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Uma Vida de Fé e Missão: A História de Maria Luiza Toledo Dutton

História de Maria Luiza Toledo Dutton

Maria Luiza Toledo era uma jovem professora de Português nascida no interior do Estado de São Paulo. Tinha uma carreira promissora, considerando sua origem. Foi contratada por algumas famílias americanas para dar aulas de Português, e por quase um ano, tudo correu dentro do normal.

Um ano após a chegada daquelas 13 famílias, em 1962, um jovem solteiro chamado Garner chegou. Um dos missionários contou mais tarde que as famílias não foram muito favoráveis à vinda de um jovem solteiro para o trabalho tão importante que estavam prestes a desempenhar no Brasil, e, de certo modo, estavam certos e ao mesmo tempo tão errados.

Elis Long relatou que chegaram a escrever para o jovem Garner desencorajando sua vinda para o Brasil por ser um jovem solteiro. Ele respondeu educadamente, agradeceu o conselho e disse:

– Eu vou mesmo assim…

Quando Garner chegou, naturalmente começou a ter aulas com a jovem professora Maria. Logo, ele se encantou por sua inteligência, beleza ou por ambas as características juntas em uma única moça. Os anos 60 estavam ainda no começo em um país tropical como o Brasil, e a carreira daquela bela moça havia começado recentemente, mas ela correspondeu aos interesses de Garner Allen Dutton, e isso mudaria sua vida, sua eternidade e de muitas pessoas. A equipe temia perder sua professora de Português, mas o que estavam para ganhar, não tinham ideia.

Quando Allen Dutton começou a namorar Maria, aconselharam-no a não prosseguir, pois ela era católica e professora de Português da equipe, enquanto ele era um missionário da igreja de Cristo. Ele disse: 

– Agradeço o conselho, mas vou  continuar namorando…

Um dia, Maria aceitou a mensagem do evangelho e foi batizada. Conta-se que seu pai a retirou do testamento por causa dessa decisão.

Dona Maria relatou em uma entrevista que ela e Allen começaram a sair juntos, ao ponto de brincarem que ela era tão ciumenta que não o deixava sozinho. Decidiram se casar, e ela estaria na vida de Allen Dutton aqui na terra até o final e além.

No meio dessa história, novamente contrariando a equipe, foram para Porto Alegre e, Allen agradeceu o conselho e foi mesmo assim.

Por causa dessa decisão, Allen e Maria estabeleceram a igreja que subsiste até hoje no Rio Grande do Sul. Plantar igrejas era a vida deles. Além da igreja em São Paulo e Porto Alegre, também plantaram várias outras congregações no interior de São Paulo, como em Jundiaí e Itu, além de influenciar muitos eventos, como o CRE, Congresso do Nordeste e estudos intensivos em várias viagens. Allen Dutton foi um dos membros fundadores da Escola da Bíblia, segundo o Gospel Advocate, ideia que se espalhou entre as igrejas de Cristo no Brasil. Autor de vários livros que também contribuíram para a edificação de centenas ou milhares de vidas pelo país.

Um dia, Allen foi até o irmão Elis pedir sua opinião. Maria tinha herdado um terreno dos pais em Cabreúva, e eles queriam saber o que fazer com aquele terreno. Antes do fim da vida dos pais da Maria, Allen Dutton era o genro preferido deles e um grande testemunho para sua família. O pai dela colocou o nome dela novamente no testamento. Elis Long disse para o Allen Dutton:

– Olha, eu vou te dar a minha opinião, mas façam o que decidirem e tudo dará certo.

E por causa das decisões Do Allen e Maria, muitas pessoas são abençoadas até hoje. Aquele terreno, ainda hoje, serve de lar para crianças em situação de risco em Cabreúva. Tudo deu realmente muito certo.

Maria ficou viúva em 19 de outubro de 2001 e disse ter ficado completamente derreada. Allen e Maria eram muito unidos, e a doença dele impediu a continuidade do trabalho e missão da vida deles.

Dona Maria tinha fé de que as mulheres tinham uma missão importante na vida e para a igreja. Ela disse:

– Nós todas temos uma missão, mas se não soubermos qual missão temos, não saberemos como agir. Devemos estudar para agir na hora necessária.

Maria trabalhou em várias obras literárias, e um dos últimos de seus trabalhos nesta área foi a tradução do livro “Pá e Músculos”. Dona Maria sabia como agir e era professora de fé na prática e da Bíblia em casa e na igreja. No alto de seus mais de 80 anos, ainda frequentava cursos ministrados em Campinas na congregação onde seu filho Allen Dutton Jr. era evangelista. É como diz a frase: “A mão que balança o berço, domina o mundo”. Dona Maria realmente sabia que tinha uma missão e sabia como agir.

Em Janeiro de 2024, aos 93 anos de idade, dona Maria foi internada por duas semanas em São Paulo. Seus filhos, Allen, Cynthia e Priscila, conversaram com os médicos e decidiram dar todo o conforto para sua mãe, pois infelizmente o tratamento curativo não estava respondendo. Agora seria apenas um tratamento paliativo de conforto. Foi uma decisão muito difícil.

Allen Jr. escreveu em uma mensagem:

– “O grande conforto é a esperança da vida eterna com Deus. Temos essa certeza. Minha mãe é uma grande heroína da fé, através do seu exemplo, amor e dedicação ao Evangelho. Se Hebreus capítulo 11 fosse escrito hoje, o nome da minha mãe estaria lá. Foi fiel até o fim, assim como Apocalipse 2:10 nos ensina”.

Pouco antes de descansar no Senhor, sua filha Priscila, ao lado do seu leito escreveu aos inúmeros irmãos orando pela nossa irmã Maria:

– “Chegou o momento da conversa difícil com o médico. Nossas mentes já sabiam, mas nossos corações doem! Nossa mãezinha está no fim, mas só o Senhor sabe a hora! Não demorará muito! Peço que orem, pois hoje virão todos para vê-la.

Quanto orgulho tenho de ser filha dos meus pais, um casal que se amou muito, que viveu para Jesus, para a família e para os outros. Com todas as imperfeições, procuraram viver o que pregaram e combater o bom combate. Que vida linda nossa mãezinha viveu, enfrentou tudo e todos por amor a Jesus, e agora está saindo dessa vitoriosa! A paz que surpreende todo o entendimento tomou conta dos nossos corações e do coração da nossa mãezinha! É muito dolorido ver o sofrimento dela, mas o fim será lindo, como diz Apocalipse!

Obrigada por tudo que sempre foram e fizeram para os meus pais, que são um pouco de cada uma de vocês, por todo o amor, por poder contar com vocês mesmo estando longe.

Deus, na Sua infinita misericórdia e bondade, me presenteou com vocês!”

Garner Allen Dutton faleceu em 19 de Outubro de 2001 aos 67 anos de idade. Maria Luiza Toledo Dutton faleceu em 21 de 2024 aos 93 anos. Deixaram um grande legado como seus filhos cristãos ativos na obra do Senhor, congregações plantadas, influência e ensinamentos.

A missão ainda não terminou, continua viva assim como eles continuam vivos no Reino do nosso Senhor Jesus que morreu, foi sepultado e ressuscitou por todos nós. A missão está viva como a memória dos Duttons e a eternidade do nosso Senhor Jesus.

Ofertando com Alegria e Propósito

Ao longo dos dias, nos deparamos com escolhas que moldam nossa rotina, desde pequenas decisões até aquelas que têm impacto significativo em nossa jornada. Já pensou no que você faz com 7 reais durante a semana? Para alguns, esse valor é próximo do custo de uma passagem de ônibus ou de um lanche ocasional. O texto de Filipenses, capítulo 4, versículos 10 a 20, nos convida a refletir sobre a importância das ofertas e como elas podem fazer a diferença.

Paulo, em sua carta aos Filipenses, expressa gratidão pela ajuda que recebeu da igreja em Filipos, uma comunidade que contribuiu mesmo em meio à adversidade. Ele destaca que aprendeu a viver contente em todas as situações, tanto na abundância quanto na escassez. Essa atitude de contentamento, aliada à generosidade dos filipenses, é um exemplo inspirador para todos nós.

Coríntios 9:6-7: “Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.”

A proposta do Colheita Brasil, de doar 7 reais por mês, é um convite para unirmos nossos recursos e contribuirmos para a obra do Senhor. Assim como os filipenses, podemos fazer a diferença, mesmo com ofertas aparentemente modestas. O cuidado demonstrado por essa igreja ressoa na mensagem de Paulo, que destaca a alegria em participar da obra de Deus e o benefício mútuo dessa colaboração.

Lucas 6:38: “Dêem, e será dado a vocês: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês. Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês.”

Em nossas ofertas, não contribuímos apenas para a igreja, mas para a expansão do evangelho. O Coleita Brasil é um exemplo desse propósito, uma iniciativa que busca levar a mensagem de salvação a lugares onde ainda não chegou. Quando ofertamos, estamos investindo na missão de fazer discípulos e compartilhar o amor de Cristo com o mundo.

Mateus 28:19-20: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.”

Portanto, encorajo cada um a refletir sobre a alegria e o propósito que envolvem nossas ofertas. Que possamos, como a igreja de Filipos, olhar além das circunstâncias e focar no serviço a Deus. A contribuição, seja ela financeira, em orações ou na divulgação do trabalho, é parte fundamental da responsabilidade que temos como membros do corpo de Cristo. Que nossas ofertas sejam um sacrifício agradável a Deus, assim como a oferta dos filipenses foi para Paulo.

Que a graça e a paz de Deus estejam conosco enquanto continuamos a cumprir a nobre missão de proclamar o evangelho.

COMEMORAÇÃO DE 61 ANOS DA CHEGADA MISSIONÁRIA

Hoje, dia 1º de Junho de 2022, lembramos e comemoramos os 61 anos da chegada da equipe São Paulo. Inicialmente chegaram 13 homens com suas esposas e filhos, posteriormente outros três homens chegaram, um deles, Allen Dutton, solteiro. No total, 16 famílias fizeram parte da equipe que influenciou e estabeleceu definitivamente a igreja de Cristo no Brasil.

Esforços missionários começaram em 1927 com a chegada de Virgil Smith e Orlando Boyer mas, devido ao despreparo para a época, acabaram desviando e as congregações estabelecidas na época, acabaram se perdendo e, finalmente, desaparecendo. Mesmo separados da igreja de Cristo eles sempre escreviam para as congregações nos Estados Unidos perguntando se não iam enviar outros missionários para cuidar das igrejas estabelecidas, o que acabou não acontecendo. Apenas em 1957 Arlie e Alma Smith chegaram em São Paulo e recomeçaram o trabalho tendo os primeiros resultados que viriam a ser parte do trabalho vivo até hoje.

Arlie e Alma Smith estavam lá no porto de Santos para receber aquelas 13 famílias que chegaram no dia 1º de Junho de 1961. Juntamente com eles estavam Severino de Souza, Marcelino dos Santos e Loyde.

Um ônibus alugado por Arlie Smith levou as 13 famílias e bagagem serra acima até chegar na cidade de São Paulo. Inicialmente se instalaram no Hotel São Paulo e assim começaram todo o processo, do zero, da missão da igreja de Cristo no Brasil. Precisaram começar o aprendizado na língua, encontrar casas para eles, planejar o trabalho que tinha como objetivo a conversão de pessoas que formou as congregações que temos hoje tanto em São Paulo, interior e espalhadas por outras cidades e Estados do Brasil.

É necessário destacar que o mesmo comportamento, a mesma doutrina, a mesma idoneidade foi mantida desde o começo do trabalho. Até hoje são referência e exemplo de trabalho para o Senhor.

Os 16 missionários que chegaram foram: Glenn Owen, Leon Tester, Glenn Looper, Jerry Campbel, Howard Norton, Robert Humphries, Ted Stewart, Jack Hill, Ellis Long, John Pennisi, Walter Kreidel, David Mickey, Lynn Huff, Don Vinzant, Jerry Edwards e Allen Dutton.

A Deus toda a glória, honra e poder. Por causa destes desbravadores da fé é que temos cerca de 300 congregações ou mais da igreja de Cristo no Brasil e o trabalho ainda não terminou. Vamos todos nos inspirar e ter visão para o crescimento da igreja de Cristo para a glória Dele somente. Que Ele nos ache dignos como estes homens que tiveram a oportunidade de servir no passado e que ainda estão servindo.

“Porque Deus não é injusto para se esquecer do trabalho que vocês fizeram e do amor que mostraram para com o seu nome, pois vocês serviram e ainda estão servindo aos santos.” (Hebreus 6:10)

Missão Local, Nacional e Mundial

Para o que Jesus chamou os seus discípulos? Olhe lá no começo do seu chamado quando você foi chamado. A missão não é fácil, mas é importante, necessária e Deus nos capacita para realizá-la.

Tem muitas coisas importantes ocorrendo ao nosso redor, mas muitas delas não são parte da nossa missão. Não fomos chamados para eleger vereadores, prefeitos, deputados, senadores ou presidente. Apesar de fazermos parte deste mundo e ter uma posição já definida pela mensagem que recebemos e obedecemos e por ela vivemos.

Fomos chamados para ser luz, para sermos sacerdotes, para sermos santos, para tomar cada um de nós a cruz e fazer a diferença no mundo através da obediência ao evangelho.

No início da história (final de Mateus), Jesus poderia ter dito muitas coisas sobre a vida, as finanças, as posições políticas, o segredo da felicidade, etc, mas Ele disse:

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos.” Mateus 28:19,20

MISSÕES LOCAIS

Tudo começa onde você está e com o que você tem. Você começa a missão em você primeiro. Você já ouviu o evangelho, tem um grão de mostarda de fé, reconheceu e se arrependeu dos seus pecados, confessou Jesus como seu Senhor, foi batizado e assim começou a sua caminhada se esforçando para ser fiel, manter-se purificado por Jesus. Apesar de você não ser perfeito, você está capacitado para realizar a missão, pois no batismo você recebeu o Espírito Santo e Ele é tudo o que você precisa.

Todo mundo tem uma família e são estas as pessoas a sua missão. Antes de pregar para eles, mostrar transformação de vida em vida. Se o evangelho não transforma a sua vida, não serve para mais ninguém.

“…santifiquem a Cristo, como Senhor, no seu coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que vocês têm. Mas façam isso com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam mal de vocês, fiquem envergonhados esses que difamam a boa conduta que vocês têm em Cristo.” (1 Pedro 3:15,16)

Se você trouxer apenas uma pessoa a cada ano, você estará fazendo a sua parte na missão local. Se cada um trouxer apenas uma pessoa por ano. A missão local estará garantida!

MISSÕES NACIONAIS

Até bem pouco tempo na igreja de Cristo a missão era só até o parágrafo anterior. Você tinha uma missão local para fazer parte e era só mesmo.

A partir de 2019 Contando com o Ministério Resgate começou o Colheita Brasil. O nome já diz, é para realizar a missão nacional. Eram 6 capitais que ainda não tinham uma igreja de Cristo. Em 2020 começou a missão em Teresina com o envio de 3 missionários. Ainda temos 5 capitais que precisam de uma igreja de Cristo: Goiânia/GO, Macapá/AP, Porto Velho/RO, Rio Branco/AC. O trabalho continua e em muito pouco tempo restarão três capitais, pois Rio Branco e outra receberão uma equipe muito em breve.

Talvez você seja um dos sonhadores que gostariam de ir para uma dessas missões, mas alguém disse: “Não envie para longe aqueles que não estão fazendo perto” – Sal e Luz – Ronaldo Lidório.

MISSÃO MUNDIAL

Finalmente e não menos importante, temos uma grande missão para realizar: a missão mundial. Mesmo que não sejamos uma congregação americana com recursos volumosos, com corações generosos, devemos começar agora, mesmo com um grão de mostarda, plantando a semente da missão mundial.

Sabe como começamos a participar da missão mundial? Primeiro, fazendo a missão local amando ao próximo e este próximo está na sua casa, na casa do vizinho, na sua rua, no seu bairro, na sua cidade. Estão abertas as ofertas para o Colheita Brasil e, mesmo que você não possa ir, pode colaborar para que os que estão se preparando, vão e façam a missão nacional. Um dia, não muito longe da nossa geração, iremos para a África. Muitos países já falam Português e têm empatia por nós tanto quanto nós por eles.

CONCLUSÃO

A seara é grande, os campos estão prontos para a colheita… Sr. Abramo disse o seguinte num comentário depois de uma palestra no Enoc de 1992: ““Há dois mil anos atrás Jesus disse: “A seara está branqueando”. Mas se nós levantarmos as cabeças hoje, nós vamos ver que a seara está apodrecendo. A nova moralidade mostra isso. Se nós demorarmos para ir à seara nós não vamos mais colher frutos, pois já está podre, esta é a verdade.” – Abramo Lucarelli – Comentário feito no Enoc 1992.

Missão se faz hoje com o que nós temos e onde estamos!

“Tempo da Graça” – Lm 3.22,23

                              Pense aí, você acabou de perder tudo o que tem, sua casa foi queimada, seu país invadido e escravizado, seu sagrado foi profanado, muitos de seus parentes foram mortos e/ou violentados, no lugar que você ama só tem miséria, corpos pelas ruas e um altíssima coluna de fumaça sinalizando que não, ali não é mais terra de um povo, uma cultura. Em resumo, e de maneira geral, esse é o contexto desse livro, poético e profético, que fala da tristeza de um homem que por 40 anos foi ignorado e teve a sua mensagem, mensagem de Deus, seguidamente rejeitada (Jr 52).

                              No entanto, não se desespere, esse é um livro de esperança e confiança, Jeremias não queria registrar as mazelas de Jerusalém ou de Judá, mas proclamar paz e restauração, que o povo se voltasse para Deus, visto que Ele é fiel e justo, sempre amoroso, querendo que seu povo viva e desfrute das maiores e melhores graças (2Pe 3.9).

 

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade”

Lamentações 3:22,23

 

                              Apesar de não ser o foco, ou não deveria ser, do cristão, a nossa vida terrena não pode ser “sofrida” ou “miserável”, pois já temos motivo suficiente para nos alegrarmos em todas as situações (Rm 8.31-39; Hb 12.1)

                              Primeiro, Deus cumpriu sua promessa de nos abençoar por meio da genealogia de Abraão e genealogia de Davi, Jesus, “Deus conosco” é a garantia de amor e justiça eternas; e isso não apenas em letras ou palavras, mas em ação e verdade, é missão da igreja cuidar da igreja e da vizinhança (mesmo que sejam homossexuais, umbandistas, muçulmanos ou ateus), o que deve nos fazer pensar “eu estou sendo a igreja certa?” (Gn 22.18; Mt 1, 22.37-40; Ef 1.9-11)

                          Segundo, temos ainda uma esperança eterna e superior a qualquer problema terreno, assim como o atleta suporta dores e aflições para se manter na corrida, é “parte do processo” que soframos um pouco pela Glória futura; esse sofrimento é também angústia, ansiedade, abnegação, raiva, e tantos outros sentimentos humanos que experimentamos ao longo do nossa jornada de transformação de nossa mente.

                              Confiadamente podemos viver em meio a dificuldade a medida que olhamos para a cruz, o sangue, os espinhos, para o sepulcro, e vemos não dor, não tristeza, não morte, MAS amor, redenção, salvação e fidelidade (Hb 14.16; Tg 1.2-5).

“Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida”
– Tiago 1:2-5 –

“Funcionais” – 1 Jo 2.5,6

          Quantos verbos em outro idioma são necessários para que se tenha fluência no mesmo? Ou, quantos substantivos? Adjetivos, pronomes, advérbios, e assim por diante? Quando se alcança a fluência?

Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”

1 João 2:5,6

          Para João a fluência no idioma de Deus se dá pelo apego a Sua Palavra, associado a meditação e obediência dos ensinos descritos nela, segundo o texto de hoje, não basta saber muito, ou fazer muito, é preciso um equilíbrio e uma constância, cíclica e humilde, de aprendizado e prática, de modo que andamos constantemente entre a hipocrisia e a ignorância.

          Paulo aos filipenses faz um pedido parecido: “vivam de acordo com o que já alcançaram” (Fp 3.15-21), e existem pelo menos duas formas de entender isso:

1) Agora que alcançamos o entendimento da Graça de Deus, por meio de Jesus, é preciso mudar nossa forma de agir, sendo santos e irrepreensíveis no nosso modo de viver;

2) A medida que entendemos as verdades bíblicas devemos nos moldar a vontade de Deus, diariamente nos adequando ao plano eterno de DEle;

          Gosto de pensar muito na segunda ideia, pois ela sugere melhor a ideia de continua transformação mental da morte na carne para a vida no espírito.  Reconheço o desafio, mas prefiro navegar nessa constante transformação à vontade dEle, quê angustiadamente esperar por uma transformação mágica, mas não bíblica (Rm 12.1,2; Tg 1.18-27; 1Pe 2.9).

           O resultado invariável, ao entender que temos livre acesso ao Pai da Eternidade, é viver continuamente suando para praticar o que sabemos; será uma vida mais misericordiosa, justa e fiel, mas não seria essa a vontade de Deus? Que amemos uns aos outros?! (Mt 22.36-40, 23.23; Gl 5.25, 6.7-10; 1Jo 2.24-29).

Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?
Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.
Este é o grande e primeiro mandamento.
O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
– Mateus 22:36-39 –

 

Senhor, aumenta a nossa fé, para que sejamos combater o velho homem com seus orgulhos e egoísmos, para que possamos aproveitar as oportunidades de testemunhar Teu amor pela humanidade.

Viagem à África

Quando essa mensagem for publicada estarei em Moçambique, na África, com a permissão de Deus, a centenas de quilômetros de distância e isso é nossa missão, levar o evangelho até os confins da terra a palavra de Deus diz assim:

Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos“. Mateus 28:19-20

Sempre que entramos em um restaurante ou lanchonete, queremos ser bem servidos por alguém que esteja alegre e nos atendam de boa vontade e, de preferência do nosso jeito, mesmo que o garçom não seja meu empregado.

E servir a Deus não deve ser do meu jeito, o garçom não sabe quem eu sou, mas eu sei quem é Deus e ele deixou escrito como quer ser servido. Não temos desculpas de que não sabíamos como servi-lo, para isso eLe nos deixou instruções bem claras em Sua Palavra.

Um dia estaremos em sua presença para prestarmos conta com Ele de nossa vida. Será que estamos prontos para esse momento? Precisamos ficar atentos à palavra de Deus, pois é ela que vai nos julgar no último dia. João 12:47

Outro fator importante é ficarmos atentos em nossas práticas, no serviço para o reino, pois assim diz a palavra do Senhor: “Nem todo o que me diz Senhor, Senhor entrará no reino do céu, mais somente aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu”. Mateus 7.21

Precisamos continuar testemunhando das grandezas de Deus que nos tirou do império das trevas e nos colocou no seu Reino de luz. I Pedro 2:9.

Não pare, pois, a missão continua, e você faz parte dela, como geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para levar o Evangelho aos perdidos mostrando para eles um Deus de amor, perdão e misericórdia.

Você tem feito isso?

Evangelismo: Um Estilo de Vida

O que passa na sua mente quando pensa na palavra evangelismo? Posso imaginar que algum evento organizado pela igreja, que envolva sair na rua, cartazes e muita gente reunida? É uma pena que evangelismo facilmente esteja associado a um evento ou algo estático, que se faz em momentos esporádicos.

Quando estudamos o inicio da Igreja, em Atos, percebemos então a essência dessa palavra! Não se tratava de um evento. Mas sim de um estilo de vida! Preste atenção na vida dos discípulos e apóstolos de Jesus. Evangelismo não é o que fazemos, mas o que somos! E assim deve ser a vida de cada cristão convertido em Cristo. Um evangelista ambulante! É para isso que fomos CHAMADOS. Essa é nossa maior MISSÃO!

”E disse-lhes (Jesus): “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas”. (Marcos 16:15)

As pessoas que passam pela sua vida, saem carregando o aroma agradável de Cristo? As pessoas que convivem com você, desejam seguir esse mesmo Jesus? Ele é encontrado em suas palavras, ações e decisões?

Veja essa situação: ”No sábado saímos da cidade e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um lugar de oração. Sentamo-nos e começamos a conversar com as mulheres que se haviam reunido ali” (Atos 16:13). Poderia ter sido apenas um encontro comum, sem muito significado. Paulo poderia ter deixado passar aquela oportunidade, afinal, talvez aquele não fosse dia de evangelismo. Mas Paulo e os apóstolos não faziam evangelismo, eles o eram e viviam intensamente disso! Eis o resultado: ”Uma das que ouviam era uma mulher temente a Deus chamada Lídia, vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. O Senhor abriu seu coração para atender à mensagem de Paulo. Tendo sido batizada, bem como os de sua casa, ela nos convidou, dizendo: “Se os senhores me consideram uma crente no Senhor, venham ficar em minha casa”. E nos convenceu”.

E o que dizer do carcereiro? Paulo e Pedro estavam presos (pela causa de Cristo), e o que faziam enquanto isso? Louvavam e adoravam a Deus. Na primeira oportunidade que tiveram de se aproximar do carcereiro, aproveitaram-na e lhe mostraram o Evangelho! Privilegiados foram todos aqueles que passaram pela vida desses homens!

”O carcereiro pediu luz, entrou correndo e, trêmulo, prostrou-se diante de Paulo e Silas. Então levou-os para fora e perguntou: “Senhores, que devo fazer para ser salvo? ” Eles responderam: “Creia no Senhor Jesus, e serão salvos, você e os de sua casa”. E pregaram a palavra de Deus, a ele e a todos os de sua casa. Naquela mesma hora da noite o carcereiro lavou as feridas deles; em seguida, ele e todos os seus foram batizados.” (Atos 16:29-33)

Esses são só dois, dos muitos outros exemplos que encontramos ao longo de todo o Novo Testamento, ao observar a vida de Jesus e dos primeiros cristãos. Essa mesma verdade e essência deve reinar também em nosso coração! Devemos ser evangelistas ambulantes, que pregam Jesus com suas vidas e palavras! As pessoas que conhecemos, nossos amigos e familiares: mais do que especiais pra nós, o são para o nosso Deus. Estas pessoas devem estar em nossas orações! São almas perdidas que precisam conhecer e decidir viver por Jesus!

NÓS podemos ser essa ponte!

E pra que nossa missão seja bem sucedida, devemos seguir os conselhos daqueles que, poderosamente, eram evangelistas em qualquer situação:

”…seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza.” (1 Timóteo 4:12)

”Sejam sábios no procedimento para com os de fora; aproveitem ao máximo todas as oportunidades.” (Colossenses 4:5)

”Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito”. (1 Pedro 3:15-16)

Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina”. (1 Timóteo 4:2)
Deus nos abençoe!

Na Amazônia, se Plantar Nasce!

É bem provável que já nos conheça, seja pessoalmente ou não; mas para os que porventura não saibam, segue um brevíssimo resumo: Somos uma família de cristãos, servindo em tempo integral na obra do Senhor numa pequena congregação em Belém do Pará na Amazônia brasileira; Eu, Júnior, tenho 41 anos e sou cristão há 12; Kátia, minha amada esposa, tem 38 anos e é cristã há 12 anos também; somos pais de 4 meninas: Valeska de 21 anos, Alice de 11, Lívia de 6 e a pequena Manuela de apenas 3 anos; Depois de servir pelos últimos 10 anos no nordeste, aceitamos o convite para mudar de região e continuar a obra evangelística numa congregação com 20 pessoas, iniciada sete anos atrás.

Estamos em Belém do Pará, vivenciando um misto de sabores, sotaques, expressões, vegetações e costumes… já faz 1 ano, mas ainda temos muito o que descobrir! Aqui, a hidroviária é maior que a rodoviária, curral é de peixe, mal cheiro é pitiú e café combina com pupunha! Tem mais urubu do que vira-lata e toda criança gosta de “chopp”* (kkk… * o nome para picolé de saquinho).

Quando chegamos na congregação do Pará fomos recebidos, acolhidos em nossas imperfeiçoes e nos sentimos amados. Porém, o processo de fincar raízes também é doloroso. As meninas sentem falta dos avós, de visitá-los quando têm vontade, sentem saudade dos primos e das brincadeiras despretensiosas e super divertidas.  Nós (adultos) também sentimos saudades. Por mais que saibamos o quanto a missão é nobre, nosso coração sente falta de conversar com alguém que nos conhece desde sempre e sabe de onde viemos.

O trabalho aqui é árduo devido à distância de outras congregações que poderiam nos edificar, e principalmente pelo meio religioso místico e idólatra: de um lado, o catolicismo mariano com uma das maiores manifestações de fé católica do mundo – O Círio de Nazaré… de outro, o meio pentecostal tão forte que não há como mensurar, cheio de denominações pregando revelações, dons de línguas e um misticismo “evangélico” que, às vezes, beira a insanidade.

Neste meio, somos considerados “seita”, porque nos apegamos ao ensino da Bíblia e cultuamos ao Senhor de maneira ordenada e sóbria; na visão pentecostal somos “frios” e estranhos!

Contudo, o Senhor tem nos dado oportunidades de encontrar nesse meio de confusão religiosa, pessoas sedentas por aprender de Jesus e que têm se maravilhado com a simplicidade da vivência do Evangelho. Essas oportunidades servem como renovo de nossas forças.

Ao ler esta notícia gostaríamos que os irmãos se sentissem animados em saber que há um grupo de cristãos que está caminhando nessa jornada de fé na região amazônica. Como também gostaríamos de animá-los a serem participantes ativos de uma obra missionária.

Você foi alcançado um dia através de trabalho missionário? Percebe que agora pode fazer parte de uma obra missionária?

Nós estamos aqui e precisamos do seu apoio, seja através de orações, palavras de encorajamento e conforto, como também de auxílio em nosso sustento familiar mensal. Os custos para viver aqui nesta parte do país são altíssimos, ainda mais quando se tem uma grande família!

Se você tem interesse em saber mais detalhes sobre a obra em Belém, nossos sonhos, planos e projetos para este ano e também para apoiar nossa família nesta obra, por favor responda esta mensagem nos perguntando como pode fazer isso. Toda ajuda é de grande importância para nós.

Um grande a caloroso abraço fraterno dos seus irmãos em Cristo, que nosso Salvador abençoe você e sua família,

Família Crispim
Belém, Pará, Amazônia, Brasil

Uma Nova Jornada

[avatar user=”bjcrispim” size=”thumbnail” align=”left”]Junior Crispim[/avatar] Depois de servir por 10 anos à congregação em João Pessoa e 5 anos em Campina Grande, em julho de 2016 fomos convidados a conhecer a Igreja em Belem do Pará, sendo sondado ao trabalho com a congregação. Depois de meses de orações, aprofundamento na proposta e reposta positiva ao novo projeto, chegou o momento definitivo de mudarmos. Nossa filha Valeska, agora com 20 anos, decidiu ficar em João Pessoa completando seu curso, contrato de trabalho e amadurecendo seus projetos acadêmicos – deixando nosso “até logo” um pouco mais difícil.

Enfim, janeiro de 2017 foi o mês de iniciar a nova jornada. Viajamos de carro, partindo dia 9 de janeiro, tendo o privilégio de conhecer um pouco dos cinco Estados pelo qual passamos. Tantas novidades! Um misto de sabores, sotaques, expressões, vegetações que tivemos a benção de vivenciar. Alice, Lívia e Manuela, nossas três aventureiras, foram firmes e fortes na viagem, sempre animadas e curiosas diante das novas experiências. Tivemos momentos significativos que certamente estarão guardados em nossos corações.

Chegamos em Belém na tarde de 13 de janeiro, com muita chuva nos recebendo – para não descaracterizar a cidade. Ficamos ainda uma semana hospedados num aconchegante hotel enquanto organizávamos o apartamento para a moradia. A primeira quinzena aqui foi digna de maratona: comprar móveis e eletrodomésticos, encontrar escola, matricular as crianças, comprar fardamento e material escolar… até a compra de um botijão de gás foi surpreendentemente difícil! Sem a ajuda da irmandade teria sido impensável tudo isso!

Estamos agora há 2 meses nesta rica cidade e somos muito gratos a Deus pelo privilégio de servir ao Senhor e à irmandade aqui. A congregação é amável, acolhedora, os irmãos têm muita vontade de viver o Evangelho puro e simples; os cultos de adoração tem simplicidade e peculiaridades – como terminar com um abraço coletivo entoando juntos um louvor bem caloroso com o jeito belenense de ser.

Vivemos agora um momento de transição, pois a nossa chegada sinaliza a partida da querida família Fowler, que serve nesta congregação há mais de 6 anos, tendo iniciado os trabalhos aqui juntamente com a família King, que já voltou para os EUA. Diante disto, estamos vigilantes, em orações, respeitosos tendo em vista a grande mudança, mas também muito motivados a estabelecer uma boa parceria de trabalho com os irmãos que aqui estão.

Certamente haverá dificuldades e uma boa mistura de sotaques, de cardápios e experiências. Esperamos, no Senhor, que possamos ser instrumentos usados para o fortalecimento e amadurecimento desta congregação, mantendo os laços de amor e unidade imprescindíveis àqueles que professam a fé no Evangelho da Salvação. Pois, independentemente de onde somos e onde estamos, o discípulo deve ser conhecido através do amor (João 13.35) e este, por sua vez, é universal e eterno.
Junior Crispim,
Belém do Pará