Ninguém esperava uma pandemia como esta, mas ela chegou e é uma realidade séria que precisamos enfrentar. Pandemia, voltar ou não? Seria por questão de fé, pouca ou muita? Seria prudente voltar, seria tentar a Deus? Difícil entrar no mérito da questão com ideias preconcebidas. Melhor não tomar a posição de julgamento.
Conversei com o irmão, Daniel Feliz de Embu Guaçu, uma Congregação que decidiu voltar. Fiz algumas perguntas para ele sobre esta volta e o que eles precisaram fazer.
A Congregação da igreja de Cristo em Embu Guaçu é uma das Congregações mais antigas do Estado de São Paulo. Situa-se no mesmo município onde fica o Acampamento Monte das Oliveiras. Foi começada pelos pais do Daniel, seu Manoel e dona Ana, apoiados pelo missionário Lynn Huff. Daniel é um dos membros mais antigos da Congregação.
Daniel informou que para que a volta aos cultos presenciais pudesse ocorrer, eles tomaram devidas precauções seguindo todas as normativas exigidas pela prefeitura. Uma das ações foi o isolamento de alguns bancos da igreja e a redução em 30% da capacidade do salão do culto por reunião. Eles têm uma média de 35 pessoas de manhã e 35 pessoas de noite. Além disso todos os irmãos devem comparecer devidamente protegidos com máscaras, a Congregação instalou álcool em gel nas entradas e saídas, uma irmã fica na entrada medindo a temperatura de cada pessoa que entra, têm alguns irmãos de sobreaviso caso chegam alguns visitantes, os irmãos se retiram do prédio e dão o seu lugar para o visitante.
A Congregação teve alguns irmãos que tiveram resultados positivos para o CORONAVÍRUS, porém isto aconteceu antes da volta aos cultos presenciais e, graças a Deus, foram assintomáticos e já se recuperaram.
A Congregação usou as ferramentas para ter cultos online durante os piores períodos no município. Eles agradecem a Deus que foi uma boa ferramenta, mas o Daniel ressaltou que não se iguala ao culto presencial. “Falta o abraçar, o beijo, falta o calor humano” ressalta ele. Ele diz acreditar que logo esta situação vai passar de acordo com o propósito de Deus. Reconhece, no entanto que, se aumentarem os contágiois no município eles vão ter que voltar para os cultos online. Eles entendem que cada um deve fazer a sua parte.
O Programa Comunhão abordou este assunto e colheu algumas opiniões sobre a volta ou não. Nildes Cavalcanti, da Congregação da igreja em Guarulhos escreveu: “Falta o abraço, o beijo SIM… Mas vamos poder fazer isso depois que todos nós estivermos protegidos!! Igreja somos nós não o prédio onde nós encontramos!!”
Lucilene de Jesus ressaltou que “A igreja é construída por pessoas ou seja por vidas. E precisamos cuidar tanto da vida espiritual como física e para isso precisam de todos os cuidados. Pois estamos lidando com invisível.”
Durante os comentários Edson Cruz ressaltou que nossa intenção não era julgar ou condenar quem voltou ou quem acha que não deveria voltar. De fato é uma realidade o perigo que o vírus representa. O Vicente, um dos apresentadores do Programa, perdeu uma irmã por conta do CORONAVÍRUS e todos sabem que é uma coisa realmente séria.
Congregações maiores como a 9 de Julho não tem previsão para voltar às atividades presenciais desde que tem um grande número de membros no grupo de risco. Congregações menores, como Atibaia, tomaram a mesma precaução de adiar a volta apesar de terem ensaiado a volta. A igreja de Saturn Road, onde nosso irmão Daniel Morgan frequenta chegou a voltar, mas por conta dos contágios, precisou fechar o prédio novamente para os cultos presenciais.
Conclue-se que todo cuidado é necessário e oramos para que Deus dê sabedoria aos guias da igreja e também aos irmãos e familiares sobre os seus numa eventual volta aos cultos presenciais.
Sem dúvidas acreditamos que Deus tem seus propósitos e que tudo está nas mãos Dele e oramos para que se abrevie este período para a glória de Deus.