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Conversa Com Demônios

conversa com demonios

Dois demônios estavam conversando.
– “Onde é que a gente vai hoje?” Perguntou o primeiro.
– “Ah, vamos numa igreja onde a gente não foi ainda.”
– “Que tal a igreja de Cristo?” Respondeu o segundo.
– “Não dá. Lá está fechado para nós. Não lembra? Jesus disse que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja dele,” lembrou o primeiro demônio.
– “Já sei, então.” Falou entusiasmado o segundo. “Vamos naquela igreja lá onde deixam a gente falar no microfone.”

Seria muito mais engraçado se não fosse espiritualmente trágico. Este é o quadro pintado como caricatura por esta piada. Sobre o mundo religioso. Uns acreditam que existe ainda expulsão de demônios. E vão esperando ver um grande espetáculo de exorcismo. Uma minoria prefere acreditar que Jesus já venceu e que Satanás não tem lugar na igreja de Deus. De que lado você está?

A Bíblia é enfática. O diabo e seus demônios são mentirosos. E neles não há verdade.

“Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8:44)

“O que nos últimos dias esse espírito falaria e ensinaria mentiras. Por isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os espíritos é uma religião perigosa e antibíblica.

“Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1 Tm 4:1)

Devemos seguir o exemplo de Jesus, Ele, de fato, expulsava os demônios, mas na ficava enaltecendo algum poder ou influência que ele tinha sobre alguém. Vejamos como ele tratava os demônios:

“Mas Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te e sai desse homem” (Mc 1:25)

Jesus não dava lugar para o demônio, não o entrevistava. A Bíblia é a nossa fonte de referência e única autoridade religiosa. A Bíblia não fala nada de despacho, descarrego, trabalho contra ou a favor de alguém, espiritismo, etc. Basicamente, a Bíblia não abona essas práticas porque simplesmente não existem, são invenções de homens que estão longe de Deus. O que existe, afinal, é a atuação de Satanás. Quanto mais as pessoas acreditarem nisso tudo, melhor para a propaganda do  trabalho de satanás. O objetivo dele é causar medo nas pessoas e os seus agente lhes dão espaço nos púlpitos de suas denominações.

Sendo a Bíblia a autoridade, precisamos saber que a vida precisa mudar e não a palavra de Deus.

“Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra. Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada. Então, vai e leva consigo outros sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também acontecerá a esta geração perversa” (Mt 12:43-45)

Se você já foi libertado do pecado e das garras do diabo, preencha a sua vida com uma vida nova, isto é, a vida de Cristo no seu corpo. Você já deve ter assistido pela televisão ou até mesmo ter visto pessoalmente supostos exorcismos. É claro que o que eles querem é mostrar fatos, te amedrontar, mas você não recebeu espírito de medo e sim o Espírito Santo. Agora, pense comigo, qual tem maior valor? Um exemplo humano ou a palavra de Deus? Precisamos conhecer e comparar toda a experiência religiosa com Jesus e as palavras inspiradas pelo Espírito Santo as apóstolos e discípulos, isto é, o Novo Testamento. Quem pratica exorcismo pensando em Jesus deve saber que Jesus nunca foi exorcista. Jesus não ficava fazendo entrevistas com os demônios para provar o seu poder. Jesus tem poder, e quem duvidava? Muitas vezes Ele não fez milagres que pediram. Já quem faz entrevista com o demônio está querendo provar alguma coisa ou tem um contrato de exclusividade com ele.

Na igreja de Cristo, Satanás não é convidado para o culto. Por isso mesmo que você nunca vai vê-lo sendo expulso de alguém. Afinal de contas, quem está em Cristo nova criatura é.

“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1)

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (5 Co 5:17)

Satanás já foi expulso e, no batismo,  o Espírito Santo passou a viver no corpo do discípulo de Cristo. Satanás não se manifesta na vida de alguém que esteja dentro da igreja, que esteja ligado à Cristo e só está na igreja (não no prédio) quem está em Cristo. No entanto, não importa o lugar, onde estivermos reunidos lá um lugar santo. Jesus está ali. Foi Ele quem disse:

“Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20).

Jesus não divide louvor ou atenção com satanás. No tempo de Jesus, de fato havia possessão demoníaca, mas como e por que? Era a luta de Satanás para aparecer e comparar o seu poder com Deus. Então, enquanto Jesus era Deus em carne e osso, possessão demoníaca era satanás encarnado. Satanás queria desafiar Jesus através da presença física. Ele não queria que Jesus tivesse todo o poder e atenção. Ele queria desviar um pouco para si mesmo. Porém, como já sabemos, Jesus foi vitorioso. Deixemos Jesus ser vitorioso também em nossas vidas e não demos lugar ao diabo (Ef 4:27-29).

Certa feita, um grupo de seminaristas foi fazer uma prova de uma única questão. Fale sobre Deus e sobre o diabo. Foi lhes dado aos alunos 60 minutos para responder. Um deles pegou uma folha e começou a escrever sobre Deus. Dissertou sobre suas maravilhas, sua obra, seu filho, sobre a salvação. E o fez de maneira tão apaixonada que não atentando para o relógio, passaram-se 59 minutos. Quando o professor alertou que faltava apenas um minuto, o jovem escreveu no rodapé da página. Fiquei tão envolvido com Deus que não tive tempo para Satanás. Apesar de não ter cumprido o que lhe foi solicitado, sua dissertação foi considerada a melhor de todas.

Façamos como este estudante. A vida é uma prova também. Fiquemos envolvidos totalmente com Deus e não demos tempo para Satanás. Jesus falou sobre este tipo de religioso que dá mais importância às coisas do que às almas.

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23:15).

CONHECENDO CRISTO PESSOALMENTE

CONHECENDO CRISTO PESSOALMENTE

No livro de João, no capítulo 4, encontramos a história da mulher samaritana. Após o diálogo que teve com Jesus ela vai voltar e contar ao povo tudo que ouviu do Mestre sobre sua vida e sobre seu passado. 

Ao chegar à cidade ela vai ao povo e diz que havia encontrado um homem que havia dito tudo sobre a vida dela (versículo 29), fazendo com que aqueles homens, movidos pela curiosidade, vão se encontrar com Jesus.

Logo mais à frente no versículo 39 lemos que muitos dos homens que foram se encontrar com Jesus agora passam a crer nele, pedindo que Jesus ficasse com eles na cidade, o que ele atende ficando por 2 dias.

No versículo 42 encontramos a declaração desses homens que agora dizem: –“agora não é mais por causa do que você falou que nós cremos, mas porque nós mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.

Encontramos essa mesma ideia no capítulo 1 de João quando dois dos discípulos de João, ao encontrarem Jesus e perguntaram onde ele ficava, ouviram como resposta: –“vinde e vede” (v. 39). 

Nesses dois casos algo acontece que chama nossa atenção. Nos dois casos há um primeiro contato, ainda superficial, sem aprofundamento. Depois, ao se ter mais contato e buscar uma proximidade pessoal, podemos ver a mudança de atitude e de pensamento, agora sendo expresso no desejo de se conhecer a Cristo profundamente e, após isso, reconhecer toda Sua majestade e poder. 

Tanto aqueles homens samaritanos quanto aqueles dois discípulos tiveram esse processo de aproximação e logo após só lhes restava renderem-se a Jesus, vendo a importância daquele homem e de seus ensinos a ponto de mudarem de vida totalmente.

Não existe outra opção para a pessoa que, sendo sincera e honesta consigo mesma, conhece a Cristo e Suas palavras. Toda sua vida, todo seu proceder anterior e tudo aquilo que pensava se transforma radicalmente, e não porque ouviu falar de Cristo, mas sim porque se dedicou a ter um contato íntimo, ter seu coração transformado.

Nosso Senhor tem por característica principal a capacidade de fazer com que corações sejam completamente transformados, vidas sejam mudadas, pensamentos sejam virados do avesso. A pessoa que tem sua vida tocada por Cristo sabe que não pode mais ser o que era antes. Não há a menor possibilidade de alguém que, tendo ouvido o Mestre, permaneça como era antes. 

E não por causa do que os outros têm a dizer, mas por uma experiência própria e pessoal. As palavras de Paulo em Gálatas 2:20 passam a fazer todo sentido: –

“logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. ”

A mulher samaritana e João foram os meios pelos quais aquelas pessoas puderam ouvir sobre Cristo pela primeira vez, mas foi a decisão de cada um deles em buscar a Cristo de uma maneira pessoal e particular que lhes possibilitou o conhecimento da vontade de Deus para a vida deles e a decisão de aceitar Jesus. Nós podemos também ser esse meio através do qual pessoas podem ouvir sobre Jesus e é nosso papel de discípulos fazermos isso, mas essas pessoas só poderão ter suas vidas transformadas a partir do momento que se permitem conhecer esse Jesus intimamente, deixando que Ele as transformem.

Se você já teve esse contato inicial com Cristo e se permitiu conhecer intimamente, tenho certeza que concorda comigo. E agora não se esqueça que você pode ser esse meio que as pessoas precisam para conhecer a Cristo, mesmo que superficialmente em princípio. 

O segundo passo é o próprio Cristo quem fará! 

O PAPEL DOS APÓSTOLOS DE Cristo – O EVANGELHO DE LUCAS

O PAPEL DOS APÓSTOLOS DE Cristo - O EVANGELHO DE LUCAS

“Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos.” – Lucas 6:12-13

A escolha dos 12 apóstolos e o que isto significou para a igreja. Foi uma escolha tão importante que Jesus passou a noite orando antes de chamá-los, já que nessa época ele tinha muitos discípulos. Importante destacar que todo apóstolo é um discípulo, mas nem todo discípulo é um apóstolo.

A palavra apóstolo significa “mensageiro” ou “enviado” e na Bíblia refere-se aos 12 chamados, depois acrescentado de Matias, que substituiu Judas (Atos 1:26)) e posteriormente Paulo (Atos 9:15), como ele mesmo diz, como um chamado fora de época (1 Coríntios 15:8). Barnabé, indiretamente, também foi chamado de apóstolo (Atos 14:4).

Foram os 12 apóstolos, entre os discípulos, os mais próximos de Jesus e a eles o Senhor ensinava lições que não falava com as multidões (Mateus 13:11).

Foram os apóstolos, com destaque para Pedro, que pregaram a primeira mensagem, que participaram do estabelecimento da igreja, que iniciou com quase 3 mil pessoas acrescentadas (Atos 2:41).

Na igreja primitiva somente os apóstolos tinham poder para realizar milagres (Atos 2:43 e 4:33), mas tinham também autoridade para passar esse poder para outros que não fossem apóstolos, como, por exemplo, Estêvão e Filipe (Atos 6:5-6, 8 e 8:4-8). Era um poder tão impressionante que certo mágico, Simão, ofereceu dinheiro a Pedro para comprar (Atos 8:18-24).

A maioria dos livros do Novo Testamento foram escritos por apóstolos, com exceção dos evangelhos de Marcos e Lucas, o livro de Atos, a carta aos Hebreus (cujo escritor é desconhecido, apesar de muitos apontarem Paulo) e as cartas de Tiago e Judas.

Nesse sentido, no início da igreja, quando ainda estavam sendo escritos os livros do Novo Testamento, os apóstolos eram as “bíblias”, pois, pelo poder do Espírito Santo, recebiam diretamente de Deus a mensagem a ser transmitida. Uma vez encerrado o Novo Testamento, ninguém mais tem essa autoridade.

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” – Atos 2:42

É interessante notar que a igreja de Jesus é apostólica, uma vez que fundamentada nos apóstolos, conforme escrito pelo apóstolo Paulo, responsável por escrever 13 ou 14 livros da nova aliança.

“Assim, vocês não são mais estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular.” – Efésios 2:19-20

Importante ressaltar que já no primeiro século, falsos apóstolos apareceram e por isso Paulo escreveu sobre as qualificações dos apóstolos, quais sejam, serem chamados diretamente por Jesus e visto o Senhor ressurreto, o que aconteceu, mesmo com Paulo, na estrada de Damasco. Paulo também denunciou esses falsos apóstolos e a igreja em Éfeso foi elogiada por desmascará-los.

“Porque esses tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz.” – 2 Coríntios 11:13-14

“Sei que você não pode suportar os maus e que pôs à prova os que se declaram apóstolos e não são, e descobriu que são mentirosos.” – Apocalipse 2:2b

Na visão de João, no livro de Apocalipse, capítulo 4, o apóstolo nota 24 anciãos, que representam o povo de Deus em todas as épocas reinando com Cristo, 12 tribos de Israel no Velho Testamento e 12 apóstolos no Novo. Na mesma visão, aparece a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, há nela 12 fundamentos e neles estão escritos os nomes dos apóstolos (21:14).

Na Bíblia, o próprio Jesus, uma única vez é chamado de apóstolo, uma vez que foi o mensageiro que trouxe a vontade de Deus para o mundo. Isso mostra que a mensagem de Deus no Novo Testamento, mesmo escrito pelos apóstolos e profetas, tem em Jesus o grande mensageiro.

“Por isso, santos irmãos, vocês que são participantes da vocação celestial, considerem atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus.” – Hebreus 3:1

Finalmente, nos dias de hoje, há grupos religiosos nos quais pessoas têm tomado para si o nome de apóstolos. Pura heresia e deturpação das Escrituras, pois nenhum deles têm as qualificações de um verdadeiro mensageiro de Deus no sentido de ser chamado de apóstolo e o real objetivo dessa heresia é, através desse título, dominar àqueles que pertencem aos seus grupos. Paulo afirma que ele foi o último apóstolo escolhido por Jesus.

“Por último, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.” – 1 Coríntios 15:8

Eis a razão de Jesus ter passado a noite orando antes de escolher seus apóstolos, tão importantes no início da igreja e escritores da maioria dos ensinos da Nova Aliança, que rege a igreja de Deus até a volta do seu Senhor.



E A PEDRA ERA CRISTO

E a pedra era Cristo

A desobediência de Moisés e Arão é alerta para nós

“Eis que estarei ali diante de você sobre a rocha em Horebe. Bata na rocha, e dela sairá água; e o povo beberá. Moisés assim o fez na presença dos anciãos de Israel.” – Êxodo 17:6

“O Senhor disse a Moisés: Pegue o seu bordão e ajunte o povo, você e Arão, o seu irmão. E, diante do povo, falem à rocha, e ela dará a sua água. Assim vocês tirarão água da rocha e darão de beber à congregação e aos animais.” – Números 20:7-8

“Moisés levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com o seu bordão, e saíram muitas águas; e a congregação e os seus animais beberam.” – Números 20:11

“Mas o Senhor disse a Moisés e a Arão: — Porque não creram em mim, para me santificarem diante dos filhos de Israel, vocês não farão entrar este povo na terra que lhe dei.” –Números 20:12

“Todos eles comeram do mesmo alimento espiritual e beberam da mesma bebida espiritual. Porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.” – 1 Coríntios 10:3-4

Uma das premissas importantes para entendermos a Palavra de Deus é utilizarmos a própria Palavra para explicar textos às vezes difíceis de entender, algo reconhecido pelo próprio apóstolo Pedro referindo-se aos escritos de Paulo (2 Pedro 3:16).

Um acontecimento no Velho Testamento sempre me deixou perplexo: como um homem como Moisés, tão fiel a Deus e assim reconhecido por Ele (Números 12:7) não entrou na Terra Prometida apenas por uma falha, isto é, ao invés de falar com a pedra (chamada de rocha por Paulo), nela bateu?

Interiormente pensei e às vezes mesmo falei: “acho que Deus foi muito severo com Moisés, com todo o respeito ao Todo-Poderoso”.

Até que, casualmente, lendo um dia desses a primeira carta de Paulo aos coríntios, encontrei um texto já muito lido por mim no passado, comentando o ocorrido no deserto e a sentença de Paulo: “E a pedra era Cristo”. Pronto. Bingo! Entendi.

Há várias menções no Velho Testamento que é entendida como a presença de Jesus antes da encarnação: na criação do ser humano através da palavra plural “façamos” (Gênesis 1:26), a mesma pluralidade ocorre quando Deus refere-se à queda do casal ante o pecado (Gênesis 3:22), os três “homens” que visitaram Abraão (Gênesis 19), o ser divino que aparece ao profeta Daniel (Daniel 10) e, parece, o mesmo ser divino que comanda a destruição de Jerusalém (Ezequiel 9:3-4).

Porém, no caso da rocha do Velho Testamento, o texto do Novo Testamento é claro: a pedra era Jesus. Logo, na primeira ordem em Êxodo Moisés bateu na rocha por ordem de Deus. No entanto, em Números, a ordem era falar e Moisés bateu movido por raiva da rebeldia dos israelitas. Por essa atitude desobediente, Moisés não entrou na Terra Prometida, mesmo implorando ao Senhor posteriormente (Deuteronômio 3:23-29).

O castigo de Moisés e Arão no Velho Testamento servem como advertência contra toda rebeldia a Jesus no Novo. Vejamos o que diz o apóstolo Pedro:

“Pois isso está na Escritura: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será envergonhado.’ Portanto, para vocês, os que creem, esta pedra é preciosa. Mas, para os descrentes, ‘A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular.’ E: ‘Pedra de tropeço e rocha de ofensa.’ São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram destinados.’” 1 Pedro 2:6-8

Jesus é a pedra angular e preciosa. Sobre Ele está edificada a igreja (Mateus 16:18). As pessoas que ouvem e obedecem a Jesus são aquelas cuja fé é firmada sobre a rocha (Mateus 7:24-25). E para ser firmada mesmo, devemos cavar de forma profunda e alicerçar nossa fé em Jesus.

“Esse é semelhante a um homem que, ao construir uma casa, cavou, abriu profunda vala e lançou o alicerce sobre a rocha. Quando veio a enchente, as águas bateram contra aquela casa e não a puderam abalar, por ter sido bem-construída.” – Lucas 6:48

Qual a implicação de Jesus ser a pedra mencionada na Bíblia? O apóstolo João nos explica:

“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” – João 3:36

No último dia muitos chegarão diante de Deus pensando que sua religiosidade, que suas boas obras ou qualquer outro subterfúgio humano será suficiente para ser salvo e entrar nas regiões celestiais. Vão chorar e ranger os dentes de tristeza, pois, como disse Pedro, “abaixo da terra não existe outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12).

O próprio Jesus disse ser o único caminho para Deus (João 14:6). Desta forma chegar ante o trono do Todo-Poderoso desacompanhado do advogado Jesus (1 João 2:1), sem ter crido nele como único caminho para a salvação, sem tê-lo confessado como Senhor, sem ter lavado os seus pecados uma vez arrependido nas águas do batismo e sem ter permanecido fiel na igreja de Jesus será uma afronta para Deus. Como foi afronta Moisés e Arão terem desobedecido ao bater na rocha, que era Jesus. Sobre os rebeldes a Jesus permanecerá a irá de Deus.

Moisés não entrou na Terra Prometida, mas estará no céu beneficiado exatamente pela morte redentora de Jesus. Os rebeldes e infiéis no dia do Juízo estarão afastados por toda a eternidade de Deus na realidade bíblica chamada inferno (2 Tessalonicenses 1:7-9). Eis a razão do único pecado imperdoável é não reconhecer Jesus como a salvação de Deus para a humanidade, rebeldia esta que incorreram os líderes religiosos e foram por Jesus advertidos (Mateus 12:30-32).

Finalmente, Jesus ser a rocha de nossa salvação implica em que nós, mesmo após recebê-lo como Senhor precisamos, todos os dias, continuarmos a conhecer a vontade dele escrita na Bíblia. E somente aplicando a Palavra dele na vida no dia a dia, tendo Jesus como nossa exclusiva motivação de fé, nos permitirá chegar firmes nas regiões celestiais e sermos encontrados em pé diante do Filho de Deus (Lucas 21:36).

A pedra era Cristo. Eis a razão de Moisés e Arão não terem entrado na Terra Prometida, pois foram rebeldes e a feriram quando a ordem era falar com ela. Hoje a rocha de nossa fé continua sendo Jesus. Que não sejamos rebeldes, mas obedientes, todos os dias buscando conhecer a vontade de Deus com o firme desejo de obedecer.

Às vezes ouço: “fulano é boa pessoa, só falta converter-se a Jesus e obedecê-lo”. Falta tudo. Mesmo que a sabedoria humana não concorde, segundo a Bíblia, será o suficiente para uma pessoa passar a eternidade no inferno.

“Limites” – Pv 1.7

O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução”

Provérbios 1:7

         Você já deve ter vista a imagem que relaciona as fases da vida com tempo livre, dinheiro e saúde, supostamente as coisas mais importantes ou, básicas, na vida de todas as pessoas, sugerindo duas coisas, primeiro que nunca seremos felizes, pois é impossível ter dinheiro, tempo e saúde, o que dá é pra se condicionar ao que se tem hoje, assim o homem não gastaria a pouca energia que lhe resta com coisas inúteis, esse seria o remédio da ansiedade e por seguinte o segredo da felicidade.

          A segunda possibilidade sugerida pela frase é que se alguém tem tempo livre, dinheiro E saúde, essa pessoa é perfeita, feliz e completa, devendo ser essa a meta de nossa vida, ou seja, enriquecer a todo custo, o quanto antes, para que possamos “aproveitar” a vida por mais tempo.

          O problema é que a Bíblia sugere que a felicidade, completude, prazer, alegria, paz e todas as coisas boas que podemos gozar e desejar, nesta vida e na próxima vem de Deus e não dos deuses, como na mitologia antiga, mas do “Senhor dos Senhores e Deus dos deuses”, o texto de hoje especialmente sugere que, para compreender a vida e viver bem, o homem precisa ser sábio, e para ser sábio é preciso temer a Deus; a grande questão é: medo é fraqueza, e poucos de nós queremos admitir ou desejar tal característica.

          De fato, Israel, exemplifica bem o poder dessa filosofia, o valor dessa mentalidade, a grandeza desse Deus. Todos os povos vizinhos pereceram, seguidamente, mutilando uns aos outros, em busca de alguma felicidade, prazer ou realização, destruíram e foram destruídos, sendo que, até hoje, há um país na palestina que mantem sua identidade cultural, valores, crenças e tradições antiguíssimas, sendo comum pensar neles quando falamos de “dinheiro” e “sabedoria” (Js 24.14-25; 2Cr 9.22; Sl 136; Ap 19.16).

          Não quero entrar em certos méritos da discussão, mas sugerir que hoje pensemos um pouco sobre o que Salomão estava nos ensinando quando disse: “temer a Deus é o segredo da sabedoria [felicidade, plenitude]“, penso que Salomão estava sugerindo que o contentamento com Deus seja o suficiente, ou seja, Deus é o que de fato é importante, e, na jornada da fé, para conhecer Sua vontade, e agradá-Lo, passamos por dias de fartura, alegria e paz; apenas com Jesus podemos entender que o maior prêmio está na vida futura, depois da morte, de modo que nada deve nos fazer abandonar esse caminho, visto que não há nada melhor (Rm 8.28-39, 11; Hb 9.8; Tg 1.2-5).

          Você pode escolher esse caminho chato, careta, lotado de estigmas e preconceitos, ou você pode parar de gastar energia com tantas coisas e buscar certo renovo que existe e está a sua disposição, para alcançar não apenas algum sucesso nessa vida, como na próxima também, não por nossas forças, mas pela graça, vontade e permissão Dele (Hb 12.1-5; Mt 11.28; Ap 2.3)

Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus. Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma

–  Hebreus 12:1-3  –

 

“Senhor, tem paciência conosco, aumenta nossa fé, nos ensina a compreender tua vontade, e valorizar as alegrias concedidas diariamente, somos gratos pelo teu Filho que nos aproximou de ti e concedeu por meio de seu sangue a possibilidade de sermos salvos, assim como as condições para lutarmos, assim oramos, amém”

 

“Funcionais” – 1 Jo 2.5,6

          Quantos verbos em outro idioma são necessários para que se tenha fluência no mesmo? Ou, quantos substantivos? Adjetivos, pronomes, advérbios, e assim por diante? Quando se alcança a fluência?

Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”

1 João 2:5,6

          Para João a fluência no idioma de Deus se dá pelo apego a Sua Palavra, associado a meditação e obediência dos ensinos descritos nela, segundo o texto de hoje, não basta saber muito, ou fazer muito, é preciso um equilíbrio e uma constância, cíclica e humilde, de aprendizado e prática, de modo que andamos constantemente entre a hipocrisia e a ignorância.

          Paulo aos filipenses faz um pedido parecido: “vivam de acordo com o que já alcançaram” (Fp 3.15-21), e existem pelo menos duas formas de entender isso:

1) Agora que alcançamos o entendimento da Graça de Deus, por meio de Jesus, é preciso mudar nossa forma de agir, sendo santos e irrepreensíveis no nosso modo de viver;

2) A medida que entendemos as verdades bíblicas devemos nos moldar a vontade de Deus, diariamente nos adequando ao plano eterno de DEle;

          Gosto de pensar muito na segunda ideia, pois ela sugere melhor a ideia de continua transformação mental da morte na carne para a vida no espírito.  Reconheço o desafio, mas prefiro navegar nessa constante transformação à vontade dEle, quê angustiadamente esperar por uma transformação mágica, mas não bíblica (Rm 12.1,2; Tg 1.18-27; 1Pe 2.9).

           O resultado invariável, ao entender que temos livre acesso ao Pai da Eternidade, é viver continuamente suando para praticar o que sabemos; será uma vida mais misericordiosa, justa e fiel, mas não seria essa a vontade de Deus? Que amemos uns aos outros?! (Mt 22.36-40, 23.23; Gl 5.25, 6.7-10; 1Jo 2.24-29).

Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?
Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.
Este é o grande e primeiro mandamento.
O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
– Mateus 22:36-39 –

 

Senhor, aumenta a nossa fé, para que sejamos combater o velho homem com seus orgulhos e egoísmos, para que possamos aproveitar as oportunidades de testemunhar Teu amor pela humanidade.

O Importante é Estar Em Cristo

“Minha ardente expectativa e esperança é que em nada serei envergonhado, mas que, com toda a ousadia, como sempre, também agora, Cristo será engrandecido no meu corpo, quer pela vida, quer pela morte. 21Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. 22Entretanto, se eu continuar vivendo, poderei ainda fazer algum trabalho frutífero. Assim, não sei o que devo escolher. 23Estou cercado pelos dois lados, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. 24Mas, por causa de vocês, é mais necessário que eu continue a viver. 25E, convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vocês, para que progridam e tenham alegria na fé. 26Desse modo, vocês terão mais motivo para se gloriarem em Cristo Jesus por minha causa, pela minha presença, de novo, no meio de vocês.” – Filipenses 1:20-26

Quando fomos criados no Jardim do Éden, o plano de Deus é que fôssemos imortais. Com o pecado, entrou a morte e desde então, vivemos um tempo aqui na terra e em seguida partimos.

A morte é um assunto que incomoda a maioria das pessoas que sequer gosta de comentar e, infelizmente, vejo mesmo entre muitos discípulos de Jesus uma fuga deste assunto que, se Cristo não voltar antes, fatalmente atingirá a todos nós.

Na carta aos Filipenses, Paulo está preso há aproximadamente 3 anos e com a possibilidade real de ser condenado à morte pelo Imperador romano. Ele não sabe que dali há uns 2 anos será posto em liberdade como nós sabemos, por isso ele vislumbra a morte como uma possibilidade real. A maneira como o apóstolo encara a morte é uma lição para nós nestes dias de Coronavirus, quando sabemos que quase 500 pessoas no Brasil morreram e existem cerca de 10.000 infectados.

Paulo, ao encarar a morte, diz ter uma “ardente expectativa”, isto é, um enorme desejo. É seu desejo é que nesses momentos difíceis ele não seja envergonhado e, por tabela, não envergonhe a Cristo. Seu desejo é que “Cristo seja engradecido”, exaltado, seja na vida ou na morte do apóstolo,

O motivo disso está no versículo 21: “21Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Na prisão Paulo continuou falando de Jesus e de maneira tão ousada que estimulou irmãos ora assustados a perseguição a também fazerem o mesmo (1:14). Desta maneira viver ou morrer, em certo sentido, é irrelevante para Paulo, pois vivo ele pregará o evangelho e morto será uma testemunha (um mártir) da fé cristã, como de fato aconteceria alguns anos depois. O seu desejo era que na sua morte, como fez com Estevão (vítima da perseguição do outrora Saulo), Jesus se levantasse e observasse a fidelidade de seu servo fiel (Atos 7:55). Era como se Paulo pensasse em Jesus falando com Deus Pai: “Veja, Pai, Paulo, servo bom e fiel, tanto na vida como na morte”.

Porém, como ser humano, Paulo diz estar dividido entre desejar partir e estar com Cristo (segundo muitos comentaristas na época acreditava-se que os mártires em Cristo iriam para o céu direto) ou viver e continuar sendo instrumento poderoso, como Jesus tinha dito anos antes (Atos 9:15) na pregação do evangelho.

Paulo, porém, está convencido de que sua hora ainda não chegou e desta maneira, será poupado, pois sabe que havia ainda muitas igrejas a iniciar, irmãos a edificar, pessoas a falar sobre Jesus e continuar honrando ao seu Mestre através de sua vida.

Aplicação

Infelizmente, hoje pouco se vê pessoas encarando a morte de maneira cheia de fé, o que se vê às vezes é até certo pavor com a possibilidade de ela chegar. Gosto de citar exceções e lembro do Sr. David Meadows, em sua última mensagem na igreja nos Pimentas, dia 08 de julho de 2007, menos de 3 meses antes da morte afirmando categoricamente: “Estou pronto para morrer!”

Esta pandemia já levou milhares de pessoas no mundo à morte, dizem os especialistas que ainda há possibilidade de um grande número de infectados e também de mortos.

Eu, mesmo não fazendo parte do grupo de risco, posso ser um deles. Você que está lendo este artigo também pode ser um deles. O que sente ao pensar nisso? Costumo dizer que quero chegar aos 100 anos, mas se Deus me levar hoje, partirei feliz para encontrar os heróis da fé que se encontram no Paraíso. Todos os dias estou pronto para partir.

O importante, meus irmãos, é olharmos o estilo de vida que estamos levando, nossas prioridades, aquilo no qual gastamos tempo, dinheiro e energia e nos responder: “Como está a minha poupança celestial? Estou certo do meu destino eterno?” Estamos utilizando os membros de nosso corpo (mãos, pés, olhos, ouvidos, enfim, todo o nosso ser) para engrandecer a Jesus? Nossa maneira de viver engrandece Jesus ou envergonha o Senhor que morreu na cruz por nós.

Estou otimista de que logo esse Coronavírus passará. E quero continuar utilizando minha vida para servir a Jesus, ao reino de Deus e ao meu próximo.

Enquanto isso, estou em casa (mas saindo quando realmente necessário), evitando aglomerações, mas não deixando de servir ao Reino de Deus. É o que Deus quer de nós, meus irmãos, que encaremos o Coronavirus e qualquer outra doença ou mesmo as tribulações da vida vivendo em esperança pois, o mais importante, é estar em Cristo, e viver dia a dia para seu agrado. Que esta seja a realidade de sua vida, meu irmão, minha irmã, meu amigo, minha amiga.

E, caso ainda não seja, hoje é dia de correr para os braços do Deus que não precisa provar mais nada, pois a cruz do calvário é a prova maior do seu grande por amor nós. E sempre está pronto para acolher, salvar e dar um novo sentido à vida.

Tudo Deixarei

Um jovem quis saber o que deveria fazer para ser salvo. Que cara sortudo! Ele teve a oportunidade de perguntar isso para Jesus pessoalmente. Então, a resposta de Jesus nos dá, sim, uma boa lição do que precisamos fazer e Jesus respondeu que ele deveria obedecer aos mandamentos. Que cara sortudo aquele! Ele, desde criança, obedecia aos mandamentos! Mas, Jesus olhou com amor para ele e Ele sabia que faltava uma coisa. Que cara sortudo aquele, jovem, religioso e rico, mas ele não era salvo, pois era apegado à riqueza que tinha.

“17 Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção, pôs-se de joelhos diante dele e lhe perguntou: “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna? “18 Respondeu-lhe Jesus: “Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus.19 Você conhece os mandamentos: ‘não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe’”.20 E ele declarou: “Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência”.21 Jesus olhou para ele e o amou. “Falta-lhe uma coisa”, disse ele. “Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me”.22 Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas.23 Jesus olhou ao redor e disse aos seus discípulos: “Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus! ” (Mc 10:17-23)

Quanto você deixou para seguir Jesus? Ele ensinou que quem é apegado às coisas deste mundo, como as riquezas, então tem muita dificuldade para ser salvo. No entanto, não é impossível para Deus. Ele quer salvar aos ricos também, porém, é difícil.

Eu comecei a conhecer Jesus quando tinha uns 8 anos de idade, Meus pais o conheceram primeiro e isto me levou a Jesus. Eu não deixei nada para seguir Jesus, na verdade eu estou é no lucro. Meus pais, sim, eles deixaram muitas coisas. Eles deixaram parentes, vícios, doenças, prazeres, etc. Depois, chegou minha vez. Eu cresci e comecei a ter coisas para deixar e ainda estou lutando contra os meus desejos como você deve estar também. A luta é até o fim desta vida. Muita coisa que eu não tinha como criança, eu adquiri com a maturidade. Preciso sempre voltar a ser criança para poder entrar no reino de Deus.

Pedro, discípulo de Jesus, então deve ter ficado um pouco em dúvida. Se é difícil as pessoas deixarem as coisas para serem salvas, o que ganha aquele que deixou tudo?

“26 Os discípulos ficaram perplexos, e perguntavam uns aos outros: “Neste caso, quem pode ser salvo? ” 27 Jesus olhou para eles e respondeu: “Para o homem é impossível, mas para Deus não; todas as coisas são possíveis para Deus”. 28 Então Pedro começou a dizer-lhe: “Nós deixamos tudo para seguir-te”. 29 Respondeu Jesus: “Digo-lhes a verdade: Ninguém que tenha deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, ou campos, por causa de mim e do evangelho, 30 deixará de receber cem vezes mais já no tempo presente casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, e com eles perseguição; e, na era futura, a vida eterna.” (Mc 10:26-30)

Jesus nos anima e nos ensina a ter expectativa e esperança nas promessas. Aqueles discípulos de Jesu deixaram 100% para seguir Jesus. Para eles Jesus prometeu 100% já nesta vida. Eles deixaram tudo pelos motivos certos: por amor a Jesus e pelo evangelho. Receberam, também, perseguição. Porém, algo muito maior estavam para receber: a vida eterna. Para quem está cansado desta vida, precisa nascer de novo e começar a experimentar a vida eterna.

Hoje vemos muitos tendo promessas feitas por homens de que se seguirem Jesus, vão ter tudo o que sonham, mas não foi isso que Jesus disse. Para quem deixou 100% vai receber cem vezes mais, se não deixou nada, não pode esperar receber o que não deixou. A isto chamamos de avareza. Seguir Jesus não é um negócio, apesar de ser muito vantajoso já nesta vida. Tem que ser por amor a Jesus e ao evangelho. Se você deixou só 10, 30, 50%, não espere receber o que não deixou. A promessa é receber cem vezes mais do que deixou não do que quer ou sonha receber. Jesus apontou exatamente a riqueza como problema daquele jovem e exatamente é isso o que muita gente procura receber para seguir Jesus. Não esperam receber perseguição, por exemplo, promessa de Jesus também.

Numa conversa particular com Jesus, o apóstolo Paulo recebeu um ensinamento valioso. Ele também deixou tudo para seguir Jesus, inclusive sua religião. Jesus disse para Paulo que também deixou um futuro brilhante entre os fariseus que a verdadeira felicidade não está em receber tudo o que quer, pelo contrário. Então ele revela o que Jesu disse para ele numa conversa com os irmãos:

“Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: ‘Há maior felicidade em dar do que em receber’ “. (Atos 20:35)

Assim como Jesus fez e recebeu a coroa da vida, nós devemos fazer o mesmo. Deixar tudo por algo infinita e eternamente melhor: a vida eterna no porvir. Se você acha que é bom viver aqui por alguns dias isolados de prazer, imagine o que é viver lá eternamente satisfeito junto de Jesus?

Assim como Jesus, viemos para este mundo para acrescentar e não para tirar.

7 Formas de Ter Um Culto Incrível

Eu realmente acredito que quando uma pessoa fala que o culto não foi bom ela está falando mais dela mesma do que do culto em si. Afinal, nós somos o corpo de Cristo e o que nós, individualmente, fizermos é o que faz o culto bom ou ruim. Este é um texto um pouco longo, mas quando é que você vai ter uma oportunidade como esta de meditar no assunto? Se não tem ânimo para ler, talvez esse seja um motivo do porque o culto não esteja sendo tão bom para você…

Biblicamente falando, não existe culto ruim, porque tudo o que fizermos deve ser tirado da Bíblia e não de ideias humanas. Claro que estamos falando de um culto bíblico e não de louvores por aí que se adicionam tantas coisas para agradar aos homens e não a Deus. É em vão, como disse Jesus (Mc 7:1-15).

Sempre fomos uma família que gosta de receber gente em casa. Lembro de, literalmente, parar um ônibus na frente da nossa casa cheio de mulheres vindas de vários lugares para se hospedarem em nossa casa. Agora que moramos em apartamento tivemos que ser mais racionais, mas, mesmo assim, recebemos muitas pessoas ainda. Sempre que recebemos as pessoas é muito bom, porque naquele dia vai ter comida boa. Muitas vezes antes da visita chegar minha esposa faz uma enquete querendo saber o que a pessoa gosta de comer. Se come cebola ou não, se tem alguma restrição, etc. Se tratamos assim alguém que se hospeda em nossa casa, como devemos tratar a Deus quando nós o convidamos para estar em nosso meio e morar em nossos corações pra sempre? Devemos procurar agradar a Deus e não aos homens. Quando agradamos a Deus, acontece a verdadeira edificação.

Mas, sim, existem maneiras de tornar um culto mais edificante. Um culto onde as crianças e os jovens saiam edificados dizendo: Foi muito legal! Quando um culto agrada este público tão sensível, certamente foi um culto edificante. Não estou ignorando o que já disse, antes de todos, procuremos agradar a Deus.

Vamos falar sobre 7 formas de fazer um culto mais edificante:

  1. Cânticos

Os cânticos são cerca de 60 a 70% do culto, não é? Então, devemos escolher os melhores regentes. Por anos as congregações têm dirigentes de cânticos, mas dificilmente uma congregação desenvolve regentes. Qual a diferença? Fácil! Os dirigentes têm boa vontade e isso é muito bom, mas o dirigente nem sempre é bom e fácil de seguir. O regente se empenhou tanto, treinou, estudou que é fácil de seguir a direção dele durante os cânticos. O regente inspira a gente com a condução dele. É como se a gente pegasse carona com ele e não importa a velocidade que ele vá, a gente o acompanha facilmente, inclusive nas curvas. A gente não sente como o carona que fica freando de medo por causa do motorista imprudente. Espero que seja útil esta ilustração.

Então, uma forma de termos um culto 60 a 70% melhor é investir tanto quanto a gente investe em evangelismo, no pregador ou no prédio. Se a igreja não está investindo nada em lugar nenhum, ah, então não vai ter um culto edificante mesmo!

O regente não tem que ser profissional, tem que ser uma pessoa que está disposta a dar o melhor para Deus e por que não dar, então, algo profissional para Deus? Temos que ter regentes tão bons que sejam referência. Para pensar…

“Digo a verdade a vocês: A não ser que excedam os professores da lei e os fariseus em fazer o que Deus quer, jamais entrarão no reino do céu” (Mt 5:20).

  1. Orações

Em geral oramos muito pouco. Não tenho uma estatística para isso, mas a gente sabe que a maioria dos irmãos não lê a Bíblia regularmente e não conversa com Deus. As orações devem ser uma atitude que antecede o culto. Não precisamos fazer de cada culto um culto de oração, mas isso também não quer dizer que devemos ter o mínimo de orações.

Uma boa oração toca a gente. Qualquer pessoa. Até as crianças conhecem a força e sentem necessidade de ser ouvida por Deus. Lembro de uma criança que pediu para a mãe escrever seu pedido de oração na folha que circulava na igreja para ser lembrada no final do culto. Ela pedia perdão pelo papai e que ele voltasse para casa. Um pedido tocante…

Uma boa oração tem contexto, isto é, tem começo, meio e fim e se adequa ao ato que estamos fazendo no momento. Antes de qualquer ato no culto, faça uma introdução. Chame as pessoas para orar e diga pelo que vai orar. Olhe nos olhos das pessoas. Acredite que Deus está ouvindo e que certamente vai responder. Peça com fé. Lembre, resumidamente, o que Deus já respondeu e que todos puderam ver a resposta. Isto serve para ‘ativar’ a nossa fé na oração. Incentive aos irmãos distribuindo os pedidos entre eles no final do culto.

Enfim, façamos coisas diferentes e vamos ter resultados diferentes. Mas sempre lembremos de fazer coisas que não contradigam a Palavra de Deus.

  1. Um Cristo Vivo em Nossas Memórias

Se você pegar a Bíblia de um irmão e deixar a lombada da Bíblia numa mesa e deixar ela cair, em que passagem vai abrir? Essa é fácil! Certamente vai cair aberta em 1 Co 11:23 em diante. Brincadeiras à parte, mas quem não ouviu duas ou três vezes num mês a mesma leitura para a ceia? Existem tantas passagens e vemos que, mesmo tendo uma escala, o irmão não preparou a mensagem para a ceia.

Pensando nisso o Raniere Vieira escreveu um livro com 54 mensagens diferentes para a ceia. Se não sabe o que fazer com o talento que te foi confiado (a direção da ceia) coloque nas mãos de quem sabe (compre o livro e estude).

A mensagem da ceia não deve ser um sermão, mas um devocional objetivo. Que a mensagem da ceia seja nova e edificante. Antes de tudo, que seja bíblica. Vamos nos preparar em casa para edificar os irmãos. Traga um Cristo castigado, morto crucificado, sepultado, mas não esqueça de trazer um Cristo vivo para a mensagem da ceia e que seja edificante!

  1. Oferecendo o Melhor

Um breve comentário… perguntei para vários missionários do passado qual foi o maior erro que eles cometeram e alguns deles disseram: “nós não ensinamos a ofertar…”

Comentário de um irmão: “o tempo passou e os irmãos compraram chácara, reformaram a casa, trocaram de carro e o prédio da igreja precisa ficar mendigando.”

O irmão Garner Allen Dutton deixou uma frase escrita: “Sendo essa a base do julgamento [a oferta], entremos nesse tema “esta graça também”, com todo o nosso coração, nossa alma e nossa força. Aquele dia, nossa única tristeza será de não termos dado tudo”.

Planeje sua oferta lembrando de Ananias e Safira (Atos 5:1-10). Não oferte o que é resto e espere o melhor do culto e de Deus. Oferte o que se comprometeu lá no batismo. O culto é tão bom quanto a sua oferta… A maioria das pessoas não têm nem sequer interesse em saber quanto foi a oferta dominical, mas se ofertasse um pouco mais, certamente iriam querer saber.

  1. A Mensagem de Deus

Domingo é o primeiro dia da semana. O dia que a semana começa. A semana é do Senhor. Domingo não é dia de experiências. Domingo é o dia de ofertar o melhor. Sabia que de 80 a 90% das pessoas se edificam na mensagem e com o pregador? Se uma pessoa está visitando e ouvir uma das melhores mensagens que já ouviu, ela volta. Caso contrário quem está lá há anos, pensa por que continua vindo? As pessoas querem gostar do pregador, querem ter uma referência. Não estamos falando de ‘postorlatria’, estamos falando de ter alguém pra chamar de “irmão abençoado”! Domingo precisamos ouvir e entender e não ficar procurando decifrar o que o irmão quis dizer. Precisamos, sim, de eloquência para o nosso coração! Mesmo que de formas diferentes…

Num concurso de declamação do Salmo 23 vários oradores experientes e profissionais foram à frente e arrancaram aplausos. Quase no fim um velhinho de bengala foi à frente (demorou pra chegar) e, com voz trôpega e embargada declamou o Salmo 23. Ninguém aplaudiu no final… muitos estavam chorando. Todos os outros oradores conheciam as técnicas e o Salmo 23 decorado, o velhinho conhecia o Senhor do Salmo 23.

Precisamos de pregadores que conheçam o Senhor e no domingo a gente possa ver o Senhor através deles.

  1. Me Alegrei Quando me disseram…

Eu fui um adolescente que cresceu na igreja. Eu não via a hora de ir para o acampamento que a gente fazia a cada 3 ou 4 meses. Eu nem dormia na véspera de tanta excitação e alegria da data chegar. No dia seguinte eu estava muito animado e como eu amava aquelas pessoas! Você tem alegria de ir à igreja? Você entende as palavras do salmista no Salmo 122:1?

Procure ir para se desintoxicar do mundo, para conversar com quem conseguir e falar de testemunhos edificantes para as pessoas, vá para  cantar de coração e com toda vontade, vá para agradecer a Deus por tudo o que aconteceu, chegue na igreja para servir as pessoas e não para ser visto ou ser servido. Se você fizer estas 5 coisas, você nunca vai achar que o culto está ruim, porque o Espírito do Senhor estará em você (Leia Ef 5:18-21).

A palavra desta 6ª atitude é comunhão! Tudo é comunhão no encontro da igreja. Da Escola Dominical aos avisos. O culto não acaba e não deve ter a última oração, mas sim, uma oração para agradecer a semana que está começando.

  1. Eu quero ser, Senhor amado…

O 7º ingrediente para fazer um culto melhor é você. Vá e esteja lá não vá e seja virtual. Se quer que a igreja cresça, frequente-a. Se desligue de tudo e se liga nos cânticos, orações, participe mesmo da ceia e coleta, da mensagem (anote) e da comunhão. Venha se transformar para transformar o culto!

Que tal decidir agora, no próximo domingo fazer o melhor culto que você já fez na sua vida? E que tal no outro domingo fazer o melhor que você já fez antes. E que tal ir para dar e não para receber? Aí nunca mais teremos um culto monótono se a gente mudar. Vivamos em novidade de vida!

Ser a igreja de Cristo

Ser a igreja de Jesus significa agir conforme a vontade do Pai e não pelas nossas preferências que muitas vezes vai contra Sua vontade. Ser o corpo de Cristo quer dizer que abandonamos nosso mérito próprio para aceitar a dádiva da salvação pela sua cruz onde Jesus deu a vida por nós quando não merecíamos e éramos considerados inimigos de Deus segundo sua palavra em Romanos 5:10.

Ser a família de Deus é adorá-lo em espírito e em verdade, ao invés de ser levado pelas emoções, porque o verdadeiro adorador vai adorar não porque o viu. Então Jesus lhe disse: “Porque me viu, você creu? Felizes os que não viram e creram”. João 20:29

Ser a igreja significa amar uns aos outros como Cristo nos amou e deu a vida por nós. Para ser a igreja do Senhor Jesus, cumprimos a missão de Deus no mundo para que todos o conheçam.

Ser a igreja de Cristo é reunir-nos em volta da mesa do Senhor no primeiro dia da semana, pois ele se faz presente e não em qualquer dia da semana.

Ser a casa de Deus quer dizer que somos fiéis a ele, pois Deus é fiel em todas as coisas e “Sua fidelidade dura para sempre” Salmos 100:5. Ser a igreja não é ter uma religião, mas sim ter um relacionamento íntimo com Deus através do seu filho Jesus, O Salvador.

Ser o povo de Deus é buscar primeiro o seu reino, sem deixar nada interferir com essa prioridade, nunca buscar a independência tanto almejada pelo mundo. Ser o povo de Deus é viver feliz sempre na dependência total de Deus.

Ser a família de Deus significa santificar-nos em vida, palavra e pensamento, para que sejamos filhos do Pai que está nos céus, obedecendo tudo o que Senhor nos deixou instruções por da sua palavra escrita.