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Princípios Bíblicos na Adoração e Obediência

Todo lugar que fala de Deus é bom? Todos os caminhos levam a Deus? Devemos adorar a Deus de acordo com os nossos corações? Deus vê a intenção acima do mandamento? Apesar de Deus ser misericordioso com os que estão buscando sinceramente a vontade DELE, precisamos progredir e prestar adoração com certeza absoluta, não de acordo com o nosso próprio pensamento e coração.

Tomemos Cornélio como exemplo. Ele nem era judeu. O que ele estava fazendo não o justificaria, se não fosse a intervenção divina que lhe enviou o apóstolo Pedro. Este pregou o evangelho para ele e todos os seus e os batizou. Ele deixou de adorar a Deus do jeito que ele achava ou imitando os judeus, mas agora ele tinha o Espírito Santo e foi instruído por Pedro.

Vamos ver quatro exemplos sobre a questão de adorar a Deus com a melhor das nossas intenções.

Oferta Rejeitada – Gênesis 4:3-5

Será que qualquer tipo de adoração é aceita por Deus? A resposta para esta questão, apesar de parecer simples, não é tão óbvia assim, principalmente quando tiramos do mundo das ideias e colocamos na prática.

Hoje milhares de pessoas são ensinadas a ofertar o que tem naquele momento, mas não foi assim que Deus planejou a oferta desde o princípio. Ele ensinou Adão e Eva como ofertar, e eles ensinaram seus filhos. Eles disseram que tinha que ser o melhor do melhor que você tem para ofertar a Deus e não segundo os seus interesses e de um modo relaxado. Deus quer que tenhamos um propósito, que meditemos sobre a oferta, que nos esforcemos para trazer o melhor. Deus não nos desafia para dar o que tem no momento da oferta e para receber segundo os seus interesses; na verdade, a oferta é o que Deus já abençoou.

Abel trouxe da sua melhor oferta, e Caim, do resto. Certamente você conhece as consequências de não obedecer a Deus. Lembrando, a história acabou em homicídio. O que já estava errado, para não dizer que tinha sido um pecado de trazer para Deus um resto, tomou um rumo pior ainda.

Deus merece o melhor, não alguma coisa que você tenha para agradecer e compartilhar as bênçãos.

Adoração Inadequada – Levítico 10:1-2

Se é verdade que Deus aceita todo tipo de adoração, de todas as religiões e denominações, por que Ele foi tão severo com Nadabe e Abiú?

Nadabe e Abiú eram dois dos filhos de Arão, o primeiro sumo sacerdote do povo de Israel. A história deles é relatada no livro de Levítico, capítulo 10 da Bíblia. Resumidamente: Nadabe e Abiú decidiram oferecer incenso perante o Senhor de uma maneira não autorizada, usando fogo estranho que não tinha sido ordenado por Deus. Eles desobedeceram às instruções divinas sobre como realizar o ritual de adoração. Como consequência dessa desobediência, o fogo saiu da presença do Senhor e consumiu Nadabe e Abiú, resultando em suas mortes imediatas.

Deus não quer fogo estranho na adoração a Ele, isto é, não traga o que Deus não diz claramente no Novo Testamento. Deus nunca pediu danças, apresentações, manifestações da sua religiosidade, o seu coração do jeito que está e o que você tem para dar do seu jeito. Deus quer que o adoremos em verdade e em espírito, isto é, de um modo racional e com certeza absoluta. Não adore a Deus trazendo o livro de “Eu Acho” capítulo 7 versículo 5.

Em nenhum lugar diz que Deus vai nos consumir com fogo do céu, então para que arriscar?

Desobediência Fatal – 2 Samuel 6:6-7

Correndo o risco de ser repetitivo, pois você deveria conhecer esta história para não repetir os mesmos erros, esta passagem acima descreve um incidente em que o rei Davi estava transportando a Arca da Aliança de volta para Jerusalém. Durante o transporte da Arca da Aliança, os bois que a carregavam tropeçaram, fazendo com que a Arca balançasse. Uzá, um dos homens que acompanhava o transporte, estendeu a mão para segurar a Arca, provavelmente com a intenção de impedi-la de cair. No entanto, Deus ficou irado com a ação de Uzá e feriu-o por seu toque irreverente na Arca. Somente sacerdotes da tribo de Levi tinham permissão de tocar na Arca.

Deus não aceita a boa intenção do seu coração e ações. Ele deixou escrito o que o agrada. É seu dever ler ou, no mínimo, ouvir o que Ele quer. A fonte da vontade de Deus? A Bíblia e, hoje mais especificamente, o Novo Testamento.

Se você quer adorar a Deus do seu jeito e com irreverência, fazendo coisas que Ele não permite, então esteja pronto para enfrentar as consequências.

Sacrifício Inconsequente – 1 Samuel 13:8-14

Esta passagem relata o erro do rei Saul ao oferecer sacrifícios a Deus sem esperar pelo profeta Samuel, que era o designado para fazê-lo. Isso demonstra a importância da obediência às instruções divinas e as consequências da desobediência, enfatizando que Deus requer respeito por Seus decretos.

Enquanto Saul estava oferecendo o sacrifício, Samuel chegou. Ele imediatamente repreendeu Saul por sua desobediência, afirmando que, por causa disso, o reino de Saul não seria estabelecido e que Deus havia escolhido outro para ser rei.

Conclusão

Muitos agem hoje como se ignorassem a mulher samaritana no poço de Jacó, que encontrou um homem judeu e ele ousadamente conversou com ela. Ela reconheceu que ele era um profeta, mas tinha uma dúvida: onde e como devemos adorar a Deus? Ele respondeu que os samaritanos adoravam o que não conheciam, e a salvação vinha dos judeus, e este era o modo certo. Então, ela, para se justificar, disse que quem iria definir isso era o Messias, mesmo que estivesse escrito. Então, o homem disse à mulher: “Eu o sou, eu que falo contigo” (João 4:4-26).

Os princípios para adoração e obediência são:

Ofertar o melhor a Deus: Deus espera que ofereçamos o melhor do que temos em adoração, não apenas o que temos no momento, e que façamos isso com planejamento, um propósito e meditação.
Adorar a Deus de acordo com as Suas instruções: A adoração deve ser feita de acordo com as instruções divinas, evitando a introdução de elementos não autorizados ou “fogo estranho.”
Obediência às instruções divinas: A obediência às instruções de Deus é fundamental, e desobedecer a elas pode ter consequências graves.
Respeito pelos mandamentos de Deus: É importante respeitar os decretos divinos e agir de acordo com a vontade de Deus, em vez de seguir nossa própria interpretação.

Estas quatro histórias são do Velho Testamento. Pelo menos duas vezes apontei que o Novo Testamento tem proeminência nas nossas vidas, então, por que usei estas histórias do Velho Testamento?

O Velho Testamento foi escrito para o povo judeu e eles tanto estavam presos a ele quanto protegidos por ele até que a fé em pessoa chegasse. Quando Jesus chegou, aboliu a Lei e suas ordenanças (Gl 3:23-25). Se uma pessoa quer obedecer só um dos mandamentos da Lei, está obrigada (não é opcional) a guardar toda a Lei. Hoje quem quer se justificar usando o Velho Testamento, está se condenando, se desliga de Cristo e cai da graça (Gálatas 5:1-4). Maldito quem se coloca debaixo da Lei hoje (Gálatas 3:10).

Então, o Velho Testamento pode ser usado, mas tem que saber como usar (1 Tm 1:8). A Lei hoje serve como exemplo para nós e também para nos ensinar, porém, não é a nossa Lei, pois nem sequer judeus nós somos (Romanos 15:4; 1 Co 10:6, 11).

O fim do Velho Testamento é Cristo (Rm 10:4).

E A PEDRA ERA CRISTO

E a pedra era Cristo

A desobediência de Moisés e Arão é alerta para nós

“Eis que estarei ali diante de você sobre a rocha em Horebe. Bata na rocha, e dela sairá água; e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.” – Êxodo 17:6

“O Senhor disse a Moisés: Pegue o seu bordão e ajunte o povo, você e Arão, o seu irmão. E, diante do povo, falem à rocha, e ela dará a sua água. Assim vocês tirarão água da rocha e darão de beber à congregação e aos animais.” – Números 20:7-8

“Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e a congregação e os seus animais beberam.” – Números 20:11

“Mas o Senhor disse a Moisés e a Arão: — Porque não creram em mim, para me santificarem diante dos filhos de Israel, vocês não farão entrar este povo na terra que lhe dei.” –Números 20:12

“Todos eles comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual. Porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.” – 1 Coríntios 10:3-4

Uma das premissas importantes para entendermos a Palavra de Deus é utilizarmos a própria Palavra para explicar textos às vezes difíceis de entender, algo reconhecido pelo próprio apóstolo Pedro referindo-se aos escritos de Paulo (2 Pedro 3:16).

Um acontecimento no Velho Testamento sempre me deixou perplexo: como um homem como Moisés, tão fiel a Deus e assim reconhecido por Ele (Números 12:7) não entrou na Terra Prometida apenas por uma falha, isto é, ao invés de falar com a pedra (chamada de rocha por Paulo), nela bateu?

Interiormente pensei e às vezes mesmo falei: “acho que Deus foi muito severo com Moisés, com todo o respeito ao Todo-Poderoso”.

Até que, casualmente, lendo um dia desses a primeira carta de Paulo aos coríntios, encontrei um texto já muito lido por mim no passado, comentando o ocorrido no deserto e a sentença de Paulo: “E a pedra era Cristo”. Pronto. Bingo! Entendi.

Há várias menções no Velho Testamento que é entendida como a presença de Jesus antes da encarnação: na criação do ser humano através da palavra plural “façamos” (Gênesis 1:26), a mesma pluralidade ocorre quando Deus refere-se à queda do casal ante o pecado (Gênesis 3:22), os três “homens” que visitaram Abraão (Gênesis 19), o ser divino que aparece ao profeta Daniel (Daniel 10) e, parece, o mesmo ser divino que comanda a destruição de Jerusalém (Ezequiel 9:3-4).

Porém, no caso da rocha do Velho Testamento, o texto do Novo Testamento é claro: a pedra era Jesus. Logo, na primeira ordem em Êxodo Moisés bateu na rocha por ordem de Deus. No entanto, em Números, a ordem era falar e Moisés bateu movido por raiva da rebeldia dos israelitas. Por essa atitude desobediente, Moisés não entrou na Terra Prometida, mesmo implorando ao Senhor posteriormente (Deuteronômio 3:23-29).

O castigo de Moisés e Arão no Velho Testamento servem como advertência contra toda rebeldia a Jesus no Novo. Vejamos o que diz o apóstolo Pedro:

“Pois isso está na Escritura: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será envergonhado.’ Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa. Mas, para os descrentes, ‘A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular.’ E: ‘Pedra de tropeço e rocha de ofensa.’ São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram destinados.’” 1 Pedro 2:6-8

Jesus é a pedra angular e preciosa. Sobre Ele está edificada a igreja (Mateus 16:18). As pessoas que ouvem e obedecem a Jesus são aquelas cuja fé é firmada sobre a rocha (Mateus 7:24-25). E para ser firmada mesmo, devemos cavar de forma profunda e alicerçar nossa fé em Jesus.

“Esse é semelhante a um homem que, ao construir uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha. Quando veio a enchente, as águas bateram contra aquela casa e não a puderam abalar, por ter sido bem-construída.” – Lucas 6:48

Qual a implicação de Jesus ser a pedra mencionada na Bíblia? O apóstolo João nos explica:

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” – João 3:36

No último dia muitos chegarão diante de Deus pensando que sua religiosidade, que suas boas obras ou qualquer outro subterfúgio humano será suficiente para ser salvo e entrar nas regiões celestiais. Vão chorar e ranger os dentes de tristeza, pois, como disse Pedro, “abaixo da terra não existe outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).

O próprio Jesus disse ser o único caminho para Deus (João 14:6). Desta forma chegar ante o trono do Todo-Poderoso desacompanhado do advogado Jesus (1 João 2:1), sem ter crido nele como único caminho para a salvação, sem tê-lo confessado como Senhor, sem ter lavado os seus pecados uma vez arrependido nas águas do batismo e sem ter permanecido fiel na igreja de Jesus será uma afronta para Deus. Como foi afronta Moisés e Arão terem desobedecido ao bater na rocha, que era Jesus. Sobre os rebeldes a Jesus permanecerá a irá de Deus.

Moisés não entrou na Terra Prometida, mas estará no céu beneficiado exatamente pela morte redentora de Jesus. Os rebeldes e infiéis no dia do Juízo estarão afastados por toda a eternidade de Deus na realidade bíblica chamada inferno (2 Tessalonicenses 1:7-9). Eis a razão do único pecado imperdoável é não reconhecer Jesus como a salvação de Deus para a humanidade, rebeldia esta que incorreram os líderes religiosos e foram por Jesus advertidos (Mateus 12:30-32).

Finalmente, Jesus ser a rocha de nossa salvação implica em que nós, mesmo após recebê-lo como Senhor precisamos, todos os dias, continuarmos a conhecer a vontade dele escrita na Bíblia. E somente aplicando a Palavra dele na vida no dia a dia, tendo Jesus como nossa exclusiva motivação de fé, nos permitirá chegar firmes nas regiões celestiais e sermos encontrados em pé diante do Filho de Deus (Lucas 21:36).

A pedra era Cristo. Eis a razão de Moisés e Arão não terem entrado na Terra Prometida, pois foram rebeldes e a feriram quando a ordem era falar com ela. Hoje a rocha de nossa fé continua sendo Jesus. Que não sejamos rebeldes, mas obedientes, todos os dias buscando conhecer a vontade de Deus com o firme desejo de obedecer.

Às vezes ouço: “fulano é boa pessoa, só falta converter-se a Jesus e obedecê-lo”. Falta tudo. Mesmo que a sabedoria humana não concorde, segundo a Bíblia, será o suficiente para uma pessoa passar a eternidade no inferno.

VOCÊ FAZ PARTE DO REMANESCENTE DE DEUS?

VOCÊ FAZ PARTE DO REMANESCENTE DE DEUS?

“Mas deixarei um resto, porque alguns de vocês escaparão da espada entre as nações, quando forem espalhados por outras terras.” – Ezequiel 6:8

O juízo de Deus contra Israel continua a ser proferido através do profeta Ezequiel.

No meio de tanta desolação e castigo, com promessa de destruição, há a promessa de que um resto sobreviverá, o remanescente, algo recorrente na Bíblia.

Das 12 tribos originais de Israel, restaram duas, Judá e Benjamim. E dessas duas tribos que foram para o exílio, um remanescente voltará, pois dele nascerá o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.

Como bem tinha dito o profeta Jeremias, o motivo de toda a nação não ter sido destruída, foram as misericórdias de Deus, que mesmo com a rebeldia do povo, eram renovadas a cada manhã (Lamentações 3:22).

No Novo Testamento a promessa é a mesma, a porta da salvação é estreita e somente um pequeno número entrará. Em detrimento, a porta que leva à perdição é grande, e por ali passará a maioria.

“Entrem pela porta estreita! Porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela. Estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que o encontram.” – Mateus 7:13-14

No Novo Testamento, ao contrário do que diz a religião falsa, de que todos os caminhos levam a Deus, há somente um caminho e seu nome é Jesus (João 14:6 e Atos 4:12).

E mesmo entre os que dizem ser de Jesus ainda há uma seleção, só irão aqueles que obedecem às palavras do Mestre, pois nem todo o que chama Jesus de Senhor de fato pertence a Ele (Mateus 7:21-24).

Cuidado com o grupo que você participa e diz ser de Jesus. A identificação do grupo que pertence ao Senhor, a igreja dele, é obedecer aos ensinos dele, encontrados nas páginas do Novo Testamento.

Para não ocorrer que no último dia, pensemos que estamos junto com os salvos de Jesus e percebemos que acreditamos e seguimos uma mentira. Como aconteceu com a maioria do povo de Judá, que deixou de ouvir profetas como Jeremias e Ezequiel, mas aceitou a mensagem da maioria dos profetas, todos falsos. Quase sempre a maioria não está com a verdade pois, ao contrário do dito popular “a voz do povo não é a voz de Deus”.

A responsabilidade hoje da salvação é de cada pessoa ler, pesquisar e buscar a verdade nas Escrituras Sagradas, especialmente nas palavras do Senhor Jesus.

“Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo. Porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo. Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que falei, essa o julgará no último dia.” – João 12:47-48

Que eu e você, que está lendo estas reflexões, façamos parte, no último dia, no Dia do Juízo Final, do remanescente, do toco, do pequeno resto, que pertence a Deus.

COMO LIDAR COM OS SENTIMENTOS

Deus me apresentou a Educação Emocional no momento certo. Olhando para trás hoje percebo que, se o SENHOR não tivesse usado pessoas e aprendizados como ferramenta de lapidação para mim, hoje eu estaria doente. Doente emocionalmente. E esse é um dos maiores medos das pessoas nos dias de hoje, então temos medo de sentir alguns sentimentos. Principalmente a tristeza e o próprio medo.

“O anjo, aproximando-se dela, disse: “Alegre-se, agraciada! O Senhor está com você!”. Maria ficou perturbada com essas palavras, pensando no que poderia significar esta saudação. Mas o anjo lhe disse: “Não tenha medo, Maria; você foi agraciada por Deus!” Lucas 1:28-30.

O anjo disse para Maria não ter medo, mas ela já estava com medo! Então o que Maria devia fazer? Como deixar de ter medo? Ou melhor, como lidar com o medo? Outro sentimento que nos incomoda é a tristeza. Acredito ser porque Paulo nos disse

“Estejam sempre alegres” 1 Tessalonicenses 5:16. 

Porém, o “não ter medo” ou estar “sempre alegres”, não significa que o medo e a tristeza não vão chegar. Não controlamos a chegada dos sentimentos e emoções, controlamos o que fazer a partir disso. Uma maneira mais saudável de lidar com o medo e demais sentimentos é identificar e acolher.

Os nossos sentimentos não são problemas a serem resolvidos. São apenas sentimentos. Sentimentos servem para serem sentidos. Portanto, eles passam e não nos definem. Tampouco têm o poder de definir o nosso dia.

Quando lutamos contra nossos sentimentos acabamos criando outro problema e a situação fica mais penosa do que antes. Que esteja claro que estou falando sobre sentimentos e não sobre atos de pecado. O erro é encararmos nossos sentimentos como problemas. O que fazemos a partir deles sim, pode ser ou não um pecado, como a maneira que respondemos à raiva, ao ódio, à inveja, entre outros. Faço um paralelo aqui com a passagem de Tiago 1:2 quando se refere às provações

“Considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações”.

Passarem. Os sentimentos são como as provações, passam. Não podemos nos basear em nossos sentimentos e emoções para direcionar nosso dia, muito menos nossas decisões e comportamentos. Somos filhos e filhas de Deus, precisamos obedecer a Ele, independentemente do que sentimos. Nossa referência e direção deve ser sempre a palavra de Deus. Então, compartilho com você um material que utilizo em minhas aulas de Educação Emocional para adultos que pode nos ajudar a como receber e lidar com a chegada dos sentimentos e emoções.

Então, para o medo e tristeza passar, primeiro acolha e reconheça o que está sentindo. A partir deste acolhimento gentil use sua razão e escolha ouvir o Espírito Santo, peça ajuda de Deus para escolher como agir. Confie e descanse no SENHOR, porque Ele compreende nossos sentimentos e está a todo momento cuidando de nós. Precisamos ter sempre em mente que se perseverarmos em obediência, se vivermos segundo a Sua vontade, alcançaremos a vida eterna.

“É perseverando que vocês obterão a vida” Lucas 21:19.

FRUTOS DA OBEDIÊNCIA E DA DESOBEDIÊNCIA

“O rei da Babilônia mandou matar os filhos de Zedequias à vista deste; também mandou matar todas as autoridades de Judá, em Ribla. Mandou furar os olhos de Zedequias, amarrou-o com correntes de bronze, levou-o à Babilônia e o conservou no cárcere até o dia da sua morte.” – Jeremias 52:10-11

“No trigésimo sétimo ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e cinco do décimo segundo mês, Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano em que começou a reinar, libertou Joaquim, rei de Judá, e o fez sair do cárcere. Falou com ele de modo bondoso e lhe deu um lugar de mais honra do que a dos reis que estavam com ele na Babilônia.” – Jeremias 52:31-32

Esta foi a reflexão que escrevi quando encerrei a leitura do livro de Jeremias (atualmente estou no final do livro de Oséias). 

É o final do livro do profeta Jeremias, profeta fiel a Deus, que fez questão de declarar somente a Palavra de Deus, no meio de profetas falsos, que diziam aquilo que os reis desejavam ouvir. Mesmo tendo sofrido perseguições por ser obediente a Deus.

O livro termina relatando o final da vida de dois reis, ambos haviam sido desobedientes a Deus, Zedequias e Joaquim.

Joaquim era rei de direito, descendente de Davi. Porém, no seu reinado foi desobediente. Mas, advertido por Jeremias, aceitou o exílio, ficou preso. 37 anos depois foi liberto e terminou seus dias de maneira honrosa, sendo protegido pelo sucessor de Nabucodonosor.

Já com Zedequias aconteceu o contrário. Ele não era rei de direito, foi posto por Nabucodonosor como rei dos que ficaram em Judá após o primeiro ataque babilônico à Jerusalém. Porém, rebelou-se contra o rei babilônico, foi advertido por Jeremias de que por trás estava a ação de Deus, continuou rebelde, perseguiu Jeremias. Teve um fim trágico, seus filhos mortos na sua frente, seus olhos vazados e ficou prisioneiro até o final da sua vida.

O livro de Jeremias termina querendo mostrar: vale a pena confiar em Deus e esta confiança reflete-se quando confiamos na palavra dele e a obedecemos humildemente, mesmo quando não a entendemos totalmente. No final, obedientes ao Senhor, tudo terminará bem para nós. Zedequias falava bem de Deus, até pedia que o profeta orasse por ele, mas não tinha nenhuma intenção de obedecer ao que Deus ordenava que Jeremias lhe falasse.

Tudo acabará bem para os obedientes ao Senhor. É o que diz Tiago, séculos depois:

“Eis que consideramos felizes os que foram perseverantes. Vocês ouviram a respeito da paciência de Jó e sabem como o Senhor fez com que tudo acabasse bem; porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.” – Tiago 5:11

Tudo terminou bem para Jeremias, para Joaquim, para Jó no texto acima. Tudo acabará bem para mim e para você. Mas existe uma condição: permanecermos em obediência à Palavra de Deus. Por isso a leio e me oriento todos os dias através dela.

No final de tudo, como ensina Salomão no livro de Eclesiastes, colheremos o devido fruto, da obediência ou da desobediência.

De tudo o que se ouviu, a conclusão é esta: tema a Deus e guarde os seus mandamentos, porque isto é o dever de cada pessoa. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.” – Eclesiastes 12:13-14

A escolha é nossa. E é diária.

OBEDIÊNCIA SELETIVA É DESOBEDIÊNCIA

“E disseram ao profeta Jeremias: — Apresentamos a você a nossa humilde súplica, para que você ore ao Senhor, seu Deus, por nós e por este remanescente. Porque, de muitos que éramos, só restamos uns poucos, como você pode ver com os seus próprios olhos. Ore, pedindo que o Senhor, seu Deus, nos mostre o caminho que devemos seguir e o que devemos fazer.” – Jeremias 42:2-3

“Seja ela boa ou má, obedeceremos à voz do Senhor, nosso Deus, a quem pedimos que você ore por nós, para que tudo corra bem conosco, ao obedecermos à voz do Senhor, nosso Deus. Depois de dez dias, a palavra do Senhor veio a Jeremias.” – Jeremias 42:6-7

“Não tenham medo do rei da Babilônia, de quem agora vocês estão com medo. Não tenham medo dele, diz o Senhor, porque eu estou com vocês, para os salvar e livrar das mãos dele.” – Jeremias 42:11

“Mas, se vocês disserem: ‘Não ficaremos nesta terra’; se desobedecerem à voz do Senhor, seu Deus, e disserem: “Não! Preferimos ir à terra do Egito, onde não veremos guerra, nem ouviremos som de trombeta, nem passaremos fome, e ali vamos morar” – Jeremias 42:13-14

No capítulo desta semana, o remanescente do reino de Judá, que não foi levado ao exílio babilônico, pede que o profeta Jeremias ore por eles e pergunte a Deus qual deve ser a maneira de viverem durante os 70 anos em que a maioria do povo estará no exílio.

No início da leitura, pareceram sinceros em sua disposição para obedecer a Deus: “Seja ela boa ou má, obedeceremos à voz do Senhor , nosso Deus”.

Porém, 10 dias depois, Deus responde a Jeremias e a ordem é: “Vocês não devem ir ao Egito, mas permanecer em Judá e submeterem-se ao rei Nabucodonosor, da Babilônia, e desta forma tudo correrá bem, pois Deus está no controle de tudo”.

Lendo o capítulo seguinte, já vi que o povo não irá obedecer, uma vez que não concordavam com a ordem de Deus.

Do capítulo de hoje quero tirar duas lições:

Como na época de Jeremias, muitos hoje escolhem o que vão obedecer. Precisam concordar, precisa fazer sentido para eles. Já ouvi de pessoas com quem estudei a Palavra de Deus: “A Bíblia diz assim, mas eu prefiro fazer dessa forma…” ou “A Bíblia diz assim, mas não concordo…” ou “Dessa forma é melhor…”

Pois é! Toda a Escritura é inspirada por Deus (2 Timóteo 3:16). Desta forma ou temos um coração obediente para obedecer ou seremos rebeldes ao Senhor. Pois quando escolhemos o que vamos obedecer, se atende nossas expectativas, somos nós os senhores, mesmo chamando Deus de nosso Senhor. As atitudes negarão nossas palavras.

A segunda lição é o que representa o Egito na Bíblia. O Egito representou para o povo de Deus escravidão sob a força do mal, do pecado. Por isso havia a ordem para que não voltassem ao Egito. Aliás, o próprio rei de Israel deveria não comprar sequer cavalos do Egito. A queda espiritual começou com Salomão que, não somente comprou cavalos do Egito como se casou com a filha do Faraó (1 Reis 11).

Modernamente, voltar ao Egito significa voltar aos valores do mundo sem Deus, aquilo que deixamos quando nos convertemos a Jesus Cristo. É triste, mas vemos às vezes no povo de Deus, na igreja, irmãos com saudade da vida que tinham antes de serem comprados com o sangue de Jesus e flertando com o mundo sem Deus e seus valores.

“Gente infiel! Vocês não sabem que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus.” – Tiago 4:4

“Não amem o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo — os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida — não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como os seus desejos; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.” – 1 João 2:15-17

Que o texto desta semana nos ensine a desejarmos, de coração, obedecermos a toda a vontade de Deus e que os valores do mundo sem Deus, cada vez mais, deixem de ser os nossos valores.

TUDO CORRERÁ BEM AOS OBEDIENTES

“Assim diz o Senhor: ‘Quem ficar nesta cidade morrerá à espada, de fome e de peste; mas aquele que sair e se render aos caldeus viverá; porque a vida lhe será por despojo, e viverá. Assim diz o Senhor: Esta cidade infalivelmente será entregue nas mãos do exército do rei da Babilônia, e este a tomará.'” – Jeremias 38:2-3

“Mas Jeremias respondeu: — Eles não o entregarão. Ouça a voz do Senhor no que estou lhe dizendo. Então tudo lhe correrá bem, e a sua vida será poupada.” – Jeremias 38:20

Palavras ditas a Zedequias, último rei de Judá, antes da queda do reino. Esse rei é o que podemos chamar de alguém com a mente dividida. De um lado, permite que Jeremias, o profeta de Deus, seja maltratado. Porém, às escondidas, busca Jeremias para ouvir-lhes o seu conselho com as palavras vindas de Deus. Lembrou-me neste momento Nicodemos indo falar com Jesus à noite em João 3, provavelmente por receio de como seria julgado por seus pares, uma vez que era líder entre os fariseus.

Jeremias aconselha o rei a entregar-se aos caldeus, pois na rendição do rei e dos moradores de Judá estaria a segurança deles. Resistir seria atrair sentença de morte, entregar-se ao rei babilônico seria render-se aos desígnios de Deus para a nação.

Gostei desta frase: “Ouça a voz do Senhor no que estou lhe dizendo. Então tudo lhe correrá bem, e a sua vida será poupada.”

Como esta frase é atual. Há muitas vozes, inclusive da religião falsa tentando nos atrair. E há a voz verdadeira, a voz de Deus, encontrada nas Escrituras Sagradas.

Como Zedequias, conheço muitas pessoas divididas: até gostam de Deus, falam bem dele, como mencionei no artigo da semana passada, mas não querem compromisso, não buscam todos os dias a vontade dele e, mesmo quando a ouvem, não estão dispostos a pagar o preço em obedecer a Deus.

Sim, se ouvirmos a voz de Deus e a ela obedecermos, tudo correrá bem e nossa vida será poupada no dia do Juízo Final. Na verdade, quando ouvimos a voz de Deus e a obedecemos, muitos sofrimentos são evitados nesta vida. E no mundo porvir teremos a vida eterna.

Este texto lembrou-me de outro semelhante dito por Tiago:

“Eis que consideramos felizes os que foram perseverantes. Vocês ouviram a respeito da paciência de Jó e sabem como o Senhor fez com que tudo acabasse bem; porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão.” – Tiago 5:11

Jó confiou em Deus e tudo acabou bem para Ele. Não sejamos como Zedequias, dividido. O fim dele foi terrível na Babilônia. Resistiu a Nabucodonosor, teve os próprios filhos mortos na sua presença, em seguida seus olhos foram vazados e morreu na prisão no exílio. Tudo porque resistiu ouvir a Palavra de Deus. É o que acontecerá com os rebeldes a Deus de hoje, caso não se arrependam. Passarão a eternidade afastados de Deus, na realidade chamada inferno.

Mas para aqueles, e eu quero ser um deles, que todos os dias busca conhecer diligentemente a Palavra do Senhor (Efésios 5:17) com o desejo sincero de praticá-la, tudo terminará bem, mesmo que tenhamos que sofrer neste mundo em razão de nossa obediência, como aconteceu com Jeremias. Nosso destino será ouvir de Jesus: “Venham benditos do meu Pai, herdar o reino preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34).

Que esta palavra desta semana nos incentive a viver, todos os dias, buscando sermos obedientes a Deus e Sua Palavra.

OBEDECER A DEUS DEVE SER ESTILO DE VIDA

“Todas as autoridades e todo o povo que haviam entrado na aliança obedeceram, libertando cada um os seus escravos e cada um as suas escravas, de maneira que já não os retiveram como escravos; obedeceram e os despediram. Mas depois mudaram de ideia, e fizeram voltar os escravos e as escravas que haviam libertado, e os sujeitaram outra vez à escravidão.” – Jeremias 34:10-11

“Há pouco vocês tinham voltado a fazer o que é reto aos meus olhos, apregoando liberdade cada um ao seu próximo. Vocês tinham feito uma aliança diante de mim, no templo que se chama pelo meu nome. Mas agora vocês mudaram de ideia e profanaram o meu nome, pois fizeram voltar os escravos e as escravas que haviam libertado conforme a vontade deles e os sujeitaram outra vez à escravidão.” – Jeremias 34:15-16

Conforme mandamento de Deus, um judeu proprietário de escravo, deveria libertá-lo após 6 anos de servidão (Êxodo 21:1-2). Este mandamento foi pouco obedecido pelos israelitas, que sempre dava um jeito de burla-lo. 

No texto de hoje o povo de Judá decide obedecer a esse mandamento, mas logo volta atrás, o que leva Deus, através de Jeremias , a repreendê-los pela desobediência.

Este texto fez-me pensar que Deus está interessado em nossa obediência completa, até a morte. É o que falamos quando descemos às águas do batismo: “Sim, serei fiel até a morte” e como resultado, receberemos a coroa da vida (Apocalipse 2:10).

Ouço pessoas às vezes dizendo do quanto eram obedientes no passado, quantas obras Deus fez através de suas vidas, de como foram utilizados no reino de Deus. A pergunta é: e hoje, continua fiel, obedecendo humildemente a Deus?

Sim, todos os dias é dia de obedecer a Deus, a rebeldia e apostasia começam com pequenas doses diárias de desobediência até chegamos a um ponto em que estamos totalmente fora do plano de Deus. Foi o que Judá fez na maioria do tempo. 

As causas da rebeldia e desobediência, muitas vezes, é permitirmos que pessoas que não temem a Deus possam ter muito acesso a nós. Quantas vezes podemos ouvir: “para que isso?”, “é exagero” ou “não seja radical” quando estamos de forma zelosa buscando ser obedientes às ordens de Deus.

Também, quando obedecemos a Deus, podemos temporariamente perder: amigos, bens, nos tempos bíblicos, muitas vezes a liberdade e até a vida. Por isso, ser fiel a Deus exige perseverança. É cada dia acordar e dizer: “Senhor, este dia é teu, utiliza-me da maneira como o Senhor deseja”.

Ao mesmo tempo, podemos utilizar o texto de hoje para lembrar que todos os dias é dia de arrependimento do mal que estejamos fazendo. Encontramos sempre o nosso Deus de braços abertos para nos acolher e renovar sua aliança e seu amor para conosco.

Portanto, hoje é o dia: de nos mantermos fiéis e obedientes a Deus, mesmo quando criticados por isso ou sofrendo em razão de nossa fidelidade. Ao mesmo tempo, para quem está longe dos caminhos de Deus, hoje é dia de voltar, o nosso grandioso Deus está sempre de braços abertos para receber o pecador arrependido.

Onde está você que lê esta reflexão? Vivendo em obediência? Continue. Passando por um período de desobediência e rebeldia contra a vontade de Deus? Hoje é dia, o dia é hoje, de mudar, se arrepender e voltar correndo para os braços ternos do Pai.

Afinal, obedecer ao Senhor não deve ser um acontecimento esporádico que ocorre em nossas vidas, de conformidade com nossa vontade ou nossas conveniências. Obedecer a Deus deve ser nosso estilo de vida.

A FÉ OBEDIENTE TRAZ SEGURANÇA

“Então o Senhor disse: — Assim como o meu servo Isaías andou três anos despido e descalço, como sinal e prenúncio contra o Egito e contra a Etiópia, assim o rei da Assíria levará os presos do Egito e os exilados da Etiópia, tanto moços como velhos, despidos e descalços e com as nádegas descobertas, para vergonha do Egito. Então os israelitas ficarão apavorados e envergonhados por causa dos etíopes, sua esperança, e dos egípcios, sua glória.” – Isaías 20:3-5

Continuo minha leitura do livro de Isaías e esta semana li o capítulo 20. Nele, observei que Deus gosta, às vezes, de dramatizar suas ações, provavelmente para causar fé nos que duvidam.

O texto disse que por três anos (não sabemos se literais, creio que não, talvez vários momentos nesse período), Isaías andou nu, cumprindo uma ordem de Deus.

Aquela atitude de Isaías era o anúncio da queda da Etiópio e do Egito, nações nas quais o povo de Israel confiava que o livraria dos Assírios, futura nação que governaria praticamente toda aquela região. O Egito e a Etiópia eram chamados por Israel como sua esperança.

Isaías nu representava a maneira como os exilados da Etiópia e do Egito seriam levados cativos. Deus ainda cita que ficariam despidos, descalços e com as nádegas descobertas. Vejam bem, que situação vexatória para todos, e o profeta diz que seriam tantos os moços como os velhos.

O texto ainda diz que os israelitas ficariam apavorados e diriam uns aos outros: “Os moradores desta região dirão naquele dia: ‘Vejam o que aconteceu com aqueles em quem esperávamos e a quem recorremos para nos livrar do rei da Assíria! E, agora, como nós vamos escapar?”‘ – Isaías 20:6

Olhem que situação de falta de fé. O povo, que outrora considerava-se o único povo de Deus, agora entende que não tem a quem recorrer. Lembra um pouco dos apóstolos de Jesus, apertados com a segunda falta de pão. Mesmo tendo presenciado a primeira multiplicação, eles perguntam para Jesus: “Mas os discípulos lhe responderam: — Como poderá alguém saciá-los de pão neste deserto?” – Marcos 8:4. Fico imaginando o que se passa no coração de Deus quando demonstramos tamanha falta de fé no poder, na ação, no cuidado e no amor dele, que todos os dias são renovados.

Quero destacar ainda mais três lições do texto lido:

1. Egito e Etiópia eram a confiança do povo de Israel. É vergonhoso ver Israel confiando no Egito, povo que o castigou tanto e que Deus, quando tirou Israel de lá com mão poderosa, garantindo que não mais voltariam àquela terra. Vejamos alguns textos a respeito:

“Porém esse rei não deve multiplicar para si cavalos, nem fazer o povo voltar ao Egito, para multiplicar cavalos, pois o Senhor já lhes disse: “Nunca mais vocês devem voltar por este caminho.” – Deuteronômio 17:16

Um dos motivos da queda de Salomão foi ele ter se aliado com o Egito, o que levou Deus a dividir a nação, deixando com a casa de Davi apenas 2 tribos.

“Você confia nesse bordão de caniço esmagado que é o Egito. Se alguém se apoiar no caniço, ele vai espetar e furar a mão. Assim é Faraó, rei do Egito, para todos os que nele confiam.” – 2 Reis 18:21

No futuro, ao contrário do que pensava o rei da Assíria, o piedoso rei Ezequias confiou em Deus e, por isso, foi salvo do rei da Assíria.

Hoje nosso Egito é o mundo sem Deus. Quando nos fixamos muito nos valores deste mundo e utilizamos os meios dele para encontrarmos felicidade, segurança e satisfação, estamos agindo com o povo de Israel na época de Isaías.

2) O profeta obediente. Não sabemos se Isaías andou nu por 3 ano literais. Mas, uma coisa é certa: ele passou por essa vergonha. Isaías representa o servo fiel de Deus, que não discute nem questiona as ordens do seu Senhor, apenas as obedece. Como desejo ter essa disposição para obedecer de Isaías. 

Outro servo de Deus, no Novo Testamento, Filipe, teve a mesma atitude: “Um anjo do Senhor disse a Filipe: — Levante-se e vá para o Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Filipe se levantou e foi.” – Atos 8:26-27. Veja que atitude obediente! Ir pregar no deserto. Mas, se Deus mandou, não discute-se, cumpre-se. É a atitude que Deus espera dos seus filhos hoje, da sua igreja, cumprir simplesmente aquilo que Ele manda. E, claro, as ordens se encontram nas Escrituras Sagradas.

3) Um servo obediente será até envergonhado por obedecer a Deus. Isaías cumpriu fielmente a ordem de Deus. Com certeza foi zombado, chamado de louco pelos seus contemporâneos. O mesmo aconteceu com Noé, fazendo uma arca numa região que pouco chovia (Gênesis 6:22). Ou mesmo com Oseías, que tomou uma prostituta como mulher, cumprindo uma ordem de Deus (Oséias 1:2). Se queremos ser servos obedientes a Deus, precisamos estar prontos para sermos humilhados, objetos de chacotas, chamados de radicais ou fanáticos pelas pessoas que não conhecem o nosso Deus. Há um preço para ser um servo fiel e o preço é nossa vida inteira dedicada ao Senhor, obedientes a Ele em tudo.

Para finalizar esta já longa reflexão, quero chamar a nossa atenção para vivermos confiando primeiramente e inteiramente em Deus, deixando em segundo plano qualquer falsa segurança que o mundo descrente quer nos dar. Joguemos fora portanto os “egitos” e “etiópias” nos quais temos colocado nossa segurança. 

Que sejamos como Isaías, servo obediente e fiel a Deus, que cumpria suas ordens, mesmo provavelmente não compreendendo todas elas. E que em nossa obediência, se necessários, aceitemos passar a “boa vergonha” pelo Senhor, ao cumprirmos todas as suas ordens, por mais estranhas que pareçam. 

É esta fé obediente que encherá o nosso coração de segurança.

A OBEDIÊNCIA QUE NOS LEVA À HUMILDADE

ABERTURA

O artigo de hoje é um complemento ao da semana passada, cujo título foi “Quero viver em obediência a Deus”, baseado no Salmo 143.

Esta semana terminei minha aventura no livro de Salmos e iniciei o livro de Provérbios, mas quero, neste artigo, ainda extrair uma lição do Salmo 141.

“Põe guarda à minha boca, Senhor; vigia a porta dos meus lábios.

Não permitas que o meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de malfeitores; e que eu não coma das suas iguarias.

Fira-me o justo, e isso será um favor; repreenda-me, e será como óleo sobre a minha cabeça, a qual não há de rejeitá-lo. Continuarei a orar enquanto os perversos praticam maldade.” – Salmos 141:3-5

A ORAÇÃO DO JUSTO DE DEUS

Eis a oração de uma pessoa que deseja manter-se sempre fiel a Deus, que vai além da simples religiosidade externa.

Primeiro, a oração para que Deus guarde os seus lábios, vigie para que saiam somente palavras que farão bem às pessoas que a rodeiam. 

Essa é uma oração que constantemente faço, pois qual de nós, humanos imperfeitos, não falhamos vez ou outra através daquilo que falamos?

“Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é um indivíduo perfeito, capaz de refrear também todo o corpo.” – Tiago 3:2

“Que a palavra dita por vocês seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibam como devem responder a cada um.” – Colossenses 4:6

Sim, devemos temperar nossas palavras como a comida é temperada com sal. Uma comida sem sal fica sem sabor, palavras vazias não transmitem nada, são vagas repetições às vezes. Porém, palavras carregadas de muita emoção também podem ser destrutivas. Por isso Paulo diz que a palavra seja agradável, temperada com sal.

Em seguida o salmista pede a Deus que não permita que seu coração o incline para o mal e que ele não pratique a perversidade na companhia dos malfeitores. Que belo pedido! 

Sim, somos seres influenciáveis e precisamos a todo o tempo estar vigiando nossos passos, nossas ações e nossas decisões diárias. 

Podemos, aos poucos, irmos imitando aquilo que os rebeldes contra Deus, que vivem como se se Deus não existisse, praticam. 

É mais um pedido sincero de uma pessoa que tem compromisso com Deus e Sua Palavra e todos os dias está em luta contra o pecado.

“Na luta contra o pecado, vocês ainda não resistiram até o sangue.” – Hebreus 12:4

Finalmente, uma pessoa sincera em sua busca em viver obediente a vontade de Deus é humilde e aceita ser corrigida quando está tomando decisões erradas. 

Eu sei, não é fácil, o orgulho e o nosso ego reclamam, mas precisamos estar abertos à repreensão das pessoas que nos amam o suficiente para nos corrigir.  Até têm a coragem de arriscarem sua amizade conosco por nos amarem.

O salmista diz: “fira-me o justo, e isso será um favor”. Verdade.

É melhor a repreensão verdadeira, vai nos ajudar, do que a bajulação e o elogio insincero. 

Ele ainda diz: “repreenda-me, e será como óleo na minha cabeça”. Que atitude bela, de alguém verdadeiramente humilde e que deseja acertar, comprometido com a verdade e o que é correto. Não podemos ter nenhum compromisso com aquilo que a Palavra de Deus chama de pecado.

CONCLUSÃO

Assim, nesta semana, este salmo nos desafia a vigiar nossos lábios, nossas palavras, a não nos deixar sermos influenciados pelos que praticam o mal e a aceitarmos a repreensão daqueles que vivem procurando praticar a verdade de Deus. 

Que estas palavras nos motivem a viver mais um dia, em obediência a Deus e Sua Palavra.