fbpx

Repreensão, Correção e Exortação

O homem estava tendo trabalho para tirar a neve de cima da sua casa. O vizinho viu a dificuldade e quando ele quebrou um dos vidros da janela. Então gritou do outro lado da rua: “Aqueça a casa por dentro que a neve derrete!”.

Se quisermos tirar todo o gelo do pecado que endurece nosso coração, precisamos aquecê-lo por dentro. O culto tem a função de quebrar o gelo do pecado e tirá-lo de cima de nós.

O culto é composto basicamente de seis atitudes: cantar, orar, partir o pão, participar da coleta, pregação e comunhão. Todos os que chegam para adorar, devem sair edificados do culto a ponto de expressarem testemunhos e encorajamento entusiastas a outros durante a semana. O culto nunca acaba, ainda não entendi por que insistem em fazer a “oração final” se domingo é apenas o primeiro dia da semana?

Para que possamos ter um culto impressionante para quem quer que dele participe, devemos seguir o que a Bíblia ensina. O importante é agradar a Deus para que consigamos, de fato, ser edificados. Para tanto, precisamos saber que somos sacerdócio Santo, povo de propriedade exclusiva de Deus, com um real objetivo de testemunhar sobre Aquele que nos tirou das trevas e nos transportou para a Luz (1 Pedro 2:9). No culto de louvor e edificação, precisamos eleger entre nós os melhores sacerdotes, isto é, os melhores regentes, os melhores pregadores, os melhores homens de oração, os melhores servos de Deus. São estes que devem promover, como bons sacerdotes, o culto a Deus. Outros que querem servir a Deus, primeiro precisam aprender que o culto é para servir e não para ser visto. Depois, para desenvolver novos servos da igreja, precisamos, antes de mais nada, colocá-los para aprender a servir e depois de treinados, ensinar as pessoas durante a semana nos encontros bíblicos. Culto não é lugar de inexperientes e de experiências. Promover o culto a Deus deve ser com o melhor que temos e não com o duvidoso.

O apóstolo Paulo ensina muitas coisas práticas sobre a mensagem e os mensageiros nas epístolas de Timóteo e Tito. Aprendemos que quem prega deve ter um equilíbrio ao compartilhar a palavra de Deus. Ele ensina:

“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.” – 2 Timóteo‬ ‭4:2‬ ‭NVI‬‬

Uma só mensagem não vai mudar as pessoas, então tenhamos paciência. Uma mensagem vazia (subjetiva)  sobre a vida não dá o sentido que a vida precisa ter e que as pessoas esperam receber na mensagem. Então, quem prega, deve pregar com a sã doutrina.

As pessoas precisam ouvir na mensagem repreensão, correção e Exortação. Não sei o que você pensa quando ouve a palavra exortação. O significado dessa palavra é ânimo. Uma mensagem negativa ou acusativa é mais fácil que apresentar uma mensagem que seja equilibrada contendo repreensão, correção e exortação. Uma mensagem fácil de ouvir dá muito trabalho para preparar. Uma mensagem cujo estilo é baseada na palavra de Deus, atinge as pessoas e suas necessidades, membros do corpo de Cristo e até visitantes.

Se sua mensagem tem 3 pontos principais, que o primeiro ponto seja para repreensão, o segundo para correção e o terceiro para exortação. Esta, sim, é uma mensagem bíblica! Este conceito, como você pode ler e reler na passagem escrita pelo apóstolo Paulo, é bíblico.

Aqueles que pregam devem ter em mente, além da repreensão e correção também a exortação, isto é, o ânimo. Alguém que deve repreender e corrigir, deve animar (exortar) as pessoas para colocar em prática a repreensão e a correção ouvidas. Uma pessoa que não tem ânimo, não vê motivos para obedecer.

“Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão, completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a vocês mesmos.” – ‭‭Filipenses‬ ‭2:1-3‬ ‭NVI‬‬

Geralmente já chegamos com muitos problemas no domingo. Precisamos ânimo para começar a semana e continuar progredindo e compartilhando a fé. Precisamos de ânimo na luta contra o pecado. Alguém, por acaso, vai procurando sair sentindo-se acusado, pressionando e sobrecarregado? Não foi o que Jesus nos prometeu quando nos chamou para sermos discípulos.

Você deve saber que diabo significa acusador, não é? Mas temos um justificador e Ele é maior que qualquer acusação, isso deve transparecer na pregação. Jesus nos anima a continuar, Jesus nos exorta a procurar o perdão, a nos arrepender, nos exorta com o seu amor do jeito imperfeito que somos e nos justifica. Ele tem misericórdia em nossas fraquezas. O pregador representa Jesus como um porta voz, por isso deve ter compaixão e sua mensagem deve exortar (animar) os que estão cansados e sobrecarregados.

Neste artigo estou focando na exortação, mas nunca devemos esquecer a repreensão e a correção, se deixarmos de lado estes assuntos, vamos ter uma mensagem desequilibrada.

A pregação anima as pessoas ou, segundo tenho testemunhado, faz com que saiam desanimadas e considerem não voltar mais (já vi muitas saindo da igreja desanimadas com a mensagem). Não as chamemos de fracos na fé, pelo contrário, melhoremos como mensageiros da palavra de Deus. Aqueçamos os corações com a exortação que vem da palavra de Deus para quebrar gelo do pecado que oprime e deprime.

Apenas Um Servo… Como Jesus

Ser o primeiro lugar… Chegar em primeiro lugar…
É o deseja a maioria de nós lá no fundo da alma, mesmo que não tenhamos coragem para confessar isso. O pai, cheio de si, conta ao amigo: “Meu filho tirou a maior nota na sua sala.”

“Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” – Marcos 10:42-45

Responda pra você mesmo: “Quem foi o vice-campeão brasileiro de futebol?” Ninguém quase se lembra, somente do campeão.
Há algo dentro de nós que não se contenta em ser mais um apenas, queremos o primeiro lugar… O mais respeitado na empresa, na escola, na família e, infelizmente, mesmo na igreja. Queremos influenciar, queremos mandar, queremos…
A razão de muitas igrejas terem conflitos e se dividirem, quase sempre não é doutrinário, é EGO: “Fui magoado! Quem fulano pensa que é pra me tratar assim? Ele não sabe com quem está falando…”
Infelizmente, depois da queda, fomos contaminados pelo diabo, que não aceitou ser um anjo de Deus, segundo a maioria das interpretações, ele queria ser como Deus e infundiu isto em Eva, Adão e depois todos os seres humanos.
O texto completo da ilustração que utilizo (Marcos 10:35-45), nos fala da tentativa de Tiago e João “furarem os olhos” dos demais apóstolos de Jesus. O Senhor os tinha chamado de irmãos “Boanerges” ou filhos do trovão, provavelmente por causa de seu temperamento explosivo (Marcos 3:17). Talvez fossem do tipo que não levava desaforo pra casa. Certa vez os samaritanos não quiserem receber Jesus e eles perguntaram a Jesus se o Mestre permitia que descesse fogo do céu para acabar com seus desafetos. (Lucas 9:54). É como se estivessem dizendo: “Quem eles pensam que são pra não nos receber…”
Tiago e João, como nossos políticos hoje em dia, ansiavam pelos cargos que ocupariam no futuro reino terreno de Jesus (infelizmente não tinham entendido ainda que o reino de Jesus seria espiritual). Queriam “pouco”. Apenas serem os principais ministros de Jesus (sentar à direita e à esquerda) em detrimento dos 10 outros apóstolos.
Jesus, na sua sabedoria, responde: “Vocês estão preparados pra isto?” – às vezes queremos privilégios sem saber se estamos prontos para tamanha responsabilidade. Alguém me falou esta semana: “Que feliz o sujeito que ganhou a megasena? O que você faria com 18 milhões de reais.” Eu disse: “Dispenso! Não quero esta responsabilidade pra mim”. Terei que prestar contas a Deus da maneira como iria administrar essa bolada. Eu mal consigo administrar meu salariozinho mensal.” Queremos os privilégios de influenciar, de nos parecer importantes, sem pensar se estamos preparados para lidar com isso.
“Vocês vão beber o cálice que beberei? Serão batizados com o batismo que serei batizado” – disse Jesus. Eles nem sabiam o que Jesus estava perguntando. Eles, como tolos sem conhecimento, responderam: “Sim!”
“De fato, vocês vão beber o cálice que beberei e serão batizados com o batismo que serei batizado”. Mal eles sabiam que esse cálice, seria a honra de sofrer e morrer pelo evangelho, como aconteceu com Tiago logo no início da igreja em Atos 12. João seria perseguido e exilado numa ilha por causa de sua fé é Jesus.
“Mas, quanto ao lugar de honra, não é da minha competência”, disse Jesus, reconhecendo que aquilo caberia ao seu Pai.
Este acontecimento criou uma oportunidade de mais uma vez Jesus ensinar aos seus seguidores. No vs. 41 lemos que os 10 ficaram zangados com Tiago e João, não pelo pedido sem sabedoria e inoportuno, mas porque os dois verbalizaram aquilo que estava em seus corações: quem de nós é o mais importante no grupo de Jesus? (Marcos 9:34)
Fico imaginando a tristeza de Jesus por seus seguidores entenderem tão pouco sobre a natureza do seu reino. O vs. 42 diz que Jesus, “chamando-os para junto de si”. Esta parte me toca. Lembra um pai que quando o filho erra, ao invés de afastá-lo de si, o chama para mais perto, desejoso de ensinar-lhe. É como o pai ou a mãe de criança ainda pequena, diante do erro do filho, dizer: “Filho, senta aqui no colo do papai, que quero te dizer algumas coisas”. Se já adolescente, a mãe diz: “Filha, sente aqui, ouve o que quero lhe dizer.”
De maneira firme, mas também amorosa, Jesus diz: “vocês estão acostumados com esse tipo de liderança, na base da força” Sim, na sociedade, no mundo, existem os maiorais, os mais importantes, os benfeitores, eles mandam, exercem autoridade, eles oprimem, eles exigem submissão e respeito, eles querem ser chamados por títulos (doutor, excelência, meritíssimo, entre outros). No vs. 43, o Senhor diz: “Mas, entre vocês não é assim…”. É como se o Senhor estivesse dizendo: “Se vocês querem ser meus seguidores, meus discípulos, participarem do meu reino, precisam mudar de ideia sobre isso, sobre a maneira de se relacionar.”
“O grande entre vocês é o pequeno”, diz Jesus. Na igreja de Jesus o mais importante é que aquele que aceita ser o capacho de todos, o escravo, o garçom, o servidor de todos. (Oh! Senhor, como esta lição é difícil de ser aprendida, tem misericórdia de nós).
Por que Jesus exige isto de mim e de você, meu irmão em Cristo, seguidor do Mestre? Porque Ele fez isto durante os anos que esteve entre nós: nasceu, viveu, serviu e morreu nos servindo, até chegar àquela horrenda cruz. E quando topamos “baixar a bola”, sermos humildes, nada mais estamos fazendo do que seguir as pegadas do Mestre Jesus, sendo um cristão verdadeiro, um discípulo.

“Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos” – 1 Pedro 2:21

Jesus termina dizendo que: “o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (vs. 45)
A vida de Jesus na terra foi um escândalo. João nos diz em seu evangelho: “No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus… Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” 1:1,3
Jesus era o próprio Deus, criou tudo, o Senhor do Universo. Porém, no vs. 13, ele diz: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós”. Jesus armou sua tenda, tabernaculou, para viver entre nós. Fomos visitados pelo próprio Deus, que privilégio! Ele topou se despir de toda a sua glória para viver no corpo de um bebê e depois de um homem. Você já imaginou que quando os pastores, na noite do nascimento de Jesus, o foram visitar, encontraram uma criança que acabara de fazer cocô e estava sendo limpo (sim, limpando o bumbum) ou tinha dado uma gorfada do leite em sua mãe. Deus se fazer homem é um escândalo, o cúmulo de alguém abrir mão, de renunciar. E tudo isto por amor às suas criaturas.
Leia Marcos 8:27-35 e 9:33-37 e veja a dificuldade que os apóstolos tiverem em aceitar aquele “Messias estranho”. Não um general que derrotaria o império romano ou destruiria todos os seus inimigos. Não alguém forte para destruir, mas alguém forte o suficiente para renunciar, disposto a dar a sua própria vida por amor dos seus inimigos. Diversas vezes Jesus teve que repetir esta lição, como tem que repetir para nós, dia a dia, suas lições. Os 66 livros da Bíblia são 66 repetições de Deus, dizendo o quanto nos ama e quer o melhor pra nós. Basta obedecermos.
A igreja de Jesus é uma família de servos, de escravos, de garçons. Nosso Mestre viveu na prática este exemplo. Por 33 anos amou a humanidade e nos 3 anos de ministério, serviu seus apóstolos, lavou seus pés, e como seus seguidores, somos chamados a fazer o mesmo.
Servir quando abrimos um sorriso, quando abrimos a porta, quando limpamos a mesa, quando somos gentis…. Façamos de cada gesto um serviço. Assim colocamos o nosso coração, engrandecendo ao outro com nossas palavras, façamos de cada olhar um encanto. Façamos de nossa presença uma entrega, de nossas vidas uma contínua morte, até o ponto em que a entregamos, a exemplo do que fez Jesus.
O Filho do homem veio para servir e dar a vida para o resgate por uma multidão” (Mateus 20, 28). Ali no Calvário Jesus fica nu na cruz, é Nosso Senhor que nos diz para trilharmos este caminho de serviço, dando a vida aos outros, aos irmãos.
“Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1:38), disse Maria, diante do privilégio de ser a mãe do Salvador do mundo. Precisamos ter esse mesmo coração de Maria.

Que possamos dizer, “eis aqui o teu servo, para…”
Preparar uma mensagem para os irmãos…
Para ajudar dirigindo os cânticos no culto…
Para ser professor na Escola Dominical…
Para servir como evangelista…
Para participar de um dos diversos ministérios da igreja…

Mas também, “Eis aqui o seu servo, para…”

Abrir o prédio da igreja, varrer o chão, recolher um lixo…
Preparar a ceia antes do culto…
Lavar os banheiros…
Abrir a casa para receber um irmão…
Abrir a casa para uma reunião da igreja…
Receber em casa alguém que precisa de uma palavra de consolo…
Usar o carro e gastar gasolina e sola do sapato visitando um irmão ou alguém que está se aproximando da igreja…
Lavar a louça depois de uma reunião da igreja…
Ensinar uma aula bíblica pessoal para alguém que quer…
Topar ouvir os problemas dos irmãos sem julgá-lo…

Em casa, “eis aqui o teu servo” para abrir mão em favor da família, para “lavar os pé” da esposa e dos filhos.
Este ano o Senhor quer nos utilizar no seu reino. Haverá recompensa para o servo bom e fiel. Que esta promessa do Senhor nos anime:

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” – 1 Coríntios 15:58

Uma Fé Firme!

Antes de se desenvolver em qualquer tipo de ministério o jovem precisa que a sua fé esteja firme, ele precisa acreditar no Deus que ele serve e precisa saber que é possível ser jovem sem deixar de ser santo. Sim, acredite, você tem um grande papel na obra do Senhor, você precisa ter uma plena convicção daquilo o que você fará e que as suas ações aqui terão resultados impressionantes no presente e algo bem maior no futuro.
Pode ter certeza você enfrentará diversas dificuldades, críticas e decepções mas em contraste a essas coisas você terá crescimento, amadurecimento e bênçãos, a capacidade de crescer só vai depender de você e do quanto você mostrar que você necessita desse Deus que a todos dá livremente sua sabedoria, se o buscar.
A única pessoa que pode te parar é você mesmo, não deixa que os males dessa vida te pressionem a desistir, sabendo que a sua capacidade está além daquilo o que você imagina e a quem você serve é o Criador o que você está esperando para poder começar a servir? Não se esqueça de quem você é para que você seja usado por Deus assim como Daniel, Tito e Timóteo foram grandes vasos na obra você também pode ser, agora pare e pense que incrível o que a Palavra tem para você:

1 Timoteo 4:12 – Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza.
Busque estas coisas e o Senhor será glorificado através da sua vida.

Barreiras de Crescimento Para a Igreja

E finalmente o prédio estava pronto! Lugar para 150 pessoas! Assentos confortáveis, dois projetores para o público, um projetor só para o regente ou o pregador ver o que está sendo projetado, lugar bem arejado e iluminado, fácil localização, tudo é uma bênção! Já conseguimos passar a ‘barreira psicológica’ dos 50 e agora vamos continuar crescendo.

Por que a igreja não cresce como a gente gostaria? Se Deus é quem da o crescimento, por que a igreja não está crescendo? Muitos são os motivos que a igreja não consegue passar a “barreira psicológica” do crescimento?

Os Líderes Não Lideram

Toda igreja tem lideres, este não é o problema. O problema é que todos são líderes e ninguém sabe exatamente quem é. Uma igreja onde todos os homens são líderes, mingua e cria um ambiente em que nnguém tem confiança em dar uma opinião, pois alguém pode discordar. É o famoso ambiente “pisar em ovos”,

A igreja precisa de líderes qualificados que tenham nome e responsabilidades específicas. Quando alguém quer saber sobre a benevolência deve saber exatamente o nome do responsável.

Precisamos de poucos líderes e muitos servos. Os líderes têm que ter espaço para liderar e não podem ter medo da palavra ‘liderança’. Imagino que alguns ouvem contrariados a palavra líder e liderança. Certamente na igreja liderança é servir e não somente ser visto. Que ser visto seja consequencia de serviço.

Ah, outra coisa: não ter medo da palavra líder e não ter medo de liderar. Tomemos sempre como exemplo Jesus:

“Assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Hebreus 5:5)

Os Regentes Não Elevam

O culto é o momento maior da igreja. É o momento em que o corpo de Cristo toma forma e a luz se faz real. É o momento em que as pessoas entram de um jeito e saem purificadas e, se por acaso, as pessoas saem piores do que entraram? E tem jeito? Infelizmente sim…

As pessoas saem desanimadas quando o louvor mostra que o regente não era o ideal e, ainda pior, não se preparou. Um bom regente é aquile que é fácil de seguir. Todos nós queremos seguir o regente até o céu.

Os críticos diriam que não importa se cantamos bem ou não, o que importa é a adoração. São os mesmos que dão o resto a coleta. Cantar é um sacrifício de louvor a Deus, Ele recebe nosso louvor, nossa coleta como aroma suave. Tudo é oferta ao Senhor. Não somos ensinados na coleta que devemos dar as primícias para Deus? Pois é, cantar bem é resultado de esforço, investimento e planejamento. São as primícias para Deus.

A regência tem o dever de nos elevar a Deus. As pessoas têm que não simplesmente sentir, mas saber com certeza absoluta que estiveram na presença de Deus e vão para casa totalmente justificadas dos seus pecados. Uma congregação que canta com alegria convincente, até cânticos lentos, para aquele que está visitando pela primeira vez, está cumprindo a função de elevar as pessoas a Deus. (1 Co 14:24, 25).

Os Pregadores São Incompreensíveis

Diz uma frase maldosa que “durante a semana os pregadores são invisíveis e domingo são incompreensíveis”. Pode ter certeza absoluta, se a mensagem de Deus no púlpito não for de excelência, as pessoas vão se sentir ovelhas sem um pastor. Logo você as verá debandando para todos os lados. Isto é muito real!

Pregadores que não fazem sentido deixam de aproveitar o momento único. As pessoas esperam a semana toda para ouvir uma mensagem tocante aos corações e se ouvem uma mensagem em que perguntam qual foi a mensagem, sentem-se desanimadas e todo o culto fica comprometido.

O culto não é lugar para amadores e sim para sacerdotes qualificados. O culto não é lugar de experimentos. Não podemos arriscar, são almas sedentas de água viva que serão satisfeitas através da Palavra de Deus. A pregação no culto é o lugar do melhor de nós para propagar a Palavra de Deus. Um homem qualificado e que tenha poder tanto para ensinar como para convencer (Tt 1:9)((Esta passagem se aplica a presbíteros, mas tudo o que um presbítero precisa ser, todos os homens e membros da igreja precisam ser, afinal este é o modelo)).

Muitos Encontros e Poucos Objetivos

Diz-se que igrejas que crescem têm muitos ministérios. Pode ser verdade, mas tudo o que está sendo feito é para atingir o objetivo? Então qual é o objetivo?

Encontros de mulheres, de homens, de casais, de jovens, de crianças, reunião de ministérios, encontros de casa, reuniões administrativas… Em que todas estas reuniões cooperam para o objetivo e crescimento da igreja?

A igreja precisa de menos encontros e mais objetivos, pois o que adianta gastar toda a energia da igreja em encontros que não levam a igreja a cumprir sua missão?

Muitos membros não conhecem a missão da igreja (Mt 28:18-20). Quando os membros conhecem a missão da igreja, pode-se dizer que a igreja tem uma missão, porque a missão é de todos.

A missão da igreja não é crescer verticalmente para construir prédios cada vez maiores e organizações cada vez melhores para servir as pessoas. A missão da igreja é crescer horizontalmente a ponto de ter várias congregações iguais as do Novo Testamento num mesmo bairro.

Evangelismo Perfeito na Teoria

A igreja é real, mas não é ideal. Queremos ser a igreja que Jesus edificou lá em Jerusalém e restaurar é difícil, mais fácil seria reformar.Temos uma compreensão da Bíblia difícil de se encontrar, uma excelente compreensão.

Temos uma doutrina perfeita, mas o evangelismo… não chega nem a ser o objetivo da igreja. A teoria é incrível, quando conseguirmos transformar isso em prática, aí sim a igreja vai crescer.

Conclusão

Talvez por esta minha análise acima, você possa dizer que me falta espiritualidade e eu vou concordar com você. Eu sempre vou viver com falta de espiritualidade e quero ser mais espiritual do que sou. Obrigado por sua preocupação comigo. Mas espero agora que você também compreenda que a minha preocupação em fazer o melhor é para o bem da igreja de Cristo e não para ser esteticamente agradável.

As barreiras para a igreja crescer não são os problemas, pois a igreja é a solução do mundo e uma concentração de problemas. A igreja não vence suas barreiras psicológicas numéricas porque não investe seriamente na espinha dorsal do crescimento: liderança regência, pregação, objetivo e evangelismo.

Priscila e Áquila – Companheiros no Reino

“Companheiros no reino” é o título de um livro escrito por Bryan e Jacqueline Bost, com recordações da maneira como eles têm servido juntos a Jesus.

“Eu e minha casa serviremos ao Senhor”, diz Josué 24:15, deve ser mais que uma frase bonita, deve ser uma realidade na vida dos casais que pertencem a igreja, o reino de Deus aqui na terra

Porém, responda, você casado, que nota de 1 a 10 daria para a sintonia entre você e seu cônjuge no serviço ao reino? Por quê?

Quero utilizar como exemplo de serviço no reino, além do Bryan e Jacqueline (incentivo a leitura do livro), um casal, cujos nomes aparecem por 7 vezes juntos nas páginas do Novo Testamento. Este casal é Priscila e Áquila. Vejamos a maneira elogiosa como Paulo se refere a eles: “Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles” – Romanos 16:3-5a. Outros textos em que eles aparecem: Atos 18:1-2, 18-19, 24-27, 1 Coríntios 16:19. Lendo sobre a vida do casal, quero compartilhar algumas lições para nós, servidores no reino:

1. Eles estavam constantemente juntos – Um diferencial que ajuda um casal a servir juntos. Sete vezes o nome da Priscila apareça junto com o de Áquila. Sabe aquela frase: “Priscila do Áquila”, “Áquila da Priscila”. Claro que há coisas que cada um faz sozinho, porém, creio que deva ser exceção. A ideia de “uma só carne” não é apenas a questão do envolvimento sexual, inclui todas as facetas. Um casal cristão precisa ter tempos juntos, em casa, numa visita, no lazer, entre outros momentos.
2. Eles sofriam juntos – Atos 18:2 – Quando casamos: “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na fartura e na escassez…” – prometemos naquele dia especial. O casamento é vida juntos e estar junto é sofrer e celebrar juntos. Imagine que situação difícil quando o casal foi expulso de Roma? Nas crises da vida cada cônjuge precisa apoiar o outro, ouvir um ao outro, chorar juntos, se necessário, buscar a ajuda de Deus para aquele momento difícil. Certamente, quanto tiveram de arriscar suas próprias por Paulo foi um dos momentos em que tiveram que sofrer juntos.
3. Eles serviam/ensinavam juntos (Atos 18:24-26) – A maior alegria de um obreiro cristão é ter a presença de sua esposa na obra de Deus. Fico muito feliz quando Silvia está junto ensinando uma aula, presente numa visita, participando comigo nas atividades da igreja. Claro que precisa se respeitar os limites – cansaço extremo, dupla jornada, filhos pequenos, porém tudo é questão de sacrifício. Outra coisa: a mulher precisa aprender a dividir o marido, às vezes ele precisa se ausentar de cada por causa de sua dedicação ao reino. Por outro lado, o marido precisa a reservar tempo de qualidade com sua mulher, ela é sua principal parceira no serviço para Jesus. No caso de Priscila e Áquila, eles utilizavam sua casa para reuniões da igreja e quem já passou por esta experiência sabe como o casal precisa estar em harmonia.
4. Eles trabalhavam juntos (Atos 18:3) – Priscila e Áquila tinha a mesma profissão: fazedores de tendas. Em casa, todos trabalhamos. A mulher às vezes tem dupla jornada (trabalha fora e também em casa). O marido precisa trabalhar junto. Quando a mulher não trabalha fora, a valorização deve ser ainda maior. Está renunciando uma carreira em nome da família e até mesmo do reino.
O marido deve se esforçar para suprir sua mulher emocionalmente e financeiramente. Dar a ela dinheiro suficiente para gerir a casa, comprar suas próprias necessidades pessoais, sem precisar ficar “mendigando” durante o mês inteiro.
5. Eles tinham a mesma fé (1 Coríntios 16:3-4) – Não estou falando de serem batizados (isto deveria ser óbvio), mas crescerem até terem a mesma fé. Se não tivessem a mesma fé (fossem apenas “membros” da igreja), Priscila e Áquila não teriam arriscado suas vidas por Paulo. Marido e mulher terem a mesma fé é uma desafio, requer muita paciência de um para o outro, especialmente daquele que é mais maduro. O jugo desigual (quando há um desnível acentuado na fé) vai atrapalhar muito uma pessoa que deseja que sua família seja um instrumento de Jesus na busca do perdido. Um jovem, antes de dizer “sim” diante de Deus, deveria pensar e verificar se seu futuro cônjuge tem a mesma fé em Jesus, a mesma disposição em servir.
6. Eles se destacavam juntos – Finalmente, companheiros no reino devem se destacar juntos. É uma anomalia um deles admirado e honrado por seu trabalho cristão, o outro apenas um coadjuvante. Priscila parecia até se destacar mais que seu marido, talvez mais comunicativa, talvez mais ouvinte… Claro que no trabalho de Jesus, é o Mestre quem deve se destacar. Porem, que serve acaba se destacando por sua dedicação ao reino de Jesus (1 Timóteo 3:13).

Que Josué 24:15 seja uma realidade na vida de cada família cristã, sendo marido, mulher e filhos sócios no serviço no reino de Deus, isto é, na prática, “eu e minha casa sirvamos ao Senhor”. Amém!

Como Fazer Um Boletim Congregacional

Uma das ferramentas mais poderosas para o crescimento da igreja é a comunicação. Quando nós conseguimos nos comunicar bem, conseguimos nos unir e procurar fazer a vontade de Deus e, se não sabemos, juntos fica mais fácil de encontrar e descobrir. Tendo isto em mente, não há nada que possa nos impedir de fazer obras maiores que Jesus fez, como Ele prometeu que seus discípulos fariam. Agora nós somos os discípulos e vemos que o poder da comunicação  pode transformar o nosso mundo.

A igreja precisa de um canal de comunicação confiável que contenha tudo o que todos precisam saber para poder agir mesmo que de maneiras diferentes, mas com um mesmo propósito. Hoje, mais do que nunca, tem sido muito mais fácil a igreja ter um boletim congregacional de qualidade.

As congregações que querem crescer, não podem deixar de lado nenhuma ferramenta de comunicação. Tome como exemplo as congregações da 9 de Julho (O Mensageiro) que tem um boletim semanal e a igreja de Guarulhos (AMO Jesus). São congregações que sabem se comunicar através deste canal de informações e comunhão.

Aqui neste artigo serão apresentadas algumas ideias básicas para começar. No planejamento e trabalho você vai encontrar tudo o mais que falta.

Defina o Conteúdo/Planejamento

O boletim deve ser informativo e não perguntar qual é a informação. É necessário definir uma pauta e ter um diretor responsável para não deixar o trabalho no esquecimento. O boletim pode trazer avisos que não serão lidos perante a congregação, mas também os avisos que vão ser lidos porque a repetição nunca é demais.

O boletim pode trazer a palavra do evangelista ou do presbitério para dar um ar de autoridade e direção. Pode conter as datas importantes dos eventos da congregação. O tema da mensagem do próximo domingo, uma tabela da ordem do culto, os endereços dos encontros bíblicos, os ministérios pelos quais a igreja serve a todos,  versículo para memorização, datas de aniversário dos membros, colunas para homens, mulheres, jovens, crianças, etc. Pode ter mensalmente um escritor convidado, um passatempo bíblico e didático, fotos dos irmãos. Informações sobre a coleta e sobre a igreja, etc. Não existe limite para o que o boletim congregacional pode trazer para o benefício da igreja.

Quando você monta uma pauta, não esqueça de definir a periodicidade e aproveitar para delegar o trabalho. Você pode fazer uma tabela anual das 12 edições (ou quantas edições foram definidas) contendo quem vai escrever o que para dinamizar (veja um exemplo de tabela clicando aqui). Você já tem uma escala com temas e nomes e, assim, você sempre terá um bom conteúdo organizado.

Agora, está na hora de montar uma equipe para se responsabilizar deste ministério que vai auxiliar a todos os demais ministérios da igreja.

Pense em um nome para o boletim, pois isso personaliza o trabalho e cria uma identidade. Depois de pensar em um nome, que tal criar um logotipo. Talvez este logotipo possa ter alguma característica do formato do prédio, alguma ideia visual do nome do boletim, etc. Vale a pena ser criativo neste processo.

Monte Uma Equipe

Se você é o idealizador da idea de ter um boletim congregacional, talvez você também possa ser o diretor. Apesar disso, você não tem que fazer tudo sozinho. Você pode atingir outras pessoas que estão procurando como servir o corpo de Cristo. Procure pessoas que vão servir como repórter, como escritores, diagramador. Esta última função é fundamental. Deve ser uma pessoa que sabe mexer no computador e que vai dizer qual o programa vai usar para diagramar o boletim. Talvez um jovem que tenha o domínio do computador pode ser a pessoa ideal para ajudar neste ministério. Ele vai ajudar a igreja e ao mesmo tempo crescer espiritualmente.

Conte com a supervisão dos guias da igreja. Se a sua congregação tem um presbitério, evangelista, servos responsáveis pelo trabalho, eles podem ser os supervisores que vão dirigir e apoiar este ministério.

Escolha Um Visual

Se você já tem um conteúdo definido, uma equipe que vai levar este ministério à frente, conta com o apoio e supervisão de pessoas maduras (evangelista, presbitério, tesouraria ou liderança da congregação), agora seria bom pensar no visual. Você pode encontrar um template pronto na Internet para aplicar o conteúdo. A pessoa que vai diagramar o boletim sabe disso e onde encontrar e qual aplicativo de computador usar para cada parte do boletim ((Muitas pessoas usam o Word, mas existem outras bons aplicativos que fazem um trabalho bem melhor. Pesquise com quem já faz boletim para a igreja)).

Definindo o visual, talvez aí você tenha que decidir sobre a impressão também. O boletim será reproduzido em cores ou em preto e branco? Se você conta com o apoio da liderança da congregação, então você vai contar também com os recursos financeiros para a impressão. A minha opinião é que para o Senhor devemos sempre dar o melhor. Qualidade é importante. Enche os olhos de quem lê e passa uma sensação de trabalho bem feito. Não adianta ter um bom conteúdo e diagramação colocado em um material de segunda classe. Pense nisso.

Conclusão

Comunicação é essencial para a igreja. Precisa ser tratada e compartilhada com responsabilidade, pois ela tem muito poder para unir os irmãos em torno da Palavra de Deus. Tendo um bom planejamento e conteúdo, boa parte do trabalho está feito e o próprio planejamento vai te fornecer argumentos para conseguir colaboradores e financiadores desta nobre obra para servir a igreja de Deus. Precisa ter um líder que vai levar o trabalho à frente e sempre vai ter um plano B para alguma eventualidade algum autor não possa escrever a sua parte. É bom ter um planejamento semestral ou mesmo anual para o boletim. Faça uma tabela para organizar todas as edições. Sempre é um bom tempo para começar um boletim congregacional.

Agora, mãos à obra e não desanime, pois virão dias de trabalho para servir ao Senhor. Acredite que é um ministério importante. Está pronto para enfrentar críticas? Quem não faz nada nunca vai ter críticas, quem faz, tem que estar pronto.

Estas são somente algumas ideias básicas. Muitas outras ideias vão surgir trabalhando. Deus te abençoe no serviço para o Reino.

É Preciso Ter Visão

Quando a gente fala sobre visão na igreja, logo corre o risco de ser mal interpretado. Calma lá, nada de fazer interpretação precipitada, não é nada de espiritualismo ou esotérico apesar de precisar ser muito espiritual para ter a visão certa e trabalhar para tanto não perder a visão quanto para Deus abençoar para acontecer durante a sua vida. Afinal, se você se parece comigo, eu quero ver ainda em vida a transformação da igreja de Cristo.

Havia duas coisas que Jesus fazia durante sua vida nesta terra e que nos servem de exemplo para seguir os seus passos. Primeiro, Jesus fazia a vontade de Deus. Segundo Jesus veio para completar a obra de Deus. Estes dois requisitos se aplicam a nós também. Se você não tiver esta visão em mente, acaba se perdendo com muitas outras coisas que vai encontrar para fazer.

“Disse Jesus: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.” João 4:34

Confundir o ‘trabalhar para a igreja’ com o ‘trabalhar para Deus’ é muito fácil de acontecer. Também é muito fácil confundir a vontade de Deus com o trabalho para Deus. A vontade de Deus para todos é a mesma, mas cada pessoa tem que encontrar seu lugar para servir, isto é, o trabalho pode ser diferente de membro para membro. A própria palavra membro já sugere que existem funções diferentes no corpo de Cristo, mas todos os membros, mesmo fazendo trabalhos diferentes, devem atingir o mesmo objetivo: fazer a vontade de Deus. O trabalho de Deus vai ser feito independente de você, isto é, se você não o fizer ou falhar, Deus vai delegar a outro membro que fará, mas você não receberá o galardão por isso, muito pelo contrário, por ser infrutífero, pode até ser cortado fora.

Visão não é uma coisa nova que inventamos, foi Jesus que nos deu o exemplo dos objetivos para que tenhamos visão e os coloquemos em prática. Ele poderia ter dito um monte de coisas nos seus útilmos momentos aqui na terra, mas Ele nos deu a visão que Ele sonha para a sua igreja e não podemos perder a visão do alvo que Ele nos deu

“Então, Jesus aproximou-se deles e disse: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. (Mateus 28:18-20)

Enquanto não assumirmos o objetivo e visão dada por Jesus, vamos ficar no coro do “o mundo vai de mal a pior”. É o mundo vai mal mesmo, mas quem trabalha par atingir o objetivo e visão de Jesus, não tem muito tempo pra ficar reclamando, mas canta as vitórias com as quais o Senhor vai abençoando.

Olhe para a sua vida cinco anos atrás. Se você é jovem, provavelmente a sua vida mudou bastante. Se você já não é tão jovem, sua vida não mudou muito, mas isso não significa que você não progrediu. Claro que isso também pode significar que você regrediu. Agora, como será daqui a 5 anos? talvez você responda de forma rápida e fácil e com uma resposta que parece certa: “só Deus sabe” Você Está totalmente certo e totalmente errado. Está totalmente certo porque é verdade que só Deus sabe de tudo, mas está totalmente errado porque é Deus quem confia o poder de realização em nossas mãos.

Agora, pare de ser sonhador e olhe para a realidade e tente responder qual o alvo real para daqui a 5 anos da sua vida e da congregação. Se você não mirar um objetivo em números, se não medir o espaço que quer ter, nunca vai saber o que é necessário fazer para atingir o objetivo e vai viver sem visão. Logo você vai começar a reparar nos defeitos que os irmãos têm e, eles entraram para a igreja exatamente por causa dos defeitos que têm. Mas não tenha medo de ser ousado na fé. Saiba que Deus está confiando em nós. Ative a sua fé com a leitura e prática da Palavra de Deus. Medite por bastante tempo nestas palavras:

Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!” (Ef 3:20, 21)
“Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida. Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor; é alguém que tem mente dividida e é instável em tudo o que faz.” Tiago 1:5-8

Imagine que você fosse o prefeito ou um vereador da cidade. Se notasse que, ano após ano, uma enchente atinge sempre o mesmo lugar e você já sabe as consequências. O que você faria? Evite pensar sobre política atual brasileira agora. Pense em soluções. O que você faria nos próximos anos para que esta situação fosse diferente e você pudesse mudar a vida das pessoas para melhor? Se você não tivesse a menor ideia do que fazer, quem deveria procurar? Então, não é muito diferente quando pensamos sobre a igreja no sentido de ter visão para melhorar a vida das pessoas e mudar a situação atual. Se você não sabe o que fazer, procure quem pode te ajudar.

Vamos pensar juntos: se você fosse o prefeito ou mesmo um vereador, se você realmente se empenhasse, não conseguiria realizar uma obra para o bem das pessoas, mesmo sem perguntar se é da vontade de Deus? Sim, isto tem acontecido por aí mundo afora. Por que nós que somos filhos de Deus, sabemos que crescimento é a vontade de Deus, não vamos acreditar no poder Dele que está em nós? Então, vamos pedir com fé, sem duvidar! Deus, nos dê crescimento na igreja.

Quando a igreja é nova, em pouco tempo ela sofre muitas mudanças e cresce. Assim como quando uma pessoa é nova também acontece o mesmo. Uma pessoa velha já sente dificuldade em fazer mudanças e progredir. Talvez seja porque a pessoa envelheceu, e isto não tem o que fazer, talvez não esteja vivendo em novidade de vida que traz maturidade. Envelhecimento não é maturidade. Uma pessoa madura continua a crescer. Uma igreja madura, não importa o quanto tempo tenha passado, não perde a visão dada por Cristo. Igrejas evangelísticas não perdem a visão porque este é o alvo. Uma igreja pode se tornar evangelística e amadurecer a qualquer momento da sua jornada espiritual. Igrejas que envelhecem, morrem. Igrejas maduras rumam para a eternidade. Por isso, é preciso ter visão.

É preciso ter visão a longo, médio e curto prazo para a igreja. Triste quando visita-se uma congregação da igreja e não vejo um plano de evangelismo e crescimento. Mais triste ainda quando passam ano após ano e as coisas não só não melhoram como pioram. Se eu que não sou ninguém e não me devem satisfação fico triste, imagino como sente Deus que deu a visão para a igreja perseguir. Acredito que o Espírito testifica com o nosso espírito e se nós ficamos tristes por ver a falta de visão na obra de Deus, é porque é triste mesmo.

A igreja precisa de uma pessoa que acredita. Em todas as grandes transformações nas mãos de Deus estava uma pessoa pra começar.

Os Evangelistas – O Papel de Ajudar a igreja a Crescer

Paulo, na sua carta aos efésios, diz: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres” (grifo meu).

Afinal, qual é o papel de um ou alguns evangelistas na igreja do Senhor? Em primeiro lugar, no sentido mais abrangente, todo cristão é um evangelista, uma vez que a ordem do “ide e pregai” é dirigida a todos os discípulos de Jesus, indistintamente.

Porém, ao olharmos as cartas de Paulo a Timóteo e Tito, vemos que esses dois servos de Jesus tiveram uma tarefa específica. Vejamos o que o apóstolo diz em 1 Tm. 1:3 e Tt. 1:5 e observaremos que tanto a igreja em Éfeso como Creta eram igrejas novas e não podiam ficar sem supervisão, e essa tarefa coube a esses dois homens que andavam com Paulo. Eles deveriam ajudar a igreja a crescer, em certo sentido “pastorearem” a igreja até que esta tivesse condições de constituir o seu presbitério e o seu diaconato.

Assim, o papel do evangelista é bem definido numa igreja que ainda não tem famílias maduras o suficiente para dali serem eleitos os diáconos e presbíteros. Conforme ensina 1 Timóteo, seu papel é admoestar, ou seja, corrigir (1:3-4, 13 e 16), ensinar a igreja (4:6), ser um bom modelo (4:12, em certo sentido, ele tem a autoridade do Senhor até mesmo para corrigir as pessoas mais velhas cronologicamente, mas ainda crianças na fé (5:1-2)). Quando a igreja cresce em números e em espiritualidade, o evangelista ou os evangelistas serão utilizados por Deus na constituição do presbitério (Tito 1:5).

Chama ainda a atenção que, mesmo após a igreja possuir presbíteros, os evangelistas fazem o papel que na lei é chamado de “peso e contrapeso”, ou seja, eles ainda tem autoridade concedida por Deus e por seu bom exemplo para corrigir um presbítero que esteja em pecado (1 Timóteo 5:19-21), tudo isto para o bem da igreja. Assim, o evangelista deve pensar bem antes de propor a eleição de presbíteros, para não se tornar cúmplice nos pecados dos outros.

Portanto, o evangelista serve para evangelizar e, no início da igreja, vai ensinar a congregação, ajudar os irmãos a descobrirem seus dons e os utilizarem para o crescimento do Reino e, quando essa igreja estiver crescida, o evangelista terá a humildade de reconhecer os homens e mulheres que estão sendo levantados e promover esses homens, junto com a igreja, no importante papel de presbíteros e diáconos. Após, o seu trabalho se torna mais fácil, pois a ele compete continuar evangelizando e agora contando com os pastores ou presbíteros, que farão o papel de pastorear ou cuidar da igreja de Deus (1 Pedro 5:1-2). Não há competição, pois ambos estão trabalhando para o crescimento numérico (evangelista) e espiritual (presbíteros) da igreja do Senhor. O maior sinal de sucesso de um evangelista é quando a igreja, enfim, constitui o presbitério.

Sabedoria

O apóstolo Paulo recebeu uma carta dos irmãos de Corinto relatando os problemas e ele respondeu em duas cartas que conhecemos como Epístolas (cartas) de Paulo 1º e 2º aos Coríntios. Um dos problemas era o processo judicial entre os irmãos. Um irmão tinha processado outro irmão, dá pra acreditar? Paulo questiona, para vergonha deles, se não tinham nenhum sábio para resolver a questão (1 Co 6:5). A igreja sempre vai ter problemas e precisar de sábios. Quando a igreja não tem pessoas que oram por sabedoria, vamos ter problemas cada vez mais graves. Então, peçamos sabedoria para Deus e, boa notícia, Ele quer dar sabedoria livremente.

“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser- lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha esse homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos” (Tg 1:5-8)

Vamos pedir sabedoria com certeza de que vamos receber, não duvide. Oremos com fé! Deus tem muita sabedoria lá esperando por nós. Ele quer nos dar livremente. Não tem impedimento para Deus repartir da Sua sabedoria. Você acredita? Se você acredita só tem um jeito de provar: você vai pedir e não vai deixar para depois.
Desculpa se estou impedindo você de orar por sabedoria, mas preciso dizer que você não pode duvidar quando pedir. Nem sequer pense: “Será que Deus vai me dar?” Esta ou qualquer outra questão não cabem aqui. Se você esboçar alguma dúvida, talvez porque você não saberia usar, talvez não tenha maturidade. A maturidade para usar a sabedoria de Deus é chamada de fé.
Já pensou que a sabedoria equivale ao poder de Deus? Quem tem sabedoria, não precisa de força ou poder. As coisas se resolvem muito melhor com sabedoria. Lembre-se do profeta Natã que foi acusar o rei Davi de adultério. Ele poderia ter chegado já xingando o rei e não estaria fora da sua razão, mas ao invés disso ele usou de sabedoria e contou uma ‘ilustração’. No final da história, Davi estava indignado com o que o profeta Natã contou e então Natã lhe disse:

“Você é esse homem!”, disse Natã a Davi. E continuou: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: ‘Eu o ungi rei de Israel e o livrei das mãos de Saul. Dei-lhe a casa e as mulheres do seu senhor. Dei-lhe a nação de Israel e Judá. E, se tudo isso não fosse suficiente, eu lhe teria dado mais ainda. Por que você desprezou a palavra do Senhor, fazendo o que ele reprova?” – (2 Samuel 12:7-9)

Se você pedir sabedoria com fé e a receber para a glória de Deus, você vai resolver problemas bem graves com tanta leveza que a igreja precisa. A igreja precisa de conselheiros com sabedoria, de professores com sabedoria, de presbíteros com sabedoria, de mulheres mais velhas com sabedoria, de jovens com sabedoria. A igreja precisa de mais pessoas orando por sabedoria.
Peça agora por sabedoria que Deus está esperando você pedir.