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QUERO TER UM CORAÇÃO PURO

QUERO TER UM CORAÇÃO PURO

“Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto.” – Lucas 6:43

“A pessoa boa tira o bem do bom tesouro do coração, e a pessoa má tira o mal do mau tesouro; porque a boca fala do que está cheio o coração.” – Lucas 6:45

A parábola das duas árvores é rica em ensinamentos e uma advertência para todo seguidor de Jesus: o que habita lá no íntimo, dentro do meu coração?

O Senhor Jesus diz que do coração humano procede todo tipo de mal:

“Porque do coração procedem maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias.” – Mateus 15:19

E a saída do que está no coração é a boca, aquilo que pronunciamos. É verdade: vai sair exatamente aquilo que é abundante no nosso interior.

E no contexto de Lucas, olhando os textos anteriores está nossa capacidade de perdoar ou não, a abençoar ou não nossos inimigos e especialmente a tendência que há em nós em condenar e julgar os outros, olhando mais os pontos negativos de uma pessoa do que os positivos.

Há ressentimentos, inveja, ira e rancor em minhas palavras? Aquilo que sai de minha boca edifica e ajuda outros ou causa discórdia, humilha e diminui?

Eu pergunto: regularmente você faz um inventário do seu coração, daquilo que tem habitado o seu interior?

Eu costumo fazer e nem sempre encontro sentimentos bons, e quando isso acontece, percebo que vou me tornando uma pessoa amarga e esse amargor sai especialmente das minhas palavras.

Quando noto esses sentimentos ruins, tento entender a razão deles, se não estou sendo muito rigoroso no trato com o outro e especialmente levo a Deus em minhas orações, confesso a Ele e peço que me ajude.

Também uma dica é ir colocando dentro do coração o que é bom e, claro, por isso, todos os dias busco na Palavra de Deus, a partir das lentes de Deus, a realidade: somente Deus é bom, por isso não posso colocar muita expectativa nas pessoas. Dessa maneira, quando elas falham, procuro sempre ter uma dose extra de misericórdia para com elas. Da mesma maneira que espero que tenham para comigo (vs. 31).

É importante não ficar “curtindo” maus sentimentos (somos os mais prejudicados), levá-los a Deus, validá-los (não dá para negar sentimentos), mas, ao mesmo tempo, pedir a ajuda de Deus para que sejam eliminados de nosso coração.

Finalmente, seguir o conselho de Paulo:

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.” – Filipenses 4:8

O que vai habitar nosso coração entra primeiro por nossos pensamentos. Daí a importância de “coá-los” segundo a Palavra do Senhor, pelas lentes de Deus. Desta maneira ocorrerá conosco o que Jesus nos ensina:

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” – Mateus 5:8

Sim, de tempos em tempos eu preciso fazer uma limpeza do meu coração, tirando de lá sentimentos que não são de Deus. E essa limpeza é feita a partir do que percebo que anda saindo dos meus lábios.

Só Deus para conservar em nós essa pureza, um coração livre de maldade, rancor e maus sentimentos, disposto a perdoar a todos os que, com intenção ou não, nos magoarem.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.” – Salmos 51:10. 

TIRE A TRAVE DO OLHO PRIMEIRO – O EVANGELHO DE LUCAS

TIRE A TRAVE DO OLHO PRIMEIRO

“Jesus lhes contou também uma parábola: — Será que um cego pode guiar outro cego? Não é fato que ambos cairão num buraco?

— O discípulo não está acima do seu mestre; todo aquele, porém, que for bem-instruído será como o seu mestre.” – Lucas 6:39-40

Um cego pode guiar outro cego? A resposta é óbvia: claro que não!

Olhando o contexto, Jesus refere-se àqueles que são severos em ver os erros dos outros, conforme comentei em outro artigo neste espaço, mas cegos para reconhecerem os seus próprios. Tanto que o Senhor ilustra:

“Por que você vê o cisco no olho do seu irmão, mas não repara na trave que está no seu próprio olho?” – Lucas 6:41

De fato, na vida cristã, quanto mais dura a pessoa é com os pecados (ou os ciscos no olho do próximo), normalmente maior é a trave que tem no próprio olho. Já presenciei escândalos no reino de Deus na vida de pessoas tão prontas para apontar o erro do outro.

Dessa forma, para uma pessoa guiar outra, precisa primeiro tirar a trave do próprio olho e, desta forma, verá claramente para ajudar o outro com o seu cisco.

“Hipócrita! Tire primeiro a trave do seu olho e então você verá claramente para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.” – Lucas 6:42

No entanto, esse texto não proíbe totalmente a correção. Apenas nos adverte da importância de uma autocorreção primeiro.

Desta forma, a partir do conhecimento e da prática da Palavra de Deus, estaremos prontos para ensinar e corrigir outros que, sim, estão cegos para as verdades de Deus.

Há um risco quando não conhecemos a Palavra de Deus e não a praticamos e queremos guiar outros: podemos cair no buraco, junto com o outro, e, na Bíblia o buraco tem um nome: inferno.

“Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês percorrem o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornam filho do inferno duas vezes mais do que vocês!” – Mateus 23:15

Por outro lado, em nossa busca de crescimento espiritual, nosso limite é nosso Mestre, o Senhor Jesus. Desta forma, enquanto vivermos, estaremos em contínuo processo de aprendizagem e correção de nossas falhas e pecados, até sermos cada vez mais parecidos com Cristo.

Sim, a partir de nossa vivência com o Senhor Jesus e Sua Palavra, as pessoas que nos rodeiam devem ver em nós traços dele, como aconteceu com os apóstolos no início da igreja:

“Ao verem a ousadia de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, ficaram admirados; e reconheceram que eles haviam estado com Jesus.” – Atos 4:13

No texto acima, há alguns dias o Senhor tinha sido interrogado por aquele Sinédrio. E agora os líderes daquela casa notavam como aqueles homens tinham traços do seu Mestre.

Que cresçamos de tal maneira, de glória em glória (2 Coríntios 3:18) que traços do caráter de Jesus sejam vistos em nós de uma forma cada vez mais visível.

A COTA DE MISERICÓRDIA. SEMPRE NECESSÁRIA! – O EVANGELHO DE LUCAS

A COTA DE MISERICÓRDIA. SEMPRE NECESSÁRIA!

“Não julguem e vocês não serão julgados; não condenem e vocês não serão condenados; perdoem e serão perdoados; deem e lhes será dado; boa medida, prensada, sacudida e transbordante será dada a vocês; porque com a medida com que tiverem medido vocês serão medidos também.” – Lucas 6:37-38

Aqui Jesus não condena o bom discernimento entre o bem e o mal, mas a tendência que temos de ver o pior nas pessoas.

Este texto é a aplicação dos textos anteriores:

“Façam aos outros o mesmo que vocês querem que eles façam a vocês.” – Lucas 6:31

“Sejam misericordiosos, como também é misericordioso o Pai de vocês.” – Lucas 6:36

Às vezes cometemos certos erros sem querer e estamos tão arrependidos, ou o fizemos dentro de um contexto que somente Deus sabe o que nos levou aquilo e gostaríamos de ser compreendidos naquele nosso momento de fraqueza, mas o que encontramos são palavras de condenação, olhar desaprovador ou meneios de cabeça.

Fico imaginando quando Pedro caiu em si após ter negado Jesus, o sentimento de culpa, arrependimento e a tristeza. Gosto de um acontecimento que somente Lucas nos conta:

“Então, o Senhor voltou-se e fixou os olhos em Pedro. E Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: ‘Hoje, antes que o galo cante, você me negará três vezes.” – Lucas 22:61

Que olhar Jesus lançou para Pedro naquele momento de queda de seu fiel, mas também arrogante apóstolo? De reprovação? De condenação? Provavelmente não. Acredito que de compreensão e esperando que Pedro se lembrasse de suas palavras:

“Simão, Simão, eis que Satanás pediu para peneirar vocês como trigo! Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando voltar para mim, fortaleça os seus irmãos.” – Lucas 22:31-32

Somente Deus conhece de forma integral os “bastidores de nossa vida”, o que nos levou a cair ou ter aquela atitude indevida. Por isso esse ensino para que não julguem, não condenamos, mas estejamos sempre prontos para perdoar, as 70 x 7 de Mateus 18:21-22 ou as 7 vezes por dia ensinadas nesse evangelho (17:3-4).

A ilustração que Jesus deixa é que precisamos ter sempre uma cota de misericórdia e perdão para os outros. Ele nos ensina através da maneira como devemos encher um recipiente de grãos.

Imaginemos um copo que vamos encher de grãos de feijão. Começamos enchendo até a boca, isto é, a chamada boa medida. Lembro no interior quando fazíamos um pedido: “enche essa garrafa de grãos de arroz em boa medida”, isto é, até a boca. 

Voltando ao exemplo do copo, a ideia é preencher todos os espaços, como também da garrafa. Alguém pode dizer: “pronto, está cheio”. Não, há mais espaço, vamos cobrir a boca do copo ou da garrafa e sacudi-los com violência, várias vezes. Pronto! Aparecerão novos espaços que poderemos preencher com mais grãos, até a boca. Está bom? Ainda não, que tal mais uma sacudida forte? Na realidade, poderemos sacudir e preencher com grão mais duas ou três vezes, até não haver mais espaço para novos grãos, mesmo após a última sacudida. 

Este texto é utilizado pelos religiosos para incentivar seus seguidores a ofertarem. Mas o contexto aqui fala na misericórdia que devemos ter para com todos, “boa medida, prensada, sacudida e transbordante”. Por isso, há textos que nos ensinam sobre o que devemos pensar dos outros. 

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o pensamento de vocês.” – Filipenses 4:8 

Por que tomar a atitude do outro sempre da pior maneira possível? Por que pensar que a pessoa quis o nosso mal ou teve aquela atitude com a pior intenção? Por que pensar naquela palavra que a pessoa nos disse sempre do lado mais negativo? E ficar sofrendo, “curtindo” uma mágoa ou ressentimento que só irá nos fazer mal.

Vejamos ainda outro texto que falam sobre a motivação de quem ama:

“O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” – 1 Coríntios 13:7

Vejamos este texto na versão NBV:

“O amor tudo sofre, sempre crê, sempre espera o melhor, tudo suporta”.

Pensemos: não é esta atitude que esperamos das pessoas quando falhamos? Que elas continuem acreditando em nós, que caímos, mas podemos nos levantar? Que aquilo não é o fim? Por que não a ter com aqueles que falham conosco?

Só o Senhor Jesus mesmo, com seu ensinamento tão sábio, nos ensina a viver de uma forma mais leve, deixando o julgamento final nas mãos de Deus, perdoando e acreditando no melhor das pessoas.

Desta maneira viveremos melhor, leves e muitos dos nossos problemas físicos como gastrite, úlcera e até mesmo certos tipos de cânceres, serão prevenidos. 

E desta forma nos parecermos cada vez mais com o nosso Amado Pai celestial.



QUEM É O CRISTÃO AQUI? – O EVANGELHO DE LUCAS

QUEM É O CRISTÃO AQUI?

“Façam aos outros o mesmo que vocês querem que eles façam a vocês. Se vocês amam aqueles que os amam, que recompensa terão? Porque até os pecadores amam aqueles que os amam. Se fizerem o bem aos que lhes fazem o bem, que recompensa terão? Até os pecadores fazem isso.” – Lucas 6:31-33

“Quem é o cristão na história?”, é a pergunta que precisamos fazer nos nossos relacionamentos, especialmente em qualquer crise.

O Senhor Jesus aqui começa citando a chamada “regra de ouro”, que já era conhecida na forma negativa: “não façam aos outros o que você não quer que façam com você”. Que já era revolucionária.

Imagine, então, na forma positiva: “façam aos outros o mesmo que vocês querem que eles façam a vocês”. Essa regra de Jesus, que chamo de princípio de vida, quando aplicada é mais do que revolucionária. Pena que hoje é tão pouco aplicada, até mesmo entre aqueles que se declaram seguidores do Senhor.

Quantas vezes eu já ouvi” ‘sou uma pessoa boa, mas não pise no meu calo que viro bicho”. Jesus diria a alguém assim: “você é normal, como qualquer pessoa, até mesmo a pior pessoa, que faz o bem àqueles que ama, mas não leva desaforo para casa com os seus desafetos”.

Por isso, chamo hoje para essa reflexão: lá no trabalho todos ou quase todos fazem “corpo mole”, mas, quem é o discípulo de Cristo lá? Em casa é uma gritaria e falta de respeito, mas, quem é o cristão? Às vezes, apenas eu e você que está lendo essas reflexões.

Haverá muitas situações em que naquele grupo seremos os únicos representantes de Jesus. Faremos igual os outros, teremos o mesmo comportamento e atitude ou mostraremos, através de nossas atitudes, que seguimos a Cristo?

E mesmo entre seguidores de Jesus, a pergunta pode ser: “quem é o mais maduro aqui, que tem mais anos de estrada seguindo os passos de Jesus?

“Porque para isto mesmo vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando exemplo para que vocês sigam os seus passos.” – 1 Pedro 2:21

Às vezes marido e mulher são discípulos do Senhor. Mas o marido é recém-convertido e a mulher tem anos de vida cristã. Logo, a responsabilidade por dar o “tom espiritual” em casa é dela. Podem pais e filhos serem convertidos, mas os pais acabaram de ser ganhos para Cristo. Logo o “clima de espiritualidade” em casa cabe aos filhos. 

O maior exemplo de maturidade espiritual é não devolver na mesma moeda, pensar antes de responder, às vezes manter-se calado ou devolver ofensa com bênção.

Desta maneira não seremos apenas filhos de Deus, mas agiremos como tais:

“Vocês terão uma grande recompensa e serão filhos do Altíssimo. Pois ele é bondoso até para os ingratos e maus.” – Lucas 6:35b

Vamos viver mais este dia seguindo os passos de nosso Mestre?



O PADRÃO DE JESUS É ALTO – O EVANGELHO DE LUCAS

O PADRÃO DE JESUS É ALTO

“Digo, porém, a vocês que me ouvem: amem os seus inimigos, façam o bem aos que odeiam vocês. Abençoem aqueles que os amaldiçoam, orem pelos que maltratam vocês. Ao que lhe bate numa face, ofereça também a outra; e, ao que lhe tirar a capa, deixe que leve também a túnica.” – Lucas 6:27-29

O padrão de Jesus para a maneira de viver dos seus discípulos é alto e revolucionário. Na verdade, inverte o padrão do mundo sem Deus.

Em textos anteriores Jesus elogia os pobres, os que passam fome e os que choram porque serão enriquecidos, saciados e terão a alegria que vêm de Deus.

Agora o Senhor Jesus afirma que seus seguidores amam e abençoam os seus inimigos, não praticam retaliação com aqueles que lhes fazem mal.

Foi algo presente primeiro na vida do próprio Senhor Jesus e relatado somente por Lucas:

“Mas Jesus dizia: — Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, para repartir as roupas dele, lançaram sortes.” – Lucas 23:34

Posteriormente Lucas mostra essa mesma atitude em Estêvão, o primeiro discípulo de Jesus morto em razão de sua fé:

“Então, ajoelhando-se, gritou bem alto: — Senhor, não os condenes por causa deste pecado! E, depois que ele disse isso, morreu.” – Atos 7:60

Estas palavras de Estêvão foram ditas enquanto ele era apedrejado por seus opositores, entre eles Saulo, futuro apóstolo Paulo (Atos 7:58)..

Depois é o próprio Paulo quem repete esse ensino do Mestre:

“Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem.” – Romanos 12:14

Comentando a instrução “Ao que lhe bate numa face, ofereça também a outra.”, penso que poucas vezes passamos literalmente por essa situação. Eu mesmo, apenas uma vez passei por isso e lamento não ter obedecido a ordem de Jesus.

No entanto, diariamente, passamos por situações em que somos desafiados a oferecer a outra face. E a maioria das vezes não é exatamente com inimigos, mas até mesmo com pessoas que amamos como, por exemplo, nosso cônjuge. É oferecer a outra face ao não respondermos aquele insulto ou crítica ou mesmo não darmos um “gelo” a quem faz algo que nos magoa. É não termos uma lista mental de pessoas e colocarmos nela para fim de retaliação, aqueles que, de alguma forma, nos prejudicaram.

Qual é a razão de deixarmos a vingança nas mãos de Deus? A mesma razão que levou Jesus a não revidar ao ataque dos seus inimigos:

“Pois ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas se entregava àquele que julga retamente.” – 1 Pedro 2:23

Deixar a vingança de lado significa deixar nas mãos de Deus, como Jesus fez, esperando que Ele, se quiser, nos vingue, como ensinado por Paulo, inspirado por Deus, claro.

“Meus amados, não façam justiça com as próprias mãos, mas deem lugar à ira de Deus, pois está escrito: ‘A mim pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor.'” – Romanos 12:19

Que os ensinos de hoje nos motivam nesta manhã a vivermos este dia desta maneira, mostrando através de nosso jeito de lidarmos com quem nos quer o mal, que somos discípulos de Jesus e filhos amados de Deus (Efésios 5:1).



REJEITADOS POR CAUSA DE Jesus – O EVANGELHO DE LUCAS

REJEITADOS POR CAUSA DE JESUS

“Bem-aventurados são vocês quando as pessoas os odiarem, expulsarem da sua companhia, insultarem e rejeitarem o nome de vocês como indigno, por causa do Filho do Homem.

Alegrem-se naquele dia e exultem, porque grande é a recompensa de vocês no céu; porque os pais dessas pessoas fizeram o mesmo com os profetas.” – Lucas 6:22-23

O texto desta semana fez-me pensar o quanto os cristãos atuais fazem de tudo para agradar as pessoas que os rodeiam e seu modo de viver quase não tem diferença quanto ao modo dos demais.

Vejamos que palavras fortes o Senhor Jesus utiliza para mostrar o que aconteceria com seus discípulos, que insistissem em defender e viver de acordo com o seu evangelho: odiados, expulsos, insultados e rejeitados como indignos. Tudo isso por causa de Jesus, porque insistiriam em mostrar que há um jeito de viver ensinado pelo Mestre.

Temos muito medo de sermos chamados de “fanáticos”, “radicais”, “intolerantes” e “exagerados” na nossa maneira de seguir o Senhor Jesus, defender seu evangelho e fazer questão de colocá-lo como assunto importante em nosso dia a dia.

Precisamos estar preparados para o fato de que, por pregarmos a verdade de Jesus, seremos rejeitados, nossa companhia será evitada pelas pessoas, não seremos convidados para determinados eventos porque “somos do contra” na palavra daqueles que nos rejeitarem ou radicais na defesa do evangelho.

O discípulo de Jesus precisa evitar ser popular no sentido de ser aceito por todos. Se isto está acontecendo, pode ser um sinal de que não estamos vivendo como sal da terra e luz do mundo (Mateus 5:13-14).

Apenas uma advertência: isto não significa ser perseguido por fazer o mal ou em razão de aprontarmos com os outros ou vivermos uma vida de hipocrisia:

“Pois que glória há, se, pecando e sendo castigados por isso, vocês o suportam com paciência? Se, entretanto, quando praticam o bem, vocês são igualmente afligidos e o suportam com paciência, isto é agradável a Deus.” – 1 Pedro 2:20

Sejamos como nossos irmãos da igreja primitiva, que se alegravam quando insultados e rejeitados por insistirem em pregar e viver Jesus, o Filho de Deus.

“E eles se retiraram do Sinédrio muito alegres por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome. E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar que Jesus é o Cristo.” – Atos 5:41-42. 

A POBREZA QUE DEUS ESPERA DE NÓS – O EVANGELHO DE LUCAS

A POBREZA QUE DEUS ESPERA DE NÓS

“Então, olhando para os seus discípulos, Jesus lhes disse: — Bem-aventurados são vocês, os pobres, porque o Reino de Deus é de vocês.” – Lucas 6:20

“Mas ai de vocês, os ricos, porque vocês já receberam a consolação!” – Lucas 6:24

No evangelho de Lucas o cuidado pelos pobres e a advertência sobre o perigo das riquezas é constantemente mencionado.

De fato, as riquezas dão uma sensação de segurança que pode levar a pessoa a imaginar que não precisa de Deus. É o que vemos nas palavras do rico chamado de tolo mencionado somente neste evangelho: 

“Então direi à minha alma: ‘Você tem em depósito muitos bens para muitos anos; descanse, coma, beba e aproveite a vida.’” Mas Deus lhe disse: “Louco! Esta noite lhe pedirão a sua alma; e o que você tem preparado, para quem será?” – Lucas 12:19-20

Também é somente neste evangelho que Jesus conta a parábola do rico e Lázaro e, mais uma vez, a riqueza é empecilho para que o rico ficasse no seio de Abraão:

“Mas Abraão disse: “Filho, lembre-se de que você recebeu os seus bens durante a sua vida, enquanto Lázaro só teve males. Agora, porém, ele está consolado aqui, enquanto você está em tormentos.” – Lucas 16:25

Também é Jesus quem adverte sobre o quanto a riqueza pode atrapalhar a salvação de uma pessoa:

“Jesus, vendo-o assim triste, disse: — Como é difícil para os que têm riquezas entrar no Reino de Deus! Porque é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.” – Lucas 18:24-25

Porém, está em Lucas a explicação de Jesus sobre o perigo das riquezas:

“Assim é o que ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico para com Deus.” – Lucas 12:21

Desta forma, o problema não está na riqueza em si, mas na maneira como nos relacionamos com ela. Gosto ainda do texto paralelo de Mateus que esclarece:

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” – Mateus 5:3

A pobreza que Deus espera de nós é interna, a certeza de que não temos mérito nenhum diante de Deus. Claro que a riqueza de bens materiais pode nos atrapalhar a chegar à pobreza de espírito, mas ela não é determinante, uma vez que é o amor ao dinheiro a raiz de todos os males e não necessariamente o dinheiro em si:

“Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e atormentaram a si mesmos com muitas dores.” – 1 Timóteo 6:10

Claro que, ao contrário do que o mundo religioso ensina, ninguém na nova aliança ficou rico após tornar-se discípulo de Jesus. Pelo contrário basta olhar o exemplo de Zaqueu e Barnabé:

“Zaqueu, por sua vez, se levantou e disse ao Senhor: — Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguma coisa de alguém, vou restituir quatro vezes mais.” – Lucas 19:8

“Então José, a quem os apóstolos chamavam de Barnabé, que quer dizer filho da consolação, um levita natural de Chipre, vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o depositou aos pés dos apóstolos.” – Atos 4:36-37

Desta forma, a pobreza de espírito vai nos fazer generosos em repartir com os que não têm parte de nossos bens, vamos aprender a dividir nossa renda, ficando mais pobres em termos materiais e cada vez mais ricos para com Deus. 

É essa pobreza de espírito que nos fará verdadeiramente ricos.


QUÃO PRÓXIMOS ESTAMOS DE JESUS? – O EVANGELHO DE LUCAS

QUÃO PRÓXIMOS ESTAMOS DE JESUS?

E, descendo com eles do monte, Jesus parou num lugar plano onde se encontravam muitos discípulos seus e grande multidão do povo, de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom.” – Lucas 6:17

“E todos da multidão procuravam tocar em Jesus, porque dele saía poder; e curava todos.” – Lucas 6:19

O texto de hoje fez-me pensar sobre o grau de proximidade que podemos ter com Jesus. E isto depende do quão trabalháveis nos tornamos nas mãos dele e o quanto queremos nos comprometer com Ele.

Jesus possuía muitos discípulos nessa época. No entanto, apenas 12 foram escolhidos para serem apóstolos. Qual o critério utilizado por Jesus na escolha? Ele passou a noite orando a Deus Pai antes da escolha. E os escolhidos preencheram esses critérios fixados por Deus. Até mesmo Judas Iscariotes.

Além dos apóstolos, em 12, número limitado, o texto diz que havia muitos discípulos, talvez entre estes os 70 ou 72 que seriam mais tarde mandados por Jesus para uma missão especial (Lucas 10:1). 

Creio que muitas pessoas serão utilizadas por Deus, andarão com Ele durante sua vida, mas, talvez por não estarem totalmente dispostas e dedicadas, irão para o céu, mas não experimentarão a bênção que existe em aprofundar seu relacionamento com o Mestre.

E havia a multidão, que até ouvia o Senhor, mas estava mais interessada nos milagres que Ele realizava. A multidão são aqueles não comprometidos, que até gostam de Jesus, mas não querem se aproximar dele, estão mais interessados nos milagres e bênçãos que Ele pode proporcionar.

“Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhes digo que vocês estão me procurando não porque viram sinais, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. Trabalhem, não pela comida que se estraga, mas pela que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do Homem dará a vocês; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.” – João 6:26-27

E você? Qual o seu grau de comprometimento com o Senhor Jesus? Você está na multidão, até aprecia os ensinos dele, em conhecer superficialmente sua Palavra, mas ainda não tomou aquela decisão importante de ser seu discípulo, após confessá-lo como Senhor e descer às águas do batismo?

Ou você será um discípulo que já passou por esse passo, mas não quer um envolvimento maior com Jesus e seu reino? Contenta-se em ter um conhecimento superficial de Jesus e ser um expectador nas reuniões e no trabalho no reino?

Ou é como foram os apóstolos? Disponíveis e desejosos de serem cada vez mais próximos do Mestre para sofrer por Ele, se necessário, colocando o seu reino como prioridade em suas vidas e sendo um instrumento nas mãos dele para atingir a multidão e o mundo ainda não comprometido? Você é aquele sempre voluntário para servir na obra de Deus?

Quando nos colocamos como voluntários na obra que Jesus está fazendo no mundo, tenhamos a certeza, tudo o que precisarmos, Ele certamente fará (Mateus 6:33). 

Que neste dia, demos mais um passo, para sermos cada vez mais próximos de Jesus e andarmos à sombra do Onipotente Deus.

“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor : ‘Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.'” – Salmos 91:1-2.

O PAPEL DOS APÓSTOLOS DE Cristo – O EVANGELHO DE LUCAS

O PAPEL DOS APÓSTOLOS DE Cristo - O EVANGELHO DE LUCAS

“Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos.” – Lucas 6:12-13

A escolha dos 12 apóstolos e o que isto significou para a igreja. Foi uma escolha tão importante que Jesus passou a noite orando antes de chamá-los, já que nessa época ele tinha muitos discípulos. Importante destacar que todo apóstolo é um discípulo, mas nem todo discípulo é um apóstolo.

A palavra apóstolo significa “mensageiro” ou “enviado” e na Bíblia refere-se aos 12 chamados, depois acrescentado de Matias, que substituiu Judas (Atos 1:26)) e posteriormente Paulo (Atos 9:15), como ele mesmo diz, como um chamado fora de época (1 Coríntios 15:8). Barnabé, indiretamente, também foi chamado de apóstolo (Atos 14:4).

Foram os 12 apóstolos, entre os discípulos, os mais próximos de Jesus e a eles o Senhor ensinava lições que não falava com as multidões (Mateus 13:11).

Foram os apóstolos, com destaque para Pedro, que pregaram a primeira mensagem, que participaram do estabelecimento da igreja, que iniciou com quase 3 mil pessoas acrescentadas (Atos 2:41).

Na igreja primitiva somente os apóstolos tinham poder para realizar milagres (Atos 2:43 e 4:33), mas tinham também autoridade para passar esse poder para outros que não fossem apóstolos, como, por exemplo, Estêvão e Filipe (Atos 6:5-6, 8 e 8:4-8). Era um poder tão impressionante que certo mágico, Simão, ofereceu dinheiro a Pedro para comprar (Atos 8:18-24).

A maioria dos livros do Novo Testamento foram escritos por apóstolos, com exceção dos evangelhos de Marcos e Lucas, o livro de Atos, a carta aos Hebreus (cujo escritor é desconhecido, apesar de muitos apontarem Paulo) e as cartas de Tiago e Judas.

Nesse sentido, no início da igreja, quando ainda estavam sendo escritos os livros do Novo Testamento, os apóstolos eram as “bíblias”, pois, pelo poder do Espírito Santo, recebiam diretamente de Deus a mensagem a ser transmitida. Uma vez encerrado o Novo Testamento, ninguém mais tem essa autoridade.

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.” – Atos 2:42

É interessante notar que a igreja de Jesus é apostólica, uma vez que fundamentada nos apóstolos, conforme escrito pelo apóstolo Paulo, responsável por escrever 13 ou 14 livros da nova aliança.

“Assim, vocês não são mais estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular.” – Efésios 2:19-20

Importante ressaltar que já no primeiro século, falsos apóstolos apareceram e por isso Paulo escreveu sobre as qualificações dos apóstolos, quais sejam, serem chamados diretamente por Jesus e visto o Senhor ressurreto, o que aconteceu, mesmo com Paulo, na estrada de Damasco. Paulo também denunciou esses falsos apóstolos e a igreja em Éfeso foi elogiada por desmascará-los.

“Porque esses tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porque o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz.” – 2 Coríntios 11:13-14

“Sei que você não pode suportar os maus e que pôs à prova os que se declaram apóstolos e não são, e descobriu que são mentirosos.” – Apocalipse 2:2b

Na visão de João, no livro de Apocalipse, capítulo 4, o apóstolo nota 24 anciãos, que representam o povo de Deus em todas as épocas reinando com Cristo, 12 tribos de Israel no Velho Testamento e 12 apóstolos no Novo. Na mesma visão, aparece a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, há nela 12 fundamentos e neles estão escritos os nomes dos apóstolos (21:14).

Na Bíblia, o próprio Jesus, uma única vez é chamado de apóstolo, uma vez que foi o mensageiro que trouxe a vontade de Deus para o mundo. Isso mostra que a mensagem de Deus no Novo Testamento, mesmo escrito pelos apóstolos e profetas, tem em Jesus o grande mensageiro.

“Por isso, santos irmãos, vocês que são participantes da vocação celestial, considerem atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus.” – Hebreus 3:1

Finalmente, nos dias de hoje, há grupos religiosos nos quais pessoas têm tomado para si o nome de apóstolos. Pura heresia e deturpação das Escrituras, pois nenhum deles têm as qualificações de um verdadeiro mensageiro de Deus no sentido de ser chamado de apóstolo e o real objetivo dessa heresia é, através desse título, dominar àqueles que pertencem aos seus grupos. Paulo afirma que ele foi o último apóstolo escolhido por Jesus.

“Por último, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.” – 1 Coríntios 15:8

Eis a razão de Jesus ter passado a noite orando antes de escolher seus apóstolos, tão importantes no início da igreja e escritores da maioria dos ensinos da Nova Aliança, que rege a igreja de Deus até a volta do seu Senhor.



A ORAÇÃO NA VIDA DE JESUS – O EVANGELHO DE LUCAS

A ORAÇÃO NA VIDA DE JESUS - O EVANGELHO DE LUCAS

“Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.” – Lucas 6:12

Mais uma vez Lucas ressalta a importância da oração, como é praxe nos seus escritos. Em diversos momentos importantes na vida de Jesus, a oração tem lugar de destaque conforme já mencionado nessas reflexões do evangelho de Lucas.

Quero acrescentar mais dois nos escritos do médico amado:

“E, orando, disseram: — Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual dos dois escolheste.” – Atos 1:24

O texto acima mostra a escolha do substituto de Judas como apóstolo e como os primeiros discípulos de Jesus, cerca de 120, fizeram a escolha de Matias.

“Enquanto eles estavam adorando o Senhor e jejuando, o Espírito Santo disse: — Separem-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado.” – Atos 13:2

Na escolha de Barnabé e Saulo para a primeira viagem missionária a igreja passou um tempo orando e jejuando, pedindo a Deus que indicasse as pessoas corretas.

Lembro que a igreja onde eu congrego, Pimentas, há alguns anos escolheu homens que serviram como evangelistas. É digno de nota que além da igreja ser ensinada quais deveriam ser as qualificações desses homens, bem como de suas famílias, passamos um bom tempo orando, pedindo a orientação divina.

O exemplo de Jesus nos mostra que nas grandes decisões da vida precisamos passar um tempo com Deus, pedindo a Ele orientação. Na segunda maior escolha da vida, isto é, com quem dividiremos a vida aqui na terra, a escolha de nosso cônjuge, é sábio orar a Deus pedindo a Ele que nos ajude. 

Além das orientações divinas, precisamos orar a respeito, e ainda é sábio ouvir os pais e pessoas experientes que podem nos ajudar. A escolha sem essas importantes ajudas, baseadas apenas em nossas emoções, têm feito com que muitos fizessem más escolhas e passassem a vida ao lado de alguém não apropriado. E pior, alguns passaram pela amarga experiência do divórcio.

Portanto, aprendamos com Jesus a, antes de qualquer escolha ou decisão, especialmente aquelas muito importantes, passarmos tempo em oração pedindo a orientação divina.

Escolhas como a profissão que exercemos, o lugar onde vamos morar ou eventual mudança nesse sentido, a igreja local onde vamos congregar ou mudança de congregação, quantos filhos teremos, entre tantas decisões importantes na vida, devem ser precedidas na busca humilde da sabedoria que somente o Senhor pode nos dar.

Tomando essa precaução de consultar a Deus antes, seremos livres de sofrimento e do arrependimento e decepção das escolhas erradas que fazemos.

Às vezes, respondendo se arrepende-se de alguma decisão, ouço de alguém: “não me arrependo de nada que fiz e decidi”. Desculpe, é arrogância, pois limitados e imperfeitos como somos, se fizermos uma retrospectiva da vida, sempre haverá decisões tomadas que hoje faríamos diferentes. E muitas dessas, seriam diferentes, se pudéssemos voltar atrás.

Que este exemplo do Mestre nos ajude a, antes de qualquer decisão, buscarmos sabedoria no Pai celestial.