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O PAPEL BÍBLICO DE MARIA – O EVANGELHO DE LUCAS

“E, aproximando-se dela, o anjo disse: — Salve, agraciada! O Senhor está com você.” – Lucas 1:28

“Mas o anjo lhe disse: — Não tenha medo, Maria; porque você foi abençoada por Deus.” – Lucas 1:30

“Então Maria disse: — Aqui está a serva do Senhor; que aconteça comigo o que você falou. Então o anjo foi embora.” – Lucas 1:38

“E exclamou em alta voz: — Bendita é você entre as mulheres, e bendito o fruto do seu ventre!” – Lucas 1:42

Cresci ouvindo meus pais repetirem uma reza: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.” Esta reza é chamada de “Ave, Maria” ou “salve, Maria”.

De fato, essas palavras são bíblicas e inspiradas pelo Espírito Santo, conforme o próprio texto afirma no versículo 42. A própria Palavra de Deus afirma que devemos honrar a quem merece honra por sua dedicação a Deus (Romanos 13:7 e Filipenses 2:29-30).

Maria, de fato, foi grandemente utilizada por Deus. Fico imaginando como deve ter sido emocionante ver e sentir o ventre crescendo e saber que ali estava sendo gerado o Filho de Deus, o Messias, o Salvador da humanidade.

O privilégio de dar-lhe de mamar, de carregá-lo nos braços e de ver o crescimento dele. Tudo isso foi um privilégio que José e Maria tiveram, creio que Maria até mais que José. E por isso Maria deve ser honrada, pois Deus, com certeza, escolheu “a dedo” aquela que teria tal privilégio.

No entanto, quando se sai da Bíblia, comete-se erros. E a reza citada o comete quando diz: “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores. Agora e na hora de nossa morte. Amém”.

Maria foi a mãe de Jesus enquanto ser humano e merece ser honrada por isso. No entanto, a honra deve terminar aqui. Isso não fez dela a intercessora ou algo parecido. Já na época de Jesus, houve pessoas que quiseram honrá-la além do aceitável por Deus e foram corrigidas pelo próprio filho de Maria, o Senhor Jesus.

“Aconteceu que, ao dizer Jesus estas palavras, uma mulher, que estava no meio da multidão, disse a ele, erguendo a voz: — Bem-aventurado o ventre que concebeu você e os seios que o amamentaram! Jesus, porém, respondeu: — Pelo contrário! Mais bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!” – Lucas 11:27-28

Maria foi uma serva fiel de Deus, cuidou de Jesus enquanto criança, se preocupou com Ele (Lucas 2:48), foi um exemplo de mãe. Esteve junto a cruz enquanto seu filho agonizava (João 19:25) e junto com os apóstolos logo após a ressurreição (Atos 1:14).

Depois disso Maria desaparece das páginas das Escrituras e ensinamentos feitos posteriormente a seu respeito como “virgindade perpétua”, “imaculada concepção” da própria Maria e “assumpção de Maria”, isto é, ela não teria passado pela morte, mas subido direto para o céu, são criações da religião sem base bíblica nenhuma. Acredita quem quiser, mas não há nada na Bíblia a esse respeito.

Com certeza, quando chegarmos no céu, após a volta de Jesus, encontraremos os heróis da fé do Velho Testamento citados em Hebreus 11, como também os do Novo Testamento como Paulo, Pedro, Timóteo e, entre eles, mulheres como Priscila, Isabel, Maria Madalena e, com certeza, Maria, a mãe de Jesus.

Conhecer as Escrituras nos livra do fanatismo que a religião muitas vezes nos leva a ter pelos seres humanos. Passamos a adorar somente a Deus, sequer venerar pessoas, mas honrar a cada um que dedica sua vida a Deus e deixa-se ser utilizado como instrumento dele como fez Maria.

Honremos, portanto, àqueles que serviram e os que servem a Deus hoje. Não esperemos que partam para fazermos isso. Mas jamais os adoremos e nem mesmo os tornemos objetos de veneração.