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Um chamado para missões transculturais – Parte 3

Passando uns dias em Campo Grande com os irmãos, e conhecendo a SerCris, fiquei encantada com a Escola e com as pessoas da igreja. Eu orei pedindo a Jesus que me indicasse a Sua vontade, pois seria uma grande mudança em minha vida, mas que talvez o meu desejo de fazer missões poderia tornar-se realidade. Nos dias finais de minha viajem eu já tinha a convicção que eu deveria  cursar a SerCris.
Qual foi a minha angústia ao retornar a minha família e contar-lhes sobre minha decisão de morar em outro estado para participar do projeto SerUni. Me lembro de puxar três cadeiras na varanda de nossa casa em Mococa, e ali com calma tentar explicar aos meus pais a minha decisão de ir para tão longe de casa. O resultado foi um aparente desastre.
A minha mãe se entristeceu, porém entendeu que vinha de Deus esta oportunidade, entretanto meu pai ficou enfurecido. Por ele não ser um cristão, ele não conseguia entender a razão que me movia a dar aquele passo. Ele somente levou em consideração o fato de que eu estagiava em uma boa empresa com uma oportunidade de crescimento profissional, que eu já havia cursado dois anos na faculdade em uma cidade economicamente boa como Ribeirão Preto, e que eu deixaria tudo isso para estudar teologia, e o pior de tudo, eu estaria mais longe de casa. Ele não aprovou minha atitude e se decepcionou comigo profundamente.

“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Quem acha a sua vida perdê-la-a; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á.” Tais palavras de Jesus em Mateus 10.37-39 me desafiaram a tomar uma decisão.

Não foi fácil para mim passar por aquela experiência, mas eu tive a convicção de que Jesus me pedia mais uma vez para ser forte e colocar o Reino de Deus em primeiro lugar, e neste caso, eu deveria colocar o Seu Reino, acima da vontade do meu pai terreno por mais que eu o amasse e o respeitasse, e sobre a realidade de trazer dor e tristeza ao coração da minha mãe gerados pela saudade.
Eu obedeci a voz de Jesus, e fui para Campo Grande no início de 2012, buscando os interesses do Reino de Deus e confiando que todas as coisas seriam acrescentadas no tempo certo e cuidadas por Ele. O resultado desta obediência, gerou e tem gerado inúmeras bençãos que eu jamais poderia imaginar. Em dezembro de 2015, além de ter concluído duas graduações, teologia pela SerCris e administração pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), tive a presença do meu pai em minha formatura da SerCris. Incrível como Deus faz sua obra em nossas vidas. Foi entre os irmãos em Campo Grande, MS que meu pai pela primeira vez assistiu a um culto dominical. Que precioso foi aquele dia.

Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!” Éfesios 3.20-21

 

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