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Conversa Com Demônios

conversa com demonios

Dois demônios estavam conversando.
– “Onde é que a gente vai hoje?” Perguntou o primeiro.
– “Ah, vamos numa igreja onde a gente não foi ainda.”
– “Que tal a igreja de Cristo?” Respondeu o segundo.
– “Não dá. Lá está fechado para nós. Não lembra? Jesus disse que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja dele,” lembrou o primeiro demônio.
– “Já sei, então.” Falou entusiasmado o segundo. “Vamos naquela igreja lá onde deixam a gente falar no microfone.”

Seria muito mais engraçado se não fosse espiritualmente trágico. Este é o quadro pintado como caricatura por esta piada. Sobre o mundo religioso. Uns acreditam que existe ainda expulsão de demônios. E vão esperando ver um grande espetáculo de exorcismo. Uma minoria prefere acreditar que Jesus já venceu e que Satanás não tem lugar na igreja de Deus. De que lado você está?

A Bíblia é enfática. O diabo e seus demônios são mentirosos. E neles não há verdade.

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8:44)

“O que nos últimos dias esse espírito falaria e ensinaria mentiras. Por isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os espíritos é uma religião perigosa e antibíblica.

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Tm 4:1)

Devemos seguir o exemplo de Jesus, Ele, de fato, expulsava os demônios, mas na ficava enaltecendo algum poder ou influência que ele tinha sobre alguém. Vejamos como ele tratava os demônios:

“Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem” (Mc 1:25)

Jesus não dava lugar para o demônio, não o entrevistava. A Bíblia é a nossa fonte de referência e única autoridade religiosa. A Bíblia não fala nada de despacho, descarrego, trabalho contra ou a favor de alguém, espiritismo, etc. Basicamente, a Bíblia não abona essas práticas porque simplesmente não existem, são invenções de homens que estão longe de Deus. O que existe, afinal, é a atuação de Satanás. Quanto mais as pessoas acreditarem nisso tudo, melhor para a propaganda do  trabalho de satanás. O objetivo dele é causar medo nas pessoas e os seus agente lhes dão espaço nos púlpitos de suas denominações.

Sendo a Bíblia a autoridade, precisamos saber que a vida precisa mudar e não a palavra de Deus.

“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa” (Mt 12:43-45)

Se você já foi libertado do pecado e das garras do diabo, preencha a sua vida com uma vida nova, isto é, a vida de Cristo no seu corpo. Você já deve ter assistido pela televisão ou até mesmo ter visto pessoalmente supostos exorcismos. É claro que o que eles querem é mostrar fatos, te amedrontar, mas você não recebeu espírito de medo e sim o Espírito Santo. Agora, pense comigo, qual tem maior valor? Um exemplo humano ou a palavra de Deus? Precisamos conhecer e comparar toda a experiência religiosa com Jesus e as palavras inspiradas pelo Espírito Santo as apóstolos e discípulos, isto é, o Novo Testamento. Quem pratica exorcismo pensando em Jesus deve saber que Jesus nunca foi exorcista. Jesus não ficava fazendo entrevistas com os demônios para provar o seu poder. Jesus tem poder, e quem duvidava? Muitas vezes Ele não fez milagres que pediram. Já quem faz entrevista com o demônio está querendo provar alguma coisa ou tem um contrato de exclusividade com ele.

Na igreja de Cristo, Satanás não é convidado para o culto. Por isso mesmo que você nunca vai vê-lo sendo expulso de alguém. Afinal de contas, quem está em Cristo nova criatura é.

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1)

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (5 Co 5:17)

Satanás já foi expulso e, no batismo,  o Espírito Santo passou a viver no corpo do discípulo de Cristo. Satanás não se manifesta na vida de alguém que esteja dentro da igreja, que esteja ligado à Cristo e só está na igreja (não no prédio) quem está em Cristo. No entanto, não importa o lugar, onde estivermos reunidos lá um lugar santo. Jesus está ali. Foi Ele quem disse:

“Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20).

Jesus não divide louvor ou atenção com satanás. No tempo de Jesus, de fato havia possessão demoníaca, mas como e por que? Era a luta de Satanás para aparecer e comparar o seu poder com Deus. Então, enquanto Jesus era Deus em carne e osso, possessão demoníaca era satanás encarnado. Satanás queria desafiar Jesus através da presença física. Ele não queria que Jesus tivesse todo o poder e atenção. Ele queria desviar um pouco para si mesmo. Porém, como já sabemos, Jesus foi vitorioso. Deixemos Jesus ser vitorioso também em nossas vidas e não demos lugar ao diabo (Ef 4:27-29).

Certa feita, um grupo de seminaristas foi fazer uma prova de uma única questão. Fale sobre Deus e sobre o diabo. Foi lhes dado aos alunos 60 minutos para responder. Um deles pegou uma folha e começou a escrever sobre Deus. Dissertou sobre suas maravilhas, sua obra, seu filho, sobre a salvação. E o fez de maneira tão apaixonada que não atentando para o relógio, passaram-se 59 minutos. Quando o professor alertou que faltava apenas um minuto, o jovem escreveu no rodapé da página. Fiquei tão envolvido com Deus que não tive tempo para Satanás. Apesar de não ter cumprido o que lhe foi solicitado, sua dissertação foi considerada a melhor de todas.

Façamos como este estudante. A vida é uma prova também. Fiquemos envolvidos totalmente com Deus e não demos tempo para Satanás. Jesus falou sobre este tipo de religioso que dá mais importância às coisas do que às almas.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23:15).

O Que Podemos Cantar no Culto?

Todo mundo quer ir para o céu, não é verdade? E que tal já ir treinando aqui mesmo um pouquinho a cada dia? A adoração, a edificação e passagens poderosas da Bíblia têm o poder de nos elevar até onde Deus está. Podemos fazer tudo isso cantando.

Os fariseus eram conhecidos por criarem regras para tudo, apesar de já terem 617 mandamentos. O problema deles foi criar regras que não estavam escritas ou fazerem interpretações do que estava escrito na Palavra de Deus. Com Jesus, aprendemos a simplicidade da Palavra de Deus. Se fosse preciso ficar fazendo interpretações, não seria para as pessoas simples, mas são elas exatamente que Jesus quer atrair.

Corre por aí, de fonte obscura, uma ideia de que no culto não devemos cantar nada que não seja louvor e adoração a Deus, mas não é isso que a simplicidade da palavra nos ensina. Existe, por acaso, uma passagem que nos dê direções explícitas sobre cantar apenas louvor e adoração no culto? Pelo contrário, tanto porque não temos exemplos da ordem do culto e dos cânticos cantados nos cultos da igreja desde o primeiro século. Sobre a ordem do culto, claramente entendemos que eles cantavam, participavam na Ceia do Senhor, ofertavam, oravam, liam e ouviam a explicação da Palavra de Deus e mantinham comunhão todos os domingos.

Vamos pensar juntos em algumas passagens enquanto a lemos abaixo:

Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” (Sl 122:1)

“…Está alguém alegre? Cante louvores.” (Tg 5:13)

“E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais,” (Ef 5:18, 19)

Um dos irmãos mais bem preparados para responder esta questão é o Marcos Menaldo. Ele é, provavelmente, o mais bem preparado regente entre as igrejas de Cristo no Brasil, tanto em conhecimento quanto em prática na regência. Há alguns anos atrás ele gravou um vídeo para o Programa Comunhão que fala sobre o que é salmos, hinos e cânticos espirituais. Leia o que ele disse no vídeo:

Vou trazer um questionamento que muitas pessoas me fizeram e eu queria explicar hoje sobre hinos, salmos e cânticos espirituais. O que é cada um?

Vamos dar uma olhada na Bíblia, lá em Colossenses3:16, fala assim:

“A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria, ensinar-vos e admoestar-vos uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.”

O que será que quer dizer isso? Salmos, hinos e cânticos espirituais, será que tem diferença? Não é tudo música? Tem uma diferença entre eles.

Vamos falar primeiro de salmos.

Salmos é tudo que é retirado da Bíblia. Todas as passagens musicadas são salmos. Alguns exemplos: Salmo 100.

“Celebrai com júbilo ao Senhor todas as terras, servi ao Senhor com alegria.”

Outro exemplo: “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Deuteronômio 6:4-25)

Então, isso são salmos. São cânticos tirados da Bíblia, não é só tirado do livro de Salmos. Qualquer passagem tirada da Bíblia são salmos.

E o que quer dizer hinos?

Hinos são orações cantadas. Tudo que é diretamente para Deus são orações cantadas. Fala direto com Deus. Então, algum exemplo?

“A ti, ó Deus, fiel e bom Senhor, eterno Pai, supremo Benfeitor.” Ou “Eu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do oleiro.”

Então, são hinos diretamente para Deus. É uma oração para Ele.

Cânticos Espirituais

E cânticos espirituais são todas as músicas de edificação, que não foram tiradas da Bíblia e não são diretamente para Deus, mas são de edificação. Fala tudo pertinente ao reino, aos irmãos, sobre a palavra, sobre a Bíblia, mas que não são diretamente para Cristo ou para Deus. Vamos ao exemplo?

“Montanhas e vales e vistas imensas, são obras da mão do eterno Senhor.”

Então, todos esses falam da palavra, falam de Cristo, falam tudo que é de Deus, mas não falam diretamente com Ele.

É só para tirar essa dúvida, que muitas pessoas já me perguntaram sobre isso.

Assim como vimos na leitura acima em Efésios 5:18, 19, nós devemos nos encher do Espírito através de Salmos, hinos e cânticos espirituais. Nos enchemos do Espírito Santo quando cantamos salmos, hinos e cânticos espirituais, isto é, quando cantamos letras tiradas diretamente da Bíblia com nossas melodias, quando cantamos diretamente para Deus ou para Jesus em adoração e também nos enchemos do Espírito Santo quando cantamos cânticos espirituais, isto é, “músicas de edificação, que não foram tiradas da Bíblia e não são diretamente para Deus, mas são de edificação”.

Devemos cantar só músicas de adoração a Deus no culto? Não! Podemos, mas não devemos como um mandamento ou uma regra ou interpretação de alguém, por mais influência que tenha essa pessoa. Devemos também cantar músicas de amor fraternal, de alegria, pois estamos na casa do Senhor e devemos nos alegrar que é também fruto do Espírito Santo (Gl 5:22-24).

Pra pensar: Se não devemos cantar nada além de louvor e adoração a Deus no culto, então será que não devemos limitar louvor e adoração somente ao culto? Isto é, então não devemos cantar louvor e adoração durante a semana. Paulo e Silas estavam errados quando presos, cantaram louvor e adoração, deveriam ter cantado cânticos de amor fraternal, de evangelismo. Veja que a teoria não se sustenta quando a colocamos ao contrário.

Quanto à criação de regras e interpretações mirabolantes, melhor a gente ler a palavra de Deus e ficar com o simples e usá-la também para defender a nossa fé.

“Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes… Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças. Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo… Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal, e não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem-vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus. Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquilo outro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Cl 2:4, 6-8, 18-23)

O CULTO DOMINICAL

INTRODUÇÃO

Há alguns dias gravei um vídeo, baseado em dois artigos escritos neste portal “O Culto Dominical – quão importante é” e “Culto dominical – bênçãos e privilégios”. No referido artigo descorri sobre a importância de, como seguidores de Jesus, nos reunirmos como igreja, assembléia ou comunidade de Cristo para celebrarmos juntos a Deus. Escrevi, inclusive, sobre a importância de estarmos preparados físico e espiritualmente para esse momento de comunhão.

Apesar de no Novo Testamento, inicialmente, os irmãos reunirem-se todos os dias, em razão da ressurreição de Jesus ter se realizado no primeiro dia da semana (depois chamado de domingo), este tornou-se o dia em que a igreja desde sua tenra idade reuniu-se. Vamos falar um pouco dele.

O DOMINGO É O DIA CORRETO?

Não obstante a oposição de parte da cristandade, em especial dos Adventistas do Sétimo Dia, há farto material bíblico, extra-bíblico e histórico a comprovar que o primeiro dia da semana foi o dia escolhido por Deus como o da celebração mais importante dos cristãos.

No livro de Atos vemos o exemplo da igreja primitiva reunindo-se no primeiro dia da semana, conforme Atos 20:7, que algumas bíblias traduzem como “sábado à noite”, provavelmente em razão de que, para os judeus, o sábado terminava às 18:00 horas e não às 23:59:59 como hoje. Aliás, no texto do livro de Ato consta que os irmãos reuniram-se para “partir o pão”, que tornou-se a maneira de referir-se a celeração da ceia do Senhor. O primeiro dia da semana” não era o sábado, mas o dia após o sábado, conforme é evidente nas declarações registradas nos relatos do evangelho (veja Mateus 28:1; Marcos 16:1, 2; Lucas 23:56; 24:1).

Provavelmente pelo mesmo motivo o apóstolo Paulo incentiva a igreja a realizar suas coletas no primeiro dia da semana (1 Coríntios 16:1-4), o que faria com que a reunião concidisse com o dia da realização da ceia do Senhor, orientanda àquela igreja no capítulo 11 da mesmo epístola (11:23-26).

Porém, a maior prova de que a igreja se reunia no primeira dia da semana está em Apocalise 1:10. João está exilado na ilha da Patmos e no seu escrito ele diz que encontrava-se no ἡμέρα κυρίου ou no dia do Senhor, que deu origem ao termo “domingo”. No momento de adoração João recebeu a revelação de Jesus encontrada no livro.

Há ainda documentos, escritos no segundo e terceiro séculos da era cristã que apoiam o domingo como o dia da reunião dos cristãos como, por exemplo, o escrito do oficial romano Plínio, o jovem (63-113 D.C.), o Didaquê (90 a 150 D.C.), o escrito de Inácio (35-107 D.C.), cristão que conviveu com o apóstolo João, a epístola de Barnabé (escrita em 130 D.C), o livro Atos de Pedro (escrito aproximadamente em 180 D.C,), o escritor cristão Tertuliano (160-220 D.C) e, finalmente, Eusébio de Cesareia, que escreveu em cerca de 300 D.C. o livro “A história eclesiástica”. Todos afirmam que o domingo era o dia em que a igreja reunia-se para celebrar a ressurreição de Jesus, quando havia a celebração da ceia do Senhor. Mais informações sugiro a leitura do estudo “A ceia do Senhor” na revista A verdade para Hoje (Clique na frase sublinhada para ler).

QUAL O HORÁRIO CORRETO?

Desde que a igreja se reuna no domingo, não importa se de madrugada, de manhã, à tarde ou à noite, o importante é que seja no primeiro dia da semana. Afinal, no início da igreja, o único dia de descanso era o sábado e para os judeus. Desta maneira, os demais cristãos trabalhavam normalmente todos os dias da semana, inclusive no domingo, e assim separavam algum momento daquele dia normal para reunirem-se.

O QUE FAZER NO DIA DO SENHOR?

Podemos utilizar as palavras de Paulo encontradas em 1 Coríntios:

“Que fazer, então, irmãos? Quando vocês se reúnem, um tem um salmo, outro tem um ensino, este traz uma revelação, aquele fala em línguas, e ainda outro faz a interpretação. Que tudo seja feito para edificação.” – 1 Coríntios 14:26

Exposição da Palavra 

Tendo este texto em mente, bem como o exemplo de Atos 20:7 e o fato de que aos nos reunir estamos ensinando uns aos outros todas as coisas que Jesus nos ordenou (Mateus 28:20), no culto dominical deve ser reservado um tempo considerável para o ensino da Palavra de Deus, chamado de sermão ou mensagem atualmente. Em minha opinião, menos que 30 minutos é pouco tempo para uma boa explicação bíblica, porém, esse tempo não deve ser muito ultrapassado, até pela incapacidade da menter em reter informações longas e a presença de crianças em nossas reuniões. Uma ideia boa que tem surgido é, após a reunião, um tempo ser reservado para um estudo conjunto das Escrituras, chamado por muitos de Escola Bíblica Dominical.

A ceia do Senhor

Dentro da reunião, além da mensagem, chama a atenção que Atos 20:7 destaca que naquele dia haveria o partir do pão, isto é, a celebração da ceia do Senhor, relatada em 3 dos 4 evangelhos, instituída por Jesus e por ele determinada que fosse feita em “memória dele” (Lucas 22:19) e ainda orientada pelo apóstolo Paulo, quando corrigia os erros que os irmãos na cidade de Corinto comentiam ao celebrar a ceia (1 Coríntios 11:23-31). Os católicos a chamam de “eucarista” ou ação de graças. É um nome apropriado, pois estamos dando graças a Deus em razão do sacrifício do seu Filho por nós.

Oferta

Ainda como parte do culto temos a oferta generosa, de conformidade com a prosperida de cada cristão, que substituiu o dízimo, ordenança restrita ao Velho Testamento. Na nova aliança somos incentivados a ofertar de coração, como gratidão pelas bênçãos de Deus e de forma livre, sem qualquer controle externo como, por exemplo, envelopes com a identificação do ofertante. No entanto, o ato deve ser incentivado e ensinado, conforme vemos em vários textos no Novo Testamento (Romanos 15:26-27, 1 Coríntios 16:1-4 e 2 Coríntios 8-9, entre outros).

O canto vocal

Como parte do culto cantamos de forma vocal, isto é, à capela (ou, à moda da igreja, a própria palavra já nos ensina a maneira certa de cantar), conforme instruções em Efésios 5:18-20 e Colossenses 3:16. O canto tem o objetivo de louvar a Deus, mas também instruir a igreja sobre as verdades do evangelho. Daí a necessidade de sempre selecionarmos bem os hinos que cantaremos. Não basta ter uma boa melodia, mas, também e principalmente, uma letra que vá ao encontro dos ensinos das Escrituras Sagradas. Não há no Novo Testamento nenhuma ordenança ou exemplo da utilização de instrumentos musicais nos cultos.

O texto citado acima no iníco refere-se ao “falar em línguas” e a “revelação” e a “interpretação”, porém, são dons que ficaram no primeiro século, conforme Paulo já previra em 1 Coríntios 13:8. A igreja do Senhor não precisa de nenhuma revelação, a não ser aquelas constantes nos 66 livros da Bíblia e, em especial, nos 27 livros do Novo Testamento, a nova aliança, que determina o que deve ou não fazer parte da igreja do Senhor em suas reuniões.

Pronto. Eis aí o conteúdo que deve fazer parte de nossa reunião dominical: a ceia do Senhor, a pregação da Palavra de Deus, a oferta voluntária e os cânticos vocais. Qualquer outro acréscimo, se for utilizar, deve ser com cuidado como, por exemplo, avisos, pedidos e agradecimentos, um testemunho de um irmão, entre outros.

É um dia santo? Substitui o sábado?

Em certo sentido, é um dia santo, uma vez que separado para a reunião da igreja, em especial para celebrar a ressurreição de Jesus. 

Porém, não significa que nesse dia os cristãos não possam trabalhar ou fazer qualquer esforço, como exigia-se no dia de sábado para os judeus.

Conforme Paulo nos ensina, todos os dias são dedicados a Deus (não somente o domingo). Vejam Romanos 15:5-8 a respeito. Claro que devemos nos esforçar para não trabalharmos de forma nenhuma no domingo. Mas, cuidado com o julgamento de irmãos que, premidos por suas necessidades, aceitam trabalhar nesses dia. E, quando estes aceitam, devem fazer o esfoço necessário para reunirem-se com um grupo de discípulos antes de sairem para o trabalho ou após e busquem maneiras para que a situação seja por um tempo apenas. Por experiência própria quando fazemos do reino de Deus nossa prioridade, nos sacrificando, inclusive, Deus nos abre portas maravilhosas que nos darão o tempo necessário para com o corpo.

Afinal, domingo é dia para, além de nos reunir como igreja, descansarmos e passarmos o tempo com a família e amigos. Neste sentido o princípio para o qual foi criado o sábado e posteriormente desvirtuado,  deve permanecer no tocante ao domingo, qual seja, feito para a o descanso do ser humano (Marcos 2:27).

Culto, missa OU REUNIÃO?

O nome não é importante, pois trata-se de uma reunião para cultuar ou celebrar a Deus, em especial pela ressurreição do seu Filho Jesus, que com seu sacrifício, abriu as portas dos céus à humanidade (João 14:6). A palavra missa vem do latim missa,ae e significa ‘deixar ir, lançar, atirar’, a partir da mensagem sacerdotal Ite, missa est ‘ide, [a oração] foi enviada [a Deus. É uma palavra apropriada mesmo para o catolicismo, o qual possui um sacerdote escolhido por aquela religião. Na Bíblia, todos os cristãos são sacerdotes (1 Pedro 2:9 e Apocalipse 1:6) e neste sentido, todos (e não somente os celebrantes ou dirigentes) estão prestando um serviço de adoração a Deus através de fruto de lábios que professam o nome de Deus (Hebreus 13:15).

CONCLUSÃO

Que no primeiro dia da semana, dia da ressurreição de Jesus, façamos questão de nos livrar do pecado da preguiça, da falta de prioridade, da rebeldia, da falta de perdão, dos ressentimentos  e da desobediência e de todo o peso que porventura queiram nos impedir de estar com os irmãos (Hebreus 12:1) e cheguemos até antes do horário marcado. Seja ao prédio, à casa, ao salão, à beira do rio, não importa o local, o importante é, como família de Deus, com alegria, celebrarmos àqueles que por muito nos amar, entregou sua vida por nós.

ELES NÃO VÃO VOLTAR

Anos atrás, costumávamos dizer a nós mesmos que os jovens adultos que se afastaram da igreja voltariam depois de se casar. Quando isso não aconteceu, mudamos nossas esperanças e proclamamos que eles voltariam quando tivessem filhos. Alguns voltaram para o algum ritual, mas o tsunami de indivíduos com bebês em punho nunca atingiu a margem de nossa adoração semanal.

E, assim, editamos a história, confiantes de que o retorno aconteceria assim que seus filhos atingissem a idade escolar. Quando as crianças em idade escolar começaram a se inscrever para todos os tipos de atividades, percebemos que nossos incríveis programas para jovens fariam parte da lista de atividades prioritárias. Enquanto muitas congregações viram algumas ondas de reengajamento da igreja, muitas outras experimentaram algo totalmente diferente sobre “seus” jovens adultos …

Eles não voltariam.

A realidade é que esta é a história de muitas igrejas por muitos anos; não é uma verdade que descobrimos em 2020 ou mesmo em 2021. E pesquisas e estatísticas da igreja continuam a revelar que os membros desaparecidos da igreja têm maior probabilidade de ficar em casa do que ir para uma igreja diferente. Portanto, não é que eles estão indo para outro lugar. Eles não vão a lugar nenhum. E eles certamente não vão voltar.

Então veio a pandemia.

Igrejas em todo o país tiveram um botão de reinicialização pressionado. A igreja presencial foi interrompida e então, lentamente, reiniciada. Nesse ínterim, os métodos online de adoração preencheram as lacunas. No início, muitas igrejas tiveram números que excediam seus números pessoais anteriores. “Temos tantas pessoas de fora do estado que frequentam nossa igreja!” Exclamamos com alegria, pois o evangelismo parecia prosperar apesar da pandemia. Ao mesmo tempo, os membros de nossa igreja estavam deixando de lado algumas das atividades e agitação da vida cotidiana que costumavam entrar em conflito com as opções da igreja.

Mas eles estavam fazendo isso ao mesmo tempo em que aumentavam o estresse da navegação pandêmica diária. E experimentando o aumento das tensões políticas e sociais. E uma sensação geral de exaustão cresceu em nosso povo.

Então começamos a notar que a proverbial porta dos fundos da igreja estava aberta.

As pessoas estavam começando a abandonar as reuniões do Zoom e eventos de adoração online. As atividades do ministério infantil e juvenil online viram um aumento no número de câmeras desligadas e, eventualmente, uma diminuição no número de participantes. Nossos encontros mascarados e socialmente distantes que começaram a surgir atraíram menos números, mas imaginamos que as pessoas voltariam, se voluntariariam e nos ajudariam a reconstruir a igreja assim que alcançássemos aquele “novo normal”. Começamos a editar a história que contávamos – dando desculpas para indivíduos e famílias que não apareciam.

Enquanto os líderes da igreja faziam o trabalho árduo de seguir as diretrizes de saúde e exercitar ajustes criativos, muitas pessoas se acostumaram com a vida com menos igreja. Ou, talvez, até uma vida sem igreja.

À medida que nossa sociedade está se abrindo cada vez mais, as pessoas estão começando a pegar novamente o peso de uma vida agitada. Com a pandemia e as variantes do vírus em suas cabeças, as pessoas estão descobrindo que têm uma capacidade reduzida de suporte de peso. Mesmo as atividades alegres estão sendo deixadas de lado neste “novo normal”. Agora, a igreja está percebendo algo não apenas sobre os jovens adultos, mas também sobre as pessoas de todas as idades em nossas igrejas. Eles não vão voltar.

Os super voluntários que ocupavam vinte cargos na igreja agora estão procurando fazer apenas algumas coisas.
Nossos participantes regulares estão se tornando semirregulares.
Nosso pessoal marginal está desaparecendo.
As pessoas não estão voltando para a igreja com o mesmo nível de engajamento.

Então, o que fazemos?

1. Precisamos parar de contar histórias que sabemos que não são verdadeiras.

Nossas desculpas para a ausência de outras pessoas não ajudam ninguém. Podemos esperar – e falar em metas, orações e aspirações – por um retorno um dia. Mas há uma realidade em nossos relacionamentos, ou a falta dela, que foi silenciada ou está sendo ignorada. E nossas histórias não são tão verdadeiras quanto poderiam ser.

2. Precisamos ver esta situação como ela é.

Não é nem mesmo que as pessoas não estejam voltando – elas podem nunca ter sido conectadas em primeiro lugar. As pessoas perceberam como é fácil (ou difícil) viver sem sua igreja. Obrigação e dever não compensam mais a falta de conexão, devoção ou fé em si. As pessoas aprenderam quem são seus amigos e algumas descobriram – ou finalmente reconheceram – que a igreja não é uma parte necessária de suas vidas. Por mais que as igrejas sintam falta das pessoas, as pessoas simplesmente não sentem falta da igreja.

3. Precisamos entender por quê.

A história que muitos não estão reconhecendo é que somos um povo traumatizado. Para cada um de nós – de uma só vez – nosso mundo parou. E, agora, cada pessoa – desde os presentes até aqueles que afirmamos sentir falta e aqueles que nem conhecemos ainda – todos estão se recuperando de um trauma compartilhado. Os eventos pelos quais passamos tiveram muitos questionamentos sobre seus meios de subsistência, sua segurança e seus relacionamentos.

E se a igreja ainda não ofereceu respostas para essas perguntas, então precisamos descobrir como fazer isso agora. Precisamos descobrir o que significa ser um centro de trauma espiritual para nossas comunidades. Precisamos nos reintroduzir como um lugar que pode cuidar das feridas que esta pandemia abriu. Cada igreja precisa considerar como pode evangelizar seus vizinhos (e alguns de seus próprios membros) – quase como se estivessem lançando uma nova igreja em 2021.

Por anos, não tivemos nenhuma resposta mágica para as perdas de jovens adultos que muitas igrejas enfrentaram antes da pandemia. Nesse contexto, porém, acreditamos em muitas narrativas falsas e não abordamos adequadamente as motivações envolvidas. Da mesma forma, não existe uma resposta mágica para o retrocesso do engajamento em várias faixas etárias que vemos na pós-pandemia.

Mas o que sabemos é que o futuro da igreja exigirá mudanças inovadoras. Temos experimentado como o desenvolvimento de sistemas saudáveis ​​é essencial para que todas as épocas da igreja não apenas sobrevivam – mas prosperem – e é hora de admitir que não podemos seguir em frente com nossas abordagens pré-pandêmicas.

A necessidade de um eixo principal está diante de nós, e sabemos que Deus providenciará os tempos e os lugares onde nos encontrarmos. Por isso, caminhemos neste vale com os olhos bem abertos, prontos a dar um passo adiante com intenção, acreditando na presença do Bom Pastor, na proximidade dos pastos verdes, na refeição fornecida entre as adversidades, na unção das nossas cabeças, no transbordamento de nossas taças e nosso lugar na Casa do Senhor para sempre.

Autor: Rob Dyer
Artigo original: https://bit.ly/3iDUhiH

A COVID E OS CULTOS ON LINE

Falta de Fé ou Sabedoria?

“Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porque já lhe havíamos dito: ‘A mão do nosso Deus está sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira são contra todos os que o abandonam.’” – Esdras 8:22

A pandemia da Covid-19 veio de repente e pegou todos de surpresa. Os governantes não sabiam (e em parte ainda não sabem) como agir. No início, muitos diziam ser apenas uma “gripezinha”. Pois é! Ela já levou a óbito mais de 190 mil brasileiros.

Com a igreja não foi muito diferente. Houve reações de ambos os lados. Houve aquelas que logo que ouviram falar da pandemia deixaram de ter o culto presencial e algumas delas, ainda hoje, assim continuam. Outras, em nenhum momento deixaram de ter o culto presencial, mesmo no mais crítico da pandemia, e ainda há aqueles irmãos que rotulam outros como “irmãos de pouca fé” os que ainda insistem em ficar apenas nas reuniões on line. Como resposta, recebem o rótulo de inconsequentes, rebeldes às autoridades ou mesmo ignorantes, pois estariam negando a ciência. Na igreja onde congrego (Pimentas, Guarulhos/SP.), inicialmente não queríamos parar com os cultos presenciais, mas, ante o aumento no número de infectados, inclusive no meio da irmadade, de abril a agosto tivemos apenas os cultos pelo You Tube e reuniões pelo aplicativo zoom. Em setembro voltamos ao presencial no domingo, com tranmissão ao vivo pela internet.

O texto que abre este artigo chamou minha atenção para esta questão. O sacerdote Esdras tem uma missão perigosa na volta do povo de Deus do exílio. Porém, por ter dido ao rei que seria protegido por Deus teve vergonha de pedir ajuda do exército real.

Confesso que identifico-me com Esdras em sua relutância. Ele estava com medo do que poderia acontecer na viagem, por isso pensou em pedir ajuda do rei da Pérsia. Ao mesmo tempo, sua declaração de fé diante do rei, o fez não tomar essa atitude. 

Viver por fé tem esses dilemas. De um lado, fé é exatamente confiar em Deus antes da ação dele (hebreus 11:1). Gosto de uma frase a respeito: “é pisar firme, sem saber se há chão, confiando que Deus o providenciará”. Lembro do rei Asa que “na sua enfermidade ele não recorreu ao Senhor, mas confiou nos médicos.” (2 Crônicas 16.12). Foi falta de fé mesmo.

Por outro lado, a fé não significa abrir mão de buscar socorro aqui na terra nos instrumentos que temos à nossa disposição. Jesus não pulou do pináculo do templo para provar sua fé em Deus Pai. Chamou isso de por Deus à prova (Mateus 4:7)

Voltando a falar na questão da pandeia e nos cultos, no começo dela, particularmente, eu era a favor de manter os cultos presenciais como uma demonstração de nossa fé em Deus, de que o Senhor nos protegeria. Por outro lado, a igreja é um corpo, submetido apenas a Jesus, com membros com experiências variáveis em sua fé. No primeiro final de semana pós anuncio da Covid, dos cerca de 50 irmãos que costumam estar presentes conosco, menos de 20 participaram naquele dia. Além disso, muitas pessoas, inclusive das igreja irmãs, começaram a ser diagnosticados com a doença e irmãos nossos vieram a óbito, como nosso irmão Luiz Amaral, da igreja na Metrô-Sul. E também a grande maioria das congregações na região passaram a ter reuniões somente on-line. Desta forma, no segundo domingo de abril passamos também a ter reuniões dessa maneira.

Hoje, quase 9 meses depois, olho a situação de uma maneira um pouco diferente. Eu, pessoalmente, teria continuado com os cultos presenciais (com os cuidados devidos, claro) sem qualquer problema. Apesar de não querer partir tão cedo, estou tão convicto de minha salvação e de que a vida após a morte é tão boa, que arriscaria, pois, caso partisse, estaria num bom lugar. Tenho o mesmo sentimento de Paulo, que estava dividido entre permanecer vive ou partir para a eternidade (Filipenses 1:23-24).

No entanto, a igreja é um corpo e especialmente nós que servimos como evangelistas ou nos casos em que a igreja tem seu presbitério, precisamos ter responsabilidade com os irmãos. Nem todos têm a mesma fé. Imagine um irmão que vem ao culto em função do pensamento de outro, contrai a doença, fica muito mal (como alguns dos nossos ficaram) ou mesmo vem a óbito. Nesses momentos a humanidade das pessoas aflora e, com certeza, os servos da igreja seriam acusados como culpados por aquela situação. Por outro lado, estar em casa não impediu que muitos irmãos da igrejas que deixaram de ter cultos presenciais contraissem a doença, pois precisavam trabalhar e ter contato com outros. Por que somente nos cultos todo mundo ficou em casa? Nesse sentido dou razão aos que defendem a permanência do culto presencial. Mas, gosto do que Paulo diz em Filipenses 3:16:

“Seja como for, andemos de acordo com o que já alcançamos.”

A fé é individual e cada discípulo de Jesus está numa fase e, mesmo que alguns deixem de participar por medo ou mesmo “falta de fé” (quem sou eu para julgar a fé do outro?), esses irmãos devem ser amados e respeitados no momento espiritual que vivem e não julgados, criticados ou, como alguns mais radicais fazem, ter seu compromisso com Deus colocado em dúvida.

Há ainda outra questão: a obediência às autoridades. Paulo nos ensina em Romanos 13:1-7 que devemos ser submissos às autoridades constituídas, desde que suas ordens não contrariem à vontade de Deus, conforme Pedro ensina em Atos 5:29. Em Guarulhos, no começo da pandemia, decreto da prefeitura municipal determinou que qualquer grupo que reunisse pessoas estaria sujeito à multa de R$ 10.000,00. Valeria apena desobedecer essa ordem somente para provar que temos fé e somos obedientes a Deus, quando não existia uma ordem para que não houvesse cultos? Durante semanas, antes de iniciarmos os cultos on-line, Pimentas teve seus cultos nos lares, cada família fazendo o seu. E isso o governo não nos proibiu. No primeiro século os cristãos não desafiavam as autoridades fazendo seus cultos ao ar livre, quando proibidos, mas escondidos em catacumbas. Desta maneira, dou graças a Deus pela tecnologia que nos permite ter nossas reuniões virtuais.

Para alguns irmãos, participar de cultos “on line” é falta de fé na proteção de Deus no momento do culto presencial. Para outros, quem está no culto presencial age de maneira inconsequente, colocando-se em risco. Precisamos entender que a fé é individual. De um lado, particularmente, temos participado de nossos cultos presenciais, cientes do risco do contágio, mas confiando em Deus. Porém, sem julgar os irmãos que estão nos cultos “on line”, pois somente Deus conhece os corações e as motivações de cada pessoa. Estamos juntos crescendo em nossa fé, cada um no seu estágio e respeitando os limites, a falta de fé ou de sabedoria que às vezes demonstramos uns para os outros. Não é muito sábio também colocar-se em riscos desnecessários.

A fé demostrada por Esdras foi honrada por Deus. Ele e seus companheiros foram protegidos pela boa mão do Todo-Poderoso. O mesmo podemos dizer de Daniel que arriscou desobedecer ao rei da Babilônia, para não comer o que a lei de Moisés proibia e sua fé foi horada (Daniel 1:8-10).

Sim, a fé em Deus demonstrada por Esdras nos motiva a “arriscarmos” em confiar em nosso Deus. Ao mesmo tempo, a relutância e vergonha dele faz a maioria de nós nos identificar com ele em nossos momentos de altos e baixos. Nenhum de nós é um super servo de Deus, somos todos limitados e necessitados da mão terna, da paciência e do amor do Senhor. Claro que nesta questão há atitudes incoerentes: há irmãos que dizem não ir aos cultos por medo da pandemia, mas postam nas redes sociais suas fotos na praia, nos shoppings, até mesmo em reuniões de lazer. Há outros que não estão presentes nem nos cultos presenciais nem on line. Estes demonstram onde estãos suas prioridades.

Entramos em 2021. Pimentas pretende voltar com todos os cultos presenciais, algo permitido pela prefeitura local, mantendo apenas o culto dominical também on line. Porém, sem medo de, caso necessário e decretado pelo governo, voltar com as reuniões somente pela internet. E, de qualquer forma, compreendendo e respeitando a fé (ou falta dela) de cada um, pois somente Deus tem elementos para medir com precisão o grau de nossa fé. Deixemos, pois, com ele esta questão.

“Você, porém, por que julga o seu irmão? E você, por que despreza o seu irmão? Pois todos temos de comparecer diante do tribunal de Deus.”, Romanos 14.10

SUGESTÕES PARA REALIZAR O CULTO AO SENHOR, NOSSO DEUS, EM CASA

Enquanto a pandemia do Corona Vírus não recomendar reunião presencial. [texto com base nas recomendações da IGREJA DE CRISTO EM CAMPO GRANDE – CENTRO]

1- PREPARAR OS HINOS

Escolher no sábado alguns hinos para serem cantados na reunião de domingo. Segue abaixo site do “Cantor Cristão” onde há letras de muitos hinos para serem cantados. Se preferir, pode solicitar hinário emprestado na igreja. https://www.letras.mus.br/cantor-cristao/

2- REUNIR A FAMÍLIA e/ou todos os que moram na mesma casa.

Se morar sozinho(a), ligar para uma família de irmãos e participar via vídeo ou áudio junto com eles. É recomendável não ter encontros presenciais fora do lar.
a. Marcar preferencialmente o mesmo horário a cada domingo. Sugestão é todos nós nos reunirmos no mesmo horário as 9:30hs com já fazemos no prédio.
b. Mesmo estando em casa, vestir-se como se estivesse indo ao culto no prédio.

3- CELEBRAR A CEIA

a. Antes da reunião deixar preparado o pão da ceia, pão sem fermento. Anexo 1. E o suco de uva.
b. Sugestão de passagens para meditação durante a Ceia. Anexo 2

4- CELEBRAR A OFERTA

a. Realizar a oferta em família. Anexo 3
b. Efetivar o depósito na conta da Igreja de Cristo onde você congrega – pode ser feito via caixa eletrônico em qualquer agência ou transferência bancária via celular de preferência.

5- OUVIR JESUS PREGAR EM SUA CASA.

a. Seis mensagens de Jesus (uma para cada domingo).
✓ Ler/ouvir a passagem duas vezes ou mais. Ela será utilizada como alicerce para a meditação que será feita respondendo às perguntas abaixo.
✓ Sentado com Jesus e conversando com Ele.
Na passagem Jesus fala, nas respostas às perguntas, você interage, se relaciona e se comunica com Jesus. Você fica ativo no diálogo.

i. O que essa passagem diz sobre Deus?
ii. O que essa passagem diz sobre a condição humana?
iii. Se você acredita nela, o que você faria ou faz para obedecê-la?
✓ Sentado com Outro, ouça o coração dos presentes.
iv. Pelo que em particular, você está grato agora?
v. Em suas próprias palavras, como você narraria esta leitura? Conte aos
presentes, como estivesse contando uma história para um amigo.
b. ou Caderno anexo “Jesus em Casa” com nove estudos

6- ORAÇÃO

Inclua ela em todas as partes deste culto. É na oração que o céu se encontra com a terra; o divino com o humano e as promessas com a vida.

Anexo 1 – Receita do pão da Ceia.

PÃO DA CEIA (receita caseira) – de Jacqueline Bost
INGREDIENTES:
1 xícara de farinha de trigo
2 colheres de sopa cheias de margarina
1 pitada de sal
1 pitada de açúcar
1⁄4 xícara de água
MODO DE FAZER:
Misturar a farinha, a margarina, o sal e o açúcar até formar uma farofa. Acrescentar a água, misturando com a farofa e amassar, formando o pão como se fosse um disco de pizza (redondo e achatado), com uns 15 cm de diâmetro. Colocar numa assadeira (não é necessário untar) e assar por 30 minutos, virando o pão na metade do tempo, para dourar dos dois lados. O tempo pode variar de acordo com o forno.
(receita tirada do livro: de Bryan Bost: “De casa em casa” – crescimento da Igreja nos lares- editora Vida Cristã- apêndice).
Anexo 2 – Passagens para meditação em preparação da Ceia.

1. PRIMEIRO DIA DA SEMANA

– Leia Atos 20:7.
– A igreja se reúne, de acordo com a Bíblia, todo primeiro dia da semana para tomar a ceia do Senhor.
– O primeiro dia da semana é o dia que Jesus ressuscitou dos mortos.
– Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou no primeiro dia da semana para comprovar que Ele pode nos dar vida também.
– Vamos tomar a ceia juntos hoje e agradecer a Deus pela salvação que temos em Jesus.
(Oração antes de comer o pão e uma oração antes de tomar o suco).
– Por exemplo: “Nosso Amoroso Deus, queremos comer este pão hoje, pensando no corpo de Cristo que ressuscitou no primeiro dia da semana. Louvado seja Seu Nome, pois foi Seu poder que O ressuscitou”. Em Nome de Jesus Amém.
– Por exemplo: “Nosso Deus cheio de compaixão, tomamos este cálice, pensando no sangue de Cristo, este sangue que tirou o nosso pecado e nos garante a nossa ressurreição no futuro. Obrigado Pai”. Em Nome de Jesus Amém.

2. PURIFICAÇÃO

– Leia Hebreus 10:1-10.
– Jesus, puro e sem pecado, foi oferecido para que nós possamos ser puros e santos.
– Quando alguém segue Jesus, o sangue de Cristo lava os seus pecados.
– Tomamos a ceia do Senhor para agradecer a Deus, com todo o nosso coração pela
purificação que temos em Jesus. Não sentimos mais a culpa! Amém!
– Oração: agradeça a Deus pela purificação que temos por meio de Jesus.

3. CORPO E SANGUE DE CRISTO

– Leia Mateus 26:26-30.
– Jesus iniciou a ceia do Senhor com Seus discípulos.
– Ele queria que, por meio do pão, eles lembrassem do corpo Dele oferecido em sacrifício.
– Ele queria que, por meio do suco do fruto da videira eles lembrassem do sangue Dele oferecido para perdoar nossos pecados.
– Jesus deu graças e eles tomaram. Vamos dar graças a Deus também hoje pela nova vida que temos em Jesus.
– Oração antes de comer o pão. Oração antes de tomar o suco.

4. CORPO E SANGUE DE CRISTO

– Leia Hebreus 10:19-20.
– No passado, somente o sumo sacerdote podia entrar na presença de Deus.
– Hoje, todos os que foram purificados pelo sangue de Jesus podem entrar na presença de Deus. O sangue de Jesus removeu o nosso pecado que era uma barreira de separação entre nós e Deus.
– Vamos tomar a ceia hoje e lembrar e agradecer que foi a morte do corpo de Jesus que nos deu o nosso relacionamento maravilhoso com Deus.
– Oração antes de comer o pão. Oração antes de tomar o suco.

5. ALIANÇA COM CRISTO

– Leia Mateus 26:26-30.
– Jesus fez uma aliança conosco por meio de Sua morte na cruz. Ele assinou com Seu sangue.
– A parte da aliança (contrato) Dele é nos dar perdão dos pecados e a vida eterna.
– A nossa parte da aliança é o nosso compromisso de deixar a velha vida do pecado e viver como Jesus viveu, com amor para com Deus e amor uns pelos outros.
– Através da ceia do Senhor nós nos lembramos da aliança feita com Jesus.
– Oração antes de comer o pão. Oração antes de tomar o suco.

6. LIBERDADE EM CRISTO

– Leia Romanos 6:1-7. (e/ou Romanos 6:16-18)
– Antes de conhecer Jesus éramos escravos do pecado, estávamos longe de Deus e mortos espiritualmente.
– Quando obedecemos ao Evangelho, através do batismo, fomos libertados do pecado.
– Agora, em Cristo, temos uma nova vida. Somos justificados e aprendemos de Cristo como fazer as coisas corretas.
– Vamos tomar a ceia hoje e adorar a Deus pelo sacrifício de Cristo que nos libertou do jugo do pecado.
– Oração antes de comer o pão. Oração antes de tomar o suco.

Anexo 3- Passagens para meditação em preparação da Oferta

1. TEMOS RECEBIDO MUITO DO SENHOR

– Leia João 1:16.
– Nós temos recebido de Deus graça sobre graça. Bênçãos e mais bênçãos.
– Vamos ofertar hoje e mostrar a nossa gratidão pelo que Deus tem feito por nós.
– Oração

2. LOUVOR AO SENHOR

– Leia Filipenses 4:18-19.
– As ofertas que a igreja contribuiu para evangelização eram consideradas por Deus como o louvor da igreja em Filipos.
– Vamos adorar a Deus com nossas ofertas hoje. A nossa oferta vai agradar a Deus e ajudar a salvar almas.
– Oração.

3. PRÍMICIAS

– Leia Gênesis 4:1-5.
– Duas pessoas trouxeram uma oferta a Deus. Deus só aceitou uma oferta.
– A oferta e louvor de Abel foram aceitos por Deus porque foram das primícias; o melhor que Abel tinha. Abel reconheceu de onde veio tudo o que ele tinha: de Deus. E ele agradeceu a Deus com o melhor que ele tinha.
– Deus é tão bom conosco. Vamos chegar preparados todo domingo com as primícias das bênçãos que recebemos Dele.
– Oração

4. LIBERALIDADE OU GENEROSIDADE

– Leia 2 Coríntios 8:1-5.
– Quando a Bíblia fala em ofertar, sempre mostra pessoas ofertando com liberalidade e generosidade.
– Vamos sempre imitá-las com as nossas ofertas.
– Oração

5. TUDO PERTENCE A DEUS

– Leia Ageu 2:8.
– Tudo neste mundo pertence a Deus.
– Nós somos administradores Dele.
– Deus quer ajudar os pobres. Deus quer a salvação do povo. Nossas ofertas sustentam pregadores, evangelistas que vão ensinar e batizar os perdidos.
– Vamos usar uma parte do dinheiro que Deus nos deu para fazer o que Ele quer.
– Oração.

6. OBRAS QUE PODEM SER FEITAS (missões, sustento de alunos e  regadores, pobres, edificação da igreja)

– Leia Filipenses 4:14-18.
– Nesta leitura, vimos a igreja de Filipos enviando donativos para ajudar o missionário Paulo.
– A maior parte de nossa oferta toda semana é usada para pregar o Evangelho também.
– Vamos orar a Deus sobre a nossa oferta hoje.

Anexo 4 – A pregação de Jesus – alicerce para meditação.

22/março 29/março 05/março 12/abril – 19/abril – 26/abril –
– João 1:1-18 – ler duas vezes e responder as questões item 5
– João 13:1-17 – ler duas vezes e responder as questões item 5 – João 14:15-31 – ler duas vezes e responder as questões item 5
João 15:1-17 – ler duas vezes e responder as questões item 5
João 15:26 – 16:15 – ler duas vezes e responder as questões item 5 João 17:1-17 – ler duas vezes e responder as questões item 5

Os Elementos da Ceia e Como Preparar

Lá em Êxodo Deus dá as instruções para o povo de Deus sair da escravidão no Egito. Ele instrui eles prepararem um cordeiro e pães asmos, isto é, sem fermento. O sangue do cordeiro deveria ser usado para marcar a porta das casas para que quando o anjo de Deus passasse, poupasse as famílias dos hebreus. Ah, aquela ceia era a última ceia na escravidão, então significava libertação e, ao mesmo tempo, era a última praga das 10 que assolaram o Egito cujo Faraó endureceu o coração e não deixou os israelitas sairem.

Foi numa reunião de despedida e de recomeço que Jesus participou com os seus discípulos naquela última e primeira ceia. Ela representava a saída da escravidão da lei e do pecado. A ceia é, também, uma bênção para os que participam dignamente, mas uma maldição para os que não participam. De qualquer modo a ceia é também um convite para obedecer o evangelho, pois somente os que morreram, foram sepultados e ressuscitaram com Cristo devem participar, isto é, os que obedeceram pela fé o evangelho. Faltar ao culto e não participar da ceia é pisar os pés de Jesus, profanar o sangue da aliança pelo qual foi santificado, e insultar o Espírito da graça? (Hebreus 10:29). Veja a importância em participar da ceia.

Agora, como participar se estamos cerceados socialmente pelo coronavírus? Fácil! Quem disse que vamos faltar ao culto? Afinal, Jesus instruiu muito tempo antes:

“Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles.” (Mateus 18:19,20)

Aí está a nossa resposta para qualquer crise e mais, aí está uma oportunidade ímpar de convidar pelo menos mais uma pessoa que precisa ouvir o evangelho e não ficar na maldição, mas em libertação da escravidão do pecado. Quem, afinal de contas, não vai aceitar uma oração neste momento de necessidade? Então, aproveite a oportunidade!

O Pão e o Fruto da Videira

Agora, como fazer a ceia? Os elementos são: pão sem fermento (asmo ou ázimo) e o fruto da videira. Incrível, não é? Não poderia ser mais simples e elementos que a gente consegue encontrar facilmente em todo o planeta terra, já pensou nisso? Só podia ser Deus mesmo! Para fazer o pão da ceia é simples. Veja a receita abaixo:

INGREDIENTES

100 g de trigo integral
3/4 de colher de chá de óleo
1/2 colher de chá de sal
75 ml de água fria

Modo de preparar

  1. Misture 100 g de farinha de trigo integral, 3/4 de colher de chá de óleo e 1/2 colher de chá de sal.
  2. Acrescente 75 ml de água fria. Amasse durante cinco minutos. Divida em 6 pedaços iguais, formando bolinhas. Achate cada uma delas com a própria mão. Asse durante cinco a sete minutos em temperatura 225°C. Depois coloque-os numa bandeja e sirva-os.

O outro elemento é o fruto da videira. Geralmente usamos suco de uva. Recomenda-se evitar vinho, pois uma pequena dose pode fazer alguém cair em pecado e isto é sério! Encontra-se suco de uva em qualquer lugar para comprar. Se não, pode espremer a uva com as próprias mãos. É, talvez isso seja para os mais afortunados em terem uvas frescas em casa. Uma alternativa criativa é uva passas. Você pode ferver as uvas com um pouco de água e o suco é extraído desse processo. Em último caso, vinho. Antigamente misturavam com água para tirar um pouco o teor alcóolico.

Aí está, tudo pronto para ter comunhão com Deus, andar na luz através da comunhão com os irmãos ou de pessoas que precisam ouvir uma lição antiga, mas eficaz contra o pecado. Aproveite ensine uns dois ou três cânticos, explique porque fazemos a oferta e mostre na prática fazendo a sua oferta, explique o que é a ceia e porque a praticamos todos os domingos, pregue uma passagem curta e simples do evangelho compartilhando fé, esperança e amor com seus vizinhos, parentes e conhecidos.

A Deus seja toda a glória por este momento incrível!

O Culto no Novo Testamento

Por estranho que possa parecer, o culto do Novo Testamento é diferente do culto do primeiro século. Da mesma forma nós não devemos perseguir ser a igreja do primeiro século, mas a igreja do Novo Testamento. A igreja primitiva não tinha todos os recursos que nós temos. Na época eles tinham consolidado o Velho Testamento e a inspiração do Espírito Santo aos apóstolos e profetas já na Nova Aliança (NT). Eles ainda tinham os profetas exatamente por causa da transição do Velho para o Novo Testamento. Nós temos o Novo Testamento consolidado como palavra de Deus tão importante quanto o Velho Testamento para o tempo deles. Então, precisamos ser os discípulos do Novo Testamento e não imitadores da igreja imperfeita do primeiro século. Sim, a igreja do primeiro século era imperfeita e infantil, mas nos serve de exemplo para não seguirmos os erros que eles cometeram por falta de base.

O apóstolo Paulo nos revela que o conhecimento deles era em parte e naquele tempo precisavam ser guiados por profecias, línguas e interpretações que, no futuro deles e não no nosso, desapareceriam, cessariam e passariam. O conhecimento deles era parcial e o perfeito estava para vir:

“O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.” (1 Coríntios 13:8-10)

Nós, através da Palavra de Deus (O Novo Testamento), temos o conhecimento completo tanto da Velha quanto da Nova Aliança. TUDO O QUE PRECISARMOS, JÁ ESTÁ REGISTRADO NAS PÁGINAS DO NOVO TESTAMENTO. Então, o Novo Testamento e, nada mais, deve ser nosso guia para saber como adorar a Deus.

“Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos.” (Judas 1:3)

“Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” (2 Pedro 1:3)

Quando falamos sobre culto, devemos estar falando sobre amor, agradecimento e adoração a Deus e não apenas louvor. Eu posso louvar até mesmo uma pessoa pelas coisas boas que ela faz, mas eu não posso adorá-la. Só para Deus eu devo adoração. Então, devemos saber o que agrada a Deus e não a nós na adoração. Deus é quem nos revela e a revelação é o Novo Testamento.

Vamos tirar as bases para a nossa prática da Palavra e não da história da religião ou os exemplos modernos vistos na televisão ou na Internet. O que fazemos juntos de todas as formas é VOLTAR À BÍBLIA, restaurar a vontade de Deus e não pegar exemplos humanos e boas ideias e tentar melhorar. A palavra deve ser aplicada a nós primeiro sem invenções ou ultrapassar o que está escrito no Novo Testamento.

OS ENSINAMENTOS

Começamos no início da igreja. Os quase três mil batizados no dia de Pentecostes foram ensinados a serem perseverantes na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2:42). Já temos aí, um resumo das práticas do culto a Deus.

“Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.” (Atos 2:41, 42)

Vamos resumir novamente para confirmar que o culto do Novo Testamento está na prática num dos primeiros ensinos que os apóstolos e discípulos de Jesus receberam como base para começarem a vida eterna já nesta terra: doutrina (ensino) dos apóstolos, comunhão, partir do pão e orações.

• A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

A doutrina que os apóstolos ensinavam não foram suas invenções, foi a pregação do evangelho e como aplicá-lo à vida. O evangelho é a vida de Cristo, seus ensinamentos e, resumindo, sua morte na cruz, sepultamento e ressurreição (Mc 1:1; 1 Co 15:1-4). Eles não inventaram o evangelho, eles o viveram como testemunhas oculares da presença de Deus pessoalmente através de Jesus.

Com base na doutrina que os apóstolos ouviram de Jesus e, tanto pregaram quanto deixaram escrito, é que nós também pregamos e até cantamos nos dias de hoje. O cântico também é uma forma de todos juntos reforçarmos os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos.

Todos nós sabemos que ser fiel na doutrina dos apóstolos é obedecer ao que está escrito no Novo Testamento. A base para adoração a Deus é o Novo Testamento. Deus deu toda autoridade a Jesus e toda revelação aos apóstolos e discípulos que nos deixaram escrito o qual é a vontade de Deus que o agrada. O que vemos acontecendo nas páginas do Novo Testamento podemos justificar em cada ato do culto dominical.

No culto devemos colocar em prática a doutrina dos apóstolos através de tudo o que fizermos. Através da prática da Palavra expomos também tudo o que não pertence à Palavra.

• A COMUNHÃO

A comunhão é de suma importância para o crescimento espiritual. No dia, local e hora da adoração (definidos pelas pessoas, a igreja) é que andamos na luz e o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:7). Comunhão uns com os outros é comunhão com Cristo. Não é apenas um encontro é um privilégio chegar na presença de Deus por meio de Jesus, nosso Sacerdote e Bispo das nossas almas. Aprendemos da Palavra ter comunhão e do exemplo dos discípulos do Novo Testamento. Faltar ao culto é um pecado grave que não resta sacrifício, apenas misericórdia de Deus que nos dê tempo de nos arrepender e voltar ao convívio com o corpo de Cristo no próximo domingo (Hb 10:24-31).

Na comunhão nos estimulamos ao amor e às boas obras. Naquele momento conhecemos melhor aos irmãos e vemos o quanto precisamos do amor de Deus que acontece através de nós mesmos amando uns aos outros. Conhecemos também as necessidades e aí entra a oferta. Não podemos dizer que amamos uma pessoa sem abrir nossos corações para as necessidades dela.

“Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.” (1 João 3:17,18)

Devemos sair de casa já preparados para ofertar conforme a nossa prosperidade e não conforme o desafio de alguém. Deve ser feito com alegria e não porque alguém está nos constrangendo a dar mais e buscar nossos interesses. Oferta deve ser para o outro e para as necessidades e não para benefício próprio. Ofertar já é um privilégio (1 Co 16:1, 2; 2 Co 9:6-9).

• O PARTIR DO PÃO

Jesus era conhecido por partir o pão. Muitas vezes Jesus fazendo isso e foi reconhecido por partir o pão (Lc). O pão remete ao Êxodo. É o pão sem fermento e o sangue do cordeiro representado pelo cálice do fruto da videira. Foi Jesus pessoalmente que deixou este memorial para ser praticado todas as vezes que nos reuníssemos no dia Dele (Mt 26:26-30). A Ceia do Senhor é uma bênção que nos lembra da libertação da escravidão do pecado através da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. O apóstolo Paulo recebeu do próprio Jesus as instruções quanto a Ceia e disse que era para ser feito em memória Dele todas as vezes que nos reuníssemos (1 Co 11:23-30).

Deixar de tomar a ceia um só domingo é deixar de renovar a aliança com Deus, é acumular pecados, é se tornar inimigo de Deus, é deixar de andar na luz, deixar de analisar-se, é tornar-se réu do corpo e do sangue de Cristo o qual nos purificou é resultado da falta de comunhão com a igreja, é pisar aos pés de Jesus, considerar sem valor o sangue da aliança e insultar o Espírito Santo. O ensinamento é duro de ouvir, mas é a verdade ensinada pela doutrina dos apóstolos.

A adoração do Novo Testamento ensina a celebrar a ceia todos os domingos e somente aos domingos (At 20:7). Talvez você possa questionar onde na Bíblia encontra explicitamente este mandamento. Nunca ninguém questionou que o sábado era o dia do Senhor e todos os sábados. Era sábado? Era dia do Senhor no Velho Testamento. Por que o Novo Testamento tem que ser explícito? É domingo, é dia do Senhor! O apóstolo João estava no Espírito no dia do Senhor. Precisa adivinhar que dia é esse? (Ap 1:5).

Quando Jesus instituiu a Ceia, cantaram um hino e nós também aprendemos e devemos cantar.

• AS ORAÇÕES

Quando eu era criança meu pai ainda não tinha fé, mas uma noite sentou ao nosso lado no devocional diário. Meu irmão perguntou se ele queria orar naquela noite e ele disse que não sabia. Mesmo sendo criança meu irmão disse:
– Não precisa saber, basta conversar com Deus.
Costumo dizer que naquela noite meu pai começou a conversar com Deus e nunca mais parou.

Oração é um relacionamento com Deus. É o momento que você conversa com Ele. O momento que você ouve Deus é através da doutrina dos apóstolos, na comunhão e no partir do pão. Nos cânticos nós fazemos muitas coisas ao mesmo tempo: nós oramos, nós ouvimos a Deus, nós nos ensinamos uns aos outros e edificamos uns aos outros. Cântico é uma espécie de múltipla oração. Então devemos orar sem cessar (1 Ts 5:17).

CONCLUSÃO

O mesmo que Paulo escreveu para os Tessalonicenses também serve para nós:

“Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que crêem.” (1 Tessalonicenses 2:13)

Assim como os apóstolos não tinham autoridade para ‘inventar’ doutrinas novas que não tivessem ouvido de Jesus ou do Espírito Santo, nós, muito menos temos autoridade para inventar práticas que não sejam aquelas que já estão consolidadas através da escrita dos apóstolos e discípulos. Receber e obedecer às palavras do Novo Testamento é receber e obedecer a Palavra de Deus.

Sendo assim, devemos ficar somente dentro do ensino dos apóstolos através da pregação e práticas. Devemos manter comunhão somente com aqueles que têm fé no evangelho e o obedeceram através do batismo. Na comunhão nos estimular ao amor verdadeiro e suprir as necessidades através da oferta para ajudar principalmente aos irmãos na fé (Gl 6:10). Aproveitamos o dia do Senhor no qual mantemos comunhão e Ofertar no primeiro dia da semana, sem deixar de fazer o bem a todos que pudermos também durante a semana como oferta para o Senhor. Devemos partir o pão (a Ceia do Senhor) todos os domingos e somente aos domingos. E, não menos importante, devemos manter um relacionamento com Deus através das orações. As orações também podem ser cantadas através de “salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor (Efésios 5:19). O único instrumento usado no Novo Testamento para cantar era o coração. Nem todos podem tocar algum instrumento, mas todos podem cantar de coração ao Senhor. Então vamos seguir o exemplo da doutrina dos apóstolos e já que não encontramos exemplo de instrumentos tocados no Novo Testamento, não usaremos no culto que agrada ao Senhor.

A Qualidade do Culto

A Bíblia fala sobre a qualidade de adoração a Deus? Acredito que sim. Esta passagens pode te fazer pensar:

“O filho honra seu pai, e o servo o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem? “, pergunta o Senhor dos Exércitos a vocês, sacerdotes. “São vocês que desprezam o meu nome! ” “Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome? ’”Trazendo comida impura ao meu altar! “E mesmo assim ainda perguntam: ‘De que maneira te desonramos? ’ “Ao dizerem que a mesa do Senhor é desprezível. “Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum. Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “E agora, sacerdotes, tentem apaziguar a Deus para que tenha compaixão de nós! Será que com esse tipo de oferta ele os atenderá? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo. Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês”, diz o Senhor dos Exércitos, “e não aceitarei as suas ofertas.” (Malaquias 1:6-10)

A Bíblia ensina alguns atos de adoração a Deus que devemos praticar no culto: comunhão, cantar, orar, ofertar, cear e pregar a palavra. Todas estas atitudes de adoração, assim como a fé, a esperança, o amor e tantas outras virtudes, são tiradas das palavras de Deus registradas na Bíblia. Sendo assim, o culto é muito bom porque é bíblico. A igreja é perfeita por ser o corpo de Cristo, mas nós, os membros, somos imperfeitos, porém, juntos somos aperfeiçoados e justificados a cada domingo quando estamos mantendo comunhão uns com os outros, pois estamos andando na luz onde Deus está e o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:5-7).

Agora, tendo estabelecido que o culto de adoração a Deus é bom porque é bíblico, como podemos ter um culto de qualidade? Precisamos de um culto melhor por vários motivos: em primeiro lugar porque precisamos ofertar ao Senhor o melhor que temos e não o resto. Em segundo lugar por causa de cada indivíduo, isto é, cada um de nós somos membros do corpo e quando recebemos o melhor, nos tornamos mais perfeitos como corpo de Cristo. Terceiro, porque um culto sólido na Palavra de Deus é a melhor ferramenta de crescimento e manutenção da igreja. O culto não é um acaso ou acidente histórico, é a forma divina de nos aproximar Dele.

Podemos cantar melhor?

Sim, acredito que podemos cantar melhor. Cantar é cerca de 70% do culto de louvor, então é de extrema importância dar o melhor para Deus, pois quando cantamos nós é que nos elevamos à Ele. Cantar em louvor ou adoração a Deus não muda quem Deus é, pois Deus não se alimenta da nossa adoração. Cantar melhor muda quem nós somos e onde nós estamos. Lógico que não estamos falando em levar as pessoas ao êxtase inconsciente, mas à verdadeira adoração, louvando ao Senhor propositadamente em verdade e em espírito.

“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.” (Romanos 12:1)

“Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.” (Hebreus 13:15)

Devemos investir tanto na adoração a Deus através de cânticos quanto investimos na formação de pregadores e evangelistas. Porém se investimos como esmola em pregadores e evangelistas, então estamos comprometendo a própria vida da igreja e a vida da igreja é o corpo de Cristo aqui na terra. A igreja representa salvação, uma Congregação que fecha as portas fecha também as portas do céu para aqueles que precisam ser salvos. Uma forma de fechar a porta é fazer a obra do Senhor relaxadamente. Quem vai querer fazer parte de uma igreja que não dá o melhor para quem está lá. Lembrando novamente que o louvor e adoração muda e edifica cada pessoa que está lá.

Como podemos cantar melhor? Como disse acima, precisa de investimento e este é um investimento a médio e longo prazos, mas tem que começar hoje. Quanto mais tempo demorarmos em investir, mais vamos demorar para colher os resultados.

Uma ação prática é escolher entre os membros, aquele que já tem dom para reger cânticos. Devemos escolher o melhor entre nós e vamos investir financeiramente neste ministério. A igreja precisa ser dirigida por dons e não por quem quer.

Em segundo lugar um louvor através de salmos, hinos e cânticos espirituais também evangeliza porque leva pessoas sem Deus para mais perto de Deus. Cantar é um convite para fazer parte do corpo de Cristo. Cantar bem todos juntos requer, antes de mais nada, um bom regente. Cantar é uma forma de proferir a palavra de Cristo de uma forma agradável e inteligível, cantar bem é evangelismo. Pense junto comigo, adaptando para a adoração em forma de cântico, o que Paulo fala. Substitua ‘profetizar’ por cantar:

“Mas se entrar algum descrente ou não instruído quando todos estiverem profetizando (cantando), ele por todos será convencido de que é pecador e por todos será julgado, e os segredos do seu coração serão expostos. Assim, ele se prostrará, rosto em terra, e adorará a Deus, exclamando: “Deus realmente está entre vocês! ” (1 Coríntios 14:24,25)

Então, se cada pessoa canta do jeito que quer, quem precisa ouvir a Palavra de Deus através dos nossos cânticos vai notar que não somos unidos, que não nos preparamos, que não conhecemos o que estamos fazendo e que precisamos de ajuda. Hinos e cânticos espirituais ensinam e aconselham uns aos outros com toda a sabedoria (Colossenses 3:16).

Podemos orar melhor?

Oração é uma das mais básicas atitudes de relacionamento com Deus. De uma certa forma todo ser humano ‘sabe’ orar, isto é, se conectar com Deus. Deus é que é misericordioso e aceita a sinceridade até daqueles que o buscam.

Claro que a gente pode melhorar a oração. Uma maneira é orar mais. Quanto mais oramos, mais aprendemos na prática. Basicamente devemos orar com fé e em nome de Jesus. Sobre este assunto, poderia discorrer e apresentar vários argumentos bíblicos e referências, mas não é este o objetivo.

Podemos Ter Uma Oferta Melhor?

Assim como sabemos, oferta deve ser com alegria. Pergunto: você está alegre em ofertar? Você sente que a mensagem para a oferta é uma mensagem de alegria?

Novamente o objetivo deste artigo não é falar sobre cada detalhe dos pontos apresentados tal como ofertar melhor. Você deve fazer seu próprio estudo sobre o assunto e não esperar que tudo seja falado no culto.

Para ministrar a oferta, precisamos de pessoas que sejam bons exemplos na oferta e que saibam conduzir o pensamento em alegria para incentivar os ofertantes. Deve ser alguém de conhecimento sobre o assunto e que pregue para o futuro, pois a instrução básica é trazer a oferta preparada de casa conforme a sua prosperidade. As pessoas precisam se convencer de que Deus ama a quem oferta com alegria.

Para a oferta dominical, devemos ter mensagens bíblicas e novas a cada domingo. Nada de repetitividade. Geralmente se usam as mesmas passagens todos os domingos. Rotina não causa alegria, pelo contrário, mostra que os que estão ministrando a oferta não fez sua oferta começando em casa, isto é, não se preparou para dar o seu melhor. Ofertas sacrificiais e generosas abençoam os que ofertam e esta é uma promessa conhecida de Deus (2 Co 9:6-9).

O exemplo de oferta que devemos ter como padrão é o próprio Deus.

Preciso lembrar que o objetivo não é arrecadar mais, principalmente se a igreja não está fazendo o que deve ser feito e nem sequer tem planos para evangelizar mais e melhor e também fazer melhor o básico que precisa ser feito.

Podemos Ter Uma Ceia Melhor?

Uma Ceia melhor significa uma consciência coletiva mais alerta. Isto se faz através de uma boa mensagem, uma mensagem bíblica. Novamente os ministrastes deste ato tão importante devem estar preparados da melhor forma possível. A ceia, como todo o culto, é bíblica e boa. Nós é que devemos melhorar e fazer tudo para Deus como oferta sacrificial. Devemos oferecer o melhor. Na ceia lembramos que Deus nos ofereceu o melhor. Você pode ler este artigo sobre a importância da ceia CLIQUE AQUI.

Podemos Ter Uma Mensagem Melhor?

As pessoas vão para a igreja procurando por Deus e elas querem ouví-lo. Me diga uma coisa: você tem ouvido a Deus? É na igreja que temos encontrado com Ele? Eu acredito QUE SIM, mas os pregadores não estão ofertando o melhor. Púlpito não é lugar de amador. Temos muitos conceitos errados sobre o púlpito e sacerdócio. Lógico que não devemos ter uma hierarquia ou separar os sacerdotes dos leigos, pois, todos somos sacerdotes santos.

Eu tenho certeza que três são os mais importantes momentos para abrir corações e mentes: os cânticos, a ceia e a pregação. Quem sobe ao púlpito para pregar deve ser como aquele pintor que, em 25 minutos faz a sua melhor e mais cara pintura. Temos que ter homens preparados a ponto de pregar melhor que o cinema e cativar os ouvintes da mensagem por duas horas ou mais (não estou sugerindo que tenhamos pregações de 2 horas ou mais). A qualidade da mensagem deve ser aquele tipo de mensagem que não deixa dúvidas de que Deus está falando. Precisamos de homens consagrados e preparados. Já não temos mais a inspiração do Espírito Santo aos moldes do Velho e começo do Novo Testamento, mas devemos ter a inspiração do conhecimento dado pelo Espírito Santo REGISTRADO NA Bíblia. Devemos ser mais parecidos com Apolo:

“Enquanto isso, um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, chegou a Éfeso. Ele era homem culto e tinha grande conhecimento das Escrituras.… Fora instruído no caminho do Senhor e com grande fervor falava e ensinava com exatidão acerca de Jesus, embora conhecesse apenas o batismo de João. Logo começou a falar corajosamente na sinagoga” (Atos 18:24, 25,26)

A pregação, assim como alguns outros ministérios da igreja, é a ponta do iceberg do crescimento e manutenção da igreja. Com pequenas variações, a igreja deveria ter apenas uma ponta do iceberg. Ter vários homens em rodízio na pregação, não é produtivo para a igreja. Como diz um irmão: “Rodízio só é bom na churrascaria”. Claro que esta é apenas uma sugestão que funciona, mas a igreja local tem que decidir fazer isso. Se decidir fazer rodízio, que Deus abençoe os resultados.

Novamente, este é apenas um artigo sobre a qualidade do culto apesar de ter muitas coisas para se falar sobre o assunto.

Podemos Ter Uma Comunhão Melhor?

Visitando várias Congregações tenho visto inúmeras regras desnecessárias referentes à comunhão. A Bíblia nos ensina que quando estamos juntos, estamos andando na luz. Então tudo é comunhão. Sejam nossas conversas antes, durante e depois dos atos de adoração. Avisos são parte da comunhão, não precisamos criar uma regra para avisos antes ou depois da oração. Culto não deve ter oração final e solene fechando o momento e fazendo separação entre o serviço do sacerdócio e a vida secular. De qualquer forma, podemos fazer isso também, mas não devemos ficar criando regras sagradas. Nós somos sagrados, pois somos o templo do Espírito Santo.

Comunhão e amor devem ser estimulados. Se a igreja tem um calendário de atividades, não é porque um é clube tentando preencher a vida das pessoas com coisas, mas porque tem objetivos de estimular os membros em amor e boas obras para a própria sobrevivência do corpo de Cristo.

Conclusão

Culto, em tudo o que fazemos, não é lugar e momento de experiência. Claro que devemos envolver irmãos novos na fé, mas não devemos pôr sobre seus ombros um peso que nem sequer compreendem. Devemos dar ênfase no treinamento de novos irmãos em outras atividades da igreja.

Precisamos melhorar os cânticos, as ofertas, a Ceia do Senhor, a mensagem e a comunhão. Precisamos nos conscientizar não para dar um show, mas pela oferta do melhor para Deus.

7 Formas de Ter Um Culto Incrível

Eu realmente acredito que quando uma pessoa fala que o culto não foi bom ela está falando mais dela mesma do que do culto em si. Afinal, nós somos o corpo de Cristo e o que nós, individualmente, fizermos é o que faz o culto bom ou ruim. Este é um texto um pouco longo, mas quando é que você vai ter uma oportunidade como esta de meditar no assunto? Se não tem ânimo para ler, talvez esse seja um motivo do porque o culto não esteja sendo tão bom para você…

Biblicamente falando, não existe culto ruim, porque tudo o que fizermos deve ser tirado da Bíblia e não de ideias humanas. Claro que estamos falando de um culto bíblico e não de louvores por aí que se adicionam tantas coisas para agradar aos homens e não a Deus. É em vão, como disse Jesus (Mc 7:1-15).

Sempre fomos uma família que gosta de receber gente em casa. Lembro de, literalmente, parar um ônibus na frente da nossa casa cheio de mulheres vindas de vários lugares para se hospedarem em nossa casa. Agora que moramos em apartamento tivemos que ser mais racionais, mas, mesmo assim, recebemos muitas pessoas ainda. Sempre que recebemos as pessoas é muito bom, porque naquele dia vai ter comida boa. Muitas vezes antes da visita chegar minha esposa faz uma enquete querendo saber o que a pessoa gosta de comer. Se come cebola ou não, se tem alguma restrição, etc. Se tratamos assim alguém que se hospeda em nossa casa, como devemos tratar a Deus quando nós o convidamos para estar em nosso meio e morar em nossos corações pra sempre? Devemos procurar agradar a Deus e não aos homens. Quando agradamos a Deus, acontece a verdadeira edificação.

Mas, sim, existem maneiras de tornar um culto mais edificante. Um culto onde as crianças e os jovens saiam edificados dizendo: Foi muito legal! Quando um culto agrada este público tão sensível, certamente foi um culto edificante. Não estou ignorando o que já disse, antes de todos, procuremos agradar a Deus.

Vamos falar sobre 7 formas de fazer um culto mais edificante:

  1. Cânticos

Os cânticos são cerca de 60 a 70% do culto, não é? Então, devemos escolher os melhores regentes. Por anos as congregações têm dirigentes de cânticos, mas dificilmente uma congregação desenvolve regentes. Qual a diferença? Fácil! Os dirigentes têm boa vontade e isso é muito bom, mas o dirigente nem sempre é bom e fácil de seguir. O regente se empenhou tanto, treinou, estudou que é fácil de seguir a direção dele durante os cânticos. O regente inspira a gente com a condução dele. É como se a gente pegasse carona com ele e não importa a velocidade que ele vá, a gente o acompanha facilmente, inclusive nas curvas. A gente não sente como o carona que fica freando de medo por causa do motorista imprudente. Espero que seja útil esta ilustração.

Então, uma forma de termos um culto 60 a 70% melhor é investir tanto quanto a gente investe em evangelismo, no pregador ou no prédio. Se a igreja não está investindo nada em lugar nenhum, ah, então não vai ter um culto edificante mesmo!

O regente não tem que ser profissional, tem que ser uma pessoa que está disposta a dar o melhor para Deus e por que não dar, então, algo profissional para Deus? Temos que ter regentes tão bons que sejam referência. Para pensar…

“Digo a verdade a vocês: A não ser que excedam os professores da lei e os fariseus em fazer o que Deus quer, jamais entrarão no reino do céu” (Mt 5:20).

  1. Orações

Em geral oramos muito pouco. Não tenho uma estatística para isso, mas a gente sabe que a maioria dos irmãos não lê a Bíblia regularmente e não conversa com Deus. As orações devem ser uma atitude que antecede o culto. Não precisamos fazer de cada culto um culto de oração, mas isso também não quer dizer que devemos ter o mínimo de orações.

Uma boa oração toca a gente. Qualquer pessoa. Até as crianças conhecem a força e sentem necessidade de ser ouvida por Deus. Lembro de uma criança que pediu para a mãe escrever seu pedido de oração na folha que circulava na igreja para ser lembrada no final do culto. Ela pedia perdão pelo papai e que ele voltasse para casa. Um pedido tocante…

Uma boa oração tem contexto, isto é, tem começo, meio e fim e se adequa ao ato que estamos fazendo no momento. Antes de qualquer ato no culto, faça uma introdução. Chame as pessoas para orar e diga pelo que vai orar. Olhe nos olhos das pessoas. Acredite que Deus está ouvindo e que certamente vai responder. Peça com fé. Lembre, resumidamente, o que Deus já respondeu e que todos puderam ver a resposta. Isto serve para ‘ativar’ a nossa fé na oração. Incentive aos irmãos distribuindo os pedidos entre eles no final do culto.

Enfim, façamos coisas diferentes e vamos ter resultados diferentes. Mas sempre lembremos de fazer coisas que não contradigam a Palavra de Deus.

  1. Um Cristo Vivo em Nossas Memórias

Se você pegar a Bíblia de um irmão e deixar a lombada da Bíblia numa mesa e deixar ela cair, em que passagem vai abrir? Essa é fácil! Certamente vai cair aberta em 1 Co 11:23 em diante. Brincadeiras à parte, mas quem não ouviu duas ou três vezes num mês a mesma leitura para a ceia? Existem tantas passagens e vemos que, mesmo tendo uma escala, o irmão não preparou a mensagem para a ceia.

Pensando nisso o Raniere Vieira escreveu um livro com 54 mensagens diferentes para a ceia. Se não sabe o que fazer com o talento que te foi confiado (a direção da ceia) coloque nas mãos de quem sabe (compre o livro e estude).

A mensagem da ceia não deve ser um sermão, mas um devocional objetivo. Que a mensagem da ceia seja nova e edificante. Antes de tudo, que seja bíblica. Vamos nos preparar em casa para edificar os irmãos. Traga um Cristo castigado, morto crucificado, sepultado, mas não esqueça de trazer um Cristo vivo para a mensagem da ceia e que seja edificante!

  1. Oferecendo o Melhor

Um breve comentário… perguntei para vários missionários do passado qual foi o maior erro que eles cometeram e alguns deles disseram: “nós não ensinamos a ofertar…”

Comentário de um irmão: “o tempo passou e os irmãos compraram chácara, reformaram a casa, trocaram de carro e o prédio da igreja precisa ficar mendigando.”

O irmão Garner Allen Dutton deixou uma frase escrita: “Sendo essa a base do julgamento [a oferta], entremos nesse tema “esta graça também”, com todo o nosso coração, nossa alma e nossa força. Aquele dia, nossa única tristeza será de não termos dado tudo”.

Planeje sua oferta lembrando de Ananias e Safira (Atos 5:1-10). Não oferte o que é resto e espere o melhor do culto e de Deus. Oferte o que se comprometeu lá no batismo. O culto é tão bom quanto a sua oferta… A maioria das pessoas não têm nem sequer interesse em saber quanto foi a oferta dominical, mas se ofertasse um pouco mais, certamente iriam querer saber.

  1. A Mensagem de Deus

Domingo é o primeiro dia da semana. O dia que a semana começa. A semana é do Senhor. Domingo não é dia de experiências. Domingo é o dia de ofertar o melhor. Sabia que de 80 a 90% das pessoas se edificam na mensagem e com o pregador? Se uma pessoa está visitando e ouvir uma das melhores mensagens que já ouviu, ela volta. Caso contrário quem está lá há anos, pensa por que continua vindo? As pessoas querem gostar do pregador, querem ter uma referência. Não estamos falando de ‘postorlatria’, estamos falando de ter alguém pra chamar de “irmão abençoado”! Domingo precisamos ouvir e entender e não ficar procurando decifrar o que o irmão quis dizer. Precisamos, sim, de eloquência para o nosso coração! Mesmo que de formas diferentes…

Num concurso de declamação do Salmo 23 vários oradores experientes e profissionais foram à frente e arrancaram aplausos. Quase no fim um velhinho de bengala foi à frente (demorou pra chegar) e, com voz trôpega e embargada declamou o Salmo 23. Ninguém aplaudiu no final… muitos estavam chorando. Todos os outros oradores conheciam as técnicas e o Salmo 23 decorado, o velhinho conhecia o Senhor do Salmo 23.

Precisamos de pregadores que conheçam o Senhor e no domingo a gente possa ver o Senhor através deles.

  1. Me Alegrei Quando me disseram…

Eu fui um adolescente que cresceu na igreja. Eu não via a hora de ir para o acampamento que a gente fazia a cada 3 ou 4 meses. Eu nem dormia na véspera de tanta excitação e alegria da data chegar. No dia seguinte eu estava muito animado e como eu amava aquelas pessoas! Você tem alegria de ir à igreja? Você entende as palavras do salmista no Salmo 122:1?

Procure ir para se desintoxicar do mundo, para conversar com quem conseguir e falar de testemunhos edificantes para as pessoas, vá para  cantar de coração e com toda vontade, vá para agradecer a Deus por tudo o que aconteceu, chegue na igreja para servir as pessoas e não para ser visto ou ser servido. Se você fizer estas 5 coisas, você nunca vai achar que o culto está ruim, porque o Espírito do Senhor estará em você (Leia Ef 5:18-21).

A palavra desta 6ª atitude é comunhão! Tudo é comunhão no encontro da igreja. Da Escola Dominical aos avisos. O culto não acaba e não deve ter a última oração, mas sim, uma oração para agradecer a semana que está começando.

  1. Eu quero ser, Senhor amado…

O 7º ingrediente para fazer um culto melhor é você. Vá e esteja lá não vá e seja virtual. Se quer que a igreja cresça, frequente-a. Se desligue de tudo e se liga nos cânticos, orações, participe mesmo da ceia e coleta, da mensagem (anote) e da comunhão. Venha se transformar para transformar o culto!

Que tal decidir agora, no próximo domingo fazer o melhor culto que você já fez na sua vida? E que tal no outro domingo fazer o melhor que você já fez antes. E que tal ir para dar e não para receber? Aí nunca mais teremos um culto monótono se a gente mudar. Vivamos em novidade de vida!