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DANIEL: O SEGREDO DA FIDELIDADE

“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos.” – Daniel 1:8-9

“Depois, compare a nossa aparência com a dos jovens que comem das finas iguarias do rei. Dependendo do que enxergar, o senhor decidirá o que fazer com estes seus servos.” – Daniel 1:13

“Daniel continuou ali até o primeiro ano do reinado de Ciro.” – Daniel 1:21

Hoje começamos o livro do profeta Daniel, que viveu na Babilônia entre os anos 605 e 539 AC, isto é, por 76 anos. Ao chegar na Babilônia deveria ser bem jovem, já li que algo em torno de 15 anos, e foi grandemente utilizado por Deus.

Qual o segredo para a fidelidade de Daniel e a maneira como o profeta foi utilizado por Deus durante o período babilônico?

Acredito que a resposta esteja no versículo 8: “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (ARA), a ponto de influenciar seus 3 amigos.

Creio que se Daniel não tivesse tomado essa firme decisão, teria sido engolido pela cultura babilônica e ele seria mais um exilado na Babilônia, que na Bíblia, representa o mundo contra os valores divinos.

Sem essa decisão Daniel não teria interpretado o sonho do rei que o alçou à posição importante na Babilônia, não teria havido a experiência dele na cova dos leões nem a maneira como Daniel termina o livro:

“Quanto a você, siga o seu caminho até o fim. Você descansará e, ao fim dos dias, se levantará para receber a sua herança.” – Daniel 12:13

Infelizmente, muitos seguidores de Deus, perdem grandes oportunidades por flertar com os valores mundanos e muitas vezes são por eles devorados.

Se, de um lado, Daniel resolveu de maneira firme não se contaminar com a cultura babilônica, por outro lado, vemos a maneira cortês e sábia como ele se opõe. Isto mostra que é possível manter-se puro sem ser do contra de forma frontal.

Também essa experiência de Daniel mostra algo que um irmão em Cristo costuma dizer: “Fé é colocar o pé antes no vácuo, tendo a certeza de que Deus colocará o chão”. Sim, viver em fé é obedecer, mesmo sem parecer que Deus está agindo, como farão os amigos de Daniel, que recusaram dobrar-se ante a estátua do rei no capítulo 3, mesmo sem a certeza de que Deus os livraria.

“Se o nosso Deus, a quem servimos, quiser livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das suas mãos, ó rei. E mesmo que ele não nos livre, fique sabendo, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que o senhor levantou.” – Daniel 3:17-18

Durante essas 12 semanas aprendemos a partir da experiência de Daniel e seus amigos que Deus reina sobre os céus e a terra, Ele é poderoso, misericordioso e cuida, sempre, daquele que se mantém fiel. 

Como disse Deus para Noé (Gênesis 7:1), dá para ser fiel a Deus, mesmo num meio onde a maioria é pagã e rebelde ao Senhor.

DEUS NUNCA ABANDONA SEU POVO

DEUS NUNCA ABANDONA SEU POVO

“O contorno será de nove quilômetros. E o nome da cidade desde aquele dia será: “O Senhor Está Ali”. – Ezequiel 48:35

Eis que termino o livro de Ezequiel. Permitindo Deus, no próximo artigo início o meu livro profético predileto, o livro do profeta Daniel. Foram extraídas grandes lições e boas reflexões daquela leitura que fiz.

O livro de Ezequiel termina com Deus demarcando os limites de Israel para a volta do exílio. O povo de Deus, depois de 70 anos, voltará do exílio babilônico persa. Não em razão de sua conversão genuína, mas por causa do amor, da misericórdia e especialmente da fidelidade de Deus.

Israel voltará porque dali há cerca de 500 anos nascera Jesus Cristo, a promessa de Deus feita para a salvação do mundo, começando ainda no Éden e de maneira mais clara feita por Deus a Abraão.

“Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.” – Gênesis 3:15

“Abençoarei aqueles que o abençoarem e amaldiçoarei aquele que o amaldiçoar. Em você serão benditas todas as famílias da terra.” – Gênesis 12:3

Lendo os livros de Jeremias e Ezequiel, nota-se Deus punindo seu povo e as nações vizinhas. No entanto, Deus jamais abandonou o seu povo, por mais rebelde que fosse. Sempre há uma palavra de amor e de esperança por parte dele.

E assim termina o livro de Ezequiel, o Senhor prometendo que estará no meio do seu povo, tanto que a cidade reconstruída se chamará “O Senhor está ali”.

É o mesmo que ocorreu na volta de Jesus. O mundo jaz no maligno hoje (1 João 5:19) e às vezes parece que a própria igreja do Senhor deixa-se influenciar pelo mundo cujo sistema é dominado por Satanás.

No entanto, o livro de Apocalipse, relatando o final, fala de uma multidão que reinará com Cristo lá nos céus.

“Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestes brancas, com ramos de palmeira nas mãos.” – Apocalipse 7:9

Sim, meus irmãos, às vezes, olhando a igreja como um todo e especialmente a igreja local, parece que somos minoria, tão poucos, que ficamos desanimados. Mas tenhamos a certeza, sempre haverá os fiéis, como na época de Elias, os 7 mil que não dobraram seus joelhos a Baal. (1 Reis 19:18).

Portanto, esta promessa feita no último capítulo do livro de Ezequiel também é nossa, pois um dia cada seguidor fiel de Jesus habitará a cidade “O Senhor está ali”.

“Não vi nenhum santuário na cidade, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa do sol nem da lua para lhe dar claridade, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada.” – Apocalipse 21:22-23

A profecia de hoje já foi cumprida parcialmente, quando o povo de Deus voltou para seu lar. Será cumprida totalmente, em nós, na volta gloriosa do Senhor Jesus.

“Todos estes, mesmo tendo obtido bom testemunho por meio da fé, não obtiveram a concretização da promessa, porque Deus tinha previsto algo melhor para nós, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados.” – Hebreus 11:39-40

Que alegria! Que motivação esta verdade bíblica me dá para cada novo dia.

Até sábado próximo, permitindo Deus, nesta nossa viagem nas páginas das Escrituras Sagradas, agora no livro de Daniel.

 

A INTEGRIDADE QUE DEUS ESPERA

A INTEGRIDADE QUE DEUS ESPERA

“Em seu meio, desprezam o pai e a mãe, praticam extorsões contra o estrangeiro e são injustos com o órfão e a viúva.” – Ezequiel 22:7

“Em seu meio, homens têm relações com a mulher do próprio pai e abusam da mulher no período da sua menstruação. Um comete abominação com a mulher do seu próximo, outro contamina vergonhosamente a sua nora, e outro abusa da sua irmã, filha de seu pai. Em seu meio, aceitam suborno para derramar sangue. Você emprestou com usura e cobrou juros. Você explorou o seu próximo com extorsão. Mas de mim você se esqueceu, diz o Senhor Deus.” – Ezequiel 22:10-12

“Os seus sacerdotes transgridem a minha lei e profanam as minhas coisas santas. Não fazem distinção entre o santo e o profano e não ensinam a diferença entre o puro e o impuro. Não respeitam os meus sábados, e assim sou profanado no meio deles.” – Ezequiel 22:26

“O povo da terra pratica extorsão e anda roubando. Fazem violência aos pobres e necessitados, e injustamente oprimem os estrangeiros.” – Ezequiel 22:29

O texto desta semana, escrito na época do exílio de Israel, mostra a pessoa que Deus procura, isto é, uma pessoa íntegra em todas as áreas de sua vida e não somente uma pessoa religiosa.

Jerusalém será castigada exatamente porque Deus não encontrou no meio dela sequer um homem íntegro (vs. 30), que pudesse interceder pela cidade.

A integridade envolve, sim, buscar a Deus, através de um constante contato com ele, na época de Ezequiel, na guarda do sábado. Hoje o povo de Deus reúne-se semanalmente no primeiro dia da semana, para celebrar a ceia do Senhor, porque este foi o dia da ressurreição do Senhor Jesus Cristo.

Porém, servir a Deus é muito mais do que isso. Vejamos algumas das áreas destacadas no capítulo de hoje:

  1. Amar os pais, não explorar o necessitado, no Velho Testamento, representando pelo órfão e pela viúva. A pessoa de Deus tem valores morais e religiosos, sim, mas também tem valores sociais. E a sociedade que é influenciada por Deus também se mostra valorizando tais valores, de cuidar do vulnerável e do mais fraco.
  1. Sim, há valores morais, com uma vida sexual da maneira como Deus quer: o homem e sua mulher na constância do casamento, O que ultrapassar isso é desaprovado por Deus. Lembrei da igreja em Corinto onde um homem atreveu-se a possuir a mulher do próprio pai (1 Coríntios 5). O afastamento de Deus faz as pessoas desvirtuarem tudo de bom que Deus criou, e a sexualidade é uma delas. Vivemos dias assim atualmente.
  1. Naquela época, os sacerdotes, que deviam ensinar o povo a diferença entre o santo do profano, o certo do errado, o puro do impuro, não faziam isso. Hoje em dia vemos muitos líderes religiosos apenas interessados em dinheiro e poder e não em orientar as pessoas para que vivam da maneira como o Senhor deseja. Muitos, como costumo dizer, parecem palestrantes de autoajuda, apenas interessados em levantar o ego das pessoas. Não mostram a maneira certa de viver, baseada nas Escrituras Sagradas (2 Timóteo 3:16-17).

Para finalizar, quero destacar que o Senhor Deus não muda, ao contrário da sociedade. Não é a vontade de Deus que se amolda à cultura é a cultura que deve se amoldar a vontade de Deus. Vejamos como o mesmo texto de hoje é repetido no Novo Testamento:

“A religião pura e sem mácula para com o nosso Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo.” – Tiago 1:27

Seguir a Jesus deve nos levar a sermos íntegros, em todas as áreas de nossa vida e não somente naqueles que temos facilidade ou nos é conveniente.


NÃO ESPERE DEUS SE RETIRAR DESTE MUNDO

NÃO ESPERE DEUS SE RETIRAR DESTE MUNDO

“Então a glória do Senhor se levantou de sobre o querubim e foi para a entrada do templo. O templo se encheu da nuvem, e o átrio ficou cheio do brilho da glória do Senhor.” – Ezequiel 10:4

“Então a glória do Senhor saiu da entrada do templo e parou sobre os querubins.” – Ezequiel 10:18

Este capítulo do livro de Ezequiel, cheio de visões do profeta, lembra muito parte do livro de Daniel e o livro de Apocalipse. Que privilégio e responsabilidade tiveram esses servos de Deus!

No texto de hoje a glória de Deus, que representava a presença do Senhor no meio do seu povo, aos pouquinhos, vai se retirando do templo de Israel.

Por muito tempo os moradores de Jerusalém pensaram que a cidade jamais seria invadida, pois ali estava o templo. Puro engano. O que dava importância ao templo era a presença de Deus, que protegia a nação. Foi esta a oração que Salomão fez quando da inauguração do templo.

“Que os teus olhos estejam abertos noite e dia sobre este templo, sobre este lugar do qual disseste: “O meu nome estará ali”, para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar.” – 1 Reis 8:29

Por diversas vezes Salomão pronunciou a palavra “ouve”, pedindo a Deus que, do templo, sempre ouvisse o seu povo. Na realidade desde a construção do tabernáculo, em Êxodo 40, Deus sempre se fez presente no meio do seu povo. Agora o Senhor abandona o templo.

A forma de Deus abandonar, aos pouquinhos, transmite a ideia de que Ele deu todas as chances possíveis para que Israel se arrependesse. Agora o Senhor abandona o povo pecador, e a nação será destruída pelos babilônicos.

No Novo Testamento Deus habita no meio do seu povo, a igreja de Jesus. E através da igreja Jesus faz conhecer diante de todo o mundo a sabedoria de Deus. E o povo de Deus é a luz que ilumina o mundo, o sal da terra, que dá sabor, mas também não permite que o mundo se deteriore de uma vez (Mateus 5:14-16).

Como aconteceu na época de Ezequiel, no momento certo determinado por Deus, a igreja será retirada deste mundo, o próprio mundo físico será destruído e os rebeldes a Deus irão habitar uma realidade no qual inexiste a presença do Senhor, a glória dele (2 Tessalonicenses 1:9-10). A Bíblia chama esta realidade terrível de inferno (Mateus 25:41 e 46).

Enquanto Jesus não volta com o Juízo Final, a igreja do Senhor continua a crescer e levar para seu interior os outrora cativos de Satanás, arrependidos e libertos, transportados do reino das trevas para o reino da luz.

“Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado.” – Colossenses 1:13

Hoje é mais um dia para vivermos nos aproximando de Deus, andando à sombra do Onipotente. Pois desta decisão de nos aproximarmos de Deus hoje irá depender passarmos a eternidade junto a glória de Deus ou totalmente afastados dela.

Meu desejo sincero é passar com você, meu irmão, meu amigo, a eternidade ao lado de nosso Criador.

SEJAMOS O REMANESCENTE FIEL

SEJAMOS O REMANESCENTE FIEL

“A glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, indo até a entrada do templo. E o Senhor clamou ao homem vestido de linho, que tinha o estojo de escriba à cintura, e lhe disse: — Passe pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marque com um sinal a testa daqueles que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela.” – Ezequiel 9:3-4.

“Matem os velhos, os jovens, as moças, as crianças e as mulheres, até exterminá-los. Mas não se aproximem de ninguém que tiver o sinal na testa. Comecem pelo meu santuário. Então começaram pelos anciãos que estavam diante do templo.” – Ezequiel 9:6.

Enquanto Nabucodonosor e o exército da Babilônia destruía a cidade de Jerusalém, conforme relatado em 2 Crônicas 36:17, ao profeta Ezequiel era mostrado que a guerra não era humana, mas era Deus castigando o seu povo.

De habitante do templo e protetor do seu povo, é o próprio Deus que comanda o ataque através de 6 anjos e um ser celestial diferente (seria Jesus antes da encarnação?). 

A ordem do Senhor era clara: matar a todos, não importava a idade e nem mesmo a intercessão de Ezequiel parou com a matança. Apenas uma pequena parte, o remanescente, teve a testa marcada com um sinal, e que seria poupada da destruição. Estes seriam levados para a Babilônia vivos e sua vida seria o despojo, conforme dito pelo profeta Jeremias (39:18 e 45:5).

Quero chamar a atenção ao motivo pelo qual aquelas pessoas foram poupadas e marcadas na testa: “Passe pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marque com um sinal a testa daqueles que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela”. Essas pessoas não concordavam com o pecado reinante em Jerusalém e por isso gemiam, isto é, sofriam em razão dos pecados cometidos, isto é, foram felizes, porque antes choravam pelos pecadores, algo encontrado em Mateus 5:4 nas bem-aventuranças.

Na Bíblia, no meio da maioria rebelde e pecadora, sempre há aqueles que a despeito da maioria, se mantém fiéis: Noé, no meio do mundo pecador de sua época (Gênesis 7:1), Ló, no meio de uma cidade corrompida (2 Pedro 2:7), os israelitas perante um grande número que adorava o bezerro de ouro (Gênesis 32:26), os 7 mil fiéis reconhecidos por Deus na época de Elias (1 Reis 19:18). 

Desta maneira, quero enfatizar que quando deixamos de pecar, mesmo indo contra a maioria, podemos ter certeza, os olhos de Deus e seu rosto viram-se para nós em satisfação. Vale a pena permanecermos fiéis ao Senhor.

Outra aplicação que gostaria de destacar é que podemos escolher ter Deus como nosso amigo ou nosso inimigo, é uma decisão nossa. O texto de hoje mostra Deus como o responsável pela matança feita em Israel, saindo de sua condição de protetor da nação para inimigo e algoz. 

Hoje Deus nos presenteia com a possibilidade de termos Jesus como a propiciação ou aplacador de sua ira por nossos pecados. É decisão nossa segui-lo e tê-lo como nosso advogado. Será terrível comparecer ao trono de Deus no dia do Juízo Final, desacompanhado do advogado Jesus (João 3:36 e 1 João 2:1).

Finalmente, o texto de hoje lembrou de algo escrito pelo apóstolo Pedro:

“Porque chegou o tempo de começar o juízo pela casa de Deus; e, se começa por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E, ‘se é com dificuldade que o justo é salvo, que será do ímpio e do pecador?” – 1 Pedro 4:17-18

Um dia o Senhor Deus se retirou do templo de Israel. Um dia Deus se retirará completamente daqueles que hoje lhe são rebeldes, não terão sequer algo da presença de Deus, banidos de sua presença. É isto que o Novo Testamento chama de inferno. 

Hoje as portas dos céus estão abertas, com o caminho que nos leva direto para o céu. Este caminho e esta porta têm nome, Jesus Cristo, ÚNICO caminho para nos livrar de todo o Juízo que um dia chegará à terra.

Já estamos caminhando por esse caminho? É a pergunta final que faço. 

APARÊNCIA RELIGIOSA OU ESTILO DE VIDA?

APARÊNCIA RELIGIOSA OU ESTILO DE VIDA?

“No sexto ano, no sexto mês, aos cinco dias do mês, quando eu estava sentado em minha casa e os anciãos de Judá estavam sentados diante de mim, aconteceu que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim.” – Ezequiel 8:1

“Eis que ali estava a glória do Deus de Israel, como na visão que eu tive no vale.” – Ezequiel 8:4

“Então me disse: — Filho do homem, você está vendo o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um na sua sala de imagens? Pois dizem: ‘O Senhor não nos vê, o Senhor abandonou a terra.'” – Ezequiel 8:12

O livro de Ezequiel é repleto de visões que o profeta tem com Deus. Nesta visão ele vê um ser celestial que mostra a glória de Deus. No Velho Testamento trata-se da presença especial e visível de Deus.

Porém, o que chama a atenção no texto de hoje é a revelação feita a Ezequiel dos pecados cometidos pela nação, razão de sua deportação para a Babilônia. Eles cultuam imagens dos deuses das nações e adoram ao próprio sol (vs. 16-b).

Deus mostra no texto de hoje que os anciãos de Israel vivem apenas de aparência religiosa, mas, às escondidas, isto é, nas trevas, prestam culto também aos deuses falsos das nações vizinhas. A idolatria foi um dos grandes responsáveis pelo exílio babilônico. A alegação desses profetas é que Deus não vê tudo o que eles fazem.

Eis a grande diferença de uma vida apenas religiosa daquela integralmente vivida para Deus. Uma vida religiosa normalmente é apenas aparente e resume-se aos momentos de celebração, aos ritos, tais como, estar presente no culto, ofertar, participar da ceia do Senhor.

A vida integralmente dedicada a Deus também faz com que o adorador esteja presente nas reuniões, faça todos esses ritos, porém, eles são consequências de uma vida dedicada a Deus em todas as outras áreas da vida. É um estilo de vida, presente na vida todos os dias.

O motivo de uma vida assim, piedosa, santa, mas também transparente o suficiente para reconhecer onde está errando, vem de um profundo amor, mas também temor e reverência de Deus. Há vários textos na Bíblia que nos incentivam a viver na integridade cristã, mas o meu predileto é este:

“Afaste-se do mal e pratique o bem, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam o mal.” – 1 Pedro 3:11-12

A certeza da presença Deus diária nos olhando deve criar em nós uma vida transparente com relação aos nossos pecados, confessando-os a Deus (1 João 1:9) e, quando necessário, também aos irmãos em Cristo (Tiago 5:16).

No tempo de Ezequiel, os anciãos, que deveriam zelar pelo bem-estar espiritual da nação, pecavam contra Deus às escondidas, nas trevas, enganando-se, pensando que Deus não conhecia suas atitudes.

No domingo os discípulos de Jesus reúnem-se para celebrar ao seu Senhor, em especial quando participam da ceia do Senhor, que representa a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus.

Que na segunda-feira a celebração a Deus continue através de uma vida dedicada a Ele, porque sabemos que seus olhos continuam a repousar sobre nós e que todos os dias vivamos à sombra do Onipotente Deus (Salmo 91:1).

VIVEMOS O QUE PREGAMOS E PREGAMOS O QUE VIVEMOS?

“Então pus jarras cheias de vinho e copos diante dos filhos da casa dos recabitas e lhes disse: — Bebam! Mas eles disseram: — Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ordenou: “Nunca bebam vinho, nem vocês nem os seus filhos.” – Jeremias 35:5-6

O capítulo de hoje tem como título na versão da minha Bíblia, “o exemplo dos recabitas”, povo nômade que habitou Israel.

Deus manda que Jeremias lhes ofereça vinho e eles dizem que não beberão, pois assim foram ensinados. Deus, então, utiliza essa coerência na vida dos recabitas para condenar a desobediência de Judá, que há séculos era ensinado pelo próprio Deus através dos profetas que ele enviava e mesmo assim vivia em constante rebeldia aos ensinos do Senhor. Afirmava ser o povo de Deus, mas não vivia de acordo com essa condição.

De fato, se há algo elogiável numa pessoa é a coerência entre aquilo que ela diz ser e valorizar e suas atitudes no dia a dia. Conheço pessoas que, por seus valores, até mesmo sofrem, perdem financeiramente, mas mantém a coerência entre o que dizem ser e o comportamento, isto é, a maneira em que vivem.

É o que o Senhor Jesus espera ver em nós nas palavras ditas no evangelho de Mateus:

“— Nem todo o que me diz: “Senhor, Senhor!” entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” – Mateus 7:21

Por outro lado, Deus condenou os religiosos de sua época, os fariseus, exatamente pela incoerência que havia entre o discurso daqueles e a maneira como viviam. Por isso foram chamados de hipócritas ou atores, apenas representavam um papel.

“Então Jesus falou às multidões e aos seus discípulos: — Na cadeira de Moisés se assentaram os escribas e os fariseus. Portanto, façam e observem tudo o que eles disserem a vocês, mas não os imitem em suas obras; porque dizem e não fazem.” – Mateus 23:1-3

Sim, temos um nome a zelar, somos cristãos, isto é, pessoas que decidiram um dia serem discípulos de Jesus (Atos 11:26) e viverem conforme os seus mandamentos e seu exemplo de vida.

Porém, nem sempre, infelizmente, vemos cristãos vivendo de acordo com aquilo que são ou pelo menos dizem ser. Quando é conveniente, deixam de lado seus valores e vivem como os pagãos. Nosso Mestre, Jesus Cristo, quer ver em nós frutos, isto é, ações que condizem com aquilo que somos, filhos de Deus e seguidores de Jesus.

“Ao verem a ousadia de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, ficaram admirados; e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” – Atos 4:13

Vejam que texto maravilhoso. A maneira de Pedro e João agirem os denunciava como sendo pessoas que haviam estado com Jesus, isto é, suas vidas atestaram a influência do Mestre.

Claro que não estou falando de perfeição, isso somente no céu. Mas, viver em coerência é buscar obedecer os mandamentos do Mestre e, quando falhamos, termos a humildade para reconhecer. Isto é, aquilo que falamos deve ser cada vez mais próximo daquilo que vivemos.

Que sejamos pessoas coerentes entre aquilo que dizemos ser (filhos de Deus e seguidores de Jesus). Que nossos valores vividos mostrem isso em nossa maneira de proceder, mostrando a coerência entre a fé que dizemos ter e nossas atitudes no nosso dia a dia.

SEJAMOS FIÉIS COMO O PROFETA JEREMIAS

“Antes de formá-lo no ventre materno, eu já o conhecia; e, antes de você nascer, eu o consagrei e constituí profeta às nações.”

Então eu disse: — Ah! Senhor Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança. Mas o Senhor me disse: ‘Não diga: ‘Não passo de uma criança.’ Porque a todos a quem eu o enviar, você irá; e tudo o que eu lhe ordenar, você falará. Não tenha medo de ninguém, porque eu estou com você para livrá-lo’, diz o Senhor. Depois, o Senhor estendeu a mão e tocou na minha boca. E o Senhor me disse: “Eis que ponho as minhas palavras na sua boca.” – Jeremias 1:5-9

“Você, Jeremias, prepare-se e vá dizer-lhes tudo o que eu ordenar a você. Não se assuste por causa deles, para que eu não tenha de fazer com que você fique assustado na presença deles.” – Jeremias 1:17

“Eles lutarão contra você, mas não conseguirão derrotá-lo; porque eu estou com você para livrá-lo, diz o Senhor.” – Jeremias 1:19

Estou lendo o livro de Jeremias, profeta cujo ministério durou do ano 627 até cerca de 586 AC. Portanto, ele foi o mensageiro de Deus por cerca de 40 anos e destaca-se a maneira fiel como falou a Palavra de Deus, mesmo sendo duramente castigado e perseguido por seus contemporâneos que não desejavam ouvir a Palavra de Deus, mas aquilo que lhes fosse conveniente.

Jeremias está entre aqueles sobre os quais a Bíblia diz que foram escolhidos antes do ventre materno como João Batista (Lucas 1:15) e Paulo (Gálatas 1:15).

Quando o profeta diz que não passa de uma criança, ele demonstra não somente humildade, mas relata o fato de ser mesmo muito jovem, ainda dependente de seus pais quando foi escolhido por Deus.

Da mesma forma como aconteceu com Isaías (Isaías 6), Jeremias é chamado por Deus e recebe a Palavra dele para falar não somente a Judá, mas também às nações. Por isso alguns chamam Jeremias de profeta às nações,

A ordem de Deus é que fale somente o que for a Palavra do Senhor, mesmo que para isso tenha que ser perseguido e, de fato, será. A promessa de Deus é que o Senhor o protegerá, pois o Senhor está com Ele. Lembra que algo semelhante Jesus disse a Paulo:

“Certa noite Paulo teve uma visão em que o Senhor lhe disse: — Não tenha medo! Pelo contrário, fale e não fique calado, porque eu estou com você, e ninguém ousará lhe fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.” – Atos 18:9-10

No entanto, ser protegido por Deus não significa ser livre de todos os sofrimentos. Muitos chamam Jeremias de “o profeta chorão” exatamente porque ele sofreu muito durante o seu ministério e sua mensagem foi rejeitada pela grande maioria da nação. Seu maior sofrimento foi a rejeição do seu povo quanto a mensagem que ele pregava.

Quero destacar 4 lições que podemos aprender no capítulo 1 do livro:

1. Deus deseja nos chamar para servi-lo na pregação do evangelho. E ao fazer isso o Senhor irá nos equipar e preparar. Aliás, nossa preparação é todos os dias nos aprofundarmos não somente na leitura, mas especialmente no estudo da Bíblia. O cristão tem o Espírito Santo que o guiará em toda a verdade de Deus. Mas não fará isso sem que haja tempo investido na leitura, reflexão e memorização da Palavra de Deus.

2. O Senhor nos sustentará e nos fornecerá todo o necessário para a nossa missão. Desde que entendamos que o Senhor nos garante “o pão nosso de cada dia”. Que ser servidor de Deus não vai enriquecer ninguém, pois a fome do verdadeiro discípulo de Jesus consiste em fazer a vontade do seu Pai celestial (João 4:24). A mesma fome que seu Senhor, Jesus, teve.

3. Devemos ensinar somente aquilo que Deus nos revela em Sua Palava e mais nada. Eis algo desafiante e sério. Deus coloca vidas sob nossa responsabilidade e o destino eterno delas está em ensinarmos a pura e verdadeira Palavra de Deus. Somente isso. Mais uma vez exige de nós, seguidores de Deus, diligência e dedicação em tudo o que falamos e especialmente se nossa vida reflete aquilo que ensinamos. Além da humildade para promovermos a Deus e não nós mesmos.

4. Finalmente, o fato de nossa mensagem ser rejeita não mostra um problema em nós, mas no ouvinte, nem sempre disposto a fazer a vontade de Deus. Nossa parte é ensinar a mensagem. Ensinar falando e com a vida vivendo a Palavra. O resto é entre Deus e a pessoa a quem ensinamos. Lembremo-nos que dos 4 tipos de ouvintes, somente um cresce e frutifica, conformo nos ensina Jesus na parábola do semeador (Marcos 4:1-20).

Toda a minha leitura de Jeremias estou compartilhando nas redes sociais Whatsap e Facebook. Serão 51 dias úteis lendo, refletindo e meditando na Palavra de Deus que é nossa, dada pelo Senhor através do seu fiel profeta, Jeremias. Com certeza seremos muito abençoados.

FIÉIS NUM MUNDO LONGE DE DEUS

A porta da perdição é larga, o caminho é repleto de acompanhantes, fácil de andar. Nem precisamos tomar alguma decisão. A não decisão, ficarmos encima do muro é o suficiente para entrar nele.

“Entrem pela porta estreita! Porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela. Estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que o encontram.” – Mateus 7:13-14

Porém, o caminho da salvação é estreito, a porta da salvação é apertada, não é muito frequentado, às vezes nos sentiremos solitários, parece que estaremos remando contra a maré. 

Mas a história bíblica é assim: a maioria sempre decidiu ficar longe de Deus e sua vontade. No entanto, sempre houve uma minoria, o “toco”, o “pequeno resto”, o remanescente (Isaías 6:13 e Isaías 49) – que decidiu pelo Senhor – os chamados heróis da fé (Hebreus 11).

Excluindo Jesus, nosso modelo perfeito, quem é seu exemplo na Bíblia? Quem é a pessoa que, como nós, humanos, que permaneceu fiél, mesmo contrariando a maioria de sua época que ia contra Deus?

Poderia citar vários, mas gosto do exemplo de Noé, elogiado pelo próprio Deus:

“O Senhor disse a Noé: — Entre na arca, você e toda a sua família, porque reconheço que você tem sido justo diante de mim no meio desta geração.” – Gênesis 7:1

O elogio de Deus a Noé mostra que é possível ser diferente, decidir obedecer ao Senhor, mesmo vivendo num mundo onde a maioria está afastada do Senhor. 

Gostaria de deixar 9 dicas de como permanecermos firmes até o fim.

9 DICAS PARA PERMANECERMOS FIÉIS A JESUS, ATÉ O FIM!

1. Fixemos os olhos em Jesus, olhando para Ele como aquele que trouxe e viveu a verdade.

“Olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, sem se importar com a vergonha, e agora está sentado à direita do trono de Deus.” – Hebreus 12:2

Na vida cristã somos ajudados por muitas pessoas e é importante valorizar e reconhecer isso. Mas somente Jesus é nosso modelo perfeito.

Muitos irmãos em Cristo, amigos, são pessoas  que nos ajudam, mas todos têm suas imperfeições.

A decepção com pessoas já tirou muitos do caminho de Cristo. Mesmo na igreja, infelizmente, há pedra de tropeço, há o joio no meio do trigo. Mesmo os convertidos e comprometidos, às vezes, mesmo sem querer, podem fazer alguém tropeçar.

Com Jesus é diferente, Ele tem a verdade de Deus. Mas Ele viveu também esta verdade. Nos meus quase 33 anos de vida cristã esta é uma das bases para permenacer fiel a Deus, olhar para Jesus, ver os seus ensinos, mas também o seu exemplo perfeito de vida. Isso tem me motivado muito.

Tive quedas, decepções comigo mesmo, com outros, mas Jesus jamais me decepcionou. E Ele sempre é minha grande motivação de vida. E diria que o motivo principal para permanecer.

2. Submetamos nossas vontades e emoções à Palavra de Deus. Decidamos obedecer a Palavra, mesmo quando não sentimos vontade. 

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” – João 17:17

“Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” – 1 Coríntios 9:27

Uma frase que ouço muito entre os jove: “Não gosto”, “não estou a fim”, “não quero”.

Imaginemos, no Getsêmani, Jesus dizendo isto. Ele foi tentado a dizer. Mas permaneceu firme na vontade de Deus até o fim (Marcos 14:36).

Não é hipocrisia fazer o que não temos vontade de fazer quando é o que Deus manda ou mesmo o que vai nos fazer bem. Isso é maturidade.

Arrisquemos a fazer do jeito que Deus manda na Palavra dele e veremos.

“Está escrito” foi a frase utilizada por Jesus para vencer Satanás durante a tentação de 40 dias em Mateus 4:1-11. É esta frase que nos ajudará a vencer também.

“Estou tentado”, “estou a fim de fazer isso”, “minhas emoções e sentimentos querem que faça”, mas “está escrito: ‘NÃO FAÇA!’” e por isso não farei.

Ou o contrário: “Preciso fazer isso”, mas minhas emoções dizem o contrário. “Está escrito: ‘FAÇA’”, portanto, farei.

Para isso precisamos ler a Bíblia com regularidade e sermo fiéis na pregação do evangelho, pois uma das armas de Deus é “calçarmos os pés com a preparação do evangelho da paz” (Efésios 6:15). Pregando a  Palavra de Deus a outros ela voltará para nós, nos santificará e nos forticará.

3. Conheçamos cada vez mais nossos pontos fortes e fracos, trabalhemos  neles e especialmente vigiemos quanto aos pontos fracos. 

— Simão, Simão, eis que Satanás pediu para peneirar vocês como trigo!
Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando voltar para mim, fortaleça os seus irmãos. Porém Pedro respondeu: — Estou pronto para ir com o Senhor, tanto para a prisão como para a morte.” – Lucas 22:31-32

Pedro tinha boas intenções, mas não se conhecia o suficiente. Responda para você mesmo: “O que poderia derrubar você na vida cristã?”. Descubra e vigie sobre essas vulnerabilidades.

Há pontos fracos nossos que vieram da infância, na formação da nossa personalidade. Exemplos: pessoas sensíveis demais, pessoas carentes demais, pessoas infuenciadas em excesso, não sabem dizer não, entre tantas outras fraqueza…

“Conheça-te a ti mesmo”, disse Sócrate. Na vida cristã o autoconhecimento é muito importante para evitarmos as quedas.

“Não nos deixeis cair em tentação” é parte da oração do Pai Nosso (Mateus 6:13). Mas conheçer quais as tentações que sabemos que teremos mais dificuldade para vencer é sábio. E especialmente ficarmos longe delas.

Exemplo: as as rede sociais em si não são erradas, mas podem ser uma tentação para abrir nossa mente para o mal.

4. Sejamos humildes e aceitemos o “pitaco” daqueles que nos amam e são comprometidos com Jesus e também vivem esse desafio de permanecer fiéis. Tenhamos “mentores” de carne e osso na nossa vida.

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros, para que vocês sejam curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” – Tiago 5:16-17

A própria existência da igreja mostra a sabedoria de Deus. Sozinhos iremos cair, com o grupo de irmãos em Ciristo e liderados por Jesus jamais cairemos. Em minha juventude eu fiz questão de ter alguns irmãos mais velhos que me ajudaram muito.

Permitamos que pessoas maduras e sábias possam nos dar sugestões. Ante as tentações procuremos a ajuda dessas pessoas, especialmente dos pais e irmãos em Cristo confiáveis e maduros.

5. Cuidado com quem permitimos que influenciem a nossa vida. Ninguém é imune a uma influência. As pessoas que permitimos maior proximidade de nós, são elas que mais irão nos influenciar. 

Vocês são o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte.” – Mateus 5:13-14

As amizades pode ser bençãos ou nos atrapalhar muito. Tenhamos muitos amigos no corpo de Cristo, que serão boa influência em nossa vida.

Os não cristãos podem ser nossos amigos, mas, eles não conhecem a mesma verdade que nós. Nosso papel é influenciá-los para o caminho de Jesus, pois somos luzeiros de Deus num mundo que jaz na escuridão (Filipenses 2:15).

6. Na caminhada com Jesus quedas acontecerão. Caiamos, levantemo-nos, aceitemos ajuda e continuemos em frente.

Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” – 1 João 1:7

Nenhum de nós é perfeito, Jesus morreu por nós em razão disso. Façamos de tudo não cairmos, não pecarmos. Mas, se pecarmos e cairmos, peçamos perdão, arrependemo-nos e saibamos que não existe pecado imperdoável. Somente não ter Jesus como Senhor ou abandoná-lo é imperdoável. Nos demais pecados, sofreremos as consequências, mas, uma vez arrependidos, Deus será como o pai na parábola do filho perdido de Lucas 15, sempre pronto a nos receber, perdoar, curar e dar-nos uma nova chance. Será assim até a volta do nosso Senhor Jesus. Às vezes desistimos de nós – esquecendo que Deus JAMAIS desistirá. Os outros podem desistir de nós, Deus jamais. Enquanto estivermos vivos podemos correr para os braços do Pai.

7. Vivamos na luz, onde aquilo que professamos é cada vez mais parecido com aquilo que vivemos. Sejamos transparentes quanto a nossos pontos fracos e aceitemos ajuda. 

Se andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” – 1 João 1:7

“Seja como for, andemos de acordo com o que já alcançamos.” – Filipenses 3:16

Não precisamos “parecer” santos demais. Deus nos conhece bem. Andar na luz é viver de acordo com o que somos, com nossa espiritualidade, não a dos outros. É haver uma coerência cada vez maior entre o que conhecemos, falarmos, ensinarmos e vivemos. O hipócrita na Bíblia é o fingido. O pecador que reconhece suas fraquezas, pede perdão e compaixão de Deus sempre é acolhido pelo Senhor (Lucas 18:13-14)

8. Confiemos no poder do Espírito Santo que habita em nós.

Se em vocês habita o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também o corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.” – Romanos 8:11

“Não sobreveio a vocês nenhuma tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar; pelo contrário, juntamente com a tentação proverá livramento, para que vocês a possam suportar.” – 1 Coríntios 10:13

Uma vez que nascemos de novo, somos habitados pelo Espírito Santo. Tenhamos a certeza: Deus e sua força sobrenatural habitam dentro de nós, nos capacitando a vencer tudo.

Podemos dizer: “Eu não consigo”. Deus responde: “Consegue, sim, vencer tudo, pois Eu estou com você e vou lhe ajudar”.

9. Não tenhamos medo de sermos o único, sozinhos às vezes. Jesus viveu esta situação. Os heróis da fé também. 

Mas, agora, desejam uma pátria superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus, porque lhes preparou uma cidade.” – Hebreus 11:16

“O mundo não era digno deles. Andaram errantes pelos desertos, pelos montes, pelas covas, pelos antros da terra.” – Hebreus 11:38

Os heróis da fé em muitos momentos sentiram-se sozinhos. Na escola, com os amigos, no trabalho, em casa e, às vezes e infelizmente, até mesmo com irmãos em Cristo, poderemos estar sozinhos e precisaremos ter coragem de assumir uma posição firne por Jesus.

Vamos nos lembrar de novo: na estrada que leva à salvação, às vezes estaremos sozinhos. Talvez os amigos, parentes e até mesmo alguns irmãos em Cristo, estarão trilhando o caminho largo. Lembremo-nos, porém, desta promessa feita por Jesus:

“E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” – Mateus 28:20

Que estas dicas e a certeza da presença do Senhor nos motive a permanecermos firmes e fiéis. Até o fim!

Como Ser Fiel a Cristo

INTRODUÇÃO

“Abraão viveu cento e setenta e cinco anos. Morreu em boa velhice, em idade bem avançada, e foi reunido aos seus antepassados” – Gênesis 25:7-8

“Sê fiel até a morte”, além de ser parte de Apocalipse 2:10 é um hino que cantamos após os batismos nas igrejas de Cristo em Guarulhos. Costumo dizer que mais desafiador do que confessar Jesus como Senhor é permanecer fiel a esta confissão, como Abraão, chamado por Deus aos 75 anos e fiel a ele por 100 anos. A boa velhice ou ditosa velhice (ARA) significa não somente começar bem, mas, principalmente, terminar bem a carreira espiritual.

Lembro-me daquele sábado frio, 20 de agosto de 1988, quando desci às águas. De lá para cá foram muitas provas e tenho aplicado as ideias que seguem em minha vida para poder, com a graça de Deus, neste ano de 2018, chegar ao 30º ano de vida cristã:

1 – NUNCA TIRAR OS OLHOS DE JESUS

“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.” – Hebreus 12:1-2

Por que celebramos a ceia do Senhor? Porque ali é mostrada a miséria de onde fomos tirados. Precisou Jesus morrer na cruz para pagar um preço impossível de pagarmos. O livro de Hebreus diz que Jesus é o Autor e Consumador de nossa fé – começa nele e termina nele. Podemos ficar desanimados ao olhar os nossos próprios pecados, os pecados dos outros, os problemas da vida – não é fácil viver neste mundo violento e injusto. Mas podemos olhar para as Palavras de Jesus: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mateus 28:20).

2 – LEVAR A SÉRIO O DIABO E O PECADO

“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” – Tiago 4:7
“Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue.” – Hebreus 12:4

Sem a ajuda de Deus somos frágeis, fracos nas garras do diabo. Lá no QG do diabo há uma placa com a minha e sua foto: “Procura-se. De preferência, morto!”

Sim, o pecado é algo sério, não podemos dar brecha… É aquela diversão sem importância… É aquele pecadinho que não vai prejudicar… Tudo o que Deus chama de pecado, é pecado e pode levar-nos ao inferno.

Vivemos uma luta de vida e morte contra o pecado (Hebreus 12:4) e Satanás não brinca em serviço: é astuto, é perigoso, quer nos fazer mal…

Sim, o diabo existe, está agindo e precisamos vigiar e resistir às investidas dele.

3 – RECONHECER E CONFESSAR AS FRAQUEZAS

“Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” – Tiago 5:16

Esta frase me acompanha: “Oro para que Deus não permita que meu coração fique cheio de incredulidade e eu abandone a Ele”.

Sim, em Cristo nascemos de novo, somos novas criaturas, temos a habitação do Espírito, mesmo assim.,. somos seres humanos portadores de uma natureza decaída – assim, precisamos vigiar.

Alguém já disse: “Quanto maior a altura, maior a queda”. Grandes homens caíram quando estavam no topo em suas vidas com Deus. É só pensar nos exemplos da Davi, Pedro, entre outros. Fico com medo quando vejo uma pessoa muito cheia de santidade, de perfeição. Penso: “Isto não vai acabar bem”.

Alguns de nós preferimos viver uma vida secreta, não confia, não confessa e por isso caem. A Bíblia nos incentiva a reconhecer e confessar nossos pecados não somente a Deus, mas uns aos outros (1 João 1:7-10).

4 – UTILIZAR AS ARMAS DADAS POR DEUS

Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. – Efésios 6:10-12

Não podemos ser ingênuos, estamos numa guerra espiritual e, desarmados, somos presas fáceis. Quais são as armas de Deus? A Sua Palavra, lida e meditada diariamente, a oração orada todos os dias, o poder do Espírito Santo. Como é difícil perseverar em oração, é uma verdadeira guerra num mundo cheio de atividades e compromissos. Respondamos: quantos dias alimentei-me da Palavra esta semana? Quantas vezes parei para falar com o Senhor?

5 – ENTENDER QUE FORA DA IGREJA NÃO HÁ VIDA

“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” – Mateus 16:18

Alguém enfraquecendo na fé, o primeiro sintoma é o desânimo em estar com os irmãos, participar das reuniões, servir, começa a criticar todos… Cuidado, é arma do diabo para afastar da fortaleza de Deus.

A igreja é fortaleza para proteção – contra as setas do diabo, encontramos no carinho, nos conselhos dos irmãos, na palavra pregada, antídoto contra o mal.

A igreja é fortaleza que nos cura – da arrogância, do orgulho, do complexo de inferioridade, de nossas neuroses – somos pacientes do único médico, Jesus Cristo.

A igreja é fortaleza que nos protege do mal – podemos criar melhor nossos filhos, ter uma família mais estabilizada, ter em casamento melhor.

A igreja é fortaleza que ataca as forças do mal e tira os que lá estão prisioneiros – “tendo os pés calçados com a prontidão do evangelho da paz” (Efésios 6:15) – quando pregamos, somos os mais abençoados.

A igreja é fortaleza onde servimos com nossos dons – quer ficar firme? Sirva? Seja um voluntário na obra de Deus!

CONCLUSÃO

Abraão morreu aos 175 anos em abençoada velhice. Não sabemos quanto tempo viveremos, mas que cheguemos vitoriosos, pois nunca tiramos os olhos de Jesus, levamos a sério o diabo e o pecado, reconhecemos e confessamos nossas fraquezas, utilizamos as armas dadas por Deus e ficamos firmes, ligados ao reino de Deus aqui na terra, valorizando e servindo uns aos outros.

Assim jamais seremos derrotados e seremos fiéis ao Senhor. Até a morte.

Nota: artigo originalmente publicado na Revista Edificação, Maio de 2016, e publicado neste canal com autorização do editor daquela revista.