinar tudo o mais que precisa.

“O eunuco estava lendo esta passagem da Escritura: “Ele foi levado como ovelha para o matadouro, e, como cordeiro mudo diante do tosquiador, ele não abriu a sua boca. Em sua humilhação foi privado de justiça. Quem pode falar dos seus descendentes? Pois a sua vida foi tirada da terra”. O eunuco perguntou a Filipe: “Diga-me, por favor: de quem o profeta está falando? De si próprio ou de outro?” Então Filipe, começando com aquela passagem da Escritura, anunciou-lhe as boas-novas de Jesus.” (At 8:32-35)

6º Passo – Ensinar Um Novo Nascimento

O Eunuco viu água e pediu o batismo. Sobre o que eles conversaram no caminho? Certamente eles conversaram sobre batismo. Aprendemos também que uma pessoa precisa ter fé para ser batizada e que a alegria do Espírito Santo habita no coração daquele que obedecerem o evangelho.

“Prosseguindo pela estrada, chegaram a um lugar onde havia água. O eunuco disse: “Olhe, aqui há água. Que me impede de ser batizado?” Disse Filipe: “Você pode, se crê de todo o coração”. O eunuco respondeu: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Assim, deu ordem para parar a carruagem. Então Filipe e o eunuco desceram à água, e Filipe o batizou. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe repentinamente. O eunuco não o viu mais e, cheio de alegria, seguiu o seu caminho.” (At 8:36-39)

7º Passo – Repita

Um consultor cobrou caro para dizer ao empresário o que fazer para ter sucesso e os conselhos deram resultados. Depois o empresário o consultou novamente e ele cobrou mais caro ainda. O empresário desesperado por mais resultado perguntou: “O que devo fazer agora”. O consultor simplesmente disse: “Repita o que você fez”.

Para que nós possamos ter sucesso em fazer discípulos, devemos repetir e repetir. A missão da igreja é fazer discípulos. Tudo o que fazemos deve ser feito para que façamos mais discípulos e continuemos a ensiná-los todas as coisas até que Jesus volte (Mt 28:18-20).

Todos os ministérios, toda a coleta, a pregação, todos os esforços devem ser para fazer discípulos. Vamos ter menos problemas quando nossa principal preocupação for fazer discípulos, pois quem está ocupado não tem tempo parar criar e para gastar tempo com os problemas. Quando precisarmos, Deus vai providenciar pessoas para cuidar dos problemas. Quanto ao resto de nós, vamos fazer discípulos.

O Eunuco não foi a última pessoa para quem Filipe falou de Jesus.

“Filipe, porém, apareceu em Azoto e, indo para Cesareia, pregava o evangelho em todas as cidades pelas quais passava.” (At 8:40)

Conclusão

Vamos! Levantemos de onde estamos e vamos encontrar as pessoas. Vamos nos aproximar e acompanhar as pessoas para que possamos ver as oportunidades aparecendo. Vamos fazer e aproveitar as oportunidades. O que falar? Só sobre Jesus. Não entremos em discussões, vamos falar de Jesus e deixe o resto para depois. Se as pessoas, inclusive os religiosos como o Eunuco, não aceitarem a Jesus, então não vamos perder tempo em outros ensinamentos dando pérolas aos porcos. Vamos ensinar a palavra, fé, arrependimento, batismo e perseverança. Depois de termos feito muitos discípulos, repitamos a receita. Deus nos abençoe para fazer mais discípulos. Quem faz alguma coisa, nunca sabe qual vai ser o resultado. Quem não faz nada, já sabe qual é o resultado. Deus dá o crescimento para a igreja que prega o evangelho.

Barreiras de Crescimento Para a Igreja

E finalmente o prédio estava pronto! Lugar para 150 pessoas! Assentos confortáveis, dois projetores para o público, um projetor só para o regente ou o pregador ver o que está sendo projetado, lugar bem arejado e iluminado, fácil localização, tudo é uma bênção! Já conseguimos passar a ‘barreira psicológica’ dos 50 e agora vamos continuar crescendo.

Por que a igreja não cresce como a gente gostaria? Se Deus é quem da o crescimento, por que a igreja não está crescendo? Muitos são os motivos que a igreja não consegue passar a “barreira psicológica” do crescimento?

Os Líderes Não Lideram

Toda igreja tem lideres, este não é o problema. O problema é que todos são líderes e ninguém sabe exatamente quem é. Uma igreja onde todos os homens são líderes, mingua e cria um ambiente em que nnguém tem confiança em dar uma opinião, pois alguém pode discordar. É o famoso ambiente “pisar em ovos”,

A igreja precisa de líderes qualificados que tenham nome e responsabilidades específicas. Quando alguém quer saber sobre a benevolência deve saber exatamente o nome do responsável.

Precisamos de poucos líderes e muitos servos. Os líderes têm que ter espaço para liderar e não podem ter medo da palavra ‘liderança’. Imagino que alguns ouvem contrariados a palavra líder e liderança. Certamente na igreja liderança é servir e não somente ser visto. Que ser visto seja consequencia de serviço.

Ah, outra coisa: não ter medo da palavra líder e não ter medo de liderar. Tomemos sempre como exemplo Jesus:

“Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Hebreus 5:5)

Os Regentes Não Elevam

O culto é o momento maior da igreja. É o momento em que o corpo de Cristo toma forma e a luz se faz real. É o momento em que as pessoas entram de um jeito e saem purificadas e, se por acaso, as pessoas saem piores do que entraram? E tem jeito? Infelizmente sim…

As pessoas saem desanimadas quando o louvor mostra que o regente não era o ideal e, ainda pior, não se preparou. Um bom regente é aquile que é fácil de seguir. Todos nós queremos seguir o regente até o céu.

Os críticos diriam que não importa se cantamos bem ou não, o que importa é a adoração. São os mesmos que dão o resto a coleta. Cantar é um sacrifício de louvor a Deus, Ele recebe nosso louvor, nossa coleta como aroma suave. Tudo é oferta ao Senhor. Não somos ensinados na coleta que devemos dar as primícias para Deus? Pois é, cantar bem é resultado de esforço, investimento e planejamento. São as primícias para Deus.

A regência tem o dever de nos elevar a Deus. As pessoas têm que não simplesmente sentir, mas saber com certeza absoluta que estiveram na presença de Deus e vão para casa totalmente justificadas dos seus pecados. Uma congregação que canta com alegria convincente, até cânticos lentos, para aquele que está visitando pela primeira vez, está cumprindo a função de elevar as pessoas a Deus. (1 Co 14:24, 25).

Os Pregadores São Incompreensíveis

Diz uma frase maldosa que “durante a semana os pregadores são invisíveis e domingo são incompreensíveis”. Pode ter certeza absoluta, se a mensagem de Deus no púlpito não for de excelência, as pessoas vão se sentir ovelhas sem um pastor. Logo você as verá debandando para todos os lados. Isto é muito real!

Pregadores que não fazem sentido deixam de aproveitar o momento único. As pessoas esperam a semana toda para ouvir uma mensagem tocante aos corações e se ouvem uma mensagem em que perguntam qual foi a mensagem, sentem-se desanimadas e todo o culto fica comprometido.

O culto não é lugar para amadores e sim para sacerdotes qualificados. O culto não é lugar de experimentos. Não podemos arriscar, são almas sedentas de água viva que serão satisfeitas através da Palavra de Deus. A pregação no culto é o lugar do melhor de nós para propagar a Palavra de Deus. Um homem qualificado e que tenha poder tanto para ensinar como para convencer (Tt 1:9)((Esta passagem se aplica a presbíteros, mas tudo o que um presbítero precisa ser, todos os homens e membros da igreja precisam ser, afinal este é o modelo)).

Muitos Encontros e Poucos Objetivos

Diz-se que igrejas que crescem têm muitos ministérios. Pode ser verdade, mas tudo o que está sendo feito é para atingir o objetivo? Então qual é o objetivo?

Encontros de mulheres, de homens, de casais, de jovens, de crianças, reunião de ministérios, encontros de casa, reuniões administrativas… Em que todas estas reuniões cooperam para o objetivo e crescimento da igreja?

A igreja precisa de menos encontros e mais objetivos, pois o que adianta gastar toda a energia da igreja em encontros que não levam a igreja a cumprir sua missão?

Muitos membros não conhecem a missão da igreja (Mt 28:18-20). Quando os membros conhecem a missão da igreja, pode-se dizer que a igreja tem uma missão, porque a missão é de todos.

A missão da igreja não é crescer verticalmente para construir prédios cada vez maiores e organizações cada vez melhores para servir as pessoas. A missão da igreja é crescer horizontalmente a ponto de ter várias congregações iguais as do Novo Testamento num mesmo bairro.

Evangelismo Perfeito na Teoria

A igreja é real, mas não é ideal. Queremos ser a igreja que Jesus edificou lá em Jerusalém e restaurar é difícil, mais fácil seria reformar.Temos uma compreensão da Bíblia difícil de se encontrar, uma excelente compreensão.

Temos uma doutrina perfeita, mas o evangelismo… não chega nem a ser o objetivo da igreja. A teoria é incrível, quando conseguirmos transformar isso em prática, aí sim a igreja vai crescer.

Conclusão

Talvez por esta minha análise acima, você possa dizer que me falta espiritualidade e eu vou concordar com você. Eu sempre vou viver com falta de espiritualidade e quero ser mais espiritual do que sou. Obrigado por sua preocupação comigo. Mas espero agora que você também compreenda que a minha preocupação em fazer o melhor é para o bem da igreja de Cristo e não para ser esteticamente agradável.

As barreiras para a igreja crescer não são os problemas, pois a igreja é a solução do mundo e uma concentração de problemas. A igreja não vence suas barreiras psicológicas numéricas porque não investe seriamente na espinha dorsal do crescimento: liderança regência, pregação, objetivo e evangelismo.

O Plano Mestre de Crescimento da Igreja

Qual é o plano mestre de crescimento da igreja? Esta é fácil: é a Bíblia. Isto é, está na Bíblia. Está descrito na missão da igreja que é fazer discípulos através do batismo e ensiná-los tudo o que Jesus ordenou. Mas se todas as igrejas de Cristo acreditam no que a Bíblia ensina, por que nem todas crescem? Esta também é fácil: porque não colocam em prática o que define a missão. Congregações que estão aplicando o princípio de fazer discípulos estão crescendo de dentro para fora e de fora para dentro.

“Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”( Mateus 28:18-20)

A igreja que leva a missão à sério faz discípulos consistentemente com seriedade. Os ministros do evangelho têm que ser profissionais em fazer discípulos, isto é, é uma tarefa espiritual, sim, mas tem que ser uma tarefa levada muito à sério. Devem levar tão à sério quanto o gerente do banco, o pedreiro que está construindo uma casa, o vendedor de uma loja. Em todas as profissões todos os profissionais devem saber que Deus dá os resultados, sim, mas eles têm que sair de casa todos os dias e cumprir a rotina. Deve-se sempre confiar em Deus, mas isto não nos exime de fazer a nossa parte. Já dizia o ditado: “Confie em Deus, mas amarre o seu burrinho”. Se eles ficarem esperando resultados da parte de Deus orando em casa, logo vão começar a ter dúvidas dos resultados que Deus é capaz de dar, porque Deus não abençoa nada que não seja fruto do trabalho e trabalho significa fé em ação. Isso quer dizer: todo trabalho dá algum resultado, você nunca saberá até colocar em prática a teoria. Se não deu resultado ainda, é porque precisa continuar insistindo e trabalhando sério.

Sim, estou comparando o ‘evangelismo’ aos trabalhos seculares, afinal, qual a diferença? É um trabalho também, na verdade, o mais nobre de todos os trabalhos. O contrário também deve ser comparado. Todos os trabalhos, no final das contas, são trabalhos espirituais. Tudo o que fazemos nos torna ministros de Deus onde quer que estejamos. Isso se aplica sempre às vidas de todos os discípulos:

“Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17)

Assim como no trabalho secular os trabalhadores têm metas a cumprir para verem os resultados, por que não o evangelista? O pedreiro faz o seu trabalho e, no final de um período de tempo, se não faltar recursos, tem uma edificação (casa, prédio). O vendedor faz o seu trabalho e, depois de um período de tempo, se não faltar propaganda, terá o resultado das suas vendas. Mas se ele aparece só de vez em quando, então ele vai perder o seu ponto de venda como referência. Da mesma forma o evangelista deve ter um objetivo, uma meta, deve seguir um plano mestre para o crescimento da igreja. A igreja deve ter, desde a sua concepção, um plano mestre decrescimento. Jesus deu este plano mestre e o plano é ambicioso: “façam discípulos de todas as nações”. Jesus garante os resultados, pois Ele, pessoalmente, estará conosco até atingirmos a meta e, é preciso lembrar, Ele é poderoso para fazer a igreja crescer. Então precisamos continuar pregando como se todos os homens fossem aceitar o evangelho e que isto depende da nossa congregação local, porque, no final das contas, a gente não sabe se vão aceitar mesmo ou se ainda não aceitaram porque nós não pregamos com meta a cumprir como deveríamos.

O plano mestre de crescimento da igreja é que todas as nações ouçam o evangelho, que alguns se batizem e os que se batizarem continuem firmes na doutrina de Jesus.

Quando falamos em crescimento da igreja, não devemos pensar em crescimento vertical, mas crescimento horizontal. Crescimento vertical significa nos levar à Deus e isto é bom, mas geralmente não é isso o que acontece. As igrejas que têm crescimento vertical geralmente estão crescendo em torno de si mesmas e pensando em ampliar o prédio, fazer eventos só para si mesmos, não perder números, não se espalhar pela terra como é o plano de Deus. Crescimento vertical se importa só com números tanto de membros quanto de oferta. Crescimento horizontal significa alcance. A igreja cresce plantando outras congregações e isto deve acontecer no bairro também. Um bairro grande precisa de muitas igrejas de Cristo. Melhor ter 5 igrejas médias com 100 ou 200 membros do que uma só congregação com 1 ou 2 mil pessoas. Crescimento horizontal se importa com pessoas e, assim, atinge os números que precisa.

Tem como a igreja não crescer? Ah, tem! Se não pregarmos como se tivéssemos que converter o mundo todo. Se abrirmos as portas só de vez em quando. Se usarmos o prédio, que custou milhares de reais, só uma vez por semana. Aí, entra a lógica humana para todas as coisas: quem não é visto, não é lembrado. Quem não planta, não colhe. Quem investe todos os seus recursos num só lugar, está fadado ao fracasso. Fiz parte de uma congregação em que a vizinhança esperava o dia em que um posto de saúde fosse abrir no local. Eles não sabiam e talvez muitos ainda não sabem que ali se reúne a igreja de Cristo.

Escrevendo o Plano Mestre

Agora olhe para a sua congregação e comece a orar. A oração serve para criar fé em você primeiro. Sem fé, não haverá trabalho e trabalho sem fé é inútil também. Olhe para a vizinhança da sua congregação e responda: qual foi a última vez que alguém pregou o evangelho para eles? Eles sabem que o local onde se reúne a congregação é a igreja de Cristo? Se a gente pregar com seriedade, quantas pessoas podem obedecer o evangelho e se tornarem discípulos de Jesus? Nós vamos saber disso se e quando começarmos a pregar.

Para definir um plano mestre de crescimento congregacional, você tem que olhar no mapa, contar quantas casas tem na rua, na região (bairro) onde a congregação está inserida; pensar que em cada casa tem, no mínimo, duas pessoas, escrever um plano como alcançar estas pessoas e colocar o plano em prática exaustiva e sistematicamente. É de fazer todo o trabalho que tem que ser feito nesta área onde está fisicamente a igreja representada através do prédio, que vai surgir tanto os resultados nunca colhidos antes quanto outros trabalhos a serem feitos lá no futuro.

Fazer um trabalho sistemático significa no mesmo lugar o tempo todo e por anos. Falar do evangelho com todas e as mesmas pessoas ano após ano. Isso significa que se a igreja decidiu distribuir folhetos, tem que distribuir no mesmo lugar todas as vezes. Se vai fazer uma campanha evangelística, tem que fazer no mesmo lugar para as mesmas pessoas até que todos conheçam tanto a congregação quanto o evangelho de salvação que ela prega.

Se a igreja não é capaz de conquistar a simpatia ou mesmo a rejeição declarada ao evangelho no bairro onde foi plantada, nunca terá condições de ter o potencial de conquistar o mundo. Afinal, o mundo está onde nós estamos. E isto mostra também que não está fazendo o trabalho para o qual existe: “pregar o evangelho a todas as nações”.

Busca Por Resultados

Você quer resultados? Então precisa de direção! Para quem você vai apresentar os resultados? Para Deus? Sim, sem dúvidas! Mas que tal ir encontrar com Ele com certeza absoluta de que ouvirá: “Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!” (Mateus 25:21). Sem dúvida você irá com consciência tranquila se vir, já nesta vida, os resultados do seu trabalho. Sabe o que, então, você precisa? Supervisão e cobrança. Sim, e voluntariamente!

Procure um mentor se você está trabalhando sozinho. Uma pessoa com a qual você desenvolve um relacionamento, confiança e segurança de ser cobrado. Peça para que a pessoa te cobre contando o plano mestre que você escreveu. Como evangelista que fui, confesso que o tempo mais produtivo foi quando eu tinha uma supervisão, tinha a quem me reportar. Autonomia total em nenhuma área da vida é saudável, não posso lembrar nenhuma área em que liberdade total para fazer ou não fazer, seja saudável. Não é bom que ninguém fique só em nada tão importante quanto a missão de pregar para o mundo todo, é muito trabalho para fazer sozinho e acaba não conseguindo fazer muito. Achar que você deve satisfação só a Deus nem bíblico é, não é concreto, não é real e não dá resultados. Você realmente vai ter que se reportar a Deus, mas calma lá, esse dia vai chegar… Assim como só provamos que amamos a Deus amando ao próximo, nos reportamos a Deus quando damos satisfação a quem, voluntariamente, nos submetemos para o bem da igreja. Submissão não é palavrão, muito pelo contrário, é bênção e traz resultados.

Conclusão

Qual o plano de crescimento da congregação para o próximo ano? Quantas pessoas vão ser batizadas? O que a congregação vai fazer para edificar aos irmãos nos próximos anos? Como e quando vai ensinar os jovens, homens, mulheres, casais? Como vai atingir o bairro? O que vai fazer para que cada membro fique firme na fé e cresça? É viável ter uma Escola da Bíblia ou mesmo um seminário de teologia? E o presbitério, quando isso vai acontecer?

Se a igreja não tem planos, o que vai acontecer é o que normalmente acontece: problemas, estagnação e decréscimo.

É Preciso Ter Visão

Quando a gente fala sobre visão na igreja, logo corre o risco de ser mal interpretado. Calma lá, nada de fazer interpretação precipitada, não é nada de espiritualismo ou esotérico apesar de precisar ser muito espiritual para ter a visão certa e trabalhar para tanto não perder a visão quanto para Deus abençoar para acontecer durante a sua vida. Afinal, se você se parece comigo, eu quero ver ainda em vida a transformação da igreja de Cristo.

Havia duas coisas que Jesus fazia durante sua vida nesta terra e que nos servem de exemplo para seguir os seus passos. Primeiro, Jesus fazia a vontade de Deus. Segundo Jesus veio para completar a obra de Deus. Estes dois requisitos se aplicam a nós também. Se você não tiver esta visão em mente, acaba se perdendo com muitas outras coisas que vai encontrar para fazer.

“Disse Jesus: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.” João 4:34

Confundir o ‘trabalhar para a igreja’ com o ‘trabalhar para Deus’ é muito fácil de acontecer. Também é muito fácil confundir a vontade de Deus com o trabalho para Deus. A vontade de Deus para todos é a mesma, mas cada pessoa tem que encontrar seu lugar para servir, isto é, o trabalho pode ser diferente de membro para membro. A própria palavra membro já sugere que existem funções diferentes no corpo de Cristo, mas todos os membros, mesmo fazendo trabalhos diferentes, devem atingir o mesmo objetivo: fazer a vontade de Deus. O trabalho de Deus vai ser feito independente de você, isto é, se você não o fizer ou falhar, Deus vai delegar a outro membro que fará, mas você não receberá o galardão por isso, muito pelo contrário, por ser infrutífero, pode até ser cortado fora.

Visão não é uma coisa nova que inventamos, foi Jesus que nos deu o exemplo dos objetivos para que tenhamos visão e os coloquemos em prática. Ele poderia ter dito um monte de coisas nos seus útilmos momentos aqui na terra, mas Ele nos deu a visão que Ele sonha para a sua igreja e não podemos perder a visão do alvo que Ele nos deu

“Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. (Mateus 28:18-20)

Enquanto não assumirmos o objetivo e visão dada por Jesus, vamos ficar no coro do “o mundo vai de mal a pior”. É o mundo vai mal mesmo, mas quem trabalha par atingir o objetivo e visão de Jesus, não tem muito tempo pra ficar reclamando, mas canta as vitórias com as quais o Senhor vai abençoando.

Olhe para a sua vida cinco anos atrás. Se você é jovem, provavelmente a sua vida mudou bastante. Se você já não é tão jovem, sua vida não mudou muito, mas isso não significa que você não progrediu. Claro que isso também pode significar que você regrediu. Agora, como será daqui a 5 anos? talvez você responda de forma rápida e fácil e com uma resposta que parece certa: “só Deus sabe” Você Está totalmente certo e totalmente errado. Está totalmente certo porque é verdade que só Deus sabe de tudo, mas está totalmente errado porque é Deus quem confia o poder de realização em nossas mãos.

Agora, pare de ser sonhador e olhe para a realidade e tente responder qual o alvo real para daqui a 5 anos da sua vida e da congregação. Se você não mirar um objetivo em números, se não medir o espaço que quer ter, nunca vai saber o que é necessário fazer para atingir o objetivo e vai viver sem visão. Logo você vai começar a reparar nos defeitos que os irmãos têm e, eles entraram para a igreja exatamente por causa dos defeitos que têm. Mas não tenha medo de ser ousado na fé. Saiba que Deus está confiando em nós. Ative a sua fé com a leitura e prática da Palavra de Deus. Medite por bastante tempo nestas palavras:

Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!” (Ef 3:20, 21)
“Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor; é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.” Tiago 1:5-8

Imagine que você fosse o prefeito ou um vereador da cidade. Se notasse que, ano após ano, uma enchente atinge sempre o mesmo lugar e você já sabe as consequências. O que você faria? Evite pensar sobre política atual brasileira agora. Pense em soluções. O que você faria nos próximos anos para que esta situação fosse diferente e você pudesse mudar a vida das pessoas para melhor? Se você não tivesse a menor ideia do que fazer, quem deveria procurar? Então, não é muito diferente quando pensamos sobre a igreja no sentido de ter visão para melhorar a vida das pessoas e mudar a situação atual. Se você não sabe o que fazer, procure quem pode te ajudar.

Vamos pensar juntos: se você fosse o prefeito ou mesmo um vereador, se você realmente se empenhasse, não conseguiria realizar uma obra para o bem das pessoas, mesmo sem perguntar se é da vontade de Deus? Sim, isto tem acontecido por aí mundo afora. Por que nós que somos filhos de Deus, sabemos que crescimento é a vontade de Deus, não vamos acreditar no poder Dele que está em nós? Então, vamos pedir com fé, sem duvidar! Deus, nos dê crescimento na igreja.

Quando a igreja é nova, em pouco tempo ela sofre muitas mudanças e cresce. Assim como quando uma pessoa é nova também acontece o mesmo. Uma pessoa velha já sente dificuldade em fazer mudanças e progredir. Talvez seja porque a pessoa envelheceu, e isto não tem o que fazer, talvez não esteja vivendo em novidade de vida que traz maturidade. Envelhecimento não é maturidade. Uma pessoa madura continua a crescer. Uma igreja madura, não importa o quanto tempo tenha passado, não perde a visão dada por Cristo. Igrejas evangelísticas não perdem a visão porque este é o alvo. Uma igreja pode se tornar evangelística e amadurecer a qualquer momento da sua jornada espiritual. Igrejas que envelhecem, morrem. Igrejas maduras rumam para a eternidade. Por isso, é preciso ter visão.

É preciso ter visão a longo, médio e curto prazo para a igreja. Triste quando visita-se uma congregação da igreja e não vejo um plano de evangelismo e crescimento. Mais triste ainda quando passam ano após ano e as coisas não só não melhoram como pioram. Se eu que não sou ninguém e não me devem satisfação fico triste, imagino como sente Deus que deu a visão para a igreja perseguir. Acredito que o Espírito testifica com o nosso espírito e se nós ficamos tristes por ver a falta de visão na obra de Deus, é porque é triste mesmo.

A igreja precisa de uma pessoa que acredita. Em todas as grandes transformações nas mãos de Deus estava uma pessoa pra começar.

O Senhor Acrescenta, Cuida e Tira

“Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor dia a dia os que iam sendo salvos”. – Atos 2:47b
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der frutos, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda… Eu sou a videira, vós os ramos” – João 15:1-2, 5ª
“No mesmo instante, caiu (Safira) ela aos pés de Pedro e expirou… E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos quantos ouviram a notícia destes acontecimentos”. – Atos 5:10a, 11

Às vezes fico pensando na quantidade de irmãos em Cristo que já conheci, estiveram junto conosco na igreja e muitos deles não fazem mais parte do corpo de Cristo.
Conversando sobre esse assunto um dia desses, uma irmã disse, quase chorando: “Por que eles foram embora?”.
Alguém disse, sem titubear: “O pecado. Simples assim”.
Fiquei pensando sobre essa última resposta e, após algum tempo, passei a dar razão para essa resposta. Quando nos convertemos a Jesus, somos totalmente limpos, nossos pecados são perdoados. No entanto, vivemos num mundo pecaminoso e daí a razão do incentivo das Escrituras de permanecermos juntos, como ramos, na videira que é Jesus.
Graças a Deus temos irmãos que creem em Jesus, o aceitam como Senhor e assumem um compromisso sério com o Senhor permanecendo fiéis. São vários os irmãos com anos na caminhada cristã, vencendo suas dificuldades, tentações e provações. Estes são aqueles que contribuem para o crescimento do corpo de Cristo, são os primeiros a se voluntariar para servir alguém. São os ramos produtivos e para eles a promessa é de que Deus irá limpá-los ainda mais e vão produzir com abundância, uma vez que estão ligados a Jesus, a videira verdadeira.
Por outro lado, temos outros que continuam em seus pecados, muitas vezes agem de maneira hipócrita, querem apenas ser servidos e dificilmente servem. Alguns destes até atrapalham e sabotam o trabalho cristão, criticam os que o fazem, sem ajudar, infelizmente, mais atrapalham do que ajudam no reino de Deus.
Para estes, nossa atitude deve ser de amor, paciência, perdão, esperando que com o tempo o Espírito Santo toque em seus corações e os transforme em verdadeiros seguidores de Jesus. Não adianta insistir em corrigi-los (estão sempre certos) e a correção pode ter efeito contrário, pois muitas vezes assumem a posição de vítimas e podem contaminar o rebanho.
O que fazer? Orar por eles e entregá-los nas mãos do Senhor da igreja. Ele saberá como tratá-los, nem com excesso de brandura, nem de maneira dura demais, na medida certa. E, se insistirem em atrapalhar, serão cortados pelo próprio agricultor, como aconteceu com Ananias e Safira.
Claro que não estou dizendo para ignorar os textos das Escrituras que ensinam sobre o momento da disciplina (Mateus 18:15-22 e 1 Coríntios 5, por exemplo). Há pecados claros, públicos, que escandalizam. A estes deve ser dado o devido tratamento bíblico. Estou falando daquelas áreas “cinzentas”, difíceis de determinar, que somente o “conhecedor dos corações” (Atos 1:24) é capaz de julgar.
Sim, o Senhor acrescenta, cuida e tira. Deixemos, então, o caso em Suas poderosas mãos.

Os Evangelistas – O Papel de Ajudar a igreja a Crescer

Paulo, na sua carta aos efésios, diz: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (grifo meu).

Afinal, qual é o papel de um ou alguns evangelistas na igreja do Senhor? Em primeiro lugar, no sentido mais abrangente, todo cristão é um evangelista, uma vez que a ordem do “ide e pregai” é dirigida a todos os discípulos de Jesus, indistintamente.

Porém, ao olharmos as cartas de Paulo a Timóteo e Tito, vemos que esses dois servos de Jesus tiveram uma tarefa específica. Vejamos o que o apóstolo diz em 1 Tm. 1:3 e Tt. 1:5 e observaremos que tanto a igreja em Éfeso como Creta eram igrejas novas e não podiam ficar sem supervisão, e essa tarefa coube a esses dois homens que andavam com Paulo. Eles deveriam ajudar a igreja a crescer, em certo sentido “pastorearem” a igreja até que esta tivesse condições de constituir o seu presbitério e o seu diaconato.

Assim, o papel do evangelista é bem definido numa igreja que ainda não tem famílias maduras o suficiente para dali serem eleitos os diáconos e presbíteros. Conforme ensina 1 Timóteo, seu papel é admoestar, ou seja, corrigir (1:3-4, 13 e 16), ensinar a igreja (4:6), ser um bom modelo (4:12, em certo sentido, ele tem a autoridade do Senhor até mesmo para corrigir as pessoas mais velhas cronologicamente, mas ainda crianças na fé (5:1-2)). Quando a igreja cresce em números e em espiritualidade, o evangelista ou os evangelistas serão utilizados por Deus na constituição do presbitério (Tito 1:5).

Chama ainda a atenção que, mesmo após a igreja possuir presbíteros, os evangelistas fazem o papel que na lei é chamado de “peso e contrapeso”, ou seja, eles ainda tem autoridade concedida por Deus e por seu bom exemplo para corrigir um presbítero que esteja em pecado (1 Timóteo 5:19-21), tudo isto para o bem da igreja. Assim, o evangelista deve pensar bem antes de propor a eleição de presbíteros, para não se tornar cúmplice nos pecados dos outros.

Portanto, o evangelista serve para evangelizar e, no início da igreja, vai ensinar a congregação, ajudar os irmãos a descobrirem seus dons e os utilizarem para o crescimento do Reino e, quando essa igreja estiver crescida, o evangelista terá a humildade de reconhecer os homens e mulheres que estão sendo levantados e promover esses homens, junto com a igreja, no importante papel de presbíteros e diáconos. Após, o seu trabalho se torna mais fácil, pois a ele compete continuar evangelizando e agora contando com os pastores ou presbíteros, que farão o papel de pastorear ou cuidar da igreja de Deus (1 Pedro 5:1-2). Não há competição, pois ambos estão trabalhando para o crescimento numérico (evangelista) e espiritual (presbíteros) da igreja do Senhor. O maior sinal de sucesso de um evangelista é quando a igreja, enfim, constitui o presbitério.

Sou Crescido Espiritualmente Falando?

“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado” (Gálatas 6:1)

“Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos” (Romanos 15:1)

“O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Porque não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano” (1 Coríntios 6:7)

“Como poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave do teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão” (Lucas 6:42)

“Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12)
(grifos meu)

“Fulano é um irmão espiritual”, ouvimos às vezes. Quase sempre quem recebe esta qualificação a recebe em razão de sua eloquência, suas boas aulas, sua participação na igreja. São boas qualidades, de fato. Porém, por si só não são garantias do crescimento espiritual de uma pessoa.

Quero compartilhar 5 sinais (há vários outros) de crescimento espiritual na vida de um discípulo de Jesus:

1. Está mais preocupado com a existência de pecado em sua vida, não na dos outros. Uma pessoa crescida deseja agradar mais e mais ao seu Senhor. Assim, conhecendo seus pontos fracos, é pecador, está em constante vigilância. Ao cuidar de si não tem tanta atenção para as faltas dos irmãos. Uma pessoa madura sabe que trava uma guerra de vida ou morte com o pecado e, por isso, se necessária, “corta a mão”, o olho, o que for necessário para não pecar contra Deus (Marcos 9:43-48).

2. Corrige os outros com mansidão e temor. Apesar de não ser um detetive investigando a vida dos outros, quando vê (não ouve dizer ou presta atenção em fofocas), ele, por amor, vai atrás do irmão e, com jeito, brandura e bíblia aberta, procura levar este irmão de volta. Sua brandura vem do fato de que ele sabe que também “tem telhados de vidro”, ou seja, é um pecador, passível de queda e deseja ser tratado com a mesma misericórdia quando for corrigido por alguém. Como está constantemente “tirando os ciscos dos próprios olhos” para que não acumulem e se tornem “traves”, enxerga o suficiente para ajudar outros também a tirarem os ciscos (pequenas falhas) dos seus olhos.

3. Suporta a falta de crescimento dos outros. Talvez seja um dos maiores sinais de crescimento espiritual, quando estamos dispostos a “engolir sapos” em razão das falhas dos outros. É sempre estar disposto a dar mais uma chance, é não julgar, é não condenar, mas, por amor a Deus e à igreja, aguardar o momento do irmão imaturo crescer. No corpo de Cristo, os verdadeiramente crescidos estão dispostos a “suportar uns aos outros” em favor da família de Deus, não cria problemas, tem um coração compassivo, cheio de misericórdia para com o próximo. Os irmãos ainda “crianças na fé” precisam ter suas “fraldas” trocadas. E Jesus utiliza os adultos na fé para que tal trabalho seja realizado.

4. Abre mão de seus direitos por amor ao irmão e ao corpo de Cristo. Ele abre mão do seu alojamento no acampamento (apesar de ter direito), de seu ponto de vista, para evitar uma discussão inútil. Ele sabe que no fim a verdade de Deus prevalecerá e espera n’Ele. Na igreja em Corinto um irmão estava levando outro aos tribunais. Depois de aconselhar os irmãos a resolverem a questão internamente, Paulo diz que a maior prova de crescimento espiritual seria “o mais forte” tomar prejuízo em favor do menos crescido na fé, por amor a ele e a igreja.

5. Ele sabe que os olhos de Deus estão em todo lugar. Desta maneira, Ele está preocupado com a aprovação de Deus, não dos homens, com o julgamento de Deus, não das outras pessoas. Existe apenas um Senhor e a Ele todos prestarão contas. Ter a dimensão da grandeza e do poder internalizado no coração faz com que tenhamos segurança no agir de Deus, bem como na sua presença constante. Essa presença enche o coração de segurança e temor.

Eu sou uma pessoa assim? Você é alguém com estas características? Que tenhamos e sejamos mais e mais irmãos espirituais, ajudando (e não atrapalhando) o crescimento de todo o corpo de Cristo.

Sem Tédio

Meus irmãos e eu temos histórias hilárias de infância que as nossas crianças amam. Gostamos de lembrar de como eram as férias, o lazer, a simplicidade das brincadeiras e de como usávamos a criatividade para nos divertir até durante o castigo. Nem precisamos fazer um grande esforço mental, pois há pouco menos de 40 anos não tínhamos lista de exigências para os pais cumprirem nas férias; sabíamos que os adultos até podiam brincar feito crianças, mas não tinham “obrigação” disso; não conhecíamos a palavra tédio, por isso nunca diríamos “estou entediado (a)!” – frase tão comum entre os pequenos hoje.
Sem entrar no saudosismo melancólico dos velhos tempos, aproveito as férias de julho para questionar – e por que não?!
Tenho acumulado pérolas engraçadas e, ao mesmo tempo, sentido pesar quando frequento ambientes públicos com as meninas. É hilário ver pais e mães ensinando os filhos (já grandes) a subirem num balanço, a usar o parquinho do prédio onde moram! Mas, vem um pesar quando vejo a infância perdendo de usufruir o que é próprio da fase.
Tentativas e erros não devem mais fazer parte do repertório infantil? Virou coisa do passado?
Adultos interferem o tempo todo na interação e nas brincadeiras infantis na tentativa de diminuir o esforço das crianças?
E, quanto a parar o tempo, pausar o derretimento do sorvete, lutar contra a lei da gravidade, pregar cola no meio do escorrego só pra tirar a self perfeita? Claro que tem criança que se diverte com fotos e poses, mas a grande maioria não se agrada de parar a brincadeira para isso.
Como posso esperar o desenvolver da motivação intrínseca (de dentro de si mesmo) quando fico expectadora e plateia de tudo o que as crianças fazem, tornando-as até dependentes dos aplausos para tudo o que realizam?
É estruturante que elas aprendam a desenhar para o próprio apreciar, experimentem dançar, limpar, brincar, se fantasiar, pelo simples motivo de se sentirem leves, felizes ou engraçadas, fazer essas coisas pela exclusiva satisfação interior, sem que tenha alguém fotografando, aclamando ou aplaudindo.
Andando pela cidade percebi o malabarismo que as instituições religiosas fazem para “ganhar” mais participantes nas EBF’s: pula-pula, piscina de bolas, banda de ‘louvor’, piruetas, brindes e lanches… vale qualquer esforço! E, se sobrar tempo, fala-se de coisas espirituais…
Será que passam a mensagem de que as coisas espirituais são entediantes!?
Não precisam se escandalizar comigo! Eu defendo que as crianças precisam ter um espaço de acolhimento na igreja, de ensino bíblico dirigido, utilizando de linguagem própria e ferramentas lúdicas. Acredito que os que se dispõem ao serviço devem amar os pequeninos e se qualificar para ajudá-los a vivenciar experiências positivas no ato de se congregar.
Devemos também cuidar para que no ato de acolher, não coloquemos a criança como figura central das atividades congregacionais.
A igreja não é o “entretenimento” das crianças e a família não é o parquinho.
Os adultos (pais, tios, avós, professores, parentes) não precisam dirigir as atividades o tempo todo para serem figuras presentes.
É salutar que os pequenos entendam que adultos perdem a concentração, se cansam, necessitam de um momento de silêncio e descanso. As crianças precisam do respeito ao silêncio também para prepará-las para uma atitude devocional e meditação na Palavra – esse exercício deve começar o quanto antes. O tempo sozinho com Deus é a base do relacionamento com Ele, pois é preciso silenciar para escutar a Sua voz. É preciso aprender a quietude pra meditar nos preceitos do Senhor e isso não é entediante, não é monótono!
“O período ‘silencioso’ com Deus a cada dia representa o centro da vida do cristão, sem o qual todas as demais atividades ficam fora de foco.” (Faulkner & Brecheen, 2000, p.119)
Nós, pais e mães, somos abençoados quando educamos nossos filhos na instrução e conselho do Senhor (Efésios 6.4). As crianças tem, antes de tudo, uma jornada a caminho da eternidade e nós não podemos perder de vista o trabalho de cultivar as experiências que plantarão nelas o desejo de servir a Deus e aos outros. Desse modo, os incríveis momentos que desfrutamos na presença dos pequeninos devem ser de doação, de afeto, carinho, amor, sempre os ensinando a se colocarem no lugar certo – ao lado – e não no centro.
Referência: Falkner, Dr. Paul, Brecheen, Dr. Carl. O que toda família precisa. Ed. Vida Cristã, 2000.

12 Motivos Para Participar

Enviei uma mensagem para vários irmãos perguntando o motivo que eles tinham para participar dos eventos da igreja. Claro que escolhi irmãos interessados no crescimento pessoal e participantes tanto nas suas congregações quanto nos eventos. Praticamente todos participaram, o irmão Dionísio me avisou que a mensagem dele viria pelo email e veio. Quando eu li, vi que ele apresentou 12 motivos e resolvi isolar a resposta dele e transformar num artigo.

O Dionísio é um dos organizadores do Congresso Mineiro. Um evento que aconteceu no começo de Julho e esteve na sua 2º edição. Foi um sucesso!

Confira abaixo 12 motivos para participar dos eventos da igreja.
– Porque é uma oportunidade de estar contribuindo para promover a comunhão junto com os irmãos que não vemos todos os domingos pelo fato de estarmos ocupados no serviço do Senhor.
– Porque é uma oportunidade de estar demonstrando além de palavras, a unidade do corpo de Cristo
– Porque é uma oportunidade de demonstrar unidade com as congregações irmãs
– É um refrigério fazer algo diferente junto com os irmãos, pois as vezes estamos tão exaustos com o trabalho do Senhor que precisamos de recarregar nossas baterias espirituais.
– Porque é um motivo para convidar e levar visitantes para ouvirem a palavra de Deus
– Porque é uma oportunidade de estar contribuindo para mostrar para os irmãos da congregação local, principalmente os mais novos na fé, que temos uma irmandade além daquela que vemos todos os domingos.
– Porque é uma oportunidade para motivar um visitante estudante da bíblia a tomar a decisão do que já sabe que tem que fazer. (ser batizado)
– Porque é uma oportunidade de prestigiar o trabalho dos palestrantes que com tanto esforço e dedicação querem compartilhar da palavra de Deus.
– Porque é uma oportunidade para aprender mais sobre a palavra de Deus
10º – Porque é uma oportunidade para fazer reciclagem sobre o que já sabemos da palavra de Deus
11º – Porque é uma oportunidade de estar demonstrando apoio para os irmãos que estão na organização do evento.
12º – Porque, quanto mais eu estiver junto com os irmãos, mais demonstro que estou com Cristo, mais sou fortalecido, mais sou encorajado e peco menos.
Por Dionísio Luz

Sede Sóbrios e Vigiai

“Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração; tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados” (1 Pedro 4:7,8)

O fim se aproxima! Você está preparado ou preparando-se para o encontro triunfal com Cristo? Com certeza tudo o que vemos será aniquilado e nada ficará intacto na volta do Senhor Jesus (2 Pedro 3:10-12)! Sabemos que este mundo e suas concupiscências, “jaz no maligno” (1 João 5:19); não tem solução a não ser render-se a Cristo.

Na sobriedade encontramos prudência, ou seja, prevenimos e evitamos os perigos que podem nos levar a conhecer e praticar o que não nos convém. Portanto, devemos vigiar e ficar alertas, “acesos”, ligados e em sintonia com nosso Deus através de nossas orações e comunhão com Ele. Não podemos ser pegos de surpresa dizendo: “eu não sabia!”

Lemos e ouvimos diariamente a Palavra de Deus – pelo menos deveria ser assim –, e precisamos colocá-la em pratica em nossas vidas.

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.” (Salmo 119:105)

Devemos nos preocupar em praticar aquilo que aprendemos mesmo que os outros não queiram. Nosso amor para com nossos irmãos deve ultrapassar a barreira do condicional e irmos além tendo um amor ao ponto de dar a nossa própria vida.

“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.” (João 15:13)

O porquê desse amor? Amando assim, estimulamos mutuamente uns aos outros a largar o pecado que tanto tenta nos envolver e destruir. Sem este amor, estamos à porta de sentimentos que nos levam a desunião e consequentemente ao pecado.
Ame incondicionalmente!