fbpx

TODA A ESCRITURA É INSPIRADA POR DEUS

“TODA a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” – 2 Timóteo 3:16

Por que ter que ressaltar a palavra “toda” em algo que parece tão óbvio? A realidade é que a inspiração de todos os 66 livros que formam as Escrituras, o Velho e Novo Testamento, tem sido atacada tanto internamente no meio da cristandade como externamente, entre aqueles que não professam o cristianismo. Daí a necessidade de realçar algo tão óbvio.

Hoje a totalidade das Escrituras como oriunda do sopro de Deus tem sido atacada pelas seguintes frentes:

1. Escolha pessoal – os pagãos e muitos religiosos escolhem no que vão acreditar de acordo com seu critério pessoal e suas conveniências. Eis a razão de assuntos como pecado, juízo final, por incomodarem, serem muitas vezes quase não lidos ou falados na pregação de muitos grupos. Recentemente assisti a palestra de um pastor evangélico que disse até acreditar no inferno, porém, não imagina um Deus que permita que sua criaturas passem a eternidade longe dele nessa realidade triste. Não são as Escrituras que ditam sua fé, mas suas escolhas e conveniências pessoais.

2. Somente as promessas de Deus – muitos gostam de dizer que Deus suprirá todas as suas necessidades baseando-se em Mateus 6:33. Mas esquecem que a promessa é condicionada à busca pelo governo de Deus (o reino dele) e sua vontade em nossas vidas. Há pregadores que mais parecem psicólogos, pois somente pregam o que massageia o ego ou alegra seus ouvintes e as promessas de Deus (muitas fora do contexto) são um prato cheio. Porém a Escritura consola, sim, (Romanos 15:4), mas também repreende e corrige (2 Timóteo 3:16) e esta parte da Bíblia muitos não aceitam e não ensinam.

3. O que cabe na mente humana e ela pode explicar. Creem em parte das Escrituras, mas não nas “lendas” de Adão e Eva, do dilúvio, do nascimento virginal de Jesus e da existência do inferno eterno. Para estes vale a reprimenda de Jesus: “Jesus respondeu: ‘— Será que o erro de vocês não está no fato de não conhecerem as Escrituras nem o poder de Deus?”’ – Marcos 12:24
Estes ora desconhecem a Bíblia, ora não acreditam em todo o poder mostrado pelo autor da Palavra. Sua fé é limitada ao racionalismo humano e por isso, mais uma vez, escolhem o que vão acreditar.
Outros ainda tentam conciliar as verdades de Deus com a ciência humana como a psicologia, antropologia e filosofia. O conhecimento humano, sim, pode nos ajudar, mas deve sempre estar subordinado à verdade da Palavra de Deus.
4. Apenas parte dela. Há ainda aqueles que elegem o Velho ou Novo Testamento como textos que devem ser lidos para a igreja. Puro engano. Sendo toda a Escritura inspirada por Deus toda ela deve ser ensinada à igreja. Aliás, um irmão já disse: “Ler um livro inteiro para a igreja é ensinar toda a verdade que Deus quer que a igreja conheça”. Claro que o Novo Testamento é a lei da igreja. Mas isto não significa ignorar o conteúdo da Antiga Aliança que mostra nossa origem. É um erro de pregadores deixarem a igreja quase ignorante no tocante ao conteúdo da Velha Aliança, não pregarem, ensinarem e incentivarem a leitura. Ou darem preferência ao Antigo Testamento (ocorre pouco isso) e ignorarem o Novo. Ambos os Testamentos devem ser entendidos como um complementando a mensagem do outro.

5. Palavras de Jesus – há ainda uma tendência de valorizar-se em demasia as palavras de Jesus em detrimento dos demais escritos. Claro que os 4 evangelhos são a base da Nova Aliança, mas Jesus mesmo afirmou que durante o seu ministério não ensinara toda a verdade em razão dos discípulos não estarem preparados para ouvi-la (João 16:12). Portanto, novas revelações foram feitas pelo Espírito Santo até completarem-se os 27 livros do Novo Testamento. As palavras de Jesus não são mais inspiradas do que o escritos de Paulo, Pedro, João, Moisés, Isaías e os demais homens santos que escreveram movidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:20-21). Até porque as palavras do Mestre não foram escritas por Ele, mas por Mateus, Marcos, Lucas e João e até Paulo, quase 30 anos depois.

6. Ir além das Escrituras – há, porém, grupos que aceitam livros não reconhecidos como canônicos no primeiro século, como, por exemplo, os 7 apócrifos católicos.
Há ainda livros escritos por pseudos-profetas como “O Grande Conflito” por Ellen White, reconhecida profetisa pelos adventistas, e o livro de Mórmon. Seus grupos dão a esses livros a mesma importância que os 66 livros canônicos. No catolicismo as autoridades eclesiásticas do grupo e a tradição têm a mesma importância que a Bíblia, o que leva aquela religião a práticas não aceitas pela Palavra como, por exemplo, o papel dos santos. Na Bíblia todos os cristãos são santos, para o catolicismo, apenas alguns escolhidos pela própria insituição religiosa.

Portanto, defendamos apenas como a verdade de Deus os 66 livros, Velho e Novo Testamento, as palavras de Jesus, dos apóstolos e dos profetas, todas verdades do céu para nos ensinar. E rejeitemos todo escrito, por mais bem intencionado que seja, como verdade de Deus. Fiquemos somente nas Escrituras.

Finalmente, além de lê-la, toda, vamos meditar nelas, estudar com seriedade as sagradas letras que podem nos tornar sábios para a salvação que vem pela fé em Cristo Jesus (2 Timóteo 3:14).