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MEDO OU TEMOR?

MEDO OU TEMOR?

Ao longo de nossa caminhada espiritual vez por outra nos deparamos com pessoas que dizem sentir “medo” de Deus e também escutamos outros dizendo que têm “temor” de Deus. Afinal, o que significa isso? Deve o servo de Deus ter medo ou temor Dele? Será que esses dois sentimentos são a mesma coisa? Vamos tentar entender melhor isso?

De uma maneira geral, quando falamos de medo estamos falando sobre algo que nos assusta, algo que nos faz paralisar, nos trava. Quem tem medo de altura, por exemplo, não pode ficar próximo a lugares altos…quem tem medo de baratas não consegue se imaginar próximo de uma, etc.; ou seja, o medo é um sentimento que nos faz ficar distante e evitar a causa de nosso medo.

Portanto, ao dizer que temos medo de Deus nós estamos dizendo que queremos ficar afastados de Deus já que, quando assim pensamos, Deus é aquilo que precisamos evitar, manter distância. 

Mas como podemos ter medo Daquele que só nos proporciona boas coisas, que só quer nos ajudar e abençoar? Qual o motivo de ter medo de Deus? Talvez isso possa ser causado por essa pessoa ter sido ensinada que Deus é alguém cruel, que vive castigando seus filhos e que só pensa em vingança. É aquela ideia errada que muitos fazem do “Deus do Velho Testamento”, que vivia castigando e matando as pessoas, portanto é alguém que deve ter medo. Mas isso é uma maneira errada de olhar para Deus. O “Deus do Velho Testamento” é o mesmo Deus do Novo Testamento, apenas sendo justo como sempre foi. 

O temor é um sentimento ligado ao respeito, à reverência e aceitação de que Deus é o Todo Poderoso Senhor do céu e da terra, que pode fazer qualquer coisa a qualquer tempo que queira, mas é um Deus amoroso, compassivo e que nos ama profundamente. Temor é você reconhecer que Deus tudo pode e que, por isso mesmo, cabe a nós ter por Ele todo respeito, mas isso não vai fazer nós nos afastarmos Dele. É essa ideia que encontramos em Provérbios 9:10 -, “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e o conhecimento do Santo é prudência”. 

O medo afasta. Para vencermos nossos medos, precisamos enfrentar a causa desse medo. Ter medo de Deus só nos fará querermos estar longe Dele.

O temor a Deus demonstra nosso respeito a quem Deus é. Sabemos o que Ele é e o que pode fazer, mas isso não nos assusta. Ao contrário, só aumenta nosso amor, admiração e reverência por um Deus tão poderoso e que ao mesmo tempo tem por Seus filhos o amor mais verdadeiro que existe! Glória a Deus por isso.

IGREJAS DE PAREDE PRETA

Há alguns anos, surgiu no Brasil uma moda entre as chamadas “igrejas evangélicas”: a pintura de seus prédios de preto. Ao que parece, essa tendência foi importada da Austrália, onde uma influente “igreja” local começou com essa prática.

Observa-se que as “igrejas” que adotam a pintura preta geralmente têm um apelo junto a um público mais jovem e mais “descolado”. Contudo, nosso objetivo aqui é compreender a vontade de Deus e o que Ele quer que façamos. Para isso, devemos buscar na Bíblia a resposta para todas as questões. Pode surgir a dúvida se a cor das paredes de um prédio tem alguma influência, mas como servos de Deus, nossa percepção deve ser mais profunda e racional.

Ao observarmos atentamente, percebemos que esses locais que adotaram a pintura preta buscam atrair um público mais jovem, mais aberto a novidades, frequentemente ligado a uma forma de adoração a Deus voltada para música, dança, teatro, projeções de vídeos e canhões de luz – basicamente, um show. Dentro desse contexto, a cor preta se encaixa bem, destacando melhor todos esses efeitos visuais.

É importante ressaltar que o ponto não é o uso da cor preta ou de qualquer outra cor, pois isso não é certo ou errado em si mesmo. A discussão aqui é sobre o propósito disso. Se o propósito da cor das paredes é ser um “chamariz” para as pessoas, como servos de Deus, devemos estar atentos. A Bíblia nos ensina que o que deve atrair as pessoas para Cristo é a verdade – “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).

O ser humano tem a tendência de buscar sempre algo novo, algo nunca tentado, uma novidade para alcançar seus objetivos. Isso, em si mesmo, não é errado. O problema surge quando tentamos usar isso em relação às coisas espirituais, achando que começar a fazer “algo novo” para atrair as pessoas não tem nada de errado.

Você pode estar se perguntando: “Qual o mal de pintar o prédio de preto? A Bíblia não fala sobre qual cor usar!”. A resposta correta deve ser “por que eu quero pintar o prédio de preto?”. Se a resposta for “porque as igrejas pintadas de preto estão atraindo pessoas”, isso já indica que a intenção não está correta. Por que usar uma maneira de atrair pessoas baseada em algo que a Bíblia não diz? Por que usar estratégias humanas para fazer algo espiritual que Deus já nos mostrou como fazer?

Ser servo de Cristo exige uma análise profunda de tudo que cerca nossas vidas, costumes e pensamentos. Se essa estratégia da cor de parede, por mais “inocente” que pareça, está sendo usada de maneira estranha, por que adotá-la? Por que correr o risco de fazer algo que, aos olhos de Deus, pode ser prejudicial?

Além disso, as pessoas, devido ao desconhecimento da Palavra, começam a usar o termo e a procurar se reunir “nas igrejas com paredes pretas”, formando mais uma denominação a partir de um costume humano que surgiu de algo aparentemente “inocente” – aliás, não é assim que todas as denominações surgiram?

Esse breve artigo não esgota o assunto, pois ele tem raízes mais profundas do que a mera cor da parede. No entanto, espero que ajude a olhar para essa e todas as outras coisas de uma maneira mais espiritual. Como disse nosso mestre Jesus em Mateus 10:16:

“Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas”.

Princípios Bíblicos na Adoração e Obediência

Todo lugar que fala de Deus é bom? Todos os caminhos levam a Deus? Devemos adorar a Deus de acordo com os nossos corações? Deus vê a intenção acima do mandamento? Apesar de Deus ser misericordioso com os que estão buscando sinceramente a vontade DELE, precisamos progredir e prestar adoração com certeza absoluta, não de acordo com o nosso próprio pensamento e coração.

Tomemos Cornélio como exemplo. Ele nem era judeu. O que ele estava fazendo não o justificaria, se não fosse a intervenção divina que lhe enviou o apóstolo Pedro. Este pregou o evangelho para ele e todos os seus e os batizou. Ele deixou de adorar a Deus do jeito que ele achava ou imitando os judeus, mas agora ele tinha o Espírito Santo e foi instruído por Pedro.

Vamos ver quatro exemplos sobre a questão de adorar a Deus com a melhor das nossas intenções.

Oferta Rejeitada – Gênesis 4:3-5

Será que qualquer tipo de adoração é aceita por Deus? A resposta para esta questão, apesar de parecer simples, não é tão óbvia assim, principalmente quando tiramos do mundo das ideias e colocamos na prática.

Hoje milhares de pessoas são ensinadas a ofertar o que tem naquele momento, mas não foi assim que Deus planejou a oferta desde o princípio. Ele ensinou Adão e Eva como ofertar, e eles ensinaram seus filhos. Eles disseram que tinha que ser o melhor do melhor que você tem para ofertar a Deus e não segundo os seus interesses e de um modo relaxado. Deus quer que tenhamos um propósito, que meditemos sobre a oferta, que nos esforcemos para trazer o melhor. Deus não nos desafia para dar o que tem no momento da oferta e para receber segundo os seus interesses; na verdade, a oferta é o que Deus já abençoou.

Abel trouxe da sua melhor oferta, e Caim, do resto. Certamente você conhece as consequências de não obedecer a Deus. Lembrando, a história acabou em homicídio. O que já estava errado, para não dizer que tinha sido um pecado de trazer para Deus um resto, tomou um rumo pior ainda.

Deus merece o melhor, não alguma coisa que você tenha para agradecer e compartilhar as bênçãos.

Adoração Inadequada – Levítico 10:1-2

Se é verdade que Deus aceita todo tipo de adoração, de todas as religiões e denominações, por que Ele foi tão severo com Nadabe e Abiú?

Nadabe e Abiú eram dois dos filhos de Arão, o primeiro sumo sacerdote do povo de Israel. A história deles é relatada no livro de Levítico, capítulo 10 da Bíblia. Resumidamente: Nadabe e Abiú decidiram oferecer incenso perante o Senhor de uma maneira não autorizada, usando fogo estranho que não tinha sido ordenado por Deus. Eles desobedeceram às instruções divinas sobre como realizar o ritual de adoração. Como consequência dessa desobediência, o fogo saiu da presença do Senhor e consumiu Nadabe e Abiú, resultando em suas mortes imediatas.

Deus não quer fogo estranho na adoração a Ele, isto é, não traga o que Deus não diz claramente no Novo Testamento. Deus nunca pediu danças, apresentações, manifestações da sua religiosidade, o seu coração do jeito que está e o que você tem para dar do seu jeito. Deus quer que o adoremos em verdade e em espírito, isto é, de um modo racional e com certeza absoluta. Não adore a Deus trazendo o livro de “Eu Acho” capítulo 7 versículo 5.

Em nenhum lugar diz que Deus vai nos consumir com fogo do céu, então para que arriscar?

Desobediência Fatal – 2 Samuel 6:6-7

Correndo o risco de ser repetitivo, pois você deveria conhecer esta história para não repetir os mesmos erros, esta passagem acima descreve um incidente em que o rei Davi estava transportando a Arca da Aliança de volta para Jerusalém. Durante o transporte da Arca da Aliança, os bois que a carregavam tropeçaram, fazendo com que a Arca balançasse. Uzá, um dos homens que acompanhava o transporte, estendeu a mão para segurar a Arca, provavelmente com a intenção de impedi-la de cair. No entanto, Deus ficou irado com a ação de Uzá e feriu-o por seu toque irreverente na Arca. Somente sacerdotes da tribo de Levi tinham permissão de tocar na Arca.

Deus não aceita a boa intenção do seu coração e ações. Ele deixou escrito o que o agrada. É seu dever ler ou, no mínimo, ouvir o que Ele quer. A fonte da vontade de Deus? A Bíblia e, hoje mais especificamente, o Novo Testamento.

Se você quer adorar a Deus do seu jeito e com irreverência, fazendo coisas que Ele não permite, então esteja pronto para enfrentar as consequências.

Sacrifício Inconsequente – 1 Samuel 13:8-14

Esta passagem relata o erro do rei Saul ao oferecer sacrifícios a Deus sem esperar pelo profeta Samuel, que era o designado para fazê-lo. Isso demonstra a importância da obediência às instruções divinas e as consequências da desobediência, enfatizando que Deus requer respeito por Seus decretos.

Enquanto Saul estava oferecendo o sacrifício, Samuel chegou. Ele imediatamente repreendeu Saul por sua desobediência, afirmando que, por causa disso, o reino de Saul não seria estabelecido e que Deus havia escolhido outro para ser rei.

Conclusão

Muitos agem hoje como se ignorassem a mulher samaritana no poço de Jacó, que encontrou um homem judeu e ele ousadamente conversou com ela. Ela reconheceu que ele era um profeta, mas tinha uma dúvida: onde e como devemos adorar a Deus? Ele respondeu que os samaritanos adoravam o que não conheciam, e a salvação vinha dos judeus, e este era o modo certo. Então, ela, para se justificar, disse que quem iria definir isso era o Messias, mesmo que estivesse escrito. Então, o homem disse à mulher: “Eu o sou, eu que falo contigo” (João 4:4-26).

Os princípios para adoração e obediência são:

Ofertar o melhor a Deus: Deus espera que ofereçamos o melhor do que temos em adoração, não apenas o que temos no momento, e que façamos isso com planejamento, um propósito e meditação.
Adorar a Deus de acordo com as Suas instruções: A adoração deve ser feita de acordo com as instruções divinas, evitando a introdução de elementos não autorizados ou “fogo estranho.”
Obediência às instruções divinas: A obediência às instruções de Deus é fundamental, e desobedecer a elas pode ter consequências graves.
Respeito pelos mandamentos de Deus: É importante respeitar os decretos divinos e agir de acordo com a vontade de Deus, em vez de seguir nossa própria interpretação.

Estas quatro histórias são do Velho Testamento. Pelo menos duas vezes apontei que o Novo Testamento tem proeminência nas nossas vidas, então, por que usei estas histórias do Velho Testamento?

O Velho Testamento foi escrito para o povo judeu e eles tanto estavam presos a ele quanto protegidos por ele até que a fé em pessoa chegasse. Quando Jesus chegou, aboliu a Lei e suas ordenanças (Gl 3:23-25). Se uma pessoa quer obedecer só um dos mandamentos da Lei, está obrigada (não é opcional) a guardar toda a Lei. Hoje quem quer se justificar usando o Velho Testamento, está se condenando, se desliga de Cristo e cai da graça (Gálatas 5:1-4). Maldito quem se coloca debaixo da Lei hoje (Gálatas 3:10).

Então, o Velho Testamento pode ser usado, mas tem que saber como usar (1 Tm 1:8). A Lei hoje serve como exemplo para nós e também para nos ensinar, porém, não é a nossa Lei, pois nem sequer judeus nós somos (Romanos 15:4; 1 Co 10:6, 11).

O fim do Velho Testamento é Cristo (Rm 10:4).

Louvor Opcional, Adoração Obrigatória

Por causa do confinamento preventivo ao COVID-19 (novo Coronavírus) Com as transmissões ao vivo dos cultos nos lares, muitos que optaram por usar instrumentos musicais no louvor, se viram impossibilitados de continuar com estas práticas (no entanto, a prática de uso de instrumentos musicais voltou a ser inserida nas transmissões on-line posteriormente).

As famílias que optaram por reunirem-se somente no núcleo familiar geralmente não têm um instrumentista, mas todos podem cantar em adoração ao Senhor. Isto não os impediu de adorar a Deus, pois o uso é uma opção inserida pela opinião e não por mandamento. Voltamos, de certo modo, às práticas como no tempo de Jesus nas sinagogas, nos lares e no começo da igreja. Historicamente os instrumentos só foram inseridos muitos e muitos anos depois.

Clemente de Alexandria viveu entre 150 a 217 depois de Cristo, foi um escritor, teólogo, apologista cristão grego nascido em Atenas e escreveu em O Pedagogo, ele escreveu: “Que deixemos o oboé aos pastores [de rebanhos] e a flauta aos homens cegos, que rendem aos ídolos um culto supersticioso. Esses instrumentos devem ser banidos dos banquetes sóbrios e bem regrados, pois eles convêm melhor a bestas do que aos homens, a não ser aos homens ferozes e selvagens… É necessário eliminar todos os espetáculos indignos, todos os discursos que ferem o pudor e tudo o que tem aparência de intemperança vergonhosa, pois ela faz entrar a voluptuosidade na alma pelos sentidos que ela seduz.” Historicamente a igreja não usava instrumentos musicais para adorar a Deus e o Novo Testamento, nosso único guia, não ensina tal prática.

Num primeiro momento na nossa história com a COVID-19, isso mostrou que a inserção de instrumentos musicais é realmente um acréscimo que homens religiosos escolheram para agradar a si mesmos, pois não estavam seguindo orientações neo-testamentárias. No entanto, não tiveram problemas de orar, cantar, fazer a coleta, a ceia, pregar a palavra e manter comunhão com um ou dois e familiares, em nome de Jesus. No passado, conversando com um deles que desviou totalmente adotando práticas que não encontramos respaldos bíblicos sobre o assunto, ele me disse:

– Eu particularmente não tenho nada contra [instrumentos musicais]. Tenho estudado bastante sobre o assunto e a conclusão que tenho chegado é que é uma questão de opinião.

Fico pensando onde as pessoas têm estudado sobre o assunto se a fonte é a Bíblia? Onde na Bíblia temos adoração opcional ou com base em opinião? Até uso a palavra louvor no título deste artigo, porque louvor não é adoração. Posso louvar uma pessoa, mas adoração é só a Deus. Uma pessoa pode louvar com instrumentos musicais, mas não pode adorar a Deus, pois Ele nunca pediu isso no Novo Testamento. Fica no mesmo nível de fazer uma canção de amor para quem se ama. É um louvor à beleza, personalidade e até os defeitos, mas não é uma adoração para a pessoa.

Vamos pensar sobre opcional ou opinião na adoração a Deus: Oração é mandamento ou opcional? Podemos, por nossa opinião, não ter orações? Cânticos com o coração é mandamento neo-testamentário ou é opcional? Por causa da opinião podemos retirar os cânticos? Oferta é um mandamento bíblico ou coisa opcional? Será que os ‘pastores’ por aí concordariam fazer uma reunião com a opinião de que, por opção, deveríamos não ter a oferta? Certamente eles perderiam o objetivo de reunirem centenas ou milhares de pessoas, pois não teriam arrecadação (que é o único objetivo de muitas organizações religiosas).

A Ceia do Senhor é opcional ou é um mandamento que, por opinião de qualquer um, poderíamos não ter? Leitura e pregação da palavra é um mandamento ou tem bases em uma opinião nossa? Podemos optar por não ter leitura e pregação num domingo desses? Comunhão é mandamento ou é opcional? Faltar ao culto é uma questão de opinião? Deus não é opcional e não está nem aí com as nossas opiniões. Me corrigindo, acredito que Deus liga, sim, para as nossas opiniões, mas Ele as ouve com tristeza, pois acréscimos opcionais são feitos diminuindo o valor por tudo o que Jesus morreu. Deus é exclusivista e não inclui o que nos agrada, mas o que nós precisamos fazer para o nosso próprio bem.

Sim, em todas estas questões levantadas acima, as pessoas podem fazer suas próprias opções e o pagão faz a opção, por opinião própria, de não ter nenhuma dessas atitudes e um culto de adoração a Deus. Mas não estamos falando sobre pessoas sem Deus… Se instrumentos musicais é uma coisa necessária para adorar a Deus, primeiro: onde está o mandamento ensinado no Novo Testamento e, então não deveria ser opcional ou questão de opinião e deveria ser, obrigatoriamente, usado como todas as práticas que recebemos por mandamento que nós deveríamos fazer obrigatoriamente.

No livro sagrado Eu Acho 1:15 diz que “você pode fazer tudo o que agrada o seu coração. Deus está contigo e sua opinião é o seu mandamento. Siga o seu coração“. É claro que você não tem este livro, ou tem? Tem muita gente que segue o livro sagrado chamado, “EU ACHO“. Ou segue aquele outro livro sagrado chamado “A MINHA OPINIÃO“. Dois livros nunca escritos, mas condenados pela prática dos discípulos de Cristo. Quanto a nós, devemos nos apegar nas Palavras inspiradas pelo Espírito Santo no Novo Testamento e ter a mesma atitude do apóstolo Paulo:

“Estas coisas, irmãos, apliquei-as figuradamente a mim mesmo e a Apolo, por vossa causa, para que por nosso exemplo aprendais isto: não ultrapasseis o que está escrito; a fim de que ninguém se ensoberbeça a favor de um em detrimento de outro.” (1Coríntios 4:6)

Quando você permite a entrada de uma adoração segundo a opinião, logo depois da sua opinião, outras opiniões pedem entrada e, se foi aberta a porta para aquela sua opinião, então deve-se abrir para outras opiniões. Será opcional, por causa das demais opiniões, ter episcopado feminino, expulsão de demônios, união homoafetiva, ministério de dança, etc. Se é opcional, não é bíblico. Se é bíblico, não é opcional (observe o contexto do artigo e use esta frase com cautela).

Analise você e suas práticas. Coloque-as diante de Deus com a Bíblia aberta e veja o que é mandamento explícito no Novo Testamento e o que é opcional, baseado em opiniões suas ou de outras pessoas. Tire tudo o que é opção de alguém ou de alguma opinião ou de alguma doutrina que não está nas práticas segundo o costume de Jesus e dos apóstolos e discípulos do Novo Testamento. Deixe sua opinião no seu coração, guarde para você. “Há muitas coisas nos corações que nos levam à perdição, mas a resposta correta, vem dos lábios do Senhor” (Parafraseando Prov. 16:1)

O CULTO DOMINICAL

INTRODUÇÃO

Há alguns dias gravei um vídeo, baseado em dois artigos escritos neste portal “O Culto Dominical – quão importante é” e “Culto dominical – bênçãos e privilégios”. No referido artigo descorri sobre a importância de, como seguidores de Jesus, nos reunirmos como igreja, assembléia ou comunidade de Cristo para celebrarmos juntos a Deus. Escrevi, inclusive, sobre a importância de estarmos preparados físico e espiritualmente para esse momento de comunhão.

Apesar de no Novo Testamento, inicialmente, os irmãos reunirem-se todos os dias, em razão da ressurreição de Jesus ter se realizado no primeiro dia da semana (depois chamado de domingo), este tornou-se o dia em que a igreja desde sua tenra idade reuniu-se. Vamos falar um pouco dele.

O DOMINGO É O DIA CORRETO?

Não obstante a oposição de parte da cristandade, em especial dos Adventistas do Sétimo Dia, há farto material bíblico, extra-bíblico e histórico a comprovar que o primeiro dia da semana foi o dia escolhido por Deus como o da celebração mais importante dos cristãos.

No livro de Atos vemos o exemplo da igreja primitiva reunindo-se no primeiro dia da semana, conforme Atos 20:7, que algumas bíblias traduzem como “sábado à noite”, provavelmente em razão de que, para os judeus, o sábado terminava às 18:00 horas e não às 23:59:59 como hoje. Aliás, no texto do livro de Ato consta que os irmãos reuniram-se para “partir o pão”, que tornou-se a maneira de referir-se a celeração da ceia do Senhor. O primeiro dia da semana” não era o sábado, mas o dia após o sábado, conforme é evidente nas declarações registradas nos relatos do evangelho (veja Mateus 28:1; Marcos 16:1, 2; Lucas 23:56; 24:1).

Provavelmente pelo mesmo motivo o apóstolo Paulo incentiva a igreja a realizar suas coletas no primeiro dia da semana (1 Coríntios 16:1-4), o que faria com que a reunião concidisse com o dia da realização da ceia do Senhor, orientanda àquela igreja no capítulo 11 da mesmo epístola (11:23-26).

Porém, a maior prova de que a igreja se reunia no primeira dia da semana está em Apocalise 1:10. João está exilado na ilha da Patmos e no seu escrito ele diz que encontrava-se no ἡμέρα κυρίου ou no dia do Senhor, que deu origem ao termo “domingo”. No momento de adoração João recebeu a revelação de Jesus encontrada no livro.

Há ainda documentos, escritos no segundo e terceiro séculos da era cristã que apoiam o domingo como o dia da reunião dos cristãos como, por exemplo, o escrito do oficial romano Plínio, o jovem (63-113 D.C.), o Didaquê (90 a 150 D.C.), o escrito de Inácio (35-107 D.C.), cristão que conviveu com o apóstolo João, a epístola de Barnabé (escrita em 130 D.C), o livro Atos de Pedro (escrito aproximadamente em 180 D.C,), o escritor cristão Tertuliano (160-220 D.C) e, finalmente, Eusébio de Cesareia, que escreveu em cerca de 300 D.C. o livro “A história eclesiástica”. Todos afirmam que o domingo era o dia em que a igreja reunia-se para celebrar a ressurreição de Jesus, quando havia a celebração da ceia do Senhor. Mais informações sugiro a leitura do estudo “A ceia do Senhor” na revista A verdade para Hoje (Clique na frase sublinhada para ler).

QUAL O HORÁRIO CORRETO?

Desde que a igreja se reuna no domingo, não importa se de madrugada, de manhã, à tarde ou à noite, o importante é que seja no primeiro dia da semana. Afinal, no início da igreja, o único dia de descanso era o sábado e para os judeus. Desta maneira, os demais cristãos trabalhavam normalmente todos os dias da semana, inclusive no domingo, e assim separavam algum momento daquele dia normal para reunirem-se.

O QUE FAZER NO DIA DO SENHOR?

Podemos utilizar as palavras de Paulo encontradas em 1 Coríntios:

“Que fazer, então, irmãos? Quando vocês se reúnem, um tem um salmo, outro tem um ensino, este traz uma revelação, aquele fala em línguas, e ainda outro faz a interpretação. Que tudo seja feito para edificação.” – 1 Coríntios 14:26

Exposição da Palavra 

Tendo este texto em mente, bem como o exemplo de Atos 20:7 e o fato de que aos nos reunir estamos ensinando uns aos outros todas as coisas que Jesus nos ordenou (Mateus 28:20), no culto dominical deve ser reservado um tempo considerável para o ensino da Palavra de Deus, chamado de sermão ou mensagem atualmente. Em minha opinião, menos que 30 minutos é pouco tempo para uma boa explicação bíblica, porém, esse tempo não deve ser muito ultrapassado, até pela incapacidade da menter em reter informações longas e a presença de crianças em nossas reuniões. Uma ideia boa que tem surgido é, após a reunião, um tempo ser reservado para um estudo conjunto das Escrituras, chamado por muitos de Escola Bíblica Dominical.

A ceia do Senhor

Dentro da reunião, além da mensagem, chama a atenção que Atos 20:7 destaca que naquele dia haveria o partir do pão, isto é, a celebração da ceia do Senhor, relatada em 3 dos 4 evangelhos, instituída por Jesus e por ele determinada que fosse feita em “memória dele” (Lucas 22:19) e ainda orientada pelo apóstolo Paulo, quando corrigia os erros que os irmãos na cidade de Corinto comentiam ao celebrar a ceia (1 Coríntios 11:23-31). Os católicos a chamam de “eucarista” ou ação de graças. É um nome apropriado, pois estamos dando graças a Deus em razão do sacrifício do seu Filho por nós.

Oferta

Ainda como parte do culto temos a oferta generosa, de conformidade com a prosperida de cada cristão, que substituiu o dízimo, ordenança restrita ao Velho Testamento. Na nova aliança somos incentivados a ofertar de coração, como gratidão pelas bênçãos de Deus e de forma livre, sem qualquer controle externo como, por exemplo, envelopes com a identificação do ofertante. No entanto, o ato deve ser incentivado e ensinado, conforme vemos em vários textos no Novo Testamento (Romanos 15:26-27, 1 Coríntios 16:1-4 e 2 Coríntios 8-9, entre outros).

O canto vocal

Como parte do culto cantamos de forma vocal, isto é, à capela (ou, à moda da igreja, a própria palavra já nos ensina a maneira certa de cantar), conforme instruções em Efésios 5:18-20 e Colossenses 3:16. O canto tem o objetivo de louvar a Deus, mas também instruir a igreja sobre as verdades do evangelho. Daí a necessidade de sempre selecionarmos bem os hinos que cantaremos. Não basta ter uma boa melodia, mas, também e principalmente, uma letra que vá ao encontro dos ensinos das Escrituras Sagradas. Não há no Novo Testamento nenhuma ordenança ou exemplo da utilização de instrumentos musicais nos cultos.

O texto citado acima no iníco refere-se ao “falar em línguas” e a “revelação” e a “interpretação”, porém, são dons que ficaram no primeiro século, conforme Paulo já previra em 1 Coríntios 13:8. A igreja do Senhor não precisa de nenhuma revelação, a não ser aquelas constantes nos 66 livros da Bíblia e, em especial, nos 27 livros do Novo Testamento, a nova aliança, que determina o que deve ou não fazer parte da igreja do Senhor em suas reuniões.

Pronto. Eis aí o conteúdo que deve fazer parte de nossa reunião dominical: a ceia do Senhor, a pregação da Palavra de Deus, a oferta voluntária e os cânticos vocais. Qualquer outro acréscimo, se for utilizar, deve ser com cuidado como, por exemplo, avisos, pedidos e agradecimentos, um testemunho de um irmão, entre outros.

É um dia santo? Substitui o sábado?

Em certo sentido, é um dia santo, uma vez que separado para a reunião da igreja, em especial para celebrar a ressurreição de Jesus. 

Porém, não significa que nesse dia os cristãos não possam trabalhar ou fazer qualquer esforço, como exigia-se no dia de sábado para os judeus.

Conforme Paulo nos ensina, todos os dias são dedicados a Deus (não somente o domingo). Vejam Romanos 15:5-8 a respeito. Claro que devemos nos esforçar para não trabalharmos de forma nenhuma no domingo. Mas, cuidado com o julgamento de irmãos que, premidos por suas necessidades, aceitam trabalhar nesses dia. E, quando estes aceitam, devem fazer o esfoço necessário para reunirem-se com um grupo de discípulos antes de sairem para o trabalho ou após e busquem maneiras para que a situação seja por um tempo apenas. Por experiência própria quando fazemos do reino de Deus nossa prioridade, nos sacrificando, inclusive, Deus nos abre portas maravilhosas que nos darão o tempo necessário para com o corpo.

Afinal, domingo é dia para, além de nos reunir como igreja, descansarmos e passarmos o tempo com a família e amigos. Neste sentido o princípio para o qual foi criado o sábado e posteriormente desvirtuado,  deve permanecer no tocante ao domingo, qual seja, feito para a o descanso do ser humano (Marcos 2:27).

Culto, missa OU REUNIÃO?

O nome não é importante, pois trata-se de uma reunião para cultuar ou celebrar a Deus, em especial pela ressurreição do seu Filho Jesus, que com seu sacrifício, abriu as portas dos céus à humanidade (João 14:6). A palavra missa vem do latim missa,ae e significa ‘deixar ir, lançar, atirar’, a partir da mensagem sacerdotal Ite, missa est ‘ide, [a oração] foi enviada [a Deus. É uma palavra apropriada mesmo para o catolicismo, o qual possui um sacerdote escolhido por aquela religião. Na Bíblia, todos os cristãos são sacerdotes (1 Pedro 2:9 e Apocalipse 1:6) e neste sentido, todos (e não somente os celebrantes ou dirigentes) estão prestando um serviço de adoração a Deus através de fruto de lábios que professam o nome de Deus (Hebreus 13:15).

CONCLUSÃO

Que no primeiro dia da semana, dia da ressurreição de Jesus, façamos questão de nos livrar do pecado da preguiça, da falta de prioridade, da rebeldia, da falta de perdão, dos ressentimentos  e da desobediência e de todo o peso que porventura queiram nos impedir de estar com os irmãos (Hebreus 12:1) e cheguemos até antes do horário marcado. Seja ao prédio, à casa, ao salão, à beira do rio, não importa o local, o importante é, como família de Deus, com alegria, celebrarmos àqueles que por muito nos amar, entregou sua vida por nós.

Tudo Pertence a Deus e aos Seus Filhos

A razão de sermos generosos em ofertar

“Eli abençoava Elcana e a sua mulher e dizia: — Que o Senhor dê a você filhos desta mulher, em lugar do filho que devolveu ao Senhor. E voltavam para a sua casa. Assim, o Senhor abençoou Ana e ela engravidava. Teve mais três filhos e duas filhas. E o menino Samuel crescia diante do Senhor.” – 1 Samuel 2:20-21

Estou lendo o Velho Testamento e tirando dele lições que, passado tanto tempo, podemos aplicar para nós que vivemos na Nova Aliança, afinal, como disse Paulo, tudo o que foi escrito serve para nosso consolo, edificação e nos dar esperança (Romanos 15:4).

O texto que abre este artigo é uma amostra prática da maneira como devemos agir com relação a tudo o que temos, o princípio de ser um bom administrador do que recebemos de Deus.

Ana era uma mulher sofrida por não ter filhos e ainda zombada por sua rival, Penina. Porém, esta mulher entendeu com o tempo que Deus (e não o amor de seu marido ou mesmo um filho) deveria ser o seu bem maior. Por isso, ao pedir que lhe desse um filho, prometeu que o devolveria ao Senhor ainda jovem e, de fato, dá impressão que Samuel tinha uns 3 anos quando foi servir o sacerdote Eli (2:24), vindo a tornar-se depois sacerdote, profeta e o último juiz em Israel. Imagine uma mãe com seu único filho, entregando-o ainda tão jovem e ficando sem filhos consigo. Isto é fé na prática e honrar ao Senhor acima de tudo. Até certo ponto prefigura o que Deus fez por nós, ao nos dar o melhor que tinha, Seu Filho, para morrer na cruz em nosso favor (João 3:16).

O princípio tirado desta lição é que tudo o que temos pertence ao Senhor e devemos devolver a ele e quando assim agimos tudo o que antes era “meu” (como na parábola do rico tolo de Lucas 12:13-21) passa a ser nosso, isto é, meu, do Senhor e como consequência, uma maneira dele, através de mim, abençoar também outras pessoas.

Isto se aplica, por exemplo, na oferta do que temos. Não somos limitamos ao dízimo (preceito da velha aliança), pois Deus quer todo o nosso coração e também não damos para receber “em dobro” como diriam os religiosos, mas porque entendemos que Deus quer de nós, não 10% (isso é mixaria), mas 100% de nossa vida que materializa-se no melhor do nosso tempo, nosso dinheiro, nossos bens, enfim, Deus agrada-se quando Ele se torna o nosso maior bem. Particularmente, entendo que no mínimo 10% do que temos não deve ficar conosco, mas utilizado para abençoar outras pessoas.

O problema é que acontece de às vezes sermos abençoados por Deus com algo (um emprego, um bem material, dinheiro, entre outros) e esta coisa pode tornar-se o nosso “deus” quando a utilizamos apenas para satisfazer nossas vontades e nos apegamos a ela. Ana entendeu que não precisava se apegar a bênção que foi Samuel (Deus já era seu maior bem) e por isso o devolveu ao Senhor. Como consequência do seu desapego Deus deu a Ana mais 5 filhos (mesmo ela não tendo colocado isso como condição para devolver Samuel). Abraão foi outro que entendeu que Deus deveria ser seu maior bem e estava pronto a lhe entregar (até de forma violenta) Isaac. Mas Deus não estava interessado no sacrifício de Isaac, mas em conhecer o coração desapegado de Abraão.

Por isso Paulo diz em 2 Coríntios 9:6

“E isto afirmo: aquele que semeia pouco também colherá pouco; e o que semeia com fartura também colherá com fartura.”

Deus vai nos dando bênçãos e quando não fazemos dessas bênçãos nosso “deus”, a raiz da idolatria, o Senhor de maneira graciosa vai abrindo ainda mais as portas do céu, pois sabe que as bênçãos a nós concedidas não ficarão retidas conosco, mas serão utilizadas para a sua glória e honra e para abençoar seus filhos e suas criaturas.

O filho mais velho de Lucas 15:31 não entendeu essa realidade:

“— Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho é seu.”

Sim, precisamos aprender esta lição: não temos nada, tudo pertence a Deus, que nos abençoa de forma tão generosa. E quando somos mãos abertas para abençoar outros com o que recebemos de Deus, tudo o que é dele torna-se nosso e aí não há limites para que suas bênçãos sejam derramadas e, quando falo isso, digo em todos os sentidos, espirituais e materiais. Às vezes é uma habilidade especial que quando Deus nota que não será utilizada para nosso proveito egoísta, para nossa autopromoção, para alimentar nosso ego, ele nos dá, pois sabe que utilizaremos para Ele, para o reino dele e nosso próximo.

Que possamos, irmãos, aprender esse segredo com Ana: fazer de Deus o nosso bem supremo, maior, acima de tudo e de todos e nos colocar como canal de bênção para tudo aquilo que Ele quiser fazer através de nós. Aleluia!

SUGESTÕES PARA REALIZAR O CULTO AO SENHOR, NOSSO DEUS, EM CASA

Enquanto a pandemia do Corona Vírus não recomendar reunião presencial. [texto com base nas recomendações da IGREJA DE CRISTO EM CAMPO GRANDE – CENTRO]

1- PREPARAR OS HINOS

Escolher no sábado alguns hinos para serem cantados na reunião de domingo. Segue abaixo site do “Cantor Cristão” onde há letras de muitos hinos para serem cantados. Se preferir, pode solicitar hinário emprestado na igreja. https://www.letras.mus.br/cantor-cristao/

2- REUNIR A FAMÍLIA e/ou todos os que moram na mesma casa.

Se morar sozinho(a), ligar para uma família de irmãos e participar via vídeo ou áudio junto com eles. É recomendável não ter encontros presenciais fora do lar.
a. Marcar preferencialmente o mesmo horário a cada domingo. Sugestão é todos nós nos reunirmos no mesmo horário as 9:30hs com já fazemos no prédio.
b. Mesmo estando em casa, vestir-se como se estivesse indo ao culto no prédio.

3- CELEBRAR A CEIA

a. Antes da reunião deixar preparado o pão da ceia, pão sem fermento. Anexo 1. E o suco de uva.
b. Sugestão de passagens para meditação durante a Ceia. Anexo 2

4- CELEBRAR A OFERTA

a. Realizar a oferta em família. Anexo 3
b. Efetivar o depósito na conta da Igreja de Cristo onde você congrega – pode ser feito via caixa eletrônico em qualquer agência ou transferência bancária via celular de preferência.

5- OUVIR JESUS PREGAR EM SUA CASA.

a. Seis mensagens de Jesus (uma para cada domingo).
✓ Ler/ouvir a passagem duas vezes ou mais. Ela será utilizada como alicerce para a meditação que será feita respondendo às perguntas abaixo.
✓ Sentado com Jesus e conversando com Ele.
Na passagem Jesus fala, nas respostas às perguntas, você interage, se relaciona e se comunica com Jesus. Você fica ativo no diálogo.

i. O que essa passagem diz sobre Deus?
ii. O que essa passagem diz sobre a condição humana?
iii. Se você acredita nela, o que você faria ou faz para obedecê-la?
✓ Sentado com Outro, ouça o coração dos presentes.
iv. Pelo que em particular, você está grato agora?
v. Em suas próprias palavras, como você narraria esta leitura? Conte aos
presentes, como estivesse contando uma história para um amigo.
b. ou Caderno anexo “Jesus em Casa” com nove estudos

6- ORAÇÃO

Inclua ela em todas as partes deste culto. É na oração que o céu se encontra com a terra; o divino com o humano e as promessas com a vida.

Anexo 1 – Receita do pão da Ceia.

PÃO DA CEIA (receita caseira) – de Jacqueline Bost
INGREDIENTES:
1 xícara de farinha de trigo
2 colheres de sopa cheias de margarina
1 pitada de sal
1 pitada de açúcar
1⁄4 xícara de água
MODO DE FAZER:
Misturar a farinha, a margarina, o sal e o açúcar até formar uma farofa. Acrescentar a água, misturando com a farofa e amassar, formando o pão como se fosse um disco de pizza (redondo e achatado), com uns 15 cm de diâmetro. Colocar numa assadeira (não é necessário untar) e assar por 30 minutos, virando o pão na metade do tempo, para dourar dos dois lados. O tempo pode variar de acordo com o forno.
(receita tirada do livro: de Bryan Bost: “De casa em casa” – crescimento da Igreja nos lares- editora Vida Cristã- apêndice).
Anexo 2 – Passagens para meditação em preparação da Ceia.

1. PRIMEIRO DIA DA SEMANA

– Leia Atos 20:7.
– A igreja se reúne, de acordo com a Bíblia, todo primeiro dia da semana para tomar a ceia do Senhor.
– O primeiro dia da semana é o dia que Jesus ressuscitou dos mortos.
– Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou no primeiro dia da semana para comprovar que Ele pode nos dar vida também.
– Vamos tomar a ceia juntos hoje e agradecer a Deus pela salvação que temos em Jesus.
(Oração antes de comer o pão e uma oração antes de tomar o suco).
– Por exemplo: “Nosso Amoroso Deus, queremos comer este pão hoje, pensando no corpo de Cristo que ressuscitou no primeiro dia da semana. Louvado seja Seu Nome, pois foi Seu poder que O ressuscitou”. Em Nome de Jesus Amém.
– Por exemplo: “Nosso Deus cheio de compaixão, tomamos este cálice, pensando no sangue de Cristo, este sangue que tirou o nosso pecado e nos garante a nossa ressurreição no futuro. Obrigado Pai”. Em Nome de Jesus Amém.

2. PURIFICAÇÃO

– Leia Hebreus 10:1-10.
– Jesus, puro e sem pecado, foi oferecido para que nós possamos ser puros e santos.
– Quando alguém segue Jesus, o sangue de Cristo lava os seus pecados.
– Tomamos a ceia do Senhor para agradecer a Deus, com todo o nosso coração pela
purificação que temos em Jesus. Não sentimos mais a culpa! Amém!
– Oração: agradeça a Deus pela purificação que temos por meio de Jesus.

3. CORPO E SANGUE DE CRISTO

– Leia Mateus 26:26-30.
– Jesus iniciou a ceia do Senhor com Seus discípulos.
– Ele queria que, por meio do pão, eles lembrassem do corpo Dele oferecido em sacrifício.
– Ele queria que, por meio do suco do fruto da videira eles lembrassem do sangue Dele oferecido para perdoar nossos pecados.
– Jesus deu graças e eles tomaram. Vamos dar graças a Deus também hoje pela nova vida que temos em Jesus.
– Oração antes de comer o pão. Oração antes de tomar o suco.

4. CORPO E SANGUE DE CRISTO

– Leia Hebreus 10:19-20.
– No passado, somente o sumo sacerdote podia entrar na presença de Deus.
– Hoje, todos os que foram purificados pelo sangue de Jesus podem entrar na presença de Deus. O sangue de Jesus removeu o nosso pecado que era uma barreira de separação entre nós e Deus.
– Vamos tomar a ceia hoje e lembrar e agradecer que foi a morte do corpo de Jesus que nos deu o nosso relacionamento maravilhoso com Deus.
– Oração antes de comer o pão. Oração antes de tomar o suco.

5. ALIANÇA COM CRISTO

– Leia Mateus 26:26-30.
– Jesus fez uma aliança conosco por meio de Sua morte na cruz. Ele assinou com Seu sangue.
– A parte da aliança (contrato) Dele é nos dar perdão dos pecados e a vida eterna.
– A nossa parte da aliança é o nosso compromisso de deixar a velha vida do pecado e viver como Jesus viveu, com amor para com Deus e amor uns pelos outros.
– Através da ceia do Senhor nós nos lembramos da aliança feita com Jesus.
– Oração antes de comer o pão. Oração antes de tomar o suco.

6. LIBERDADE EM CRISTO

– Leia Romanos 6:1-7. (e/ou Romanos 6:16-18)
– Antes de conhecer Jesus éramos escravos do pecado, estávamos longe de Deus e mortos espiritualmente.
– Quando obedecemos ao Evangelho, através do batismo, fomos libertados do pecado.
– Agora, em Cristo, temos uma nova vida. Somos justificados e aprendemos de Cristo como fazer as coisas corretas.
– Vamos tomar a ceia hoje e adorar a Deus pelo sacrifício de Cristo que nos libertou do jugo do pecado.
– Oração antes de comer o pão. Oração antes de tomar o suco.

Anexo 3- Passagens para meditação em preparação da Oferta

1. TEMOS RECEBIDO MUITO DO SENHOR

– Leia João 1:16.
– Nós temos recebido de Deus graça sobre graça. Bênçãos e mais bênçãos.
– Vamos ofertar hoje e mostrar a nossa gratidão pelo que Deus tem feito por nós.
– Oração

2. LOUVOR AO SENHOR

– Leia Filipenses 4:18-19.
– As ofertas que a igreja contribuiu para evangelização eram consideradas por Deus como o louvor da igreja em Filipos.
– Vamos adorar a Deus com nossas ofertas hoje. A nossa oferta vai agradar a Deus e ajudar a salvar almas.
– Oração.

3. PRÍMICIAS

– Leia Gênesis 4:1-5.
– Duas pessoas trouxeram uma oferta a Deus. Deus só aceitou uma oferta.
– A oferta e louvor de Abel foram aceitos por Deus porque foram das primícias; o melhor que Abel tinha. Abel reconheceu de onde veio tudo o que ele tinha: de Deus. E ele agradeceu a Deus com o melhor que ele tinha.
– Deus é tão bom conosco. Vamos chegar preparados todo domingo com as primícias das bênçãos que recebemos Dele.
– Oração

4. LIBERALIDADE OU GENEROSIDADE

– Leia 2 Coríntios 8:1-5.
– Quando a Bíblia fala em ofertar, sempre mostra pessoas ofertando com liberalidade e generosidade.
– Vamos sempre imitá-las com as nossas ofertas.
– Oração

5. TUDO PERTENCE A DEUS

– Leia Ageu 2:8.
– Tudo neste mundo pertence a Deus.
– Nós somos administradores Dele.
– Deus quer ajudar os pobres. Deus quer a salvação do povo. Nossas ofertas sustentam pregadores, evangelistas que vão ensinar e batizar os perdidos.
– Vamos usar uma parte do dinheiro que Deus nos deu para fazer o que Ele quer.
– Oração.

6. OBRAS QUE PODEM SER FEITAS (missões, sustento de alunos e  regadores, pobres, edificação da igreja)

– Leia Filipenses 4:14-18.
– Nesta leitura, vimos a igreja de Filipos enviando donativos para ajudar o missionário Paulo.
– A maior parte de nossa oferta toda semana é usada para pregar o Evangelho também.
– Vamos orar a Deus sobre a nossa oferta hoje.

Anexo 4 – A pregação de Jesus – alicerce para meditação.

22/março 29/março 05/março 12/abril – 19/abril – 26/abril –
– João 1:1-18 – ler duas vezes e responder as questões item 5
– João 13:1-17 – ler duas vezes e responder as questões item 5 – João 14:15-31 – ler duas vezes e responder as questões item 5
João 15:1-17 – ler duas vezes e responder as questões item 5
João 15:26 – 16:15 – ler duas vezes e responder as questões item 5 João 17:1-17 – ler duas vezes e responder as questões item 5

O Culto no Novo Testamento

Por estranho que possa parecer, o culto do Novo Testamento é diferente do culto do primeiro século. Da mesma forma nós não devemos perseguir ser a igreja do primeiro século, mas a igreja do Novo Testamento. A igreja primitiva não tinha todos os recursos que nós temos. Na época eles tinham consolidado o Velho Testamento e a inspiração do Espírito Santo aos apóstolos e profetas já na Nova Aliança (NT). Eles ainda tinham os profetas exatamente por causa da transição do Velho para o Novo Testamento. Nós temos o Novo Testamento consolidado como palavra de Deus tão importante quanto o Velho Testamento para o tempo deles. Então, precisamos ser os discípulos do Novo Testamento e não imitadores da igreja imperfeita do primeiro século. Sim, a igreja do primeiro século era imperfeita e infantil, mas nos serve de exemplo para não seguirmos os erros que eles cometeram por falta de base.

O apóstolo Paulo nos revela que o conhecimento deles era em parte e naquele tempo precisavam ser guiados por profecias, línguas e interpretações que, no futuro deles e não no nosso, desapareceriam, cessariam e passariam. O conhecimento deles era parcial e o perfeito estava para vir:

“O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará. Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.” (1 Coríntios 13:8-10)

Nós, através da Palavra de Deus (O Novo Testamento), temos o conhecimento completo tanto da Velha quanto da Nova Aliança. TUDO O QUE PRECISARMOS, JÁ ESTÁ REGISTRADO NAS PÁGINAS DO NOVO TESTAMENTO. Então, o Novo Testamento e, nada mais, deve ser nosso guia para saber como adorar a Deus.

“Amados, embora estivesse muito ansioso por lhes escrever acerca da salvação que compartilhamos, senti que era necessário escrever-lhes insistindo que batalhassem pela fé uma vez por todas confiada aos santos.” (Judas 1:3)

“Seu divino poder nos deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude.” (2 Pedro 1:3)

Quando falamos sobre culto, devemos estar falando sobre amor, agradecimento e adoração a Deus e não apenas louvor. Eu posso louvar até mesmo uma pessoa pelas coisas boas que ela faz, mas eu não posso adorá-la. Só para Deus eu devo adoração. Então, devemos saber o que agrada a Deus e não a nós na adoração. Deus é quem nos revela e a revelação é o Novo Testamento.

Vamos tirar as bases para a nossa prática da Palavra e não da história da religião ou os exemplos modernos vistos na televisão ou na Internet. O que fazemos juntos de todas as formas é VOLTAR À BÍBLIA, restaurar a vontade de Deus e não pegar exemplos humanos e boas ideias e tentar melhorar. A palavra deve ser aplicada a nós primeiro sem invenções ou ultrapassar o que está escrito no Novo Testamento.

OS ENSINAMENTOS

Começamos no início da igreja. Os quase três mil batizados no dia de Pentecostes foram ensinados a serem perseverantes na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2:42). Já temos aí, um resumo das práticas do culto a Deus.

“Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.” (Atos 2:41, 42)

Vamos resumir novamente para confirmar que o culto do Novo Testamento está na prática num dos primeiros ensinos que os apóstolos e discípulos de Jesus receberam como base para começarem a vida eterna já nesta terra: doutrina (ensino) dos apóstolos, comunhão, partir do pão e orações.

• A DOUTRINA DOS APÓSTOLOS

A doutrina que os apóstolos ensinavam não foram suas invenções, foi a pregação do evangelho e como aplicá-lo à vida. O evangelho é a vida de Cristo, seus ensinamentos e, resumindo, sua morte na cruz, sepultamento e ressurreição (Mc 1:1; 1 Co 15:1-4). Eles não inventaram o evangelho, eles o viveram como testemunhas oculares da presença de Deus pessoalmente através de Jesus.

Com base na doutrina que os apóstolos ouviram de Jesus e, tanto pregaram quanto deixaram escrito, é que nós também pregamos e até cantamos nos dias de hoje. O cântico também é uma forma de todos juntos reforçarmos os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos.

Todos nós sabemos que ser fiel na doutrina dos apóstolos é obedecer ao que está escrito no Novo Testamento. A base para adoração a Deus é o Novo Testamento. Deus deu toda autoridade a Jesus e toda revelação aos apóstolos e discípulos que nos deixaram escrito o qual é a vontade de Deus que o agrada. O que vemos acontecendo nas páginas do Novo Testamento podemos justificar em cada ato do culto dominical.

No culto devemos colocar em prática a doutrina dos apóstolos através de tudo o que fizermos. Através da prática da Palavra expomos também tudo o que não pertence à Palavra.

• A COMUNHÃO

A comunhão é de suma importância para o crescimento espiritual. No dia, local e hora da adoração (definidos pelas pessoas, a igreja) é que andamos na luz e o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:7). Comunhão uns com os outros é comunhão com Cristo. Não é apenas um encontro é um privilégio chegar na presença de Deus por meio de Jesus, nosso Sacerdote e Bispo das nossas almas. Aprendemos da Palavra ter comunhão e do exemplo dos discípulos do Novo Testamento. Faltar ao culto é um pecado grave que não resta sacrifício, apenas misericórdia de Deus que nos dê tempo de nos arrepender e voltar ao convívio com o corpo de Cristo no próximo domingo (Hb 10:24-31).

Na comunhão nos estimulamos ao amor e às boas obras. Naquele momento conhecemos melhor aos irmãos e vemos o quanto precisamos do amor de Deus que acontece através de nós mesmos amando uns aos outros. Conhecemos também as necessidades e aí entra a oferta. Não podemos dizer que amamos uma pessoa sem abrir nossos corações para as necessidades dela.

“Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.” (1 João 3:17,18)

Devemos sair de casa já preparados para ofertar conforme a nossa prosperidade e não conforme o desafio de alguém. Deve ser feito com alegria e não porque alguém está nos constrangendo a dar mais e buscar nossos interesses. Oferta deve ser para o outro e para as necessidades e não para benefício próprio. Ofertar já é um privilégio (1 Co 16:1, 2; 2 Co 9:6-9).

• O PARTIR DO PÃO

Jesus era conhecido por partir o pão. Muitas vezes Jesus fazendo isso e foi reconhecido por partir o pão (Lc). O pão remete ao Êxodo. É o pão sem fermento e o sangue do cordeiro representado pelo cálice do fruto da videira. Foi Jesus pessoalmente que deixou este memorial para ser praticado todas as vezes que nos reuníssemos no dia Dele (Mt 26:26-30). A Ceia do Senhor é uma bênção que nos lembra da libertação da escravidão do pecado através da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus. O apóstolo Paulo recebeu do próprio Jesus as instruções quanto a Ceia e disse que era para ser feito em memória Dele todas as vezes que nos reuníssemos (1 Co 11:23-30).

Deixar de tomar a ceia um só domingo é deixar de renovar a aliança com Deus, é acumular pecados, é se tornar inimigo de Deus, é deixar de andar na luz, deixar de analisar-se, é tornar-se réu do corpo e do sangue de Cristo o qual nos purificou é resultado da falta de comunhão com a igreja, é pisar aos pés de Jesus, considerar sem valor o sangue da aliança e insultar o Espírito Santo. O ensinamento é duro de ouvir, mas é a verdade ensinada pela doutrina dos apóstolos.

A adoração do Novo Testamento ensina a celebrar a ceia todos os domingos e somente aos domingos (At 20:7). Talvez você possa questionar onde na Bíblia encontra explicitamente este mandamento. Nunca ninguém questionou que o sábado era o dia do Senhor e todos os sábados. Era sábado? Era dia do Senhor no Velho Testamento. Por que o Novo Testamento tem que ser explícito? É domingo, é dia do Senhor! O apóstolo João estava no Espírito no dia do Senhor. Precisa adivinhar que dia é esse? (Ap 1:5).

Quando Jesus instituiu a Ceia, cantaram um hino e nós também aprendemos e devemos cantar.

• AS ORAÇÕES

Quando eu era criança meu pai ainda não tinha fé, mas uma noite sentou ao nosso lado no devocional diário. Meu irmão perguntou se ele queria orar naquela noite e ele disse que não sabia. Mesmo sendo criança meu irmão disse:
– Não precisa saber, basta conversar com Deus.
Costumo dizer que naquela noite meu pai começou a conversar com Deus e nunca mais parou.

Oração é um relacionamento com Deus. É o momento que você conversa com Ele. O momento que você ouve Deus é através da doutrina dos apóstolos, na comunhão e no partir do pão. Nos cânticos nós fazemos muitas coisas ao mesmo tempo: nós oramos, nós ouvimos a Deus, nós nos ensinamos uns aos outros e edificamos uns aos outros. Cântico é uma espécie de múltipla oração. Então devemos orar sem cessar (1 Ts 5:17).

CONCLUSÃO

O mesmo que Paulo escreveu para os Tessalonicenses também serve para nós:

“Também agradecemos a Deus sem cessar, pois, ao receberem de nossa parte a palavra de Deus, vocês a aceitaram não como palavra de homens, mas segundo verdadeiramente é, como palavra de Deus, que atua com eficácia em vocês, os que crêem.” (1 Tessalonicenses 2:13)

Assim como os apóstolos não tinham autoridade para ‘inventar’ doutrinas novas que não tivessem ouvido de Jesus ou do Espírito Santo, nós, muito menos temos autoridade para inventar práticas que não sejam aquelas que já estão consolidadas através da escrita dos apóstolos e discípulos. Receber e obedecer às palavras do Novo Testamento é receber e obedecer a Palavra de Deus.

Sendo assim, devemos ficar somente dentro do ensino dos apóstolos através da pregação e práticas. Devemos manter comunhão somente com aqueles que têm fé no evangelho e o obedeceram através do batismo. Na comunhão nos estimular ao amor verdadeiro e suprir as necessidades através da oferta para ajudar principalmente aos irmãos na fé (Gl 6:10). Aproveitamos o dia do Senhor no qual mantemos comunhão e Ofertar no primeiro dia da semana, sem deixar de fazer o bem a todos que pudermos também durante a semana como oferta para o Senhor. Devemos partir o pão (a Ceia do Senhor) todos os domingos e somente aos domingos. E, não menos importante, devemos manter um relacionamento com Deus através das orações. As orações também podem ser cantadas através de “salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor (Efésios 5:19). O único instrumento usado no Novo Testamento para cantar era o coração. Nem todos podem tocar algum instrumento, mas todos podem cantar de coração ao Senhor. Então vamos seguir o exemplo da doutrina dos apóstolos e já que não encontramos exemplo de instrumentos tocados no Novo Testamento, não usaremos no culto que agrada ao Senhor.

O Aplauso Que Vem do Céu

O capítulo 39 de Gênesis é um dos meus favoritos, pois a fidelidade de José a Deus comove-me muito. No entanto, não somente a fidelidade de José para com Deus, mas também a do Senhor para com seu servo bom e fiel.

“Não há ninguém nesta casa que esteja acima de mim. Ele não me vedou nada, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” – Gênesis 39:9
“O Senhor, porém, estava com José, foi bondoso com ele e fez com que encontrasse favor aos olhos do carcereiro.” – Gênesis 39:21

A frase “O Senhor estava com José” repete-se 5 vezes neste capítulo (vs. 2, 3, 5, 21 e 23) e é uma demonstração de como Deus se alegra quando encontra uma pessoa que o adora simplesmente porque Ele é o seu Deus e esta adoração se reflete no dia a dia, em atitudes, nas decisões, no deixar de fazer algo ou decidir fazer algo com o desejo singelo de obedecer e agradar a Deus.

No primeiro versículo acima José deixa bem claro que, acima do respeito e provavelmente gratidão que tinha para com Potifar, seu senhor, o motivo principal dele se recusar a ir para a cama com a mulher dele é seu temor e fidelidade a Deus: “Cometerei eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?”, diz o jovem.

Hoje não é diferente. Deus está em busca de pessoas verdadeiramente convertidas ao seu Filho Jesus e esta conversão não se mostra principalmente quando estamos aos domingos reunidos com a igreja, mas no dia a dia, lá no trabalho, entre a família, com os amigos, nos estudos…

Costumo dizer que às vezes estou diante de uma tentação. Olho de um lado, olho para o outro, ninguém conhecido, provavelmente ninguém saberá. Mas olho para o alto e lembro do que diz 1 Pedro 3:12:

“Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam o mal.”

Daí penso: como posso cometer esse pecado (que às vezes atingiria pessoas), porém, em todo pecado, a pessoa mais atingida é o próprio Deus. E como eu pecaria contra aquele que me amou, enviou seu Filho para morrer pelos meus pecados e que há tantos anos tem sido comigo, fiel, bondoso, misericordioso e tão abençoador? Como eu desonraria e desobedeceria ao Deus cujos mandamentos são feitos exatamente objetivo a minha felicidade tanto aqui na terra como principalmente no céu?

Daí decido não cometer aquele pecado que estou sendo tentado e imagino lá no céu o meu Pai celestial abrindo um sorriso, como fez com Noé, Daniel, Jó e tantos outros heróis da fé. Ele olha para o seu filho Jesus à sua direita e diz: “veja o Valdir, meu servo bom e fiel, que se desvia do mal exatamente pelo amor que tem por nós”.

Não há aprovação maior do que esta, não há aplauso mais importante que este, ser elogiado por Deus, nosso Amado Pai celestial.

A Qualidade do Culto

A Bíblia fala sobre a qualidade de adoração a Deus? Acredito que sim. Esta passagens pode te fazer pensar:

“O filho honra seu pai, e o servo o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem? “, pergunta o Senhor dos Exércitos a vocês, sacerdotes. “São vocês que desprezam o meu nome! ” “Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome? ’”Trazendo comida impura ao meu altar! “E mesmo assim ainda perguntam: ‘De que maneira te desonramos? ’ “Ao dizerem que a mesa do Senhor é desprezível. “Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum. Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “E agora, sacerdotes, tentem apaziguar a Deus para que tenha compaixão de nós! Será que com esse tipo de oferta ele os atenderá? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo. Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês”, diz o Senhor dos Exércitos, “e não aceitarei as suas ofertas.” (Malaquias 1:6-10)

A Bíblia ensina alguns atos de adoração a Deus que devemos praticar no culto: comunhão, cantar, orar, ofertar, cear e pregar a palavra. Todas estas atitudes de adoração, assim como a fé, a esperança, o amor e tantas outras virtudes, são tiradas das palavras de Deus registradas na Bíblia. Sendo assim, o culto é muito bom porque é bíblico. A igreja é perfeita por ser o corpo de Cristo, mas nós, os membros, somos imperfeitos, porém, juntos somos aperfeiçoados e justificados a cada domingo quando estamos mantendo comunhão uns com os outros, pois estamos andando na luz onde Deus está e o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (1 Jo 1:5-7).

Agora, tendo estabelecido que o culto de adoração a Deus é bom porque é bíblico, como podemos ter um culto de qualidade? Precisamos de um culto melhor por vários motivos: em primeiro lugar porque precisamos ofertar ao Senhor o melhor que temos e não o resto. Em segundo lugar por causa de cada indivíduo, isto é, cada um de nós somos membros do corpo e quando recebemos o melhor, nos tornamos mais perfeitos como corpo de Cristo. Terceiro, porque um culto sólido na Palavra de Deus é a melhor ferramenta de crescimento e manutenção da igreja. O culto não é um acaso ou acidente histórico, é a forma divina de nos aproximar Dele.

Podemos cantar melhor?

Sim, acredito que podemos cantar melhor. Cantar é cerca de 70% do culto de louvor, então é de extrema importância dar o melhor para Deus, pois quando cantamos nós é que nos elevamos à Ele. Cantar em louvor ou adoração a Deus não muda quem Deus é, pois Deus não se alimenta da nossa adoração. Cantar melhor muda quem nós somos e onde nós estamos. Lógico que não estamos falando em levar as pessoas ao êxtase inconsciente, mas à verdadeira adoração, louvando ao Senhor propositadamente em verdade e em espírito.

“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.” (Romanos 12:1)

“Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.” (Hebreus 13:15)

Devemos investir tanto na adoração a Deus através de cânticos quanto investimos na formação de pregadores e evangelistas. Porém se investimos como esmola em pregadores e evangelistas, então estamos comprometendo a própria vida da igreja e a vida da igreja é o corpo de Cristo aqui na terra. A igreja representa salvação, uma Congregação que fecha as portas fecha também as portas do céu para aqueles que precisam ser salvos. Uma forma de fechar a porta é fazer a obra do Senhor relaxadamente. Quem vai querer fazer parte de uma igreja que não dá o melhor para quem está lá. Lembrando novamente que o louvor e adoração muda e edifica cada pessoa que está lá.

Como podemos cantar melhor? Como disse acima, precisa de investimento e este é um investimento a médio e longo prazos, mas tem que começar hoje. Quanto mais tempo demorarmos em investir, mais vamos demorar para colher os resultados.

Uma ação prática é escolher entre os membros, aquele que já tem dom para reger cânticos. Devemos escolher o melhor entre nós e vamos investir financeiramente neste ministério. A igreja precisa ser dirigida por dons e não por quem quer.

Em segundo lugar um louvor através de salmos, hinos e cânticos espirituais também evangeliza porque leva pessoas sem Deus para mais perto de Deus. Cantar é um convite para fazer parte do corpo de Cristo. Cantar bem todos juntos requer, antes de mais nada, um bom regente. Cantar é uma forma de proferir a palavra de Cristo de uma forma agradável e inteligível, cantar bem é evangelismo. Pense junto comigo, adaptando para a adoração em forma de cântico, o que Paulo fala. Substitua ‘profetizar’ por cantar:

“Mas se entrar algum descrente ou não instruído quando todos estiverem profetizando (cantando), ele por todos será convencido de que é pecador e por todos será julgado, e os segredos do seu coração serão expostos. Assim, ele se prostrará, rosto em terra, e adorará a Deus, exclamando: “Deus realmente está entre vocês! ” (1 Coríntios 14:24,25)

Então, se cada pessoa canta do jeito que quer, quem precisa ouvir a Palavra de Deus através dos nossos cânticos vai notar que não somos unidos, que não nos preparamos, que não conhecemos o que estamos fazendo e que precisamos de ajuda. Hinos e cânticos espirituais ensinam e aconselham uns aos outros com toda a sabedoria (Colossenses 3:16).

Podemos orar melhor?

Oração é uma das mais básicas atitudes de relacionamento com Deus. De uma certa forma todo ser humano ‘sabe’ orar, isto é, se conectar com Deus. Deus é que é misericordioso e aceita a sinceridade até daqueles que o buscam.

Claro que a gente pode melhorar a oração. Uma maneira é orar mais. Quanto mais oramos, mais aprendemos na prática. Basicamente devemos orar com fé e em nome de Jesus. Sobre este assunto, poderia discorrer e apresentar vários argumentos bíblicos e referências, mas não é este o objetivo.

Podemos Ter Uma Oferta Melhor?

Assim como sabemos, oferta deve ser com alegria. Pergunto: você está alegre em ofertar? Você sente que a mensagem para a oferta é uma mensagem de alegria?

Novamente o objetivo deste artigo não é falar sobre cada detalhe dos pontos apresentados tal como ofertar melhor. Você deve fazer seu próprio estudo sobre o assunto e não esperar que tudo seja falado no culto.

Para ministrar a oferta, precisamos de pessoas que sejam bons exemplos na oferta e que saibam conduzir o pensamento em alegria para incentivar os ofertantes. Deve ser alguém de conhecimento sobre o assunto e que pregue para o futuro, pois a instrução básica é trazer a oferta preparada de casa conforme a sua prosperidade. As pessoas precisam se convencer de que Deus ama a quem oferta com alegria.

Para a oferta dominical, devemos ter mensagens bíblicas e novas a cada domingo. Nada de repetitividade. Geralmente se usam as mesmas passagens todos os domingos. Rotina não causa alegria, pelo contrário, mostra que os que estão ministrando a oferta não fez sua oferta começando em casa, isto é, não se preparou para dar o seu melhor. Ofertas sacrificiais e generosas abençoam os que ofertam e esta é uma promessa conhecida de Deus (2 Co 9:6-9).

O exemplo de oferta que devemos ter como padrão é o próprio Deus.

Preciso lembrar que o objetivo não é arrecadar mais, principalmente se a igreja não está fazendo o que deve ser feito e nem sequer tem planos para evangelizar mais e melhor e também fazer melhor o básico que precisa ser feito.

Podemos Ter Uma Ceia Melhor?

Uma Ceia melhor significa uma consciência coletiva mais alerta. Isto se faz através de uma boa mensagem, uma mensagem bíblica. Novamente os ministrastes deste ato tão importante devem estar preparados da melhor forma possível. A ceia, como todo o culto, é bíblica e boa. Nós é que devemos melhorar e fazer tudo para Deus como oferta sacrificial. Devemos oferecer o melhor. Na ceia lembramos que Deus nos ofereceu o melhor. Você pode ler este artigo sobre a importância da ceia CLIQUE AQUI.

Podemos Ter Uma Mensagem Melhor?

As pessoas vão para a igreja procurando por Deus e elas querem ouví-lo. Me diga uma coisa: você tem ouvido a Deus? É na igreja que temos encontrado com Ele? Eu acredito QUE SIM, mas os pregadores não estão ofertando o melhor. Púlpito não é lugar de amador. Temos muitos conceitos errados sobre o púlpito e sacerdócio. Lógico que não devemos ter uma hierarquia ou separar os sacerdotes dos leigos, pois, todos somos sacerdotes santos.

Eu tenho certeza que três são os mais importantes momentos para abrir corações e mentes: os cânticos, a ceia e a pregação. Quem sobe ao púlpito para pregar deve ser como aquele pintor que, em 25 minutos faz a sua melhor e mais cara pintura. Temos que ter homens preparados a ponto de pregar melhor que o cinema e cativar os ouvintes da mensagem por duas horas ou mais (não estou sugerindo que tenhamos pregações de 2 horas ou mais). A qualidade da mensagem deve ser aquele tipo de mensagem que não deixa dúvidas de que Deus está falando. Precisamos de homens consagrados e preparados. Já não temos mais a inspiração do Espírito Santo aos moldes do Velho e começo do Novo Testamento, mas devemos ter a inspiração do conhecimento dado pelo Espírito Santo REGISTRADO NA Bíblia. Devemos ser mais parecidos com Apolo:

“Enquanto isso, um judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, chegou a Éfeso. Ele era homem culto e tinha grande conhecimento das Escrituras.… Fora instruído no caminho do Senhor e com grande fervor falava e ensinava com exatidão acerca de Jesus, embora conhecesse apenas o batismo de João. Logo começou a falar corajosamente na sinagoga” (Atos 18:24, 25,26)

A pregação, assim como alguns outros ministérios da igreja, é a ponta do iceberg do crescimento e manutenção da igreja. Com pequenas variações, a igreja deveria ter apenas uma ponta do iceberg. Ter vários homens em rodízio na pregação, não é produtivo para a igreja. Como diz um irmão: “Rodízio só é bom na churrascaria”. Claro que esta é apenas uma sugestão que funciona, mas a igreja local tem que decidir fazer isso. Se decidir fazer rodízio, que Deus abençoe os resultados.

Novamente, este é apenas um artigo sobre a qualidade do culto apesar de ter muitas coisas para se falar sobre o assunto.

Podemos Ter Uma Comunhão Melhor?

Visitando várias Congregações tenho visto inúmeras regras desnecessárias referentes à comunhão. A Bíblia nos ensina que quando estamos juntos, estamos andando na luz. Então tudo é comunhão. Sejam nossas conversas antes, durante e depois dos atos de adoração. Avisos são parte da comunhão, não precisamos criar uma regra para avisos antes ou depois da oração. Culto não deve ter oração final e solene fechando o momento e fazendo separação entre o serviço do sacerdócio e a vida secular. De qualquer forma, podemos fazer isso também, mas não devemos ficar criando regras sagradas. Nós somos sagrados, pois somos o templo do Espírito Santo.

Comunhão e amor devem ser estimulados. Se a igreja tem um calendário de atividades, não é porque um é clube tentando preencher a vida das pessoas com coisas, mas porque tem objetivos de estimular os membros em amor e boas obras para a própria sobrevivência do corpo de Cristo.

Conclusão

Culto, em tudo o que fazemos, não é lugar e momento de experiência. Claro que devemos envolver irmãos novos na fé, mas não devemos pôr sobre seus ombros um peso que nem sequer compreendem. Devemos dar ênfase no treinamento de novos irmãos em outras atividades da igreja.

Precisamos melhorar os cânticos, as ofertas, a Ceia do Senhor, a mensagem e a comunhão. Precisamos nos conscientizar não para dar um show, mas pela oferta do melhor para Deus.