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Irmão Voluntário nas Olimpíadas Rio 2016

Assistir as Olimpíadas, foi uma das melhores experiências que tive no Rio. Entendi o frenesi que via pela televisão sobre pessoas que participam de grandes eventos. Fazia tempo que eu não ia num estádio de futebol, mas quando se tem seleções internacionais, o clima é outro e não se ouve tanto palavrão e vê-se mais famílias e crianças no evento.
O primeiro jogo fui assistir com o Davi que congrega na igreja de Cristo do Tanque, Rio de Janeiro. Sabia que um irmão da região de Campinas que já conhecia estava hospedado na congregação. Ele foi voluntário nos jogos. Já estava saindo do estádio quando ouvi as instruções que, para pegar o trem, deveria sair à direita. Quando olhei quem era que estava dando as instruções, vi o irmão Moacir de Sumaré. Fiquei surpreso em encontrá-lo no meio de uma multidão. Ele estava à caráter, isto é, vestido como um voluntário de camisa polo amarela e calça cáqui.


O irmão Moacir está à esquerda fazendo sinal de “Jóia”.

O Moacir é um obreiro muito ativo em Sumaré e região de Campinas. A gente sempre o encontra nos eventos da igreja facilmente. Sorridente disfarça bem a idade, mas já é avô.
Ele revelou que sua participação na Olimpíadas Rio 2016 começou 3 anos antes, em 2013 quando se voluntariou sabendo que não receberia nenhum honorário pelos trabalhos prestados, mesmo assim ele foi até o fim do evento, ao contrário de muitos outros que, depois que descobriram que não seriam remunerados, desistiram. “Atrasos nas aberturas dos portões, monitores estressados, publico nervoso porque não conseguia achar seu lugar, comida ruim, horário de trabalho exaustivo (12hs às 00:30hs), pesava, mas quando vc se deparava com um visitante de outro país, pedindo sua ajuda e voce resolvendo, não tinha preço; a experiência para mim foi fantástica. Se fosse para começar tudo de novo, eu faria tudo como fiz. Não sei se vou conseguir, más vou me preparar para as olimpíadas em Tókio 2020.” confidenciou ele.
Imagens sempre são boas ilustrações, e o Moacir gostaria de ter tirado mais fotos, mas por desistência de tantos voluntários que chegaram a retirar o uniforme e nunca apareceram, cada voluntário teve que fazer o trabalho de uns 3. Então fotos ficou para os torcedores.

O que deixou o Moacir admirado foi a hospedagem e generosidade dos irmãos da Congregação no Tanque onde ele ficou aqueles 12 dias do evento. Medalha de ouro para o Moacir por sua disponibilidade, cidadania e para a Congregação do Tanque que o hospedou.