fbpx

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

HUMILDADE ANTE O PODEROSO SENHOR DO UNIVERSO

“Então Jesus foi com eles. Quando Jesus já estava perto da casa, o centurião enviou-lhe alguns amigos, dizendo: — Senhor, não se incomode, porque não sou digno de recebê-lo em minha casa. Por isso, não me julguei digno de ir falar pessoalmente com o senhor; porém diga uma palavra, e o meu servo será curado.” – Lucas 7:6-7

“E, quando os que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o servo curado.” – Lucas 7:10

Hoje falarei ainda um pouco sobre o centurião. No artigo da semana passada eu destaquei o quanto o amor desse homem por seu servo e pela comunidade judaica tinha atraído sobre ele o respeito e a consideração dos líderes judaicos.

No texto de hoje vemos o quanto esse homem era humilde. No pensamento judaico do primeiro século, uma pessoa entrar na casa de outra era um ato de grande valorização. Essa é a razão, por exemplo, de Zaqueu não ter convidado Jesus para entrar em sua casa, foi o próprio Jesus quem se convidou (Lucas 19:1-10). Hoje o pensamento é inverso, nós esperamos ser convidados e isso para nós representa valorização e respeito.

Imagino alguém dizendo para o centurião romano: “O Mestre está vindo em nossa direção”. O centurião deve ter ficado aflito, pois já não tivera coragem de ir falar pessoalmente com Jesus e agora este vinha ao seu encontro. Por isso mandou os seus servos dizerem o quanto se sentia indigno que o Senhor entrasse em sua casa.

Essa é a maneira correta de nos apresentarmos diante de Deus, de nos aproximarmos dele. Somos indignos, pecadores, quanto mais nos conhecemos e conhecemos a santidade de Deus, mais devemos nos sentir indignos da presença e do favor do Senhor. É ser “pobre de espírito” (Mateus 5:3) e “chorar pelos nossos próprios pecados” (Mateus 5:4). Uma pessoa assim torna-se feliz porque é gente assim que é trabalhável nas mãos de Deus.

Muito diferente da atitude futura do fariseu que convidou Jesus para ir em sua casa:

“E, voltando-se para a mulher, Jesus disse a Simão: — Você está vendo esta mulher? Quando entrei aqui em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; esta, porém, molhou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Você não me recebeu com um beijo na face; ela, porém, desde que entrei, não deixou de me beijar os pés. Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas esta, com perfume, ungiu os meus pés.” – Lucas 7:44-46

O fariseu não deu o mínimo tratamento que se esperava que desse a um hóspede que aceita entrar na casa. Já o centurião sentiu-se indigno de receber Jesus em casa. Além de sentir-se indigno, o centurião tinha tanta fé em Jesus que sabia que apenas uma palavra do Mestre seria suficiente para curar o seu servo. Foi uma fé que deixou o próprio Senhor Jesus admirado.

O resultado foi a cura do seu servo. É o que ocorrerá conosco de maneira completa se nos aproximarmos de Deus desta maneira: com humildade, entendendo que somos indignos do seu amor, mas confiantes de que o Senhor é poderoso para fazer infinitamente mais do que pensamos e pedimos, conforme o seu poder que age em nós (Efésios 3:20).

De longe, sem pronunciar uma palavra sequer, Jesus curou o servo do centurião, possivelmente apenas através do seu pensamento. É este Jesus que seguimos hoje, poderoso, que vive para interceder e cuidar de nós (Hebreus 7:25).

A FORÇA DO AMOR

A FORÇA DO AMOR

“E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte.

Quando o centurião ouviu falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo.

Estes, aproximando-se de Jesus, lhe pediram com insistência: — Ele merece a sua ajuda,

porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo construiu a nossa sinagoga.” – Lucas 7:2-5

A história do pedido de centurião para que Jesus curasse seu servo é uma história, em minha opinião, terna e com boas lições.

Algo interessante é que, na Bíblia, os centuriões que são citados, quase sempre são pessoas boas e justas, começando pelo relatado no texto de hoje. 

Mas, vejamos outros:

Após a morte de Jesus, o centurião que guardava os crucificados, disse a respeito de Jesus: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.” (Marcos 15:39). Cornélio, o primeiro convertido a Jesus entre os romanos, era um centurião a respeito do qual a Bíblia diz: “Era piedoso e temente a Deus com toda a sua casa, fazendo muitas esmolas ao povo e orando sempre a Deus.” (Atos 10:2). É também um centurião quem salva Paulo da morte na viagem à Roma, não somente salvando sua vida, mas de todos os demais presos (Atos 27:43). 

O centurião (que é muito mais que um “capitão”), liderava uma tropa de elite, tendo sob o seu comando um grupo de cem homens altamente treinados e obedientes, dispostos a tudo.

Voltando ao relato do texto, chama-me a atenção o quanto o amor une as pessoas. Amor aqui significa atos de bondade e cuidado pelo próximo, não o mero sentimento.

O centurião era respeitado pelos líderes judaicos, algo não comum na época, já que ele representava o dominador, o império romano. Mesmo assim, os líderes judaicos vão interceder junto a Jesus e dizem, em outras palavras: “Ele é um bom homem, que ama nosso povo e ajudou a construir nossa sinagoga. Por favor, ajude-o”. 

O amor é a melhor forma para se conquistar alguém. Por isso, a força de um seguidor de Jesus para influenciar pessoas está no amor que demonstra por elas. A força das armas e a violência dominam as pessoas apenas exteriormente, enquanto o dominador está presente. O amor influencia interiormente, mesmo com a pessoa de longe. Alguém já disse: “Me ame e faça o que quiser comigo”.

Também é digno de elogio a preocupação do centurião para com o seu servo. Numa época em que os escravos eram tratados como mercadorias, isto é, facilmente substituíveis, chama a atenção o quanto o centurião estimava seu servo e desejava que ele recuperasse a saúde.

Ainda quero destacar que os líderes judaicos pediram a Jesus com insistência que atendesse ao centurião, mostrando mais uma vez o quanto aquele homem era respeitado pela comunidade local.

Este texto faz-me lembrar do que Paulo diz na sua carta aos efésios:

“Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade.” – Efésios 2:14

Sim, a história do centurião (dominador), seu servo (escravo) e os líderes judaicos (dominados), numa época em que na maioria das vezes seriam inimigos, por causa do amor demonstrado pelo centurião, mostra pessoas que querem bem umas às outras. 

O centurião ama o seu servo e intercede por ele perante os líderes judaicos. Estes amam o centurião e intercedem por ele ao Senhor Jesus. Não é isso uma reprodução do que ocorreria na igreja de Jesus: pessoas diferentes, de origens diferentes, inicialmente até hostis, podem se aproximar buscando o bem uma da outra?

Que qualquer influência que venhamos a ter sobre alguém não seja por força ou violência física ou de palavras duras, mas que nossa força para influenciar esteja na nossa motivação de amar a Deus, amando ao nosso próximo, em especial nossos irmãos em Cristo. 

O amor deve ser o motivo para evangelizarmos. A pessoa deve perceber que não queremos o dinheiro dela, nem mesmo dominá-la, mas apenas levá-la ao senhorio de Jesus. Que somos dominados pelo amor de Cristo (2 Coríntios 5:14) e isto nos motiva a insistirmos em falar com elas sobre nosso Mestre. 

“Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos

e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo.” – 2 Coríntios 10:4-5.

OS RECONHECIDAMENTE DOENTES SERÃO CURADOS – O EVANGELHO DE LUCAS

OS RECONHECIDAMENTE DOENTES SERÃO CURADOS - O EVANGELHO DE LUCAS

“Jesus tomou a palavra e disse: — Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento.” – Lucas 5:31-32

Esta declaração de Jesus é um verdadeiro princípio de vida para quem deseja ser saudável, curado, e isto em todos os aspectos, tanto físico como especialmente espiritual. É uma declaração até certo ponto irônica e sarcástica: “os sãos não precisam de médico, e sim os doentes”. Não existiram neste mundo após a queda no Éden.

A declaração de Jesus acontece enquanto Ele estava na casa de Levi (Mateus), que seria seu apóstolo, um homem servo de Mamon, isto é, do dinheiro e por ele fazia qualquer coisa. Por ser um cobrador de impostos para Roma, provavelmente cobrava não somente o devido, mas além disso, como outro cobrador de impostos arrependido reconheceu Zaqueu. A doença destes era a avareza.

“E, se roubei alguma coisa de alguém, vou restituir quatro vezes mais.” – Lucas 19:8b

Enquanto Levi se reconhecia um doente e buscava a cura junto a Jesus, os líderes religiosos, tão justos aos próprios olhos afirmavam:

“Os fariseus e seus escribas murmuravam contra os discípulos de Jesus, perguntando: — Por que vocês comem e bebem com os publicanos e pecadores?” – Lucas 5:30

Na realidade eles estavam mais doentes que Levi, exatamente por não se reconhecerem pecadores. É o que acontece com qualquer pessoa doente, seja de uma doença física, seja de um vício e especialmente do nosso maior vício, o pecado: enquanto não nos reconhecermos “pobres de espírito” (Mateus 5:3) e “chorarmos por isso” (Mateus 5:4), jamais seremos curados, como fez outro cobrador de impostos arrependido, curiosamente apresentando também no livro de Lucas:

“O publicano, estando em pé, longe, nem mesmo ousava levantar os olhos para o céu, mas batia no peito, dizendo: “Ó Deus, tem pena de mim, que sou pecador!” – Lucas 18:13

Ao mesmo tempo, o texto de hoje mostra que Jesus chama pecadores ao arrependimento, ao contrário do que hoje o mundo religioso afirma: “venha para Jesus do jeito que você é e Ele o aceita”.

Nada feito. Jesus chama a todos, é verdade, sem exceção, mas, como Ele mesmo diz no texto de hoje, seu chamado é para o arrependimento, para mudança de vida e obediência a Ele e seu evangelho.

Foi o que fizeram Levi, Zaqueu, o outro cobrador de impostos apresentado e, após o estabelecimento da igreja, todos os cristãos, eu e você, caso já tenha passado pelos passos de crer, arrepender, confessar e ser batizado.

Ao descermos às águas, precisamos, antes, ter nos conhecido doentes e pobres de espírito, chorarmos os nossos pecados ao nos confessar pecadores, isto é, doentes, e buscarmos a cura no Médico dos médicos, Jesus.

Que esta já tenha sido a sua realidade, você que lê este artigo, como já foi a minha há mais de 3 décadas que decidi buscar o Médico Jesus reconhecendo-me um doente que precisava de cura. E que continuou em processo de cura, até a volta gloriosa do Senhor Jesus Cristo.

Você quer ser curado?

Vou contar uma história que acompanhei em minha trajetória profissional, como psicóloga em saúde mental:

“Seu Joaquim (como chamarei) era um homem de menos de 45 anos, que andava mendigando de cidade em cidade. Ele havia feito uma cirurgia de hérnia umbilical e, provavelmente pela falta de cuidados, a cirurgia não cicatrizou corretamente. Então, ele mostrava a cirurgia inflamada no umbigo para que as pessoas pudessem lhe ajudar dando dinheiro por causa da sua situação. O fato é que Seu Joaquim antes trabalhava na agricultura e, diante do estado de doença, não tinha mais condições de trabalhar. Certo dia, ela apareceu no CAPS (serviço de saúde mental), onde eu trabalhava, numa pequena cidade do interior, sabendo que lá teria refeições de graça. A equipe de trabalho toda se comoveu, procuramos os órgãos competentes, acolhemos Seu Joaquim numa residência terapêutica até providenciarmos a tão necessária cirurgia de reparação da hérnia. Para nós, estava tudo certo, iriamos resolver a vida daquele homem, restabelecendo sua saúde e a autonomia para o trabalho.

Era o que pensávamos, até que ele começou a expressar que estava sentindo falta do dinheiro que recebia e das andanças pelo mundo… até que, às vésperas da cirurgia, ele entrou em surto psicótico, não reconhecendo ninguém, falando coisas desconexas, totalmente desorganizado, subindo até num poste de luz!  Diante da situação, adiamos a cirurgia e precisamos tratar sua saúde mental. Meses depois, ele estava melhor e pôde fazer a tão esperada cirurgia. Para sanar a dificuldade financeira, conseguimos um benefício do INSS para que ele se organizasse e voltasse a exercer as atividades de agricultura em algum momento… e esse momento nunca aconteceu… Seu Joaquim nunca voltou a ter saúde mental e lucidez suficientes para estabelecer uma vida com autonomia. Vive ainda na residência terapêutica, aos cuidados da equipe que trabalha na saúde mental, com uma condição limitada de gerenciamento de vida.

Para nós, equipe de trabalho, foi algo impactante e chocante. Nos questionamos durante muito tempo: “Onde erramos?”, “O que poderíamos ter feito de diferente?”. Hoje, sabemos que não necessariamente cometemos um erro. Só não avaliamos as implicações de tanta mudança na vida de Seu Joaquim, que antes, na sua juventude, já havia apresentado sintomas de psicose. Só nos restou a opção conviver com a expectativa frustrada de resolver a vida de alguém que já estava ‘satisfeito’ com a vida que levava.

Pensando em cura e resolução de vida, me veio uma reflexão a partir do Evangelho de João, capítulo 5, com a história do paralítico no tanque Betesda. Um homem inválido há 38 anos, com chances remotas de entrar primeiro naquele tanque para ser curado. Esse homem teve sua vida transformada completamente através do encontro com Jesus.

Jesus, também Mestre em fazer perguntas, surpreende com esta: “Você quer ser curado?” – Chego a imaginar a reação de espanto das pessoas diante desse questionamento. Como assim, Jesus? Não seria óbvio? Por que Ele fez essa pergunta?

Como a explicação não fica clara nas escrituras, só podemos presumir algumas coisas diante da pergunta feita por Jesus:

  1. Que Ele, Jesus, em sua grande misericórdia e amor, se interessa no querer e no bem-estar daquele homem;
  2. Jesus, com o questionamento, ofereceu ao homem a chance de declarar sua vontade de receber uma transformação de vida;
  3. Além disso, Jesus também lhe concedeu o tempo de refletir nas implicações que a cura poderia trazer na vida dele.

No versículo 7, Disse o paralítico: “Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim”.

Segundo essa resposta, a desesperança já tinha tomado conta dele, fazendo com que ele estivesse próximo ao tanque não pela esperança de cura, mas provavelmente por uma expectativa de obter alguma esmola, por estar num lugar movimentado com muitas pessoas.

Adiante, no texto, em João 5:12-14, Jesus e o homem se encontram uma segunda vez:

Então lhe perguntaram: “Quem é esse homem que lhe mandar pegar a maca e andar? ” O homem que fora curado não tinha ideia de quem era ele, pois Jesus havia desaparecido no meio da multidão. Mais tarde Jesus o encontrou no templo e lhe disse: “Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não lhe aconteça”.

O que poderia acontecer de pior? Passar 38 anos aleijado não seria a pior coisa para a vida de uma pessoa?

Nosso Mestre, quando andou aqui na terrena, curou muita gente e sempre nos mostrou que o foco dEle sempre foi a CURA ESPIRITUAL. Há sim, algo pior para nos preocuparmos: a doença espiritual. Essa nos torna inválidos para o Reino de Deus, nos torna aleijados para os planos que o Senhor nos preparou, a doença espiritual é a única capaz de nos causar a morte eterna.

            Jesus nos pergunta: “Tu queres ser curado?”

Ao mesmo tempo que Ele também sabe que a cura espiritual é o mais importante para nós, pois nos leva à eternidade ao lado Dele.

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pedro 2:9)

“Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus.” (1 Pedro 2:16)

Se queremos mesmo ser curados, devemos fazer morrer as nossas vontades, nosso “Eu”, nossa natureza egoísta, mimada e pecaminosa, para não mais mendigarmos pelas coisas terrenas, mas vivermos gozando da liberdade em Cristo, sendo participantes de uma cidadania celestial.

“Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça; por suas feridas vocês foram curados.” (1 Pedro 2:24)

Jesus já pagou o maior e mais doloroso preço para que pudéssemos ter o privilégio de sermos curados. Agora, temos a melhor parte, o acesso à nova vida, à oportunidade de vivermos em obediência e sendo uteis ao propósito maior, anunciando a verdadeira cura para aqueles que precisam ser sarados.

Que possamos viver de maneira digna do Senhor, agradando-O em todas as coisas, sendo frutíferos em toda boa obra que Ele antes nos preparou. (Colossenses 1.10)

Na Doença, Mantenha o Ânimo

Mantenha o ânimo

Por que Deus permite que fiquemos doentes? Não vou me atrever em responder a todos os possíveis motivos. Certamente Deus tem propósitos maiores… Deus sabe como escrevo este artigo como uma intenção de trazer um pouco de alívio e esperança sem querer ser insensível com a situação que você passa. Queria mesmo ter uma fé tamanha a ponto de orar e ter a resposta certa do Senhor.

Por que Deus nos faz fracos? Será que é para nos lembrar de nos aproximar Dele? O próprio apóstolo Paulo que tinha o poder concedido por Deus de curar outras pessoas não teve cura por parte de Deus. Ele entendeu que Deus tinha permitido aquela situação para que ele não usasse de vangloria.

Para impedir que eu me exaltasse por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne, um mensageiro de Satanás, para me atormentar. Três vezes roguei ao Senhor que o tirasse de mim. Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza“. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.” (2 Coríntios 12:7-10)

A doença traz tristeza, insegurança, medo, dúvidas e desafios da fé, mas o lado bom disso é que nos aproxima de Deus.

Na doença aprendemos que realmente não temos controle sobre os nossos corpos, o corpo realmente pertence a Deus e um dia vamos ter que devolver. É emprestado. Se, por acaso ficar doente, lembre-se que deve pedir cura a Deus e Ele está disposto a ajudar.

“Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém que se sente feliz? Que ele cante louvores. Entre vocês há alguém que está doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. E a oração feita com fé curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele será perdoado. Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz.” (Tiago 5:13-16)

Lembre-se também de procurar ajuda de um médico. Os saudáveis não precisam de médicos e sim os doentes, disse Jesus (Mateus 9:12). Há um remédio chamado fé, pode-se ser chamado de bom ânimo ou atitude positiva também. Isto é um remédio eficiente e os sentimentos e atitudes contrárias só pioram as coisas.

O coração bem disposto é remédio eficiente, mas o espírito oprimido resseca os ossos.” (Provérbios 17:22)

A doença também é uma mensagem de que você precisa descansar física e espiritualmente. O seu corpo tem um limite e se abusar do seu corpo, ele cobra uma conta alta e dolorida. O seu corpo é, nas contas de Deus, espiritual.

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine. “Os alimentos foram feitos para o estômago e o estômago para os alimentos”, mas Deus destruirá ambos. O corpo, porém, não é para a imoralidade, mas para o Senhor, e o Senhor para o corpo.” (1 Co 6:12, 13)

Deus é o dono do seu corpo e Ele quer o melhor para você, para sua alma que está aí dentro. Coloque o relacionamento com Ele em primeiro lugar através da oração e da fé. Não deixe de andar na luz através da comunhão com os irmãos (culto de adoração) e a cura espiritual, que é o perdão dos seus pecados, estará garantida (1 Jo 1:7). Tudo o que temos e o que somos é espiritual. A doença pode ser uma forma divina de nos reconciliar com Deus, afinal, ninguém nesta vida é eterno, mas depois da morte será e, como é que você vai encontrar com Deus? Se você não está de muita conversa com Deus ultimamente, tema, mas se você tem um bom relacionamento com Ele faz tempo, certamente não vê a hora de encontrá-lo.

“O espírito do homem o sustenta na doença, mas o espírito deprimido, quem o levantará?” (Provérbios 18:14)

A doença pode ser uma consequência do pecado, porque um dia lá no paraíso, onde não existia doença e morte, eles desejaram satisfazer seus próprios desejos e, assim toda humanidade sofre as consequências.

“Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12)

Por outro lado, olhando com fé, esperança e do ponto de visto do amor, a morte é, de uma maneira triste ou feliz, a cura para aqueles que Nele confiam, já para os que viveram a vida como se lhes pertencesse, morrem em desespero.

Não temos controle de escolher como chegamos neste mundo, mas temos a oportunidade de escolher viver eternamente com Deus lá no céu. A esperança é para todos, por isso, são ou doente, mantenha o ânimo.

O Choro Que Cura – Felizes São os Que Choram

“Bem aventurados os que choram, porque serão consolados”. Mateus 5:9

“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes.” Salmo 126:5-6

De repente surge aquele sentimento forte, a voz embarga, as lágrimas teimam em sair, mesmo quando nos esforçamos para nos refazer, especialmente se estamos diante de pessoas com quem não temos um relacionamento tão estreito. É o choro.

O choro traduz muitos sentimentos: aqueles que são bons, como empatia, alegria, reconhecimento de nossa impotência diante de Deus ou de alguma situação em que Ele se fez presente de forma tão intensa. Há também os maus, sendo o pior deles o da manipulação, o choro falso, as famosas “lágrimas de crocodilo”.

Quero falar mais sobre os aspectos positivos do choro, afinal Jesus disse que aqueles que choram são muito felizes. Parece contraditório, mas não é.

No contexto de Mateus 5, Jesus afirma que aqueles que choram chegaram a um estágio onde reconhecem a sua miserabilidade e falência espiritual sem a presença de Deus. O choro aqui resulta do reconhecimento de como Deus é santo, justo e perfeito e o quanto nós, seres humanos, somos pecadores, maus e imperfeitos. Tal choro nos leva a buscar a presença de Deus, a Sua justiça, não a nossa, a nos lastimar pelos pecados, nossos e do mundo, a uma decisão de mudar, buscando a perfeição que existe somente em Deus.

O choro também pode resultar de um coração quebrantado diante do Senhor. Vejo este sentimento presente em alguns irmãos queridos, quando falam da grandeza, do poder, da perfeição do Senhor. Uma pessoa que se conhece bem e compara sua vida diante de Deus, ao apreciar o Senhor, é tomada por uma onda de emoções que o leva ao choro.

Também choramos quando sofremos junto com alguém a quem amamos que esteja sofrendo. Num velório é normal chorar, vi muito disto quando vários irmãos partiram. O amor por alguém nos faz chorar quando vemos essa pessoa sofrendo, algo natural e engrandecedor. Lembro de uma vez que o meu filho Josué foi internado. Eu sabia que ele iria ficar bem, porém, ao ver a Bárbara chorando pelo irmão, não resisti e também cai no choro.

Além disso, uma pessoa que ama ao Senhor e Sua igreja chora quando vê alguém se afastando de Deus e tomando decisões que certamente lhe farão mal. Hoje eu entendo as vezes que o Sr. Davi chorava durante os sermões, muito desse choro era por alguém rebelde, que não queria se arrepender. Jesus, diante de Jerusalém, conhecendo seu futuro terrível em razão da rebeldia, também chorou (Lucas 19:41). Paulo lembrou que seu trabalho entre os efésios foi regado por muito choro, de novo, choro de quem ama (Atos 20:31). E mais uma vez encontramos Jesus em João 10:35 chorando a morte de seu amigo Lázaro. Interessante que mesmo sabendo que o ressuscitaria em seguida.

Também o choro vem quando nos sentimos impotentes diante de uma situação difícil. Foi o que Ezequias sentiu quando o profeta Isaías o avisou que teria poucos dias de vida. A bíblia diz que ele chorou muito, olhando para a parede, numa atitude de desespero diante da morte iminente (2 Reis 20:1-3). Choros que comoveram o coração de Deus, que lhe concedeu mais 15 anos de vida. Chama a atenção que há vários exemplos na Bíblia, como esse de Ezequias, de Acabe, entre outros, que ao chorarem diante do Senhor dos Exércitos, foram por ele atendidos. Dá para entender. Nós, pais, diante do choro de nossos filhos amados, somos tocados. Precisamos até tomar cuidado para não sermos manipulados por eles. Daí dar para entender que o coração de Deus se enternece diante do choro dos seus filhos.

O choro incomoda a quem está por perto do chorão. Por que será? No passado o choro de alguém perto de mim incomodava. Hoje, diante de alguém chorando, não digo nada, no máximo seguro suas mãos, dou um abraço. Aquele choro certamente fará bem. Na realidade, chorar não é fraqueza, pelo contrário, é necessária uma força gigantesca para abrir o coração em lágrimas.

Assim, a Palavra de Deus diz que os que choram serão consolados. E, lá no céu, quando recebermos a coroa da vida, “Deus enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).

Sim, bem-aventurados ou, muito felizes os que choram. Pois certamente serão consolados por Deus. Aleluia!