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A Família Como Reino de Deus 2ª Palestra – Valores do Reino de Deus

INTRODUÇÃO ((Esta palestra faz parte de uma série de palestras ministradas no Acampamento da Família da igreja de Cristo em Guarulhos, Centro, ocorrido nos dias 12, 13 e 14 de Outubro de 2018. Obrigado.))

“Por isso, o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e a sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam.” – Gênesis 2:25-26

Homem, mulher e filhos, padrão de Deus para a humanidade. Qualquer coisa diferente disso é um desvio do padrão de Deus. Seja por pecado, seja por egoísmo, seja por doenças emocionas… As famílias segundo Deus: Pai, Mãe e Filhos, funcionando plenamente Homem, o mantenedor do lar, a mulher, a auxiliadora capaz, os dois juntos, com filhos obedientes que perpetuarão a espécie, dominarão e cuidarão do mundo.

Aí veio o pecado e, como consequência… Divórcio e filhos sendo criados somente pela mãe… Filhos somente criados pelo pai… Filhos criados, ora com os pais, ora com os filhos…

Filhos criados pelas creches em razão da busca desenfreada por bens materiais pelos pais – precisam ter mais – a alma humana é profunda e tentamos preenchê-la através da busca de dinheiro, de poder, de fama, do consumismo, do ter, dos modismos…

Filhos criados pelas creches em razão da necessidade da mulher sair para auxiliar no lar.

Filhos criados pelas creches em razão da ideologia feminista de que a mulher em casa não tem valor, precisa da realização profissional.

Pais solteiros e mães solteiras em razão do padrão de Deus não ter sido seguido quando ainda estavam namorando.

O casamento sendo desvalorizado de tal maneira que foi equiparado à união estável

O casamento sendo profanado e a Constituição Federal reinterpretada segundo os valores de Satanás, sendo reconhecida pelo Estado a família homoafetiva.

O casamento sendo atacado e o divórcio sendo facilitado pelo Estado, não dando condições dos casais, separados, repensarem a vida e voltarem ao casamento.

I – O DESAFIO: PREGAR OS VALORES DO REINO DE DEUS NUMA SOCIEDADE QUE NÃO APENAS REJEITA ESSES VALORES COMO TAMBÉM OS ATACA

“Porque, embora andemos na carne, não lutamos segundo a carne. Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo” – 2 Coríntios 10:3-5

As armas do reino são armas espirituais, não carnais.

A força do cumprimento do segundo grande mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” pode fazer uma grande revolução na sociedade.

Podemos aceitar a pessoa sem aceitar seu padrão fora do de Deus

O reino de Deus veio para reconstruir o que foi destruído pelo reino de Satanás – Colossenses 1:13

E esta reconstrução se faz a partir do poder do evangelho, a boa nova de Jesus…

Exemplos de Jesus:

Jesus não aceitou o padrão de vida da mulher adúltera de João 8 (Vá e não peques mais), mas, primeiro ofereceu a ela a oportunidade de reconhecer o seu erro (Eu também não te condeno).

Jesus não concordava com a vida desonesta de Zaqueu em Lucas 19:1-10, mas isto não o impediu de entrar na casa de Zaqueu, dar a oportunidade de ele reconhecer seus erros e no final dizer: “Hoje entrou salvação nesta casa!”

Homossexualismo deve ser tratado como um pecado e ponto. O reino de Deus não pode ser conhecido como aquele que elegeu a homossexualidade como o pior dos pecados, mas como aquele que utiliza o amor de Deus e o evangelho para que todas vivam uma vida santa, dedicada a Deus.

Aceitar a pessoa nessa situação e, ao contrário da psicologia moderna, saber que o evangelho pode curá-la, ajuda-la a viver uma vida celibatária (onde suas necessidades sexuais são supridas pelo amor de Deus), até chegar na possibilidade de constituir uma família heterossexual.

Não são passeatas, atitudes políticas, enfim, usar-se as armas do mundo, armas carnais, mas armas espirituais, oração, pregação do evangelho, amor prático ao próximo, compaixão para com o que está sofrendo nas garras do pecado.

II – O REINO DE DEUS FRENTE A FAMÍLIA NÃO TRADICIONAL

As pessoas chegam na igreja muito sofridas por sua vida pecaminosa ou mesmo por vivermos num mundo imperfeito.

Pessoas divorciadas, mães solteiras, pais solteiros…

Temos o caso dos viúvos e viúvas…

Promessa de Jesus em Mateus 11:28 – Cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.

Junto com isso, 2 Coríntios 5:17 – Nova criatura, as coisas antigas já passaram, tudo se fez novo… O que passou, apesar das consequências que perduram, foi perdoado por Deus.

O filho de Deus morreu de braços abertos para acolher a todos.

Os discípulos de Jesus precisam pensar num acolhimento para todas as pessoas. Elas precisam ser aceitas e amadas.

Na família tradicional, aceitação da mãe solteira, do pai solteiro, da mulher ou do homem divorciado…

Na família tradicional, os filhos precisam aprender a amar e aceitar os filhos que parecem não ter pai ou mãe. Recentemente fui numa festa de aniversário e fiquei feliz ao ver que os pais da aniversariante convidaram a todos, pobres, ricos, negros, brancos, meninos de rua.

As famílias não tradicionais precisam da cura de ressentimentos e ódios que ficaram para trás e serem incentivadas de que o amor de Deus pode reconstruí-la.

Por isso elas trarão sua amargura, seu ressentimento, seu ódio para o reino de Deus, que deve aceita-las e ajudar no processo de cura.

Antes de batizar um divorciado, um filho abandonado, deve-se tocar no assunto da necessidade do auto perdão, bem como das pessoas da família que o machucaram tanto e de que Jesus também quer alcança-los.

Mesmo quando o retorno é impossível, lembrar do perdão de Deus e de que o reino de Deus pode entrar naquela casa.

Lóide e Eunice, mãe e filha, sendo Eunice divorciada espiritualmente, formaram um gigante na fé como Timóteo (2 Timóteo 1:5 e 3:14).

O mesmo pode acontecer com as famílias “divorciadas” espiritualmente. Admiro e oro por essas pessoas: estão “remando contra a maré”, pregando Jesus aos filhos, mesmo o marido ou a mulher sendo contra, pregando Jesus em casa especialmente através do seu exemplo, como ensinado em 2 Pedro 3:1.

III – A FAMÍLIA GOVERNADA POR JESUS PODE “PREGAR” AO MUNDO ATRAVÉS DE SEU EXEMPLO

Quando os valores do reino de Deus são vividos dentro de casa as ações “pregarão” primeiro, abrindo portas para a pregação verbal.

Esposa, marido e filhos orando juntos, se divertindo juntos, ajudando outras pessoas juntos.

Valores do reino na família – o “ser” é mais importante que o “ter”, assim é cultivado.

A gratidão pela presença um do outro. A gratidão pelas bênçãos de Deus, reconhecendo que tudo que tem vem de Deus.

Estamos criando uma geração de pessoas ingratas, sempre querendo mais. Hoje temos computador, temos celular, temos TV 70 polegadas, temos viagens anuais de férias

Na década de 80 havia as filas no orelhão, tv com 7 canais apenas, na minha família bolacha recheada, “todinho”, uma fruta na mesa, frios para comer com pão, era coisa de final de ano, no Natal, comprados com o 13º salário, mas reinava a gratidão pelo que se tinha.

Hoje em dia, via de regra, temos tudo isso o ano inteiro, temos celular, temos cinema, e muitas vezes reina a ingratidão na família. Onde estamos errando?

O reino de Deus precisa resgatar esses valores.

“Eu e minha casa serviremos ao Senhor” precisa deixar de ser um slogan para ser uma realidade vivida.

Valores como gratidão, gentileza, renúncia em favor do outro, generosidade para com quem passa necessidade, as dores e sofrimentos do outro precisam ser sentidos por mim, pois, para Jesus, quando ele encontrava alguém sofrendo, sofria junto e usava do que tinha para abençoar.

A família de Deus tem seu culto doméstico pelo menos semanal, Jesus ali é assunto constante, ora junto não somente nas refeições.

Assim, no domingo se torna normal a família participar do culto dominical com alegria, da Escola Dominical e interagir com outras famílias, recebendo pessoas em casa e visitando pessoas nas suas casas.

CONCLUSÃO

Valores do reino de Deus devem ser primeiro vividos por cada família, que deve ser um pedacinho do reino de Deus aqui na terra.

Valores do reino de Deus devem em seguida ser pregados para alcançar quem está cansado de sofrer com os valores deste mundo.

As pessoas vêm com seus problemas, suas dores e não devem ser julgadas, mas aceitas, amadas e ajudadas.

Somente assim, Jesus, o Médico dos médicos poderá curar cada família, reconstruindo-as a viverem como sal da terra e luz deste mundo sem Deus. Amém!