fbpx

ICEBERGS ESPIRITUAIS

“Esses são como rochas submersas nas festas de fraternidade que vocês fazem, banqueteando-se com vocês sem qualquer receio. São pastores que apascentam a si mesmos; são nuvens sem água impelidas pelos ventos; são árvores que, em plena estação dos frutos, continuam sem frutos, duplamente mortas e arrancadas pela raiz” – Judas 12

A carta de Judas é um daqueles livros que não entendemos direito a razão de estar entre os livros inspiraos do Novo Testamento. Quando a igreja estava decidindo quais livros fariam parte do cânon (livros inspirados), Judas e 2 Pedro foram livros bastante discutidos.

Mas se Deus fez questão que fizesse parte dos escritos inspirados da nova aliança, com certeza, em sua sabedoria, tinha um motivo especial pra isso.

O assunto dessa carta é basicamente um lembrete contra falsos pastores e mestres que faziam parte da igreja, mas não eram convertidos, pelo contrário, atrapalhavam a família de Deus.

Vejamos alguns termos utilizados pelo irmão de Jesus em sua carta:

1) Rochas submersas – lembra um pouco o iceberg que levou o Titanic ao naufrágio. São as pedras de tropeço, que participam de tudo o que o discípulos participam, mas seu objetivo é destruir. São estes o que causam divisão, estão sempre reclamando e criticando os irmãos, promovendo discórdias.

2) Pastores que apascentam a si mesmo – Eles não influenciam ninguém pois, quando os irmãos se aproximam deles, percebem que falam muito, mas suas vidas não refletem aquilo que falam. Pelo contrário, seu comportamento causa escândalo no meio da irmandade.

3) Nuvens sem água, árvores sem frutos – São pessoas que nada produzem, a começar, em suas vidas, não há a produção do fruto do Espírito. Além disso não evangelizam, não levam ninguém a Jesus, é como aquele terreno da parábola do semeador, representam a pessoa dividida entre os valores de Deus e os valores do mundo sem Deus.

É um lembre forte a todos nós, que precisamos constantemente estar vigiando, olhando nossas ações, se são coerentes com o que falamos e, especialmente, com o que está escrito nas Sagradas Escrituras.

Há um risco grande, uma ameaça divina, pessoas assim, como diz o final do versículo, serão arrancadas pela raiz e para estes já não resta sacrifício pelo pecado, pelo contrário, a certeza da vingança divina.

Assim, irmãos, cuidemos de nós, animemos uns aos outros e aqueles que não querem, depois de um tempo incentivando, deixemos nas mãos de Deus, que saber exercer sua misericórdia e amor, mas também seu juízo. 

JESUS, NOSSO PASTOR. TUDO O QUE PRECISAMOS

“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.” – Salmos 23:1

“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.” – Salmos 23:4

O que escrever sobre um dos textos mais conhecidos da Bíblia? Vamos ver o que virá à minha mente à partir dele.

Creio que uma das descobertas que fiz deste salmo é a relação do pastor e sua ovelha, um animal dependente, frágil, mas que conta com a proteção do seu pastor. Descobri que para nós, como ovelhas de Deus, nada faltará, não em razão do que Deus pode nos dar, mas em virtude de que tendo Deus, nada mais precisamos, pois estamos totalmente supridos e seguros.

Sim, ter o Senhor como nosso pastor é uma versão de estar “a sombra do Onipotente” em Salmo 91:1, isto é, perto dele e fazer dele a nossa morada, como relatado no mesmo salmo.

Desta maneira o Senhor preenche todas as nossas necessidades, cuida de nós, o que no Novo Testamento representa ter Jesus como o Senhor, isto é, aquele que manda em nós, mas que também cuida de nós.

E, como ovelhas, ouvimos somente a voz de Jesus e de mais ninguém, como o próprio Jesus nos relata.

“Depois de levar para fora todas as que lhe pertencem, vai na frente delas, e elas o seguem, porque reconhecem a voz dele. Mas de modo nenhum seguirão o estranho; pelo contrário, fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” – João 10:4-5

São tantas as vozes neste mundo que tentam atrair nossa atenção, ovelhas do Pastor Jesus, mas, como ovelhas obedientes e que desejam a segurança do Pastor, não damos ouvidos a essas vozes.

Ter Deus como Pastor é a certeza de estar totalmente suprido, que buscando o seu reino, isto é, seu governo sobre nós, tudo o que precisamos será acrescentado (Mateus 6:33), como bem reconhece o apóstolo Paulo:

“E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, tudo aquilo de que vocês precisam.” – Filipenses 4:19

Interessante como Davi, mesmo vivendo mil anos antes de Jesus, tinha alguma noção da pós morte, pois diz: “ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não terei medo, porque tu estás comigo”.

Creio que ele tinha em mente os vales que ele andou quando teve que enfrentar um leão, um urso (1 Samuel 17:34-37), Golias (1 Samuel 17:45-47), Saul (1 Samuel 23:14) e seu próprio filho. Ele sabia que seu Pastor estava com ele. E isso era suficiente e tudo o que ele precisava.

Deste lado da cruz esta verdade ainda é mais vibrante. Caso partamos deste mundo, vítimas de uma doença (Covid?), de alguma violência deste mundo, de uma bala perdida ou porque chegou nosso momento, não precisamos temer nada porque, no outro lado, seremos recebidos pelo nosso Pastor, que até no mundo dos mortos cuidará de nós e por isso nem a morte precisamos temer.

“Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” – Romanos 8:38-39

Muito além dos pães e peixes, das bênçãos do Senhor, do que Ele pode nos dar nesta vida, Jesus é o nosso Pastor e por termos Ele como pastor, nada do que precisamos nos faltará.

Que esta verdade encha nosso coração de alegria, segurança e esperança a cada dia que renasce.

Porém, esta promessa não é para todos, mas somente para aqueles que se declaram ovelhas de Jesus, fizeram dele seu Pastor e vivem em obediência à sua voz, encontradas nas Escrituras Sagradas.

E você, meu amigo, minha amiga, já fez de Jesus seu Pastor?

Pastor (na igreja de Cristo) Não!

De um lado extremo… um ouvinte liga para o rádio na hora do programa e fala com o responsável da locução. Ele começa a conversar assim: – Então, pastor, eu liguei para pedir oração.

A voz do outro lado interrompe o ouvinte e o corrige ao vivo: pastor, não, apóstolo! O homem se auto-promoveu a um ministério impossível para a igreja de hoje em dia (Para ser apóstolo, segundo a Bíblia, era necessário (não é opcional) que seja um homem que esteve com os apóstolos e com Jesus pessoalmente, desde o batismo de João até ter sido testemunha ocular da ascensão de Jesus. No tempo dos apóstolos só encontraram dois homens com estas características, imagine hoje em dia! (At 1:21, 22).

Lembro de uma mensagem que o irmão Howard Norton fez no Butantã há muitos anos atrás. Ele disse que muitas vezes tratam o pregador como “god” ou como “dog”. Novamente vemos aí os extremos.

E nós, como devemos tratar aqueles que nos servem na presença de Deus? Está certo chamar um homem de ‘pastor’? Não querendo ser extremistas, mas querendo ser corretos, como devemos tratar aqueles que servem a igreja e pastoreiam o rebanho de Deus?

A história da Restauração que tem como intenção “falar onde a Bíblia fala e calar onde ela cala”, começou distanciando-se do denominacionalismo negando-se a usar títulos religiosos para os líderes da obra de Deus. Por que eles fizeram isso? Eles começaram a ler a Bíblia e a levar a sério o que leram. Ainda hoje, lendo, vemos o mesmo exemplo no Novo Testamento e este é o exemplo maior de todos. Pesquise por você mesmo e verá que nenhum homem, até mesmo os apóstolos, foram chamados de ‘pastor’ (principalmente no singular). Somente Jesus é chamado de Pastor no Novo Testamento (1 Pedro 2:25; 5:4). Entre linhas isto nos ensina que os homens devem, sim, pastorear o rebanho, mas eles não são pastores e, sim, pastoreadores, pois o rebanho não lhes pertence. Somente o dono do rebanho deve ser chamado de Pastor.

Jesus pessoalmente advertiu aos seus discípulos a se guardarem daqueles que gostam de roupas e cumprimentos especiais:

“Cuidado com os mestres da lei. Eles fazem questão de andar com roupas especiais, e gostam muito de receber saudações nas praças e de ocupar os lugares mais importantes nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, e, para disfarçar, fazem longas orações. Esses homens serão punidos com maior rigor! ” (Lucas 20:46,47 – a ênfase é minha)

Ainda Jesus nos ensina a não chamar aos homens por títulos. Os títulos religiosos preferidos naquela época eram ‘pai’, ‘rabi’ e ‘chefe’:

“Então, Jesus disse à multidão e aos seus discípulos: “Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam. Eles atam fardos pesados e os colocam sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não estão dispostos a levantar um só dedo para movê-los. “Tudo o que fazem é para serem vistos pelos homens. Eles fazem seus filactérios bem largos e as franjas de suas vestes bem longas; gostam do lugar de honra nos banquetes e dos assentos mais importantes nas sinagogas, de serem saudados nas praças e de serem chamados ‘rabis’. “Mas vocês não devem ser chamados ‘rabis’; um só é o mestre de vocês, e todos vocês são irmãos. A ninguém na terra chamem ‘pai’, porque vocês só têm um Pai, aquele que está nos céus. Tampouco vocês devem ser chamados ‘chefes’, porquanto vocês têm um só Chefe, o Cristo. O maior entre vocês deverá ser servo. Pois todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23:1-12)

A igreja de Cristo não tem o costume de chamar aos homens de ‘pastor’ porque vemos que o exemplo deixado pelos apóstolos não foi este e Jesus advertiu aos seus discípulos a tomarem cuidado com aqueles que gostam de roupas, cumprimentos e nomenclaturas religiosas. Agora, você pode pegar a palavra ‘costume’ usada neste artigo e me criticar. Que bom! Porém, eu não estou falando de costumes novos, estou falando da tradição das Escrituras. Sim, nós seguimos os costumes e escritor do Novo Testamento.

“Eu os elogio por se lembrarem de mim em tudo e por se apegarem às tradições, exatamente como eu as transmiti a vocês.” (1 Coríntios 11:2)

“Portanto, irmãos, permaneçam firmes e apeguem-se às tradições que lhes foram ensinadas, quer de viva voz, quer por carta nossa.” (2 Tessalonicenses 2:15)

Então, lendo o Novo Testamento, você vai notar que ninguém, nem sequer os apóstolos, foram conhecidos ou chamados de ‘pastores’ (já tinha falado isso acima). Isso não quer dizer que eles não pastoreavam, de fato, eles nos deixaram o modelo a ser seguido e as qualificações para servir a Deus na igreja.

Pastor na igreja de Cristo só tem um: Jesus Cristo. Quem faz questão desta nomenclatura, está querendo tomar uma função que já foi preenchida pelo Filho de Deus que deu seu sangue lá na cruz e, com isto, nos comprou da escravidão para a liberdade. Claro que até tem outros grupos que se chamam de ‘igreja de Cristo’ e teem ‘pastores’, tudo bem, estou aqui só para, lendo as escrituras, julgar as coisas de acordo com ela, não estou aqui para condenar. Todos vamos ter que comparecer perante o tribunal para dar explicação das nossas atitudes.

“O assalariado não é o pastor a quem as ovelhas pertencem. Assim, quando vê que o lobo vem, abandona as ovelhas e foge. Então o lobo ataca o rebanho e o dispersa. Ele foge porque é assalariado e não se importa com as ovelhas.” (João 10:12,13)

Homens são assalariados e cuidam das ovelhas até onde a capacidade humana permite. Muitos fogem, mas Jesus sempre fica. Homens são assalariados e as ovelhas não lhes pertence, homens que querem se chamar de ‘pastor’ quer dizer que as ovelhas lhes pertence? Claro que não! Mesmo que eles pensam assim… As ovelhas pertencem a Jesus! Então, tá! Somente Jesus é o Pastor! Quando começamos a chamar as pessoas pelo ‘título’ começamos a criar cargos e uma classe eclesiástica (que exerce o sacerdócio) e o restante de leigos. Começamos a criar chefes da igreja e não servos. Coloca-se o foco na liderança humana e não na liderança divina para a igreja.

Finalmente preciso alertar que a igreja de Cristo tem que ter liderança, sim, e deve ser respeitada! A liderança bíblica de hoje em dia é: evangelista, servos, presbíteros[mfn]presbítero, bispo e pastor são 3 palavras para a mesma função. Os significados são: ancião, supervisor e cuidador respectivamente. Ressaltando que nenhum homem na Bíblia (esta é a nossa regra de fé) foi chamado de pastor. Eles foram chamados de presbíteros ou bispos – sempre no plural, indicando que cada congregação local deve ter pelo menos duas famílias eleitas para o presbitério na igreja de Deus[/mfn] e diáconos (estas duas últimas funções devem ser eleitos pela igreja)[mfn]”E, havendo-lhes feito eleger anciãos em cada igreja e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.” (Atos 14:23)[/mfn], diáconos. Não use esta ordem como uma hierarquia.

A igreja de Cristo realmente respeita o que a Bíblia diz e, por isso, nem todas as igrejas têm presbíteros (sempre no plural). É Difícil ter homens biblicamente qualificados. Aprendemos e levamos a sério que é necessário ter as qualificações:

“A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí. É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher, e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão. Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. É preciso, porém, que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela. Pois há muitos insubordinados, que não passam de faladores e enganadores, especialmente os do grupo da circuncisão.” (Tito 1:5-10 – a ênfase nas palavras é minha[mfn]Consulte também 1 Tm 3:1-7[/mfn])

Onde não respeitam a sã doutrina, enviam homens para cursos de formação para ‘pastores’, mas não olham para o que a Bíblia diz. Homens sem qualificações, solteiros, jovens, sem consagração do Espírito Santo, escolhidos por seus superiores e não pela igreja de Deus.

Modelos do rebanho

“Tornando-vos modelos do rebanho”: Este talvez seja o maior desafio para aqueles que são eleitos ou desejam ser eleitos pastores das ovelhas de Deus. Pedro como apóstolo e presbítero, direcionou especificamente aos presbíteros das congregações para desempenharem o serviço para o qual foram chamados por Deus, ou seja, pastorear o rebanho que pertence ao Senhor:

“Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho.” (1 Pedro 5:1-3)

Cristo, o supremo pastor foi o exemplo perfeito para as ovelhas que o seguiam. Seus discípulos viam nEle o modelo perfeito a ser seguido. A exigência de Pedro é a exigência de Cristo em relação aos pastores: “sejam modelos”. As exigências que o apóstolo Paulo faz àqueles que querem se tornar presbíteros é a exigência de Cristo: “sejam modelos para o rebanho” (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9).
Pastoreai, ou seja, cuidai, ensinai, disciplinai e guiai as ovelhas ao supremo pastor, que é Cristo.
A função dos presbíteros é guiar as ovelhas a Cristo e não a eles mesmos. E não deve ser por obrigação como um trabalho secular, mas de livre e espontânea vontade de servir, não exigindo algo em troca. Também não deve ser com aquele desejo ambicioso de ganhar ou possuir ilicitamente o ganho por este trabalho, mas esperando em Deus a recompensa vindoura na eternidade com Cristo.
E por fim, que não sejam como aqueles que mandam, obrigam ou reprimem as ovelhas sob sua responsabilidade, mas antes, sejam o modelo perfeito que seguem as instruções do supremo pastor e as colocam em prática, primeiramente em suas próprias vidas; estimulando assim as ovelhas a seguirem a Cristo pelo exemplo e não pela obrigação ou dominação.
Homens de Deus: tornai, pois modelos para o rebanho do Senhor.

O Primeiro Amor

“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras…” – Apocalipse 2:4-5

Há uma relação estreita entre Jesus e Sua igreja. A Bíblia utiliza vários títulos para falar de Jesus quando se refere a Ele e o seu povo: Senhor, cabeça, noivo, entre outros.
Na primeira carta de Pedro, capítulos 2:25 e 5:4 o apóstolo cita três termos pouco vistos nas Escrituras: Bispo, Pastor e Supremo Pastor. O que a Palavra de Deus quer dizer quando mostra Jesus através destas palavras?

Bispo – dá a ideia de supervisor, aquele que fiscaliza, que verifica. Assim, Jesus é o Guia de sua igreja e, quando necessário, a repreende e corrige (Apocalipse 3:19).

Pastor – neste caso, é aquele que cuida, que vai atrás, que protege. O exemplo clássico é mostrado em Lucas 15:3-7, quando o pastor deixa as suas 99 ovelhas e vai atrás daquela que se perdeu.

Supremo Pastor – Jesus e o Pastor dos pastores, aquele que conhece os seus.

No texto acima, Jesus age como Bispo e também Pastor. Ele se comporta como Bispo quando diz que anda entre as igrejas, as tem em suas mãos e conhece as suas obras, bem como seus erros.
Ditando sua carta à igreja na cidade de Éfeso, o Senhor elogia bastante a igreja: sua perseverança, seu amor à doutrina, seu zelo pelo Senhor, entre outras.
No entanto, aquela igreja tinha um problema: abandonara o seu primeiro amor. O que é isto?
Entre outras coisas é o fervo, o entusiasmo, a alegria de servir a Jesus e Sua igreja, fazendo de uma forma mecânica. Também pode ser um serviço com segundas intenções (elogios humanos e domínio, entre outros), ou mesmo servir dando a Jesus o resto, as sobras, como faziam os ofertantes ricos em contraste com a viúva pobre, que apesar de dar duas moedas, dera tudo o que tinha (Marcos 12:41-44). Chama a atenção o fato de Jesus nos considerar como servos inúteis, quando fazemos apenas o necessário (Lucas 17:10).
E nós? Como anda o nosso serviço? Servimos a Jesus e Sua igreja com alegria ou como obrigação? Damos ao Senhor o melhor do que temos, o nosso 10, ou o mínimo? Aquele amor que tínhamos quando fomos batizados continua sendo o mesmo? Aquela mesma alegria de compartilhar o evangelho, de estar presente nos cultos, de visitar um irmão, de fazer com entusiasmo e dedicação continuam?
Seja qual for nossa resposta, Deus pode trabalhar muito na nossa vida. Se mantemos o primeiro amor, ele pode fazer em nós muito mais (Efésios 3:20).
Se não, é hora de nos arrepender e voltar a possui-lo. Amém!

Há Diferença Entre: Pastor, Bispo e Presbítero?

A pergunta que deu título a esse artigo já foi feita para mim várias vezes.

Há diferença entre: pastor, bispo e presbítero?

Esse foi o tema de uma breve aula na congregação onde sirvo atualmente. Depois das explanações, vários irmãos sugeriram que publicasse um artigo sobre isso, para que eles pudessem compartilhar com outros que venham a ter o mesmo questionamento.

Pois bem…!
Na Bíblia, vemos que quando uma congregação amadurecia, desenvolviam-se homens que satisfaziam às qualificações exigidas por Deus para prover supervisão a essas congregações.

Paulo e Barnabé designaram-lhes presbíteros em cada igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem haviam confiado. (Atos 14:23)

Se lermos o livro de Atos, vemos um excelente trabalho de Paulo no tocante ao estabelecimento de igreja. A estratégia adotada por Paulo, e dirigida pelo Espírito Santo, era de que após o estabelecimento da congregação, Paulo cuidava de fortalecer os irmãos, capacitá-los e estabelecer presbíteros; ou seja, uma liderança bíblica para continuar guiando os irmãos na Palavra do Senhor.

Atos 14:23 é uma passagem que ilustra bem isso. Paulo e Barnabé estão de volta às igrejas por eles estabelecidas, constituindo presbíteros.

É bom evidenciar que esses homens escolhidos para prover supervisão a essas congregações eram selecionados para um serviço. Não era um título ou um cargo. Não havia hierarquia.

Ele [Cristo] é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. (Colossenses 1:18)

Cristo é o cabeça e todos nós somos membros.

Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros. (Romanos 12:3-5)

A Palavra nos ensina, usando até uma figura de linguagem, que assim como entendemos que no nosso corpo não há um membro mais especial ou mais importante do que outro, na igreja (o corpo de Cristo) não há ninguém mais especial do que o outro.
A Bíblia usa a palavra presbítero, pastor e bispo para descrever os mesmos homens.

Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dos sofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser revelada: (1 Pedro 5:1)
Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. (1 Pedro 5:2)

Notem que Pedro, se dirige inicialmente aos presbíteros em 1 Pedro 5:1. A ordem aos presbíteros é a de que eles pastoreiem o rebanho de Deus. A passagem nos mostra que os presbíteros deviam também exercer o serviço de pastoreio na igreja.

A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí. (Tito 1:5)

Paulo comissiona Tito para que ele, além de organizar o trabalho na igreja em Creta, estabelecesse presbíteros em cada cidade.
Continuando a instrução, Paulo descreve as qualificações para o presbítero:

É preciso que o presbítero seja irrepreensível, marido de uma só mulher, e tenha filhos crentes que não sejam acusados de libertinagem ou de insubmissão. (Tito 1:6)

Na mesma instrução, Paulo acrescenta:

Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. (Tito 1:7)

Na passagem bíblica de 1 Pe 5:1, 2, vimos que os serviços de presbítero e pastor cabem a mesma pessoa. Aqui, em Tito 1:6, 7, estamos vendo que os serviços de presbítero e bispo também.
No final da que seria a terceira viagem missionária, Paulo está de partida para Jerusalém. Depois de passar fortalecendo as igrejas, de recolher os donativos para os irmãos pobres da Judéia, agora ele busca se despedir dos presbíteros de Éfeso pois teme que ao chegar em Jerusalém seja preso ou até morto.

De Mileto, Paulo mandou chamar os presbíteros da igreja de Éfeso. (Atos 20:17)

Nesta palavras finais, Paulo adverte:

Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. (Atos 20:28)

Notem que Paulo falava aos presbíteros de Éfeso, quando os lembra que o Espírito Santo os incumbiu de servirem como bispos e pastores da igreja de Deus.
Temos aqui o serviço de presbítero, bispo e pastor, relacionado ao mesmo grupo de homens.
No Novo Testamento, as palavras pastor, bispo e presbítero descrevem os mesmos homens.
Mas como essas palavras são no original e o que elas significam?

  • Presbíteros – πρεσβυτερος – presbuteros – ancião
  • Bispo – επισκοπος – episkopos – supervisor
  • Pastor – ποιμην – poimen – aquele que cuida
  • Presbítero (ancião em algumas versões da Bíblia) descreve alguém de idade mais avançada.

A palavra presbítero, foi transliterada do grego, isto é, foi feita uma tentativa de se escrever a pronúncia da palavra ao invés de se traduzir.
A palavra é usada na Bíblia para identificar alguns dos líderes entre os judeus.
No livro de Atos e nas epístolas, os homens que pastoreavam e supervisionavam as igrejas locais foram frequentemente chamados de presbíteros (veja Atos 11:30; 14:23; 15:2,4,6,22,23; 16:4; 20:17; 21:18; 1 Timóteo 5:17,19; Tito 1:5; Tiago 5:14; 1 Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1).
São homens de idade suficiente que tenham filhos crentes.
Necessariamente são alguns dos mais maduros entre os cristãos na congregação.
Usam seu conhecimento e experiência para servir como modelos e ensinar o povo de Deus.

  • Pastor: Frequentemente se refere aos pastores de ovelhas, pessoas responsáveis pelos rebanhos.

Tais homens protegiam, guiavam e alimentavam as ovelhas.
O Espírito Santo usou esta palavra várias vezes no Antigo Testamento num sentido figurativo, descrevendo guias espirituais.
Moisés descreveu o homem escolhido para guiar o povo como pastor (Números 27:17).

Infelizmente, nem todos os pastores são bons. Deus condenou fortemente os pastores egoístas que devoravam o rebanho de Israel (Ezequiel 34:1-10).
No Novo Testamento, homens qualificados devem pastorear o rebanho (a congregação do Senhor) (1 Timóteo 3:1-7; Atos 20:28-35; 1 Pedro 5:1-3).

  • Bispo quer dizer supervisor ou superintendente.

Em 1 Pedro 2:25, se refere ao Senhor.
Várias outras passagens usam essa palavra para descrever a responsabilidade de homens escolhidos para guiar os discípulos de Cristo no seu trabalho na igreja (veja Atos 20:28; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:2; Tito 1:7).

É interessante notar que sempre haviam mais de um por congregação (Fp 1:1); que não há nenhuma base bíblica para presbíteros de um local supervisionarem uma igreja em outro local e a sua responsabilidade e autoridade para supervisionar não iam além do rebanho local. Em suma, não havia um pastor “presidente” pastoreando sozinho várias igrejas.

Concluindo:

As várias palavras (pastor, presbítero e bispo) identificam os mesmos servos, mas cada palavra tem seu próprio significado. Essas variações de sentido ajudam para mostrar aspectos diferentes do trabalho dos homens que cuidam de uma congregação.

Cuidado com os Falsos Pastores!

“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis.” – Mateus 7:15-16a

“Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos… Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo” Mateus 23:8, 10
“Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticai a iniquidade.” – Mateus 7:21-22
Na semana passada, nossos lares foram invadidos através da televisão por uma reportagem do “sujo” falando do “mal lavado”.
Ali, certo líder religioso era acusado de desviar o dinheiro que recebia do seu grupo religioso (nem digo igreja) para comprar diversos bens particulares. Alguns irmãos comentaram comigo e admira-me estarem admirados com isso. Há muito tempo religião se tornou uma fonte certa de lucro e de riqueza.
Apesar de não ter a pretensão de entender que somente aqueles que pensam igual a nós da igreja de Cristo sobre todos os assuntos estão salvos, sempre fui criterioso no tocante àqueles que chamam Jesus de “Senhor”, mas suas obras mostram exatamente o contrário.
Na minha visão, todos esses grupos religiosos que ficam 24 horas por dia na televisão pedindo dinheiro, “um sacrifício pelo Senhor”, são roubadores disfarçados, não de ovelhas, mas de pastores. Seu objetivo é enriquecer seu bolso, crescer politicamente, sendo que um deles é fazer com que sua rede de TV ultrapasse a líder de audiência no Brasil. Não julgo as pessoas que frequentam esses grupos, quase todas são vítimas, muitas de boa fé, e minha oração é que acordem para o verdadeiro evangelho.
Porém, precisamos ser criteriosos e quero listar alguns sinais que mostram um grupo falso:
1. Quando o homem é exaltado – basta ver em muitos grupos religiosos a fotografia do fundador, sendo que este utiliza títulos como “apóstolos”, “reverendos”, “bispas”, entre outros, títulos estes utilizados para domínio do seu grupo.
2. Quando a mensagem não destaca Jesus e Sua morte na cruz como solução para o maior problema do homem: o pecado (1 Coríntios 15:1-7). Quando a mensagem é um discurso social, a chamada “teologia da prosperidade”, entre outros, é um grande sinal de tratar-se de uma falsa doutrina.
3. Quando milagres e sinais são destacados, algo que ficou no Novo Testamento. Hoje Deus faz milagres, mas não da maneira mostrada no tempo de Jesus. Tem se descoberto que muitos desses sinais são mentirosos.
Como disse Jesus, “colhem-se, porventura, uva dos espinheiros ou figos dos abrolhos?”. É claro que não! Se são falsos mestres, devo ignorá-los e continuar pregando o verdadeiro evangelho. Afinal, eles quase nada têm em comum com a verdadeira igreja de Jesus.
Texto publicado no boletim informativo das Igrejas de Cristo em Guarulhos, Amo Jesus, Porque Ele me amou primeiro em abril de 2012.