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JESUS NOS CHAMA, COMO CHAMOU A PEDRO E ISAÍAS – O EVANGELHO DE LUCAS

Jesus nos chama, como chamou a Pedro e Isaías - O EVANGELHO DE LUCAS

“Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: — Senhor, afaste-se de mim, porque sou pecador.” – Lucas 5:8

“Bem como de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram seus sócios. Então Jesus disse a Simão: — Não tenha medo! De agora em diante você será pescador de gente. E, arrastando eles os barcos para a praia, deixando tudo, o seguiram.” – Lucas 5:10-11

A reação do apóstolo Pedro diante de Jesus é a maneira correta, apropriada e saudável que um pecador arrependido chega diante de Deus.

Este texto fez-me lembrar de Isaías, ante a visão que teve de parte da glória de Deus:

“Então eu disse: — Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” – Isaías 6:5

Somente uma pessoa ciente dos seus pecados, de sua falência espiritual, que reconhece ser pobre de espírito (Mateus 5:3) e chora por seus pecados (Mateus 5:4) pode ser utilizada por Deus.

Uma das razões de vermos pessoas sendo acrescentadas ao reino de Deus, mas não permanecendo, talvez esteja no fato de que, de coração, não estava ciente de sua condição diante de Deus. Preferiram comparar-se a outras pessoas ao invés de usarem como régua a santidade de Deus.

A resposta tanto no Velho Testamento como no texto de hoje é praticamente a mesma:

“Com a brasa tocou a minha boca e disse: — Eis que esta brasa tocou os seus lábios. A sua iniquidade foi tirada, e o seu pecado, perdoado.” – Isaías 6:7

No texto de hoje de Lucas Jesus consola Pedro e o deixa ciente de sua aceitação, inclusive para sua nova função no reino: ser pescador de gente.

Dali em diante Pedro, Tiago e João deixam seus afazeres em segundo plano e dedicam toda a sua vida a seguirem Jesus.

Claro que Pedro ainda não tinha compreensão completa de quem era Jesus, bem como do preço do discipulado. Irá falhar muitas vezes, até negar o seu Mestre, mas, quando arrependido, sempre seria restaurado à sua condição diante de Deus.

“Em verdade, em verdade lhe digo que, quando era mais moço, você se cingia e andava por onde queria. Mas, quando você for velho, estenderá as mãos, e outro o cingirá e o levará para onde você não quer ir. Jesus disse isso para significar com que tipo de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de falar assim, Jesus acrescentou: — Siga-me.” – João 21:18-19

A restauração de Pedro, após este cair e negar a Jesus acontecerá exatamente após uma nova pesca maravilhosa. Ali Pedro é restaurado em sua condição de apóstolo de Jesus e será fiel ao Senhor até sua morte.

O mesmo ocorrerá conosco: ficaremos encantados com Jesus, ao ter nossos olhos abertos sobre quem Ele é. Passaremos a ser, como Pedro, pescadores de pessoas. Mas caímos em determinadas situações em nossa caminhada seguindo a Jesus. Com humildade nós voltaremos ao Mestre e, arrependidos, sempre seremos por Ele restaurados em nossa condição de filhos de Deus.

Seremos utilizados por Ele até aquele dia em que ouviremos dos lábios do próprio Senhor: “Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo.” – Mateus 25:34

Nossa parte é não desviarmos os olhos de Jesus, jamais deixarmos de tê-lo como nosso exemplo perfeito é nossa inspiração. Pedro por alguns momentos, por orgulho, tirou os olhos de Jesus e confiou em si. Nós também faremos o mesmo. Mas o Senhor nunca nos abandonará, nos chamará e perguntará: “Você me ama acima de todos os seus relacionamentos, inclusive acima de sua própria vida?” (João 21:15)

Mais uma vez seremos chamados e restaurados por Jesus, que jamais desistirá de nós.

“Estou certo de que aquele que começou boa obra em vocês há de completá-la até o Dia de Cristo Jesus.” – Filipenses 1:6. 

TENHAMOS A MESMA PRIORIDADE QUE JESUS. – O EVANGELHO DE LUCAS

“Jesus, porém, lhes disse: — É necessário que eu anuncie o evangelho do Reino de Deus também nas outras cidades, pois é para isso que fui enviado. E pregava nas sinagogas da Judeia.” – Lucas 4:43-44

Durante o seu ministério, conforme comentei no texto passado, Jesus realizou muitas curas. Porém, seu principal objetivo foi pregar a boa notícia da salvação de nossas almas que Ele trouxe.

As próprias curas nada mais eram do que um “aperitivo” do que seria uma vida plena em Jesus nas regiões celestiais: o mal derrotado, as doenças inexistentes, a vida abundante prometida por Jesus (João 10:10) que, apesar de começar a ser vivenciada nesta terra por seus seguidores, alcançará o cumprimento pleno apenas quando chegarmos nas mansões celestiais que Ele está nos preparando (João 14:1-3).

Desta forma, como seu Senhor, a igreja não pode perder de vista seu principal objetivo e sua principal relevância, qual seja, buscar e salvar aquele que está perdido em seus pecados (Lucas 19:10). E enquanto não se amolda a boa notícia trazida por Jesus, todos estão mortos em seus delitos e pecados, como diria o apóstolo Paulo (Efésios 2:1-3).

Por este motivo precisamos, como igreja, entender que nossa principal missão não é mudar esse mundo em termos sociais: um pouco mais justo ou muito injusto, um dia será destruído (2 Pedro 3:11-13).

Nada contra as atividades sociais, mas, quando fica somente nelas, a igreja perde a sua relevância no mundo. Quando se amolda aos padrões do mundo sem Deus, também perde sua relevância. Por isso, olho com certo cuidado quando vejo a igreja como mantenedora de escolas, faculdades ou mesmo hospitais. São boas ações, porém, quando colocadas como prioridade, tiram da igreja a sua maior prioridade: pregar o evangelho e ver o nome da maior parte possível das pessoas escrito no livro da vida, que será aberto no dia do Juízo Final (Apocalipse 20:15).

A benevolência deve ser consequência de nosso amor a Deus, amando ao próximo. Às vezes a igreja do Senhor, até com boa intenção, pode inverter isso.

Por mais que façamos por uma pessoa: acolhemos, alimentamos, ajudamos a ter saúde, diminuímos as diferenças sociais, sem Jesus e seu evangelho na vida dela, o que fizermos terá reflexos apenas nesta vida. Já o evangelho tem reflexos eternos.

Finalmente, como Jesus, devemos priorizar pessoas, não atividades ou eventos e, mesmo entre as pessoas, devemos priorizar aquelas que estão mais abertas ao evangelho. E uma vez que conquistamos uma pessoa para o Senhor, precisamos fazer com que entre na “linha de produção” da igreja, qual seja, uma vez salvo por Jesus, a maior missão dessa pessoa deve ser a mesma do seu Mestre na busca daquele ainda perdido, no anúncio do evangelho do Reino de Deus.

Apenas façamos como Jesus, nosso modelo em tudo, em especial nas nossas prioridades.


OUVINDO, PERGUNTANDO E RESPONDENDO – O EVANGELHO DE LUCAS

OUVINDO, PERGUNTANDO E RESPONDENDO

“Três dias depois, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e fazendo-lhes perguntas. E todos os que ouviam o menino se admiravam muito da sua inteligência e das suas respostas.” – Lucas 2:46-47

O menino Jesus entre os doutores no templo, encontrado três dias depois de muita busca, trouxe-me uma reflexão. Às vezes as pessoas dizem que Jesus estava ensinando aos doutores da lei de Moisés no templo. Há exagero nesta afirmação. Porém, três verbos encontrados nestes dois versículos fizeram-me pensar a respeito das fases do aprendizado. Claro que Jesus, como filho de Deus, aos 12 anos já mostrava o sinal do grande Mestre que seria no futuro.

Os verbos que destaco são: ouvir, fazer perguntas e responder. Não haverá verdadeiro aprendizado sem que sigamos esse processo. A fonte da falta de conhecimento em todas as áreas do aprendizado é ignorar um desses verbos ou inverter a ordem. Vejamos.

Primeiro, ouvir, eu incluiria ouvir ou ler, informar-se. Às vezes vejo pessoas fazendo “ousadas afirmações” (1 Timóteo 1;7), como diria o apóstolo Paulo, sem uma pesquisa, sem ouvir, sem ler. Às vezes sinto vergonha alheia quando ouço afirmações tão sem base. No caso da vida cristã Paulo nos diz que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10:17), já que a transmissão na época dele era feita de forma muito mais oral, pois havia poucos exemplares das Escrituras do Velho Testamento e o Novo Testamento ainda estava sendo escrito. Portanto, o verdadeiro conhecimento, a verdade é encontrada em ouvir e/ou ler primeiro. 

Segundo, perguntar ou questionar. Aprendamos com o menino Jesus a questionar tudo o que ouvimos ou lemos. Busquemos várias fontes do saber. No caso do estudo bíblico passemos bastante tempo na fonte, as Escrituras Sagradas, lendo-as e fazendo perguntas direto a elas. Depois, sim, busquemos pessoas que comentaram a respeito do conteúdo, mas sempre fazendo perguntas e questionando. 

Há pessoas que “engolem o que ouvem ou leem” sem uma reflexão e um questionamento daquela conclusão. Há outros que agem como “papagaios”, simplesmente repetindo o que ouviram/leram sem uma reflexão, fazer perguntas e questionar. A Bíblia é a Palavra de Deus, a verdade. Porém, depois de lida, refletida e estudada. Há muita gente que utiliza textos bíblicos fora do seu contexto para pregar a “sua verdade”, não a verdade de Deus. Tenhamos cuidado com isso.

Finalmente, após ouvir/ler, fazer perguntas, devemos, sempre, ter a nossa própria conclusão. Claro que no início, nossas convicções ainda serão baseadas na interpretação de terceiros, seja dos Escritos Sagrados, seja daquilo que lemos. 

Com o tempo, nossas convicções firmes devem ser as nossas próprias a partir de muito tempo com as Escrituras Sagradas, quando pensamos na vida espiritual. Mesmo nossos filhos devem ser ensinados por nós, mas não devem ser limitados ao nosso conhecimento. 

Às vezes estudo a Bíblia com alguém que me diz: “quero conhecer a Bíblia como você”. Com jeito, eu digo: “não se limite a mim, comece comigo, mas tenha o desejo de ir muito além”. Como fez Jesus. 

Claro que, no caso dele, por ser filho de Deus, tinha uma compreensão muito maior do que qualquer um de nós. Mas mesmo o filho de Deus leu, estudou, frequentou a sinagoga para estar preparado para ser o grande pregador da Palavra de Deus que Ele foi.

Sim, vamos aprender a primeiro ouvir/ler, para não passar vergonha em afirmar inverdades, depois questionemos, façamos perguntas para ir desenvolvendo o nosso aprendizado. Aí, sim, estaremos prontos para responder, no caso da vida cristã, a todo aquele que pedir razão de nossa fé (1 Pedro 3:15). 

A BOA NOTÍCIA SOBRE JESUS – o Evangelho de Lucas

A BOA NOTÍCIA SOBRE JESUS

“E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.

O anjo, porém, lhes disse: — Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa-nova de grande alegria, que será para todo o povo:
é que hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” – Lucas 2:9-11

É compreensível o temor dos pastores. Afinal, muitos séculos tinham se passado desde que aconteceram os relatos miraculosos de Deus sobre o seu povo. O silêncio de 400 anos de Deus desde o último profeta, Malaquias, dava a impressão de que o Senhor tinha abandonado o seu povo. Só parecia. Deus continuava trabalhando para a salvação não somente do seu povo, mas de toda a humanidade.

O anjo aparece e suas palavras são confortantes: “Não tenham medo! Trago boas novas de grande alegria”. Boas novas é a tradução da palavra grega evangelho. É uma boa notícia, um acontecimento que deve fazer dar pulos de alegria naqueles a quem a notícia é dirigida.

A boa notícia relatada por Lucas ao amigo de Deus Teófilo, mas também antes por Marco e Mateus e no futuro por João é resumida anos depois pelo apóstolo Paulo.

“Antes de tudo, entreguei a vocês o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” – 1 Coríntios 15:3-4

Essa boa nova é contada no chamado Credo dos Apóstolos:

“Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador dos céus e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo e nasceu da virgem Maria.”

Sim, a boa notícia é que o Verbo de Deus tabernaculou neste mundo (João 1:14), viveu uma vida perfeita e ao morrer e ressuscitar por nós, venceu a morte, perdoou os nossos pecados e nos deu condições de habitar com Deus por toda a eternidade, anulando a condenação que era nossa feita no jardim do Éden em razão dos nossos pecados.

Por isso Paulo diz:

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio do nosso Senhor Jesus Cristo.” – Romanos 5:1

Jesus, o Messias prometido de Israel, o Cristo, ungido de Deus é o Senhor do céu e da terra, a Ele foi dada toda a autoridade no Universo (Mateus 28:20). Esta é a boa notícia que aqueles anjos contaram aos pastores.

Por isso, a cada dia podemos ter esta certeza: nada devemos temer pois Jesus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:16), nasceu, viveu, morreu, ressuscitou e reina ao lado de Deus Pai.

“Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, será que não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” – Romanos 8:32.

O PAPEL BÍBLICO DE MARIA – O EVANGELHO DE LUCAS

“E, aproximando-se dela, o anjo disse: — Salve, agraciada! O Senhor está com você.” – Lucas 1:28

“Mas o anjo lhe disse: — Não tenha medo, Maria; porque você foi abençoada por Deus.” – Lucas 1:30

“Então Maria disse: — Aqui está a serva do Senhor; que aconteça comigo o que você falou. Então o anjo foi embora.” – Lucas 1:38

“E exclamou em alta voz: — Bendita é você entre as mulheres, e bendito o fruto do seu ventre!” – Lucas 1:42

Cresci ouvindo meus pais repetirem uma reza: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.” Esta reza é chamada de “Ave, Maria” ou “salve, Maria”.

De fato, essas palavras são bíblicas e inspiradas pelo Espírito Santo, conforme o próprio texto afirma no versículo 42. A própria Palavra de Deus afirma que devemos honrar a quem merece honra por sua dedicação a Deus (Romanos 13:7 e Filipenses 2:29-30).

Maria, de fato, foi grandemente utilizada por Deus. Fico imaginando como deve ter sido emocionante ver e sentir o ventre crescendo e saber que ali estava sendo gerado o Filho de Deus, o Messias, o Salvador da humanidade.

O privilégio de dar-lhe de mamar, de carregá-lo nos braços e de ver o crescimento dele. Tudo isso foi um privilégio que José e Maria tiveram, creio que Maria até mais que José. E por isso Maria deve ser honrada, pois Deus, com certeza, escolheu “a dedo” aquela que teria tal privilégio.

No entanto, quando se sai da Bíblia, comete-se erros. E a reza citada o comete quando diz: “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores. Agora e na hora de nossa morte. Amém”.

Maria foi a mãe de Jesus enquanto ser humano e merece ser honrada por isso. No entanto, a honra deve terminar aqui. Isso não fez dela a intercessora ou algo parecido. Já na época de Jesus, houve pessoas que quiseram honrá-la além do aceitável por Deus e foram corrigidas pelo próprio filho de Maria, o Senhor Jesus.

“Aconteceu que, ao dizer Jesus estas palavras, uma mulher, que estava no meio da multidão, disse a ele, erguendo a voz: — Bem-aventurado o ventre que concebeu você e os seios que o amamentaram! Jesus, porém, respondeu: — Pelo contrário! Mais bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!” – Lucas 11:27-28

Maria foi uma serva fiel de Deus, cuidou de Jesus enquanto criança, se preocupou com Ele (Lucas 2:48), foi um exemplo de mãe. Esteve junto a cruz enquanto seu filho agonizava (João 19:25) e junto com os apóstolos logo após a ressurreição (Atos 1:14).

Depois disso Maria desaparece das páginas das Escrituras e ensinamentos feitos posteriormente a seu respeito como “virgindade perpétua”, “imaculada concepção” da própria Maria e “assumpção de Maria”, isto é, ela não teria passado pela morte, mas subido direto para o céu, são criações da religião sem base bíblica nenhuma. Acredita quem quiser, mas não há nada na Bíblia a esse respeito.

Com certeza, quando chegarmos no céu, após a volta de Jesus, encontraremos os heróis da fé do Velho Testamento citados em Hebreus 11, como também os do Novo Testamento como Paulo, Pedro, Timóteo e, entre eles, mulheres como Priscila, Isabel, Maria Madalena e, com certeza, Maria, a mãe de Jesus.

Conhecer as Escrituras nos livra do fanatismo que a religião muitas vezes nos leva a ter pelos seres humanos. Passamos a adorar somente a Deus, sequer venerar pessoas, mas honrar a cada um que dedica sua vida a Deus e deixa-se ser utilizado como instrumento dele como fez Maria.

Honremos, portanto, àqueles que serviram e os que servem a Deus hoje. Não esperemos que partam para fazermos isso. Mas jamais os adoremos e nem mesmo os tornemos objetos de veneração.

AS PERGUNTAS DE ZACARIAS E MARIA – O EVANGELHO DE LUCAS

AS PERGUNTAS DE ZACARIAS E MARIA - O EVANGELHO DE LUCAS

“Então Zacarias perguntou ao anjo: — Como terei certeza disso? Pois eu sou velho, e a minha mulher também já tem idade avançada.” – Lucas 1:18

“Então Maria disse ao anjo: — Como será isto, se eu nunca tive relações com homem algum?” – Lucas 1:34

“Porque para Deus não há nada impossível.” – Lucas 1:37

A pergunta feita por Zacarias e Maria são semelhantes: como poderia ocorrer algo impossível do ponto de vista humano: um casal de idosos com a mulher estéril e uma mulher que não teve relações sexuais com um homem, terem filhos?

Sempre me chamou a atenção o tratamento dado pelo anjo Gabriel à pergunta de ambos: para o idoso sacerdote uma repreensão e a perda da fala, para a jovem Maria uma resposta compreensiva.

Talvez a razão seja exatamente esta: as perguntas feitas por ambos, semelhantes, saíram dos lábios de pessoas bem diferentes. Uma jovem e inexperiente moradora da cidade Nazaré e um sacerdote experimentado, muito conhecedor das Escrituras Sagradas.

Talvez para o anjo fizesse sentido a dúvida de Maria, em razão da sua pouca idade e inexperiência. Para Zacarias não, um sacerdote, idoso, conhecedor dos Escrituras e dos grandes feitos de Deus na vida do povo de Israel. Eis a razão da, ao que parece, da “falta de paciência” do anjo Gabriel com Zacarias.

Este texto fez-me pensar sobre crescimento espiritual. Quando saímos das águas do batismo, somos crianças na fé, precisamos de leite espiritual e não alimento sólido. Temos muitas dúvidas. Os acontecimentos da vida aqui na terra ainda nos assustam. Temos pouco conhecimento de Deus e da Palavra dele. É normal e creio que Deus entende nossa falta de fé, nossas dúvidas e nossa inexperiência na Palavra.

O problema é quando vemos pessoas que, 20, 30 e até 40 anos de vida cristã, andando com o Senhor, mas que não cresceram espiritualmente na mesma proporção. Parece terem as mesmas dúvidas, os mesmos altos e baixos, a mesma inexperiência e imaturidade espiritual de um recém-convertido. Para pessoas assim o autor de Hebreus mandou uma repreensão:

“A esse respeito temos muitas coisas a dizer, coisas difíceis de explicar, porque vocês ficaram com preguiça de ouvir.

Pois, quando já deviam ser mestres, levando em conta o tempo decorrido, vocês têm, novamente, necessidade de alguém que lhes ensine quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus. Passaram a ter necessidade de leite e não de alimento sólido.” – Hebreus 5:11-12

Junto com o tempo andando com Jesus aumenta a nossa responsabilidade de conhecer mais e mais da Palavra de Deus e especialmente aplicar essa palavra na vida. Aliás, admira-me a falta de conhecimento bíblico de alguns irmãos com tantos anos de vida cristã. E pior ainda, deixarem-se abater por situações que deveriam ter maturidade para encarar de forma mais confiante.

Finalmente, quero ainda destacar o que o anjo disse para Zacarias, Maria e para nós: “Porque para Deus não há nada impossível.”

Sim, meus irmãos, para o nosso Deus, nosso Pai celestial, não há nada que Ele não tenha poder para fazer. Não há nada que o pegue de surpresa. Nada que Ele não possa consertar. Como diz um irmão: “nada pega Deus desprevenido”.

Portanto, andemos na fé, na certeza das coisas que se esperam e convicção de fatos não vistos (Hebreus 11:1), que nenhuma das promessas divinas cairá por terra e que aquilo que Ele nos promete na Palavra, certamente Ele fará.

O EXEMPLO DE JOÃO E SUA FAMÍLIA – O EVANGELHO DE LUCAS

O EXEMPLO DE JOÃO E SUA FAMÍLIA

“Pois ele será grande diante do Senhor, não beberá vinho nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre materno.” – Lucas 1:15

A escolha de João para ser o precursor de Jesus, neste texto, trouxe-me vários pensamentos.

1. A grandeza que devemos buscar é aquela aos olhos de Deus. Às vezes nos preocupamos tanto em agradar as pessoas. Especialmente na juventude às vezes até cometemos erros para agradar nosso “grupo”: colegas de escola, do trabalho, amigos na rua, conhecidos… Quando, como João e depois Jesus (Lucas 2:51-51), basta nos esforçarmos para sermos grandes aos olhos de Deus. Vejamos o elogio feito por Jesus a seu primo João no futuro:

“Sim, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e muito mais do que um profeta.” – Lucas 7:26

“E eu lhes digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João; mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele.” – Lucas 7:28

2. João está entre aqueles na maneira que o texto sagrado diz textualmente que foram escolhidos antes de estarem no ventre materno. No caso de João, pela descrição, era um nazireu de Deus, isto é, um consagrado a Deus antes do nascimento (Números 6:1-21). Alguns personagens importantes no Velho Testamento foram nazireus como Sansão (Juízes 13:3-5) e Samuel (1 Samuel 1:11). Era um privilégio, cheio de responsabilidades. Sansão não valorizou e pagou com a vida. Samuel, sim e, por isso, foi grande instrumento de Deus, profeta, sacerdote e juiz. Ninguém na Bíblia serviu dessa tríplice maneira. Tudo isso porque Samuel valorizou o seu chamado. Às vezes podemos não ser mais utilizados por Deus porque não tomamos cuidado com nossa maneira de viver, que deve ser compatível com o chamado feito pelo Senhor.

3. A importância dos pais na vida espiritual dos filhos. Não é por acaso que Deus escolheu casais piedosos para cuidarem daqueles que cumpririam grandes missões. Zacarias e Isabel e José e Maria não foram escolhidos por acaso para serem pais de João Batista e Jesus.

Como pais, temos grande responsabilidade na condução de nossos filhos, especialmente na vida espiritual. Esse texto fez-me lembrar dos 49 dias que eu e minha esposa, diariamente, íamos visitar Josué, nascido de forma prematura no 7º mês de gestação. Todos os dias, antes do fim da visita, eu colocava a mão na cabeça dele e orava por ele. Para que logo fosse para casa, que crescesse e, no futuro, fosse um servo de Deus. Isso em 2008.

No ano passado meu coração encheu-se de alegria quando minha esposa disse: “Josué quer ser batizado”. Hoje, lágrimas vêm aos olhos quando vejo ele ajudando a servir a ceia ou manuseando o projetor dos cânticos. Por isso, diariamente oro pela vida dele, em todas as áreas, especialmente na vida espiritual. Fazemos o mesmo pela irmã dele, Bárbara.

E nos esforçamos, eu e a mãe deles, sermos exemplos de fé e dedicação a Deus. Quando falho e ajo de maneira incoerente, vou até ele, reconheço e peço perdão. Tudo porque desejo que Josué seja grande aos olhos de Deus.

Como cristãos, nosso ministério é primeiro em casa. Os filhos precisam ver que aquilo que falamos, incentivamos e ensinamos os de fora, é vivido dentro do lar. Claro que João Batista tinha um chamado desde o ventre materno, como Paulo (Gálatas 1:15) e Jeremias (Jeremias 1:5). Mas, para que atingisse todo o seu potencial, Deus o colocou numa família piedosa.

Que seus filhos, meu irmão, minha irmã, tenham esse mesmo privilégio, crescerem numa família que ama verdadeiramente ao Senhor e vive em obediência a vontade dele.

A RESPONSABILIDADE DE CADA CRISTÃO – O EVANGELHO DE LUCAS

“Igualmente a mim pareceu bem, depois de cuidadosa investigação de tudo desde a sua origem, dar-lhe por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem.” – Lucas 1:3

Este texto destacado de Lucas e a própria atitude do médico amado têm muito a nos ensinar hoje, primeiro como cristãos e especialmente, depois como obreiros no reino de Deus.

O texto diz que Lucas fez “cuidadosa investigação” sobre os fatos ocorridos na vida de Jesus. Hoje temos todo o Escrito Sagrado pronto com seus 66 livros. Precisamos ter um conhecimento básico e global da Bíblia. Porém, quando queremos saber de um assunto específico, precisamos, como Lucas, fazer uma investigação diligente e séria do assunto,

Afinal de contas é o destino de nossas almas que estão em jogo. Por isso, como sempre digo, não podemos terceirar a responsabilidade do nosso destino eterno. Cada um de nós deve ter uma base bíblica suficiente para a razão de nossa fé, uma base extraída a partir de uma leitura séria e profunda dos oráculos de Deus. Não podemos dizer, como alguns dizem: “aprendi assim de fulano”. E citam o pastor, o evangelista, o presbítero, o padre, enfim o que eles consideram “autoridades eclesiásticas”. No reino de Deus os súditos de Jesus não devem ter tal dependência de pessoas.

Em segundo lugar, alguns de nós, pode ser utilizado por Deus como pregadores na igreja dele. Se para o cristão em geral há responsabilidade de estudo sério das Escrituras, imagine para você e para mim, que Deus colocou com essa responsabilidade.

Semanalmente eu ensino pessoas individuais, casais, grupos pequenos e a própria comunidade de Cristo aqui nos Pimentas no culto, Escola Dominical e reuniões diversas. De tempos em tempos sou convidado para ensinar em grupos maiores. Assim, para nós que temos esses privilégios, a responsabilidade de pesquisar nas Escrituras é ainda maior. Para nós cabe esse incentivo dado por Paulo a Timóteo, que servia como evangelista na igreja em Éfeso:

“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” – 2 Timóteo 2:15

Lucas desejava que Teófilo tivesse plena certeza dos acontecimentos na vida de Jesus. Por isso, inspirado por Deus, fez essa pesquisa da vida do Mestre.

Hoje não temos, tanto cada cristão como aqueles escolhidos como “evangelistas, pastores e mestres” (Efésios 4:11), a mesma inspiração divina que teve Lucas. Mas temos a obra dele e dos demais escritores inspirados da Bíblia. Nossa parte é ler, com cuidado, com diligência, investigando bem as verdades de Deus que salvará a nós e a nossos ouvintes.

“Cuide de você mesmo e da doutrina. Continue nestes deveres, porque, fazendo assim, você salvará tanto a si mesmo como aos que o ouvem.” – 1 Timóteo 4:16

Sejamos, como Lucas foi com Teófilo, cuidadosos na pesquisa sobre o que vamos ensinar às pessoas que nos procuram, como obreiros de Deus. Porém, isso não exime cada cristão, independente da maneira como serve, estudar com afinco a Bíblia, até para corrigir eventuais equívocos no ensino que as pessoas levantadas por Deus cometam.

Até porque cada cristão, homem ou mulher, deve ter como objetivo ser parecido com Jesus e com capacidade para ensinar outros:

“O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem-instruído será como o seu mestre.” – Lucas 6:40.

DEUS LEMBRA-SE DOS INSISTENTES – O EVANGELHO DE LUCAS

DEUS LEMBRA-SE DOS INSISTENTES

“O anjo, porém, lhe disse: — Não tenha medo, Zacarias, porque a sua oração foi ouvida. Isabel, sua esposa, dará à luz um filho, a quem você dará o nome de João.” – Lucas 1:13

Ao contrário do que eu disse num artigo anterior, parece que Zacarias, mesmo já idoso, continuava a orar por um filho. Afinal, o anjo Gabriel afirma que sua oração foi ouvida. Provavelmente, na oração do sacerdote, incluía a restauração espiritual de Israel como nação.

Orar sem cessar é o que a palavra de Deus nos incentiva em textos como 1 Tessalonicenses 5:17. Especificamente por um filho, o texto de hoje fez-me lembrar de vários personagens bíblicos que assim o fizeram: Isaque assim o fez por Rebeca (Gênesis 25:21), Raquel por si mesma (Gênesis 30:22), além claro da súplica de Ana, mãe de Samuel, depois de muitos anos humilhada por sua rival Penina (1 Samuel 1:10-17). Gosto do que leio a respeito de Raquel: “Deus lembrou-se de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda.” – Gênesis 30:22

O evangelho de Lucas é o evangelho das orações e do incentivo de Jesus para que não desistamos de orar: é o amigo importuno que incomoda a meia noite (11:5-8), a viúva que insiste com o juiz iniquo (18:1-6) e as mães que insistiam para que Jesus abençoasse seus filhos (18:15-17) apesar da oposição dos seus apóstolos. Eis o ensino de Jesus sobre a importância de não desistirmos de orar:

“Por isso, digo a vocês: Peçam e lhes será dado; busquem e acharão; batam, e a porta será aberta para vocês.” – Lucas 11:9

Assim aconteceu com Zacarias: não parou de orar, insistiu com o Senhor e no momento de Deus foi atendido. Deus tinha o plano de mandar João para preparar o caminho de Jesus. Ao decidir cumprir o seu plano “lembrou-se” de Zacarias, que insistia com Ele, pedindo-lhe um filho. O plano de Deus se cumpriria, mas, não fosse a oração incessante de Zacarias e sua vida justa, Deus poderia ter escolhido outro para ser o pai de João.

Particularmente, sou uma pessoa insistente em minhas orações. Quantas e quantas vezes após meses e até anos orando ao Senhor, fui por Ele atendido. Na realidade, das vezes em que iniciei um período de clamor, súplica e insistência com o Todo-Poderoso, na maioria das vezes fui atendido.

Desta maneira, quero concluir incentivando a você que tem insistido com Deus: pedindo pela conversão de alguém, pela volta de outro aos caminhos de Deus, por um sonho ou projeto de vida, pelo crescimento da igreja, por sua família, para que seja mais achegado a Deus, por um emprego, pela cura da enfermidade de alguém amado…

Não importa. Continue insistindo, pedindo, orando a Deus. Junto com isso, tendo uma vida reta e justa diante do Senhor. Um dia desses é bem possível que Deus lembre da sua oração, intervenha e atenda o pedido que você, noite e dia, tem colocado diante dele.

Como Jesus mesmo diz: “Ora, se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem?” – Mateus 7:11

Peça, insista, fale com o Senhor. Mas jamais duvide do amor e cuidado dele na sua vida. Muitas vezes Deus pareceu não me responder, mas, pelo contrário, a maneira dele foi uma bênção ainda maior do que aquilo que eu estava pedindo insistentemente.

DEUS É RECOMPENSADOR DOS QUE O BUSCAM – O EVANGELHO DE LUCAS

“Nos dias de Herodes, rei da Judeia, houve um sacerdote chamado Zacarias, do turno de Abias. A mulher dele era das filhas de Arão e se chamava Isabel. Ambos eram justos diante de Deus, vivendo de forma irrepreensível em todos os preceitos e mandamentos do Senhor.” – Lucas 1:5-6

Depois de dirigir-se ao amigo de Deus, Téofilo, a quem é remetido o seu evangelho, Lucas começa a relatar sobre um casal que também foi amigo de Deus, Zacarias e Isabel, futuros pais de João Batista, profeta enviado para preparar o caminho do Senhor Jesus.

Ambos eram descendentes do primeiro sacerdote de Israel, Arão, irmão de Moisés. Ambos também eram considerados justos e irrepreensíveis na forma como viviam em obediência aos mandamentos de Deus.

Zacarias e Isabel são exemplos de que é, sim, possível viver da forma que Deus se agrada. Eles lembram de pessoas como Noé (Gênesis 7:1), Jó (Jó 1:1) e Daniel (Daniel 10:11-12), também descritos como pessoas que viveram de forma correta em seu tempo, de conformidade com a vontade de Deus. Por isso foram elogiados por Ele.

O texto diz que ambos não tinham filhos, sendo estéreis e agora já bem idosos. Fico imaginando como o casal deve ter orado a Deus pedindo um filho. Provavelmente já tinham se conformado, tomando por base a reação de Zacarias quando o anjo Gabriel lhe comunicou que seria pai:

“Então Zacarias perguntou ao anjo: — Como terei certeza disso? Pois eu sou velho, e a minha mulher também já tem idade avançada.” – Lucas 1:18

Porém, chama a atenção o fato de, apesar de parecer que não eram ouvidos por Deus, o casal continuava firme em seu temor ao Senhor, o que os levava a viver de forma reta diante do Todo-Poderoso.

Mas, para Deus, sempre é tempo para Ele agir, pois não está limitado a nada, muito menos pelo tempo ou pela vulnerabilidade humana. Já velhos, depois de muito esperar, o casal idoso gerará um filho. Como o anjo dirá a Maria, para Deus não existe impossíveis (1:37).

Zacarias e Isabel deixam para nós duas lições importantes:

1º Deus gosta de utilizar pessoas que lhe são fiéis e que para estes a vontade divina é importante. Quanto mais obediente a Deus alguém é, mesmo com suas limitações humanas, mais Deus pode fazer através dessa pessoa. A questão é que há muitos que, com o tempo, se cansam de fazer o que é certo (Gálatas 6:9), começam a achar que não vale a pena obedecer a Deus, como agiam os sacerdotes nos tempos de Malaquais (3:14-15).

Idosos e estéreis, parecia que não haveria jeito para o casal, mas continuavam de maneira irrepreensível servindo a Deus. É isto que Deus espera de nós: aconteça o que acontecer, independente de nossas limitações, o desejo do Senhor é que nos mantenhamos fiéis, obedientes, com os olhos fixos no Senhor dos Exércitos.

2º Deus é recompensador daqueles que o buscam (Hebreus 11:6). Sim, Deus alegra-se em recompensar a fidelidade dos fiéis. Não somente na eternidade, no céu, mas também aqui na terra. Por causa de sua fidelidade, obediência e reverência, Deus, que já tinha o plano de trazer João Batista com uma missão, Ele escolhe um casal fiel, e ainda sem filhos, para que, através da missão do seu profeta, abençoasse e alegrasse ainda mais a vida daqueles que lhe eram fiéis. Sim, quando nos deixamos ser utilizados por Deus, somos abençoados nesta terra, quando Deus decide nos utilizar no plano dele.

Por estarmos vivendo em consonância com a vontade de Deus, muitas vezes Ele nos dá o que chamo de alguns “mimos”, bençãos extras além do “pão nosso de cada dia”, do “maná” ou da “cesta básica”.

Ele vê que o seguiremos independente desses “mimos” extras e por ser tão amoroso, Ele nos abençoa muito mais do que esperamos. Como a Isabel e Zacarias que não esperavam mais ter um filho, mas mantinham-se fiéis ao Senhor independente dos presentes que Ele podia lhes dar. Assim, foram incluídos e abençoados pelos planos maiores de Deus.

Que Isabel e Zacarias sejam exemplos para nós, tanto de forma individual, para o homem e a mulher cristã, como também para nós, casados, pois, juntos, devemos servir ao Senhor, nosso Deus.

Todos os dias, de forma cada vez mais irrepreensível, independente de nossas dores e limitações.